“Grande é o Senhor e grande seu poder,
sua sabedoria não tem limites.
Louvai-o céus, sol, lua, planetas,
seja qual for a linguagem que usais para louvar vosso Criador.
Louva-o também tu, ó minha alma.
Efetivamente, dele, para ele e nele são todas as coisas,
Tanto as que ignoramos totalmente,
Como as que conhecemos, e são uma mínima parte.
A ele o louvor, a honra e a glória para sempre.
Amém”.
Kepler, Harmonices mundi, V, 10; in CANTALAMESSA, R. Subida ao Monte Sinai, S. P. : Loyola, 1997, p. 55.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O que é bondade moral?
A bondade moral é uma característica central do ponto de vista moral. De acordo com Immanuel Kant é um compromisso com a realização do dever. A expressão “dever” implica a presença de duas forças contrárias, para não cairmos num moralismo exacerbado beirando à alienação e à insensatez. A fim de respondermos a pergunta é viável tocar nesses dois pontos que não se excluem, mas se mostram dentro de uma experiência de vida qualquer.
De um lado temos nossos desejos, sentimentos e interesses espontâneos, incluindo nossos medos, nossos ciúmes e inseguranças. Do outro lado, há o que alguém acredita que deve fazer e o tipo de pessoa que deve ser. Dever aqui, nesse ponto de vista, sugere que essas duas forças vivam em constante conflito; e, consequentemente, fazer o que se deve fazer e tentar ser o que se deve ser pode ser difícil ou doloroso, envolvendo sacrifícios de vários tipos.
O indivíduo que se compromete a manter um ponto de vista moral – o modelo ideal – é aquele que resolve se subordinar e sacrificar, se necessário, os desejos, sentimentos e interesses pessoais em nome do dever – para fazer a coisa certa ou se tornar o tipo certo de pessoa.
“Temos deveres para com nós mesmos, bem como com os outros”(Immanuel Kant).
Muitas vezes, o não reconhecimento de nossa perspectiva moral e a representação do modelo moral na forma do indivíduo “bonzinho” são atitudes que sugerem uma visão estreita da bondade moral.
Sendo assim, qual o nível de nossa consciência moral? Será que transcendemos e desafiamos nossa formação convencional?
Segundo Kant, temos deveres para com nós mesmos, bem como para com os outros, insiste o filósofo da Crítica da razão prática. Temos uma obrigação de desenvolver os talentos em nosso íntimo ao máximo que pudermos. O caminho para o autodesenvolvimento independente pode, sob determinadas circunstâncias, ser um doloroso dever moral. É preciso coragem para uma pessoa se impor e defender o próprio desenvolvimento pessoal, quando as pressões sociais e a formação insistem no serviço e na subserviência aos outros.
Por isso, todos nós também somos seres humanos, é verdade, mas não façamos desse princípio um motivo para nos esquivarmos do compromisso com o bem e com o próximo, numa relação de forças sociais que se unem para promover o amor, a justiça e a paz.
Texto adaptado por Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
Confiram os blogs.: www.umasreflexoes.blogspot.com e www.chegadootempo.blogspot.com
Com esse texto, eu os motivo a ler a obra: “Os simpsons e a Filosofia”, coletânea de Aeon J. Skoble, Mark T. Conard e William Irwin. São Paulo: Madras. 2007.
De um lado temos nossos desejos, sentimentos e interesses espontâneos, incluindo nossos medos, nossos ciúmes e inseguranças. Do outro lado, há o que alguém acredita que deve fazer e o tipo de pessoa que deve ser. Dever aqui, nesse ponto de vista, sugere que essas duas forças vivam em constante conflito; e, consequentemente, fazer o que se deve fazer e tentar ser o que se deve ser pode ser difícil ou doloroso, envolvendo sacrifícios de vários tipos.
O indivíduo que se compromete a manter um ponto de vista moral – o modelo ideal – é aquele que resolve se subordinar e sacrificar, se necessário, os desejos, sentimentos e interesses pessoais em nome do dever – para fazer a coisa certa ou se tornar o tipo certo de pessoa.
“Temos deveres para com nós mesmos, bem como com os outros”(Immanuel Kant).
Muitas vezes, o não reconhecimento de nossa perspectiva moral e a representação do modelo moral na forma do indivíduo “bonzinho” são atitudes que sugerem uma visão estreita da bondade moral.
Sendo assim, qual o nível de nossa consciência moral? Será que transcendemos e desafiamos nossa formação convencional?
Segundo Kant, temos deveres para com nós mesmos, bem como para com os outros, insiste o filósofo da Crítica da razão prática. Temos uma obrigação de desenvolver os talentos em nosso íntimo ao máximo que pudermos. O caminho para o autodesenvolvimento independente pode, sob determinadas circunstâncias, ser um doloroso dever moral. É preciso coragem para uma pessoa se impor e defender o próprio desenvolvimento pessoal, quando as pressões sociais e a formação insistem no serviço e na subserviência aos outros.
Por isso, todos nós também somos seres humanos, é verdade, mas não façamos desse princípio um motivo para nos esquivarmos do compromisso com o bem e com o próximo, numa relação de forças sociais que se unem para promover o amor, a justiça e a paz.
Texto adaptado por Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
Confiram os blogs.: www.umasreflexoes.blogspot.com e www.chegadootempo.blogspot.com
Com esse texto, eu os motivo a ler a obra: “Os simpsons e a Filosofia”, coletânea de Aeon J. Skoble, Mark T. Conard e William Irwin. São Paulo: Madras. 2007.
domingo, 7 de junho de 2009
O vazio no coração do homem
Deus nos fez com todo amor e carinho, para relacionar-nos com Ele e representá-lo. Mas o fato de Ele nos ter criado à sua imagem e semelhança, com tanta complexidade e superioridade em relação às demais coisas criadas, não nos faz autossuficientes nem nos exime de obedecer-lhe. Ao contrário. Pois, somos mordomos do nosso corpo, dos nossos dons e talentos, dos recursos que o Senhor disponibilizou para nós, a fim de cumprirmos nosso propósito como ser humano e levar outros ao conhecimento sobre o Criador.
Em Deus vivemos, e nos movemos, e existimos(Atos 17, 28). Ele é a origem e o sentido da nossa vida. Quando o Senhor nos criou, deixou três vazios a serem preenchidos: o de pai, o de mãe e o dele mesmo.
A função de pai pode ser exercida pelo pai biológico ou por qualquer outro que assuma esse papel: um irmão, um tio, um avô, um primo, um pai adotivo. O mesmo se dá com relação à figura materna. Alguém deve desempenhar essa função, a fim de que a pessoa se sinta amada e cuidada. Caso contrário, ela será uma forte candidata a ter sérios problemas emocionais e a não ser tudo aquilo que Deus projetou que ela fosse.
De alguma forma, é possível preencher a carência materna e a paterna com a presença de outra pessoa que assuma essa responsabilidade. Mas quanto ao vazio de Deus, é impossível arranjar um substituto para suprir esta necessidade.
Dostoiévski, um famoso escritor russo, disse: “O homem possui dentro de si um vazio do tamanho de Deus”. Isso significa, entre outras coisas, que é um vazio imenso, de Alguém incomparável, que só pode ser preenchido ou suprido pelo próprio Criador.
Infelizmente, o ser humano tenta preencher esse vazio com crendices, todo tipo de religião, pornografia, vícios, devassidão etc. Entretanto, nada disso soluciona o problema, porque só Deus, por intermédio do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano e dar um sentido maior à vida humana.
O salmista reconheceu: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo(Salmo 42.1,2a). Que também possamos reconhecer nossa necessidade do Senhor e buscá-lo, a fim de que Ele sacie esse vazio em que só cabe Ele em nosso coração. Então, seremos pessoas saudáveis, felizes e realizadas, que levarão outros a ter um encontro com a Fonte da vida.
Em Deus vivemos, e nos movemos, e existimos(Atos 17, 28). Ele é a origem e o sentido da nossa vida. Quando o Senhor nos criou, deixou três vazios a serem preenchidos: o de pai, o de mãe e o dele mesmo.
A função de pai pode ser exercida pelo pai biológico ou por qualquer outro que assuma esse papel: um irmão, um tio, um avô, um primo, um pai adotivo. O mesmo se dá com relação à figura materna. Alguém deve desempenhar essa função, a fim de que a pessoa se sinta amada e cuidada. Caso contrário, ela será uma forte candidata a ter sérios problemas emocionais e a não ser tudo aquilo que Deus projetou que ela fosse.
De alguma forma, é possível preencher a carência materna e a paterna com a presença de outra pessoa que assuma essa responsabilidade. Mas quanto ao vazio de Deus, é impossível arranjar um substituto para suprir esta necessidade.
Dostoiévski, um famoso escritor russo, disse: “O homem possui dentro de si um vazio do tamanho de Deus”. Isso significa, entre outras coisas, que é um vazio imenso, de Alguém incomparável, que só pode ser preenchido ou suprido pelo próprio Criador.
Infelizmente, o ser humano tenta preencher esse vazio com crendices, todo tipo de religião, pornografia, vícios, devassidão etc. Entretanto, nada disso soluciona o problema, porque só Deus, por intermédio do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano e dar um sentido maior à vida humana.
O salmista reconheceu: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo(Salmo 42.1,2a). Que também possamos reconhecer nossa necessidade do Senhor e buscá-lo, a fim de que Ele sacie esse vazio em que só cabe Ele em nosso coração. Então, seremos pessoas saudáveis, felizes e realizadas, que levarão outros a ter um encontro com a Fonte da vida.
Texto do Pastor Silas Malafaia, compilado do livro “O que o ser humano?”, adaptado para este espaço pelo Professor e filósofo Jackislandy Meira de M. Silva.
terça-feira, 2 de junho de 2009
O que alguns não viram...
Quem não atravessou o século passado para este certamente não se vislumbrou com uma série de avanços tecnológicos que ajudam a melhorar ou a piorar a vida, dependendo de como se valorizam tais avanços. Decerto, o processo aconteceu muito rapidamente, quase como num passe de mágica, num estalar de dedos. As sociedades, ditas civilizadas, caminharam a passos largos. Os avanços estão aí para qualquer um tirar suas conclusões.
Outro dia estava lendo um fabuloso livro, “Não nascemos prontos!”, de Mario Sergio Cortella, o qual relatava, num de seus capítulos, a história da romancista e dramaturga francesa Marguerite Yourcenar(1903-1987) que assim se expressou, ao escrever sobre o passado: “quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana”. Nascida em Bruxelas quando o século XX ainda esta longe de mostrar a sua face, vindo a morrer aos 84 anos, avizinhando-se do alvorecer do século XXI.
Assim como ela, muitos personagens não puderam alcançar tão venturoso século, repleto de avanços, mas coberto por frangalhos éticos que banham nossa política. Distando apenas alguns anos do século que ora vivemos, não foram poucas as Marguerites, as Franciscas, as Joanas, as Marias, as Fátimas, enfim. Qual passado não pode estar presente nas celulares memórias de Marguerite? O que estes personagens não viram? O que eles não puderam ver? Essas perguntas foram lançadas por Sergio Cortella, e agora faço delas também as minhas interrogações sobre o que não fora visto por eles.
Marguerite não viu a ovelha Dolly e não se assustou com os desdobramentos possíveis da clonagem; não falou a partir de um celular; não navegou na internet; não ingeriu alimentos geneticamente modificados; não ouviu música em um CD; não testemunhou a regularização(em alguns países) da eutanásia e da união civil entre pessoas do mesmo sexo; não acompanhou a sonda Marte(com hipótese de outras formas de vida); não viu o estopim da economia dos EUA, cujos estilhaços atingiram globalmente o nosso planeta; não viu a emocionante eleição de Nelson Mandela(depois de quase 28 anos de prisão) para presidir a África do Sul no primeiro governo após o término formal do apartheid; não viu José Saramago receber o Nobel de Literatura, inédito para um escritor de língua portuguesa; não viu alguns ideais nazistas ressurgirem em determinados focos na Europa que, criando uma União Européia, lançou uma moeda única...
Tudo isso apenas no ínterim entre a morte de Marguerite e o início do século XXI! Para nós, foram testemunhas oculares e tal como sobreviveram na memória humana poderiam ser outros; dependerão sempre, do ponto de vista de quem lembra, uma vez que o esquecimento é algo constante em nossas vidas e bastante pertinente para nos renovarmos. Por isso, é necessário permanecer memorável o pensamento contemporâneo de William Faulker: “Ontem só acabará amanhã, e amanhã começou há dez mil anos”...
Outro dia estava lendo um fabuloso livro, “Não nascemos prontos!”, de Mario Sergio Cortella, o qual relatava, num de seus capítulos, a história da romancista e dramaturga francesa Marguerite Yourcenar(1903-1987) que assim se expressou, ao escrever sobre o passado: “quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana”. Nascida em Bruxelas quando o século XX ainda esta longe de mostrar a sua face, vindo a morrer aos 84 anos, avizinhando-se do alvorecer do século XXI.
Assim como ela, muitos personagens não puderam alcançar tão venturoso século, repleto de avanços, mas coberto por frangalhos éticos que banham nossa política. Distando apenas alguns anos do século que ora vivemos, não foram poucas as Marguerites, as Franciscas, as Joanas, as Marias, as Fátimas, enfim. Qual passado não pode estar presente nas celulares memórias de Marguerite? O que estes personagens não viram? O que eles não puderam ver? Essas perguntas foram lançadas por Sergio Cortella, e agora faço delas também as minhas interrogações sobre o que não fora visto por eles.
Marguerite não viu a ovelha Dolly e não se assustou com os desdobramentos possíveis da clonagem; não falou a partir de um celular; não navegou na internet; não ingeriu alimentos geneticamente modificados; não ouviu música em um CD; não testemunhou a regularização(em alguns países) da eutanásia e da união civil entre pessoas do mesmo sexo; não acompanhou a sonda Marte(com hipótese de outras formas de vida); não viu o estopim da economia dos EUA, cujos estilhaços atingiram globalmente o nosso planeta; não viu a emocionante eleição de Nelson Mandela(depois de quase 28 anos de prisão) para presidir a África do Sul no primeiro governo após o término formal do apartheid; não viu José Saramago receber o Nobel de Literatura, inédito para um escritor de língua portuguesa; não viu alguns ideais nazistas ressurgirem em determinados focos na Europa que, criando uma União Européia, lançou uma moeda única...
Tudo isso apenas no ínterim entre a morte de Marguerite e o início do século XXI! Para nós, foram testemunhas oculares e tal como sobreviveram na memória humana poderiam ser outros; dependerão sempre, do ponto de vista de quem lembra, uma vez que o esquecimento é algo constante em nossas vidas e bastante pertinente para nos renovarmos. Por isso, é necessário permanecer memorável o pensamento contemporâneo de William Faulker: “Ontem só acabará amanhã, e amanhã começou há dez mil anos”...
Texto adaptado por mim, do livro que aconselho sua leitura: CORTELLA, Mario Sergio. Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas. Rio de Janeiro, RJ: Vozes. 2008.
Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo. Confiram os blogs: www.umasreflexoes.blogspot.com e www.chegadootempo.blogspot.com
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
Grande é o Senhor e sua glória é para sempre
“Grande é o Senhor e grande seu poder,
sua sabedoria não tem limites.
Louvai-o céus, sol, lua, planetas,
seja qual for a linguagem que usais para louvar vosso Criador.
Louva-o também tu, ó minha alma.
Efetivamente, dele, para ele e nele são todas as coisas,
Tanto as que ignoramos totalmente,
Como as que conhecemos, e são uma mínima parte.
A ele o louvor, a honra e a glória para sempre.
Amém”.
Kepler, Harmonices mundi, V, 10; in CANTALAMESSA, R. Subida ao Monte Sinai, S. P. : Loyola, 1997, p. 55.
sua sabedoria não tem limites.
Louvai-o céus, sol, lua, planetas,
seja qual for a linguagem que usais para louvar vosso Criador.
Louva-o também tu, ó minha alma.
Efetivamente, dele, para ele e nele são todas as coisas,
Tanto as que ignoramos totalmente,
Como as que conhecemos, e são uma mínima parte.
A ele o louvor, a honra e a glória para sempre.
Amém”.
Kepler, Harmonices mundi, V, 10; in CANTALAMESSA, R. Subida ao Monte Sinai, S. P. : Loyola, 1997, p. 55.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O que é bondade moral?
A bondade moral é uma característica central do ponto de vista moral. De acordo com Immanuel Kant é um compromisso com a realização do dever. A expressão “dever” implica a presença de duas forças contrárias, para não cairmos num moralismo exacerbado beirando à alienação e à insensatez. A fim de respondermos a pergunta é viável tocar nesses dois pontos que não se excluem, mas se mostram dentro de uma experiência de vida qualquer.
De um lado temos nossos desejos, sentimentos e interesses espontâneos, incluindo nossos medos, nossos ciúmes e inseguranças. Do outro lado, há o que alguém acredita que deve fazer e o tipo de pessoa que deve ser. Dever aqui, nesse ponto de vista, sugere que essas duas forças vivam em constante conflito; e, consequentemente, fazer o que se deve fazer e tentar ser o que se deve ser pode ser difícil ou doloroso, envolvendo sacrifícios de vários tipos.
O indivíduo que se compromete a manter um ponto de vista moral – o modelo ideal – é aquele que resolve se subordinar e sacrificar, se necessário, os desejos, sentimentos e interesses pessoais em nome do dever – para fazer a coisa certa ou se tornar o tipo certo de pessoa.
“Temos deveres para com nós mesmos, bem como com os outros”(Immanuel Kant).
Muitas vezes, o não reconhecimento de nossa perspectiva moral e a representação do modelo moral na forma do indivíduo “bonzinho” são atitudes que sugerem uma visão estreita da bondade moral.
Sendo assim, qual o nível de nossa consciência moral? Será que transcendemos e desafiamos nossa formação convencional?
Segundo Kant, temos deveres para com nós mesmos, bem como para com os outros, insiste o filósofo da Crítica da razão prática. Temos uma obrigação de desenvolver os talentos em nosso íntimo ao máximo que pudermos. O caminho para o autodesenvolvimento independente pode, sob determinadas circunstâncias, ser um doloroso dever moral. É preciso coragem para uma pessoa se impor e defender o próprio desenvolvimento pessoal, quando as pressões sociais e a formação insistem no serviço e na subserviência aos outros.
Por isso, todos nós também somos seres humanos, é verdade, mas não façamos desse princípio um motivo para nos esquivarmos do compromisso com o bem e com o próximo, numa relação de forças sociais que se unem para promover o amor, a justiça e a paz.
Texto adaptado por Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
Confiram os blogs.: www.umasreflexoes.blogspot.com e www.chegadootempo.blogspot.com
Com esse texto, eu os motivo a ler a obra: “Os simpsons e a Filosofia”, coletânea de Aeon J. Skoble, Mark T. Conard e William Irwin. São Paulo: Madras. 2007.
De um lado temos nossos desejos, sentimentos e interesses espontâneos, incluindo nossos medos, nossos ciúmes e inseguranças. Do outro lado, há o que alguém acredita que deve fazer e o tipo de pessoa que deve ser. Dever aqui, nesse ponto de vista, sugere que essas duas forças vivam em constante conflito; e, consequentemente, fazer o que se deve fazer e tentar ser o que se deve ser pode ser difícil ou doloroso, envolvendo sacrifícios de vários tipos.
O indivíduo que se compromete a manter um ponto de vista moral – o modelo ideal – é aquele que resolve se subordinar e sacrificar, se necessário, os desejos, sentimentos e interesses pessoais em nome do dever – para fazer a coisa certa ou se tornar o tipo certo de pessoa.
“Temos deveres para com nós mesmos, bem como com os outros”(Immanuel Kant).
Muitas vezes, o não reconhecimento de nossa perspectiva moral e a representação do modelo moral na forma do indivíduo “bonzinho” são atitudes que sugerem uma visão estreita da bondade moral.
Sendo assim, qual o nível de nossa consciência moral? Será que transcendemos e desafiamos nossa formação convencional?
Segundo Kant, temos deveres para com nós mesmos, bem como para com os outros, insiste o filósofo da Crítica da razão prática. Temos uma obrigação de desenvolver os talentos em nosso íntimo ao máximo que pudermos. O caminho para o autodesenvolvimento independente pode, sob determinadas circunstâncias, ser um doloroso dever moral. É preciso coragem para uma pessoa se impor e defender o próprio desenvolvimento pessoal, quando as pressões sociais e a formação insistem no serviço e na subserviência aos outros.
Por isso, todos nós também somos seres humanos, é verdade, mas não façamos desse princípio um motivo para nos esquivarmos do compromisso com o bem e com o próximo, numa relação de forças sociais que se unem para promover o amor, a justiça e a paz.
Texto adaptado por Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
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Com esse texto, eu os motivo a ler a obra: “Os simpsons e a Filosofia”, coletânea de Aeon J. Skoble, Mark T. Conard e William Irwin. São Paulo: Madras. 2007.
domingo, 7 de junho de 2009
O vazio no coração do homem
Deus nos fez com todo amor e carinho, para relacionar-nos com Ele e representá-lo. Mas o fato de Ele nos ter criado à sua imagem e semelhança, com tanta complexidade e superioridade em relação às demais coisas criadas, não nos faz autossuficientes nem nos exime de obedecer-lhe. Ao contrário. Pois, somos mordomos do nosso corpo, dos nossos dons e talentos, dos recursos que o Senhor disponibilizou para nós, a fim de cumprirmos nosso propósito como ser humano e levar outros ao conhecimento sobre o Criador.
Em Deus vivemos, e nos movemos, e existimos(Atos 17, 28). Ele é a origem e o sentido da nossa vida. Quando o Senhor nos criou, deixou três vazios a serem preenchidos: o de pai, o de mãe e o dele mesmo.
A função de pai pode ser exercida pelo pai biológico ou por qualquer outro que assuma esse papel: um irmão, um tio, um avô, um primo, um pai adotivo. O mesmo se dá com relação à figura materna. Alguém deve desempenhar essa função, a fim de que a pessoa se sinta amada e cuidada. Caso contrário, ela será uma forte candidata a ter sérios problemas emocionais e a não ser tudo aquilo que Deus projetou que ela fosse.
De alguma forma, é possível preencher a carência materna e a paterna com a presença de outra pessoa que assuma essa responsabilidade. Mas quanto ao vazio de Deus, é impossível arranjar um substituto para suprir esta necessidade.
Dostoiévski, um famoso escritor russo, disse: “O homem possui dentro de si um vazio do tamanho de Deus”. Isso significa, entre outras coisas, que é um vazio imenso, de Alguém incomparável, que só pode ser preenchido ou suprido pelo próprio Criador.
Infelizmente, o ser humano tenta preencher esse vazio com crendices, todo tipo de religião, pornografia, vícios, devassidão etc. Entretanto, nada disso soluciona o problema, porque só Deus, por intermédio do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano e dar um sentido maior à vida humana.
O salmista reconheceu: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo(Salmo 42.1,2a). Que também possamos reconhecer nossa necessidade do Senhor e buscá-lo, a fim de que Ele sacie esse vazio em que só cabe Ele em nosso coração. Então, seremos pessoas saudáveis, felizes e realizadas, que levarão outros a ter um encontro com a Fonte da vida.
Em Deus vivemos, e nos movemos, e existimos(Atos 17, 28). Ele é a origem e o sentido da nossa vida. Quando o Senhor nos criou, deixou três vazios a serem preenchidos: o de pai, o de mãe e o dele mesmo.
A função de pai pode ser exercida pelo pai biológico ou por qualquer outro que assuma esse papel: um irmão, um tio, um avô, um primo, um pai adotivo. O mesmo se dá com relação à figura materna. Alguém deve desempenhar essa função, a fim de que a pessoa se sinta amada e cuidada. Caso contrário, ela será uma forte candidata a ter sérios problemas emocionais e a não ser tudo aquilo que Deus projetou que ela fosse.
De alguma forma, é possível preencher a carência materna e a paterna com a presença de outra pessoa que assuma essa responsabilidade. Mas quanto ao vazio de Deus, é impossível arranjar um substituto para suprir esta necessidade.
Dostoiévski, um famoso escritor russo, disse: “O homem possui dentro de si um vazio do tamanho de Deus”. Isso significa, entre outras coisas, que é um vazio imenso, de Alguém incomparável, que só pode ser preenchido ou suprido pelo próprio Criador.
Infelizmente, o ser humano tenta preencher esse vazio com crendices, todo tipo de religião, pornografia, vícios, devassidão etc. Entretanto, nada disso soluciona o problema, porque só Deus, por intermédio do Espírito Santo, pode preencher o vazio existencial do ser humano e dar um sentido maior à vida humana.
O salmista reconheceu: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo(Salmo 42.1,2a). Que também possamos reconhecer nossa necessidade do Senhor e buscá-lo, a fim de que Ele sacie esse vazio em que só cabe Ele em nosso coração. Então, seremos pessoas saudáveis, felizes e realizadas, que levarão outros a ter um encontro com a Fonte da vida.
Texto do Pastor Silas Malafaia, compilado do livro “O que o ser humano?”, adaptado para este espaço pelo Professor e filósofo Jackislandy Meira de M. Silva.
terça-feira, 2 de junho de 2009
O que alguns não viram...
Quem não atravessou o século passado para este certamente não se vislumbrou com uma série de avanços tecnológicos que ajudam a melhorar ou a piorar a vida, dependendo de como se valorizam tais avanços. Decerto, o processo aconteceu muito rapidamente, quase como num passe de mágica, num estalar de dedos. As sociedades, ditas civilizadas, caminharam a passos largos. Os avanços estão aí para qualquer um tirar suas conclusões.
Outro dia estava lendo um fabuloso livro, “Não nascemos prontos!”, de Mario Sergio Cortella, o qual relatava, num de seus capítulos, a história da romancista e dramaturga francesa Marguerite Yourcenar(1903-1987) que assim se expressou, ao escrever sobre o passado: “quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana”. Nascida em Bruxelas quando o século XX ainda esta longe de mostrar a sua face, vindo a morrer aos 84 anos, avizinhando-se do alvorecer do século XXI.
Assim como ela, muitos personagens não puderam alcançar tão venturoso século, repleto de avanços, mas coberto por frangalhos éticos que banham nossa política. Distando apenas alguns anos do século que ora vivemos, não foram poucas as Marguerites, as Franciscas, as Joanas, as Marias, as Fátimas, enfim. Qual passado não pode estar presente nas celulares memórias de Marguerite? O que estes personagens não viram? O que eles não puderam ver? Essas perguntas foram lançadas por Sergio Cortella, e agora faço delas também as minhas interrogações sobre o que não fora visto por eles.
Marguerite não viu a ovelha Dolly e não se assustou com os desdobramentos possíveis da clonagem; não falou a partir de um celular; não navegou na internet; não ingeriu alimentos geneticamente modificados; não ouviu música em um CD; não testemunhou a regularização(em alguns países) da eutanásia e da união civil entre pessoas do mesmo sexo; não acompanhou a sonda Marte(com hipótese de outras formas de vida); não viu o estopim da economia dos EUA, cujos estilhaços atingiram globalmente o nosso planeta; não viu a emocionante eleição de Nelson Mandela(depois de quase 28 anos de prisão) para presidir a África do Sul no primeiro governo após o término formal do apartheid; não viu José Saramago receber o Nobel de Literatura, inédito para um escritor de língua portuguesa; não viu alguns ideais nazistas ressurgirem em determinados focos na Europa que, criando uma União Européia, lançou uma moeda única...
Tudo isso apenas no ínterim entre a morte de Marguerite e o início do século XXI! Para nós, foram testemunhas oculares e tal como sobreviveram na memória humana poderiam ser outros; dependerão sempre, do ponto de vista de quem lembra, uma vez que o esquecimento é algo constante em nossas vidas e bastante pertinente para nos renovarmos. Por isso, é necessário permanecer memorável o pensamento contemporâneo de William Faulker: “Ontem só acabará amanhã, e amanhã começou há dez mil anos”...
Outro dia estava lendo um fabuloso livro, “Não nascemos prontos!”, de Mario Sergio Cortella, o qual relatava, num de seus capítulos, a história da romancista e dramaturga francesa Marguerite Yourcenar(1903-1987) que assim se expressou, ao escrever sobre o passado: “quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana”. Nascida em Bruxelas quando o século XX ainda esta longe de mostrar a sua face, vindo a morrer aos 84 anos, avizinhando-se do alvorecer do século XXI.
Assim como ela, muitos personagens não puderam alcançar tão venturoso século, repleto de avanços, mas coberto por frangalhos éticos que banham nossa política. Distando apenas alguns anos do século que ora vivemos, não foram poucas as Marguerites, as Franciscas, as Joanas, as Marias, as Fátimas, enfim. Qual passado não pode estar presente nas celulares memórias de Marguerite? O que estes personagens não viram? O que eles não puderam ver? Essas perguntas foram lançadas por Sergio Cortella, e agora faço delas também as minhas interrogações sobre o que não fora visto por eles.
Marguerite não viu a ovelha Dolly e não se assustou com os desdobramentos possíveis da clonagem; não falou a partir de um celular; não navegou na internet; não ingeriu alimentos geneticamente modificados; não ouviu música em um CD; não testemunhou a regularização(em alguns países) da eutanásia e da união civil entre pessoas do mesmo sexo; não acompanhou a sonda Marte(com hipótese de outras formas de vida); não viu o estopim da economia dos EUA, cujos estilhaços atingiram globalmente o nosso planeta; não viu a emocionante eleição de Nelson Mandela(depois de quase 28 anos de prisão) para presidir a África do Sul no primeiro governo após o término formal do apartheid; não viu José Saramago receber o Nobel de Literatura, inédito para um escritor de língua portuguesa; não viu alguns ideais nazistas ressurgirem em determinados focos na Europa que, criando uma União Européia, lançou uma moeda única...
Tudo isso apenas no ínterim entre a morte de Marguerite e o início do século XXI! Para nós, foram testemunhas oculares e tal como sobreviveram na memória humana poderiam ser outros; dependerão sempre, do ponto de vista de quem lembra, uma vez que o esquecimento é algo constante em nossas vidas e bastante pertinente para nos renovarmos. Por isso, é necessário permanecer memorável o pensamento contemporâneo de William Faulker: “Ontem só acabará amanhã, e amanhã começou há dez mil anos”...
Texto adaptado por mim, do livro que aconselho sua leitura: CORTELLA, Mario Sergio. Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas. Rio de Janeiro, RJ: Vozes. 2008.
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A passagem de Jesus nesta terra foi extremamente rápida do ponto de vista histórico, mas seus feitos e seus discursos, se...
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Devido a problemas técnicos com o funcionamento deste blog, comunicamos um novo endereço para que você não deixe de ler qualquer postagem de...
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Só de sacanagem Meu coração está aos pulos Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Tudo isso que está aí no ar Malas, cue...
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Um jovem rabino, angustiado com o destino da sua alma, conversava com seu mestre, mais velho e mais sábio, em algum lugar do Leste ...