(= local de protagonistas)
Equipe Filosófico pedagógica do Centro de Filosofia e Editora Sophos
A escola é um
ambiente rico e amplo de diversas manifestações de inteligências e protagonismo
entre crianças e adolescentes. A mudança de olhar dos educadores é fundamental
em relação aos seus alunos. Cada aluno possui algumas ou várias potencialidades
em determinadas áreas. O maior compromisso da educação é valorizar e assim
oferecer aos alunos a oportunidade de arriscar em novos projetos, construindo
uma sólida base de cidadania.
Desafios pedagógicos
Crianças,
adolescentes e jovens não querem estar à margem, como aconteceu em vários
momentos do processo histórico brasileiro. Querem, sim, que lhes sejam
oferecidos espaços de discussão que impulsionem sua ação sociopolítica.
O grande
desafio para a escola do nosso tempo é dar voz e vez a estes cidadãos. A missão
do educador é a de ser um provocador constante do protagonismo. Mas são eles,
crianças e adolescentes, que, interpretando o mundo que os rodeia, contribuem
indicando rumos e praticando cidadania. E, neste sentido, quatro linhas de ação
devem ser observadas:
·
Apresentação da “situação problema”;
·
Propostas de alternativas ou caminhos de solução;
·
Discussão das alternativas de soluções apresentadas;
· Tomada de decisão. E, neste ponto, o educador deve
observar sua postura para evitar condução, inibição ou incentivo na
participação dos jovens.
“A bola na mão da galera”
Crianças,
adolescentes e jovens elaboram projetos com metodologias de intervenção na
realidade em que se encontram. Com ideias na cabeça e colocando a mão na massa,
elaboram caminhos que traduzem os anseios. São projetos que mostram o
protagonismo infantojuvenil, quando os objetivos, as justificativas, as atividades
previstas, a avaliação, e os recursos para sua efetivação são definidos.
Afinal,
dentro da lógica pedagógica do protagonismo, é importante ressaltar que ele é
um exercício de erro e acerto. Portanto, é preciso que o mundo adulto não se
julgue dono da verdade e não se imponha ao primeiro sinal de dificuldades ou de
desafio.
Pensando bem,
o protagonismo é capaz de gerar, desde já, indivíduos mais críticos na sua
participação social. Portanto, é preciso desenvolver uma política orientada por
novos significados, novos valores inspirados no que o mundo infanto-juvenil tem
para oferecer. Temos condições para isto, o que é necessário é termos
criatividade e sermos atuantes, trazendo para as discussões e decisões as
crianças e os adolescentes.
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