domingo, 22 de fevereiro de 2015
Locke (1632-1704), Da importância do governo para os indivíduos em sociedade
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. Trad. Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro: Abril Cultural, 1978, cap. IX, p. 82 (Coleção "Os Pensadores").
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pequenas práticas de saberes...
Segundo a tendência racionalista, herdada de Descartes e Spinoza, prevalece o inatismo, pelo qual o sujeito que conhece seria o pólo mais importante no processo do conhecimento.
Conforme a tendência empirista, iniciada com Bacon, Hume e Locke, o sujeito que conhece é passivo, recebendo de fora – da experiência – os elementos para a elaboração do conteúdo mental.
Tais pressupostos de uma educação moderna são oriundos dos conceitos clássicos de Educação:
“A educação deve dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeição de que são capazes”(Platão) – idealista.
“Não há nada na inteligência que antes não se tenha passado pelos sentidos”(Aristóteles) – realista.
As quais se fundamentam num problema antiquiquíssimo, chamado de APORIA: No séc. VI – V a.C., Parmênides disse que nada pode mudar; que, por isso mesmo, as impressões dos sentidos não são dignas de confiança.
Já Heráclito, na mesma época, disse: que tudo se transforma(“tudo flui”) – “panta rei”; que as impressões dos sentidos são confiáveis.
Assim, muitos tentavam, assustadoramente, solucionar o impasse entre razão e sentidos.
Empédocles afirmava que ambos têm razão, pois a água pura será água pura por toda a eternidade e a natureza está em constante transformação. Ele acreditava que a natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, também chamados por ele de raízes. Estes quatro elementos eram a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Supera, assim, a dicotomia com uma belíssima síntese entre o imóvel e o móvel, entre o ser e devir.(séc V a.C.).
Immanuel Kant, por sua vez, conhecia muito bem tanto os racionalistas quanto os empiristas e concordava com ambos: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão? Para Kant, não importa o que possamos ver, sempre perceberemos com as “formas da sensibilidade”. Isto significa que podemos saber antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes de tirar os óculos da razão!(séc. XVIII d. C.).
Conforme Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Educação é um processo que se caracteriza por uma atividade mediadora entre sujeito e objeto, no seio da prática social global.
A Pedagogia é a necessidade sistemática de tornar a prática social global mais eficaz, a fim de definir os fins a serem atingidos.
A Filosofia da Educação acompanha reflexivamente os problemas educacionais.
As Ciências da Educação propõem processos de ensino(sistemas) mais sofisticados que superam o mero empirismo em educação.
As pequenas práticas de saberes supõem tudo isso que dissemos até agora, na medida em que o educador luta contra qualquer tipo de generalização.
Segundo Foucault na Microfísica do Poder, o educador precisa ser um pensador engajado em um trabalho crítico de seu presente, de si mesmo, buscando, por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo.
Os saberes são fragmentados, compartimentados, enquadrados nas específicas exigências dos indivíduos, por isso mesmo práticos e pequenos que penetram na singularidade da vida.
Parece-me que fora Nietzsche, na segunda metade do século XIX até meados do século XX, a desencadear essa nova modalidade de pensamento. Não segue necessariamente uma escala contínua e progressiva da estrutura do Pensamento, pois rompe com a Tradição para voltar às fontes, às origens da tragédia humana(Dionísio e Apolíneo), a fim de valorizar nossas potencialidades enquanto artistas de pensar o próprio pensamento. Acontece assim, uma ruptura do patrimônio histórico do pensamento humano.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
www.umasreflexoes.blogspot.com
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domingo, 22 de fevereiro de 2015
Locke (1632-1704), Da importância do governo para os indivíduos em sociedade
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. Trad. Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro: Abril Cultural, 1978, cap. IX, p. 82 (Coleção "Os Pensadores").
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pequenas práticas de saberes...
Segundo a tendência racionalista, herdada de Descartes e Spinoza, prevalece o inatismo, pelo qual o sujeito que conhece seria o pólo mais importante no processo do conhecimento.
Conforme a tendência empirista, iniciada com Bacon, Hume e Locke, o sujeito que conhece é passivo, recebendo de fora – da experiência – os elementos para a elaboração do conteúdo mental.
Tais pressupostos de uma educação moderna são oriundos dos conceitos clássicos de Educação:
“A educação deve dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeição de que são capazes”(Platão) – idealista.
“Não há nada na inteligência que antes não se tenha passado pelos sentidos”(Aristóteles) – realista.
As quais se fundamentam num problema antiquiquíssimo, chamado de APORIA: No séc. VI – V a.C., Parmênides disse que nada pode mudar; que, por isso mesmo, as impressões dos sentidos não são dignas de confiança.
Já Heráclito, na mesma época, disse: que tudo se transforma(“tudo flui”) – “panta rei”; que as impressões dos sentidos são confiáveis.
Assim, muitos tentavam, assustadoramente, solucionar o impasse entre razão e sentidos.
Empédocles afirmava que ambos têm razão, pois a água pura será água pura por toda a eternidade e a natureza está em constante transformação. Ele acreditava que a natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, também chamados por ele de raízes. Estes quatro elementos eram a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Supera, assim, a dicotomia com uma belíssima síntese entre o imóvel e o móvel, entre o ser e devir.(séc V a.C.).
Immanuel Kant, por sua vez, conhecia muito bem tanto os racionalistas quanto os empiristas e concordava com ambos: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão? Para Kant, não importa o que possamos ver, sempre perceberemos com as “formas da sensibilidade”. Isto significa que podemos saber antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes de tirar os óculos da razão!(séc. XVIII d. C.).
Conforme Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Educação é um processo que se caracteriza por uma atividade mediadora entre sujeito e objeto, no seio da prática social global.
A Pedagogia é a necessidade sistemática de tornar a prática social global mais eficaz, a fim de definir os fins a serem atingidos.
A Filosofia da Educação acompanha reflexivamente os problemas educacionais.
As Ciências da Educação propõem processos de ensino(sistemas) mais sofisticados que superam o mero empirismo em educação.
As pequenas práticas de saberes supõem tudo isso que dissemos até agora, na medida em que o educador luta contra qualquer tipo de generalização.
Segundo Foucault na Microfísica do Poder, o educador precisa ser um pensador engajado em um trabalho crítico de seu presente, de si mesmo, buscando, por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo.
Os saberes são fragmentados, compartimentados, enquadrados nas específicas exigências dos indivíduos, por isso mesmo práticos e pequenos que penetram na singularidade da vida.
Parece-me que fora Nietzsche, na segunda metade do século XIX até meados do século XX, a desencadear essa nova modalidade de pensamento. Não segue necessariamente uma escala contínua e progressiva da estrutura do Pensamento, pois rompe com a Tradição para voltar às fontes, às origens da tragédia humana(Dionísio e Apolíneo), a fim de valorizar nossas potencialidades enquanto artistas de pensar o próprio pensamento. Acontece assim, uma ruptura do patrimônio histórico do pensamento humano.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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