segunda-feira, 18 de junho de 2007

A maior parte dos políticos brasileiros não goza de muito prestígio e confiabilidade por parte da população

A população brasileira está saturada de corrupção, de descaso e, mais ainda, de rejeição, devido à irresponsabilidade de seus políticos. Ela oscila de acordo com os interesses de seus representantes. Estes são a minoria do país e sobrevivem às custas dos mais pobres, dos trabalhadores assalariados, que são a maioria desta sociedade. Sem dúvida, a maior parte de nossos políticos acumula altos cargos e riquezas em decorrência da falta de politização de nosso povo.
A estrutura sócio, administrativa e política do Brasil está falida porque é indiferente aos gastos absurdos e desnecessários dos altos escalões do governo. Muito preocupa o despreparo dos administradores que assumem cargos eletivos sem nenhuma experiência de gerenciamento das instituições governamentais ou que são imparciais nas decisões ministeriais, criando assim sérios problemas no setor aéreo brasileiro - o apagão aéreo, crise dos controladores de vôo -, como também na Petrobrás com o famoso caso Evo Morales da Bolívia. Enfim, somamos a isso, a sonegação de impostos, a má distribuição de renda “per capita” do país e a carência de investimentos no setor interno da produção. De fato, sem um compromisso sério com a infra-estrutura do país e sem fazer as reformas necessárias como a reforma política, a da previdência social e a jurídica, a sociedade entra em declive total, não confiando em seus líderes e não alimentando suas esperanças de mudanças.
Portanto, lutamos e cobramos dos representantes políticos, melhores condições de vida, sobretudo, na base interna do país: educação; agricultura; saúde; moradia; bem-estar social; saneamento e desenvolvimento. Certamente, deste ambiente nascerá um povo menos alienado e mais politizado sobre os problemas que o afligem, dificultando o suborno e a impunidade de nossos políticos.

Jackislandy Meira de M. silva, professor e filósofo.

sábado, 9 de junho de 2007

A mudança

Segundo o poeta grego Arquíloco... “as coisas humanas apenas mudanças incertas são”. Ou ainda, como o filósofo grego, no séc. VI-V a.C., Heráclito de Éfeso afirmou: “Não é possível descer duas vezes no mesmo rio... A quem desce os mesmos rios alcança-o novos e novas águas... Descemos e não descemos em um mesmo rio, nós mesmos somos e não somos”. A mudança é uma das grandes verdades existenciais, igual a um rio perene e comparável a um milésimo de segundo que já passou.
É palpável a certeza da mudança, provocando-nos desejos infinitos, a fim de capturar a fagulha eterna dos momentos da vida – o desabrochar de uma flor, o sol que nasce e morre, o sorriso do ser amado, o cantar de um passarinho, a leitura de um bom livro, a harmonia de uma bela canção, o balbuciar de uma oração... – que, diria João Cabral de Melo Neto, “teima em nascer”, portanto, teima em passar. Tudo parece finalmente passar e nada ficar. Só ficam, talvez, a simplicidade e a ternura dos instantes vividos pela intensidade do coração humano.
Aqui plantamos uma árvore, acolá levamos a palavra. Nunca sabemos, porém, se estaremos ao vivo para ver a árvore safrejar, a palavra difundir-se... Mas, a árvore perpetuar-se-á através da semente levada pelo vento e a palavra, por sua vez, não será extinta por este na areia, ela ecoa pela caatinga a dentro.
Disse Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo-se que tudo muda, embora estando o ser no mesmo espaço. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro.
Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond:
“Como a vida muda.
como a vida é muda.
como a vida é nuda.
como a vida é nada.
como a vida é tudo.
...
como a vida é senha
de outra vida nova
...
como a vida é vida
ainda quando morte
...
como a vida é forte
em suas algemas
...
como a vida é bela
...
como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida.”

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

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segunda-feira, 18 de junho de 2007

A maior parte dos políticos brasileiros não goza de muito prestígio e confiabilidade por parte da população

A população brasileira está saturada de corrupção, de descaso e, mais ainda, de rejeição, devido à irresponsabilidade de seus políticos. Ela oscila de acordo com os interesses de seus representantes. Estes são a minoria do país e sobrevivem às custas dos mais pobres, dos trabalhadores assalariados, que são a maioria desta sociedade. Sem dúvida, a maior parte de nossos políticos acumula altos cargos e riquezas em decorrência da falta de politização de nosso povo.
A estrutura sócio, administrativa e política do Brasil está falida porque é indiferente aos gastos absurdos e desnecessários dos altos escalões do governo. Muito preocupa o despreparo dos administradores que assumem cargos eletivos sem nenhuma experiência de gerenciamento das instituições governamentais ou que são imparciais nas decisões ministeriais, criando assim sérios problemas no setor aéreo brasileiro - o apagão aéreo, crise dos controladores de vôo -, como também na Petrobrás com o famoso caso Evo Morales da Bolívia. Enfim, somamos a isso, a sonegação de impostos, a má distribuição de renda “per capita” do país e a carência de investimentos no setor interno da produção. De fato, sem um compromisso sério com a infra-estrutura do país e sem fazer as reformas necessárias como a reforma política, a da previdência social e a jurídica, a sociedade entra em declive total, não confiando em seus líderes e não alimentando suas esperanças de mudanças.
Portanto, lutamos e cobramos dos representantes políticos, melhores condições de vida, sobretudo, na base interna do país: educação; agricultura; saúde; moradia; bem-estar social; saneamento e desenvolvimento. Certamente, deste ambiente nascerá um povo menos alienado e mais politizado sobre os problemas que o afligem, dificultando o suborno e a impunidade de nossos políticos.

Jackislandy Meira de M. silva, professor e filósofo.

sábado, 9 de junho de 2007

A mudança

Segundo o poeta grego Arquíloco... “as coisas humanas apenas mudanças incertas são”. Ou ainda, como o filósofo grego, no séc. VI-V a.C., Heráclito de Éfeso afirmou: “Não é possível descer duas vezes no mesmo rio... A quem desce os mesmos rios alcança-o novos e novas águas... Descemos e não descemos em um mesmo rio, nós mesmos somos e não somos”. A mudança é uma das grandes verdades existenciais, igual a um rio perene e comparável a um milésimo de segundo que já passou.
É palpável a certeza da mudança, provocando-nos desejos infinitos, a fim de capturar a fagulha eterna dos momentos da vida – o desabrochar de uma flor, o sol que nasce e morre, o sorriso do ser amado, o cantar de um passarinho, a leitura de um bom livro, a harmonia de uma bela canção, o balbuciar de uma oração... – que, diria João Cabral de Melo Neto, “teima em nascer”, portanto, teima em passar. Tudo parece finalmente passar e nada ficar. Só ficam, talvez, a simplicidade e a ternura dos instantes vividos pela intensidade do coração humano.
Aqui plantamos uma árvore, acolá levamos a palavra. Nunca sabemos, porém, se estaremos ao vivo para ver a árvore safrejar, a palavra difundir-se... Mas, a árvore perpetuar-se-á através da semente levada pelo vento e a palavra, por sua vez, não será extinta por este na areia, ela ecoa pela caatinga a dentro.
Disse Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo-se que tudo muda, embora estando o ser no mesmo espaço. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro.
Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond:
“Como a vida muda.
como a vida é muda.
como a vida é nuda.
como a vida é nada.
como a vida é tudo.
...
como a vida é senha
de outra vida nova
...
como a vida é vida
ainda quando morte
...
como a vida é forte
em suas algemas
...
como a vida é bela
...
como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida.”

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

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