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domingo, 31 de março de 2013

Páscoa: Ressuscita-me

Música de Aline Barros

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida, meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida, meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o Filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder

quarta-feira, 27 de março de 2013

Santas refeições

(foto: arquivo pessoal, bacalhoada de minha esposa)

           A cultura judaico-cristã é intensamente presente no interior da cultura brasileira. Agora, sobretudo, quando celebramos a páscoa, a simbologia que envolve os elementos daquele dia cruento – para os judeus, a libertação do Egito, a travessia apressada pelo mar vermelho com os cavalos e cavaleiros em seus calcanhares; para os cristãos, o drama da dor, do sofrimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré – parece dialogar profundamente com o dia a dia do cidadão brasileiro nas mais diferentes regiões, com os modos e peculiaridades de cada lugar.
            Para começar, é feriado nacional. Todos param e estabelece-se, quer queiramos ou não, uma ruptura no calendário de nossas rotinas. Abrimos o tempo profano (cronos) para dialogar com o sagrado (kairos) em nossas vidas. O curioso é que muita gente inverte a ordem das coisas e acaba suspendendo o sagrado em função do profano dando margem a inúmeros excessos.
            Em meio à memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo, o que nos chama atenção é a variedade culinária que se espalha pelo vasto território brasileiro nestes dias de preparação que antecedem a grande festa da páscoa para nós cristãos. A semana santa que culmina com a Ressurreição de Jesus no domingo se reveste de uma “santa comensalidade”. Em cada canto do país, por causa da influência da cultura judaico-cristã, é muito comum a criação de variados pratos alimentares que substituem tradicionalmente nossos rotineiros hábitos alimentares, o forte costume de todos os dias.
            Engraçado que a carne de boi, a famosa carne vermelha é substituída pelo peixe dos rios ou dos mares. É costume inserirmos nas refeições o tão recomendado bacalhau; que pode ser incrementado de muitos modos, cozido, como torta ao forno, bolinhos de bacalhau e etc. A quinta-feira do tríduo sagrado é dia reservado para o aguardado arroz doce. Refeições como estas, principalmente no interior do nordeste, são muito comuns e fáceis de ver e de se fazer, basta vontade e muito amor. Não podemos esquecer as suculentas umbuzadas feitas por nossos avós. O vinho ou suco de uvas é também acrescentado à mesa.
            As famílias se reúnem em volta de uma mesa mais farta neste período do ano, pois os costumes são mais fortes do que o bolso. Apesar dos ingredientes necessários para uma boa ceia pascal serem um pouco caros, mesmo assim o cidadão brasileiro faz questão de comer bacalhau, ova de peixe e outras iguarias tão tradicionais na semana santa. Ainda assim, não podemos nos dar ao luxo de esquecer o ovo da páscoa com bastante chocolate para afastarmos as tristes lembranças do sofrimento de Cristo e nos fixarmos somente em sua glória, em sua vitória, visto que o consumo de chocolate aumenta o nível do hormônio responsável pela sensação de bem-estar, de alegria, a “serotonina”, bem como o hormônio da “feniletilamina”, conhecido como o hormônio da paixão.
            Na verdade, conviver com todas estas guloseimas da semana santa e ter que praticar algum tipo de abstinência ou mortificação é um desafio e tanto, uma vez que os diferentes banquetes se sucedem um após outro deixando sabores inesquecíveis de quero mais. O querer mais em relação à comida e à bebida nos induz aos excessos, a comportamentos desmedidos, distanciando-nos do sentido do evangelho: “Não só de pão vive o homem”(Mt 4.4). Talvez, aí esteja a razão desta semana, compreender nossos paradoxos, contradições e ambiguidades. Figuras trágicas como as de Pedro e Judas parecem ser chaves nesta leitura. Negação e traição não faziam parte dos ingredientes. Ou faziam?
            Contudo, os banquetes da época de Jesus eram, certamente, mais sóbrios, modestos, regados a vinho ou suco de uvas. Os elementos da ceia pascal dos judeus estavam muito além do pão ázimo e do vinho, mas acrescia-se de carneiro assado, inteiro num espeto, geralmente um cabrito; “Harósset”, uma mistura de maçãs picadas, nozes cortadas, canela, passas, que serve como sobremesa; Ervas amargas, rabanete, chicória, “marór”; Ervas verdes, agrião, alface, aipo; Salmoura. Atualmente inclui-se no cardápio um ovo cozido, em memória da destruição do Templo, porém, é um elemento posterior à época de Jesus.
            Embora longe do modelo histórico de ceia pascal vivido por Jesus de Nazaré, é importante que não deixemos de adicionar ingredientes invisíveis ou pelo menos esquecidos às nossas guloseimas: a partilha e o amor. Após a sua morte, os seus discípulos e as comunidades cristãs colocavam tudo em comum e viviam como irmãos.
 

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bel. em Teologia, Licenciado em Filosofia, Esp. em Metafísica e Pós-graduando em Estudos Clássicos pela UnB/Archai/Unesco.

 

 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Geógrafo Júnior Galdino lança CD "Canções da Minha Fé"

O geógrafo Júnior Galdino  está divulgando a capa do seu mais novo trabalho musical, intitulado Canções da Minha Fé. "Este CD é resultado de um árduo trabalho junto com os amigos Wendell Azevêdo e Daniel Medeiros". Falou Júnior.



No Blog Coisas da Florânia, Júnior disse: "Posso sintetizar esse projeto como: Gratidão, Meditação e Oração. A Rádio Comunitária Ibiapina já está tocando as faixas de trabalho: A Ladeira, Hino do Santuário das Graças, O Escudo – A Voz da Verdade e A Traição(Zé Leão)". Concluiu.




Em breve estaremos disponibilizando todas as canções para baixar nas redes sociais, blog’s e sites.
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O polegar para cima!

Interessante. Quase sempre sou pego de surpresa multiplicando esse gesto por aí. Quando vejo um amigo ou mesmo um colega de profissão, o cumprimento ou a saudação vem-me logo de imediato, um polegar para cima. Às vezes, não sei nem se estou tão pra cima assim, mas o engraçado é que não me importo em saudar as pessoas dessa maneira. Vejo que há uma massa quase uniforme desfilando pelas ruas e calçadas das cidades dispensando como eu incontidos gestos com o polegar para cima. Ou para desejar sorte ou para dizer apenas um “olá”, um “como vai”, um “ok”. O curioso é que a importância que se dá a um gesto tão popular, tão nobre, mas não menos amistoso, é banal. É simples: Não damos a este ato a importância que ele carrega. 
Se banalizamos o gesto pelas vezes que se repete durante o dia, a memória da história não  será capaz de nos fazer livrar da importância que há nele. É dramática a cena do filme “Quo Vadis”(“Aonde vais”? Pergunta dirigida pelo apóstolo Pedro a Jesus Cristo que lhe apareceu, no momento, em que Ele, Pedro, havendo fugido do cárcere, ia deixar Roma), quando representa a entrada dos cristãos na arena romana, entregues aos leões e subjugados a uma ordem que estava por vir de cima do trono de Roma, Nero. Impiedoso, perseguidor e doente, não teve clemência ao ver uma multidão de cristãos dentro da arena esperando dramaticamente um polegar para cima. A decisão de Nero foi outra, um polegar para baixo que passou para a história como uma das maiores barbaridades feitas até então. Em meio à crueldade do Império Romano no início da era cristã, o gesto se repetia ora para baixo, ora para cima. Significando quando para baixo morte, quando para cima vida, sobrevivência.
Não tento aqui explicar de modo algum a origem de tão caro gesto, mesmo que se saiba que é da época dos duelos entre gladiadores, na Roma antiga, quando das competições em jogos e quando das exposições para o divertimento de autoridades romanas, porém o gesto passou para nós com uma carga de afirmação muito grande, de positividade mesmo. Parece até que esquecemos o polegar virado para baixo. O fato é que, embora o gesto não seja tão comum para baixo como o é para cima, o polegar virado para baixo é sinal de algo muito ruim, chegando até ser indelicado para alguém repetir tal gesto.
Engraçado, mas só para ilustrar, os políticos nunca o fazem para baixo consigo mesmos, mas só para cima, chegam a posar para as câmeras com os dois polegares para cima. Show! Flashes! Aplausos!
Prefiro fazê-lo para cima, mesmo que inconsciente. Acho que mais do que um “ok” dos americanos, o polegar para cima é sugestivo e entusiasma quem o faz e quem o recebe. Se o levarmos para a esteira da compreensão cristã, o ato quer dizer vitória e triunfo sobre os inimigos. Talvez com ele, repetidas vezes, estejamos nos libertando das permissões de morte que o império romano confirmou virando simplesmente o polegar baixo, ceifando inúmeras vidas. Ainda bem que, à medida que os polegares eram virados, a exemplo do filme “Quo vadis”, muitos cristãos elevavam suas vozes aos céus clamando por misericórdia e justiça, certos de que aquelas vidas ainda poderiam ser salvas.
Eis aí um bom motivo – e a história é testemunha disso – para nunca baixarmos nossos polegares para ninguém, pois é um bárbaro sinal de homicídio. Espalhemos por aí o “polegar para cima”, entregando às pessoas a vitória e o bom ânimo, vida. Ah, se pudéssemos reverter o sinal de Nero e de outros imperadores sanguinários, quantas vidas não seriam poupadas! Mas, pelo que deveria ser a história e não foi, vai um “ok” para você.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia, Especialista em Metafísica.
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domingo, 31 de março de 2013

Páscoa: Ressuscita-me

Música de Aline Barros

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida, meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida, meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o Filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder

quarta-feira, 27 de março de 2013

Santas refeições

(foto: arquivo pessoal, bacalhoada de minha esposa)

           A cultura judaico-cristã é intensamente presente no interior da cultura brasileira. Agora, sobretudo, quando celebramos a páscoa, a simbologia que envolve os elementos daquele dia cruento – para os judeus, a libertação do Egito, a travessia apressada pelo mar vermelho com os cavalos e cavaleiros em seus calcanhares; para os cristãos, o drama da dor, do sofrimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré – parece dialogar profundamente com o dia a dia do cidadão brasileiro nas mais diferentes regiões, com os modos e peculiaridades de cada lugar.
            Para começar, é feriado nacional. Todos param e estabelece-se, quer queiramos ou não, uma ruptura no calendário de nossas rotinas. Abrimos o tempo profano (cronos) para dialogar com o sagrado (kairos) em nossas vidas. O curioso é que muita gente inverte a ordem das coisas e acaba suspendendo o sagrado em função do profano dando margem a inúmeros excessos.
            Em meio à memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo, o que nos chama atenção é a variedade culinária que se espalha pelo vasto território brasileiro nestes dias de preparação que antecedem a grande festa da páscoa para nós cristãos. A semana santa que culmina com a Ressurreição de Jesus no domingo se reveste de uma “santa comensalidade”. Em cada canto do país, por causa da influência da cultura judaico-cristã, é muito comum a criação de variados pratos alimentares que substituem tradicionalmente nossos rotineiros hábitos alimentares, o forte costume de todos os dias.
            Engraçado que a carne de boi, a famosa carne vermelha é substituída pelo peixe dos rios ou dos mares. É costume inserirmos nas refeições o tão recomendado bacalhau; que pode ser incrementado de muitos modos, cozido, como torta ao forno, bolinhos de bacalhau e etc. A quinta-feira do tríduo sagrado é dia reservado para o aguardado arroz doce. Refeições como estas, principalmente no interior do nordeste, são muito comuns e fáceis de ver e de se fazer, basta vontade e muito amor. Não podemos esquecer as suculentas umbuzadas feitas por nossos avós. O vinho ou suco de uvas é também acrescentado à mesa.
            As famílias se reúnem em volta de uma mesa mais farta neste período do ano, pois os costumes são mais fortes do que o bolso. Apesar dos ingredientes necessários para uma boa ceia pascal serem um pouco caros, mesmo assim o cidadão brasileiro faz questão de comer bacalhau, ova de peixe e outras iguarias tão tradicionais na semana santa. Ainda assim, não podemos nos dar ao luxo de esquecer o ovo da páscoa com bastante chocolate para afastarmos as tristes lembranças do sofrimento de Cristo e nos fixarmos somente em sua glória, em sua vitória, visto que o consumo de chocolate aumenta o nível do hormônio responsável pela sensação de bem-estar, de alegria, a “serotonina”, bem como o hormônio da “feniletilamina”, conhecido como o hormônio da paixão.
            Na verdade, conviver com todas estas guloseimas da semana santa e ter que praticar algum tipo de abstinência ou mortificação é um desafio e tanto, uma vez que os diferentes banquetes se sucedem um após outro deixando sabores inesquecíveis de quero mais. O querer mais em relação à comida e à bebida nos induz aos excessos, a comportamentos desmedidos, distanciando-nos do sentido do evangelho: “Não só de pão vive o homem”(Mt 4.4). Talvez, aí esteja a razão desta semana, compreender nossos paradoxos, contradições e ambiguidades. Figuras trágicas como as de Pedro e Judas parecem ser chaves nesta leitura. Negação e traição não faziam parte dos ingredientes. Ou faziam?
            Contudo, os banquetes da época de Jesus eram, certamente, mais sóbrios, modestos, regados a vinho ou suco de uvas. Os elementos da ceia pascal dos judeus estavam muito além do pão ázimo e do vinho, mas acrescia-se de carneiro assado, inteiro num espeto, geralmente um cabrito; “Harósset”, uma mistura de maçãs picadas, nozes cortadas, canela, passas, que serve como sobremesa; Ervas amargas, rabanete, chicória, “marór”; Ervas verdes, agrião, alface, aipo; Salmoura. Atualmente inclui-se no cardápio um ovo cozido, em memória da destruição do Templo, porém, é um elemento posterior à época de Jesus.
            Embora longe do modelo histórico de ceia pascal vivido por Jesus de Nazaré, é importante que não deixemos de adicionar ingredientes invisíveis ou pelo menos esquecidos às nossas guloseimas: a partilha e o amor. Após a sua morte, os seus discípulos e as comunidades cristãs colocavam tudo em comum e viviam como irmãos.
 

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bel. em Teologia, Licenciado em Filosofia, Esp. em Metafísica e Pós-graduando em Estudos Clássicos pela UnB/Archai/Unesco.

 

 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Geógrafo Júnior Galdino lança CD "Canções da Minha Fé"

O geógrafo Júnior Galdino  está divulgando a capa do seu mais novo trabalho musical, intitulado Canções da Minha Fé. "Este CD é resultado de um árduo trabalho junto com os amigos Wendell Azevêdo e Daniel Medeiros". Falou Júnior.



No Blog Coisas da Florânia, Júnior disse: "Posso sintetizar esse projeto como: Gratidão, Meditação e Oração. A Rádio Comunitária Ibiapina já está tocando as faixas de trabalho: A Ladeira, Hino do Santuário das Graças, O Escudo – A Voz da Verdade e A Traição(Zé Leão)". Concluiu.




Em breve estaremos disponibilizando todas as canções para baixar nas redes sociais, blog’s e sites.
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O polegar para cima!

Interessante. Quase sempre sou pego de surpresa multiplicando esse gesto por aí. Quando vejo um amigo ou mesmo um colega de profissão, o cumprimento ou a saudação vem-me logo de imediato, um polegar para cima. Às vezes, não sei nem se estou tão pra cima assim, mas o engraçado é que não me importo em saudar as pessoas dessa maneira. Vejo que há uma massa quase uniforme desfilando pelas ruas e calçadas das cidades dispensando como eu incontidos gestos com o polegar para cima. Ou para desejar sorte ou para dizer apenas um “olá”, um “como vai”, um “ok”. O curioso é que a importância que se dá a um gesto tão popular, tão nobre, mas não menos amistoso, é banal. É simples: Não damos a este ato a importância que ele carrega. 
Se banalizamos o gesto pelas vezes que se repete durante o dia, a memória da história não  será capaz de nos fazer livrar da importância que há nele. É dramática a cena do filme “Quo Vadis”(“Aonde vais”? Pergunta dirigida pelo apóstolo Pedro a Jesus Cristo que lhe apareceu, no momento, em que Ele, Pedro, havendo fugido do cárcere, ia deixar Roma), quando representa a entrada dos cristãos na arena romana, entregues aos leões e subjugados a uma ordem que estava por vir de cima do trono de Roma, Nero. Impiedoso, perseguidor e doente, não teve clemência ao ver uma multidão de cristãos dentro da arena esperando dramaticamente um polegar para cima. A decisão de Nero foi outra, um polegar para baixo que passou para a história como uma das maiores barbaridades feitas até então. Em meio à crueldade do Império Romano no início da era cristã, o gesto se repetia ora para baixo, ora para cima. Significando quando para baixo morte, quando para cima vida, sobrevivência.
Não tento aqui explicar de modo algum a origem de tão caro gesto, mesmo que se saiba que é da época dos duelos entre gladiadores, na Roma antiga, quando das competições em jogos e quando das exposições para o divertimento de autoridades romanas, porém o gesto passou para nós com uma carga de afirmação muito grande, de positividade mesmo. Parece até que esquecemos o polegar virado para baixo. O fato é que, embora o gesto não seja tão comum para baixo como o é para cima, o polegar virado para baixo é sinal de algo muito ruim, chegando até ser indelicado para alguém repetir tal gesto.
Engraçado, mas só para ilustrar, os políticos nunca o fazem para baixo consigo mesmos, mas só para cima, chegam a posar para as câmeras com os dois polegares para cima. Show! Flashes! Aplausos!
Prefiro fazê-lo para cima, mesmo que inconsciente. Acho que mais do que um “ok” dos americanos, o polegar para cima é sugestivo e entusiasma quem o faz e quem o recebe. Se o levarmos para a esteira da compreensão cristã, o ato quer dizer vitória e triunfo sobre os inimigos. Talvez com ele, repetidas vezes, estejamos nos libertando das permissões de morte que o império romano confirmou virando simplesmente o polegar baixo, ceifando inúmeras vidas. Ainda bem que, à medida que os polegares eram virados, a exemplo do filme “Quo vadis”, muitos cristãos elevavam suas vozes aos céus clamando por misericórdia e justiça, certos de que aquelas vidas ainda poderiam ser salvas.
Eis aí um bom motivo – e a história é testemunha disso – para nunca baixarmos nossos polegares para ninguém, pois é um bárbaro sinal de homicídio. Espalhemos por aí o “polegar para cima”, entregando às pessoas a vitória e o bom ânimo, vida. Ah, se pudéssemos reverter o sinal de Nero e de outros imperadores sanguinários, quantas vidas não seriam poupadas! Mas, pelo que deveria ser a história e não foi, vai um “ok” para você.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia, Especialista em Metafísica.
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