Uma das figuras da desordem provocada pela anarquia do mercado e  de suas contingências é o fato de ele determinar todas as esferas da  vida, como aquelas ligadas aos valores éticos, políticos e estéticos, de  modo que toda a vida se encontra na dependente da economia. Isto  significa que os valores emanam diretamente da matéria e não mais da  vida do espírito. Por isso não há como imaginar que, em meio às  desregulamentações incessantes de leis e direitos, com o fim da lei  universal em nome de pseudo-philias sociais que privatizam a  solidariedade, seja possível escapar da pobreza do mundo afetivo -- de  onde a massificação do uso de drogas e a cultura da incuriosidade, imune  ao maravilhamento, que esse capitalismo invasivo do pensamento produz.  Nesse mundo de “imersão na matéria", já se disse, trocou-se o risco de  não morrer de fome pelo risco de morrer de tédio!
Olgária Matos é filósofa. Possui graduação em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 1970), mestrado em filosofia pela Université Paris I (Panthéon-Sorbonne, 1974) e doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 1985). Professora titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entre suas obras, as principais são Os arcanos do inteiramente outro: a Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução (Brasiliense, 1984), Vestígios: escritos de filosofia e crítica social (Palas Athenas, 1998), Discretas Esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006) e Contemporaneidades (Lazuli, 2009).
Olgária Matos é filósofa. Possui graduação em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 1970), mestrado em filosofia pela Université Paris I (Panthéon-Sorbonne, 1974) e doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 1985). Professora titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entre suas obras, as principais são Os arcanos do inteiramente outro: a Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução (Brasiliense, 1984), Vestígios: escritos de filosofia e crítica social (Palas Athenas, 1998), Discretas Esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006) e Contemporaneidades (Lazuli, 2009).
 

 
 






























 
 
 
 
 
 
 
