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sábado, 10 de novembro de 2012

1ª Mostra das Atividades Optativas do PROEMI realizadas na EETA

A Escola Estadual Teônia Amaral apresenta a 1ª Mostra das Atividades Optativas do ProEMI que realizar-se-á no período de 12 a 16 de novembro com a seguinte programação:

Apresentações restritas aos alunos:

Dia - 12/11
Hora - 13h30
Oficina -  Leitura de Imagem 
Local - Centro Educacional do Saber
 
Dia - 13/11
Hora - 8h30 hs
Oficina - Leitura de Imagem 
Local - Escola Municipal Macária Giffoni;
Hora - 13h30
Oficina - Leitura de Imagem na Escola Nossa Senhora das Graças
 
Dia - 14/11
Hora - 8:00 h 
Oficina - Leitura de Imagem 
Local - Centro de Educação Infantil Senhor Menino;
Hora - 13h30 hs
Oficina - Leitura de Imagem na Escola Estadual Coronel Silvino Bezerra.


Programação aberta ao público na Escola Estadual Coronel Silvino Bezerra
Dia - 16/11
Hora - 8h às 15hs
- Exposição dos trabalhos das oficinas do ProEMI.
- Sala 8: Gêneros Jornalísticos: Diversidade e interação;
- Sala 10: Ciências: Novas Vivências e Valores;
- Tele-sala: Tecendo o Cotidiano de Flores: Uma Análise Documental dos Séculos XIX e XX;
- Palco: Saúde e Qualidade de Vida;

Hora - 19hs
- Apresentações Culturais no palco:
- Resgatando a Cultura das Danças: Pastoril;

- Saúde e Qualidade de Vida: Expressão Corporal;
- Música: Harmonia para a Vida (violão): Apresentação Musical;


Acompanhamento pedagógico: 
- Apresentação da Banda Marcial Sebastião Cruz Filho, 
- Lançamento de produções audiovisuais na 4ª Mostra de Cinema na Escola:
Zezinho e a Árvore Gigante;
- O Encosto.

Refeitório: Praça de Alimentação do Programa Despertar.


Parceiros:

UFRN
PREFEITURA DE FLRÂNIA
PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO
CÂMARA MUNICIPAL DE FLORÂNIA
PONTO DE CULTURA
ESCOLA ESTADUAL CORONEL SILVINO BEZERRA

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Que a EDUCAÇÃO volte a nos libertar!


"Que a jovem alma se volte retrospectivamente para sua vida e faça a seguinte pergunta: 'O que tu verdadeiramente amaste até agora, que coisa te atraíram, pelo que tu te sentiste dominado e ao mesmo tempo totalmente cumulado? Faz passar novamente sob teus olhos a série inteira destes objetos venerados, e talvez eles te revelem, por sua natureza e por sua sucessão, uma lei, a lei fundamental do teu verdadeiro eu. Compare estes objetos, observe como eles se completam, crescem, se superam, se transfiguram mutuamente, como formam uma escala graduada através da qual até agora te elevaste até o teu eu. Pois tua essência verdadeira não está oculta no fundo de ti, mas colocada infinitamente acima de ti, ou pelo menos daquilo que tomas comumente como sendo teu eu. Teus verdadeiros educadores, aqueles que te formarão, te revelarão o que são verdadeiramente o sentido original e a substância fundamental da tua essência, algo que resiste absolutamente a qualquer educação e a qualquer formação, qualquer coisa em todo caso de difícil acesso, como um feixe compacto e rígido: Teus educadores não podem ser outra coisa senão teus libertadores"

(In Nietzsche, Consideração intempestiva: Schopenhauer educador. Cf. MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 2011, p. 183-184)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

UVA 2009.2: Educação Indígena e Cultura Afro-descendente


A turma de Pedagogia da UVA 2009.2 tem a honra de convidar toda a sociedade em geral, para prestigiar uma feira cultural com o tema Educação Indígena e Cultura Afro-descendente.

O evento acontecerá neste sábado dia 27 de agosto de 2011 das 08h30min às 15h00min, na Escola Municipal Domingas Francelina das Neves.

Agradecemos pela presença!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os Dez Mandamentos do bom Professor - Parte 01.


Esses mandamentos foram construídos para o professor do Ensino Básico brasileiro
(caso ele ganhasse, no mínimo, 21 reais a hora aula)

1. Ter o domínio do que pretende que seja aprendido. Há um ditado popular que diz “que quem não sabe ensina”. O bom professor prova que esse ditado está errado, só quem realmente sabe, ensina de modo efetivo a ponto do aprendizado ser completo. O aprendizado se dá não se o estudante sabe repetir enunciados sobre o que ouviu, mas se, de acordo com os conteúdos que foram ensinados, opera com eles em sua vida por meio de comportamentos e hábitos que passa a ter, e que antes não tinha.
2. Ter a capacidade de se colocar no lugar do aluno, ouvindo-o e levando-o a sério. Muitos adultos, pais e professores fazem “café com leite” das crianças. Jogam com eles através de artifícios. Esses artifícios começam cedo, quando elas são pequeninas (deixando-as ganhar em jogo que elas não entendem etc.) e, depois, erradamente, se mantém na escola. Eis então que toda a arte da conversação se torna falsa e mais falsa ainda quando a didática é artificial. O aluno percebe logo que esses adultos vivem na artificialidade e, então, identificam também no professor e na escola essa situação “de brincadeirinha”, ele ou se revolta ou se adapta de modo pouco produtivo ou aparentemente produtivo.
3. Saber convencer. O bom professor é alguém que “vende o seu peixe” ou “ganha o aluno para o seu negócio”. Não se ensina por meio de frases doutrinárias ou textos excessivamente posicionados que se negam a oferecer boas razões do que defendem. A conversação em sala de aula é um “dar e receber razões”. O professor é uma pessoa persuasiva ou não é professor. Mas a persuasão do professor não é qualquer uma, ela é feita por mostrar razões e ele ensina por meio de solicitar razões.
4. Ser razoável. Uma das coisas mais difíceis para o professor é ser razoável. Em geral ele ou cria situações que são impossíveis do aluno cumprir, que ele próprio, professor, não conseguiu e não conseguiria cumprir em situação normal, ou então ele adota a postura de “passar a mão na cabeça”, tomando os alunos como incapazes e facilitando o serviço deles para além da conta. Na sala de aula o professor faz o jogo de “dar e pedir razões” quanto ao conteúdo, mas na postura geral quanto aos alunos vale sua capacidade de ponderar, perante si mesmo, se ele realmente é uma pessoa razoável ou apenas alguém inconseqüente.
5. Ter grande percepção de si mesmo. O bom professor é um analista de si mesmo. Estou bem vestido para ir dar aula? Minha voz é boa? Estou atento aos alunos ou sou desleixado? Sou capaz de admitir quando erro? Gosto da atividade de professor? Tenho capacidade de não me deixar levar por impulsos meus, e inclusive por complexos psicológicos? Tenho mesmo a capacidade de ajudar os alunos ou sempre acho que há algum caçoando de mim, e quero prejudicá-lo. Trabalho antes por vingança contra aluno que por entender que faço parte de um grupo de elite que é “formador de opinião”? O professor que não consegue ser sincero para si mesmo diante dessas perguntas, que não consegue se preparar com isso, nunca será um bom professor. Preparar a aula é, antes de tudo, preparar a si mesmo.

Blog: http://ghiraldelli.pro.br
Twitter: http://twitter.com/ghiraldelli
Portal: http://filosofia.pro.br


Os Dez Mandamentos do bom Professor - Parte 02.

6. Ter capacidade de compreender a profissão. O bom professor conhece a dimensão pedagógica, política e sindical de sua profissão. Na dimensão pedagógica, ele é alguém que não se admite despreparado para uma aula. Se não sabe, busca aprender. Na dimensão política, ele sabe que é um cidadão com o qual a sociedade conta como mais qualificado que outros, que é dele que se espera a vinda das idéias para as melhores mudanças. Na dimensão sindical ele mostra conhecer a legislação que rege o ensino e também a que rege a sua própria carreira. Está sempre pronto para atuar na articulação entre necessidades sindicais e necessidades pedagógicas. Não é bom professor aquele que nunca leu um bom manual de filosofia e história da educação brasileira.

7. Ser um leitor consciente. O bom professor não tira a cópia Xerox e nem incentiva o Xerox que, aliás, é crime. Ele valoriza o livro, educa seus alunos para terem uma mini-biblioteca, a freqüentarem livrarias presenciais ou virtuais. Fomenta o gosto pela leitura e, principalmente, ensina seus alunos a ler no sentido da ampliação do texto, não no sentido do “fichamento” ou “resumo”. Ele próprio é um leitor atento para todas as variáveis do texto, para o autor, jamais opinando somente porque leu o título ou fazendo do texto um pretexto para falar sobre outro assunto que não aquele que diz comentar. O professor de “cabeça cheia”, ou seja, aquele que só tem uma idéia e tudo que lê absorve segundo aquela idéia, gerará alunos frustrados ou então alunos limitados como ele.

8. Ser um desbravador criativo. Alunos são crateras ferventes, em vários níveis. Na adolescência, o vulcão entra em erupção. O professor não deve temer isso. Ele também foi criança e jovem. Não pode temer o seu passado. Deve compreender suas angústias e verificar se conseguiu superá-las. Caso tenha conseguido, poderá indicar caminhos para os alunos. Caso não tenha conseguido, deve se precaver para não perder o auto-controle diante dos problemas dos alunos que, enfim, o fazem lembrar que ele também não superou sua adolescência. Em um determinado nível, nunca somos adultos. No entanto, como professores, devemos saber quando é que o problema do aluno é o nosso, e como que não podemos nos perder nessa possível confusão. A conversa com os jovens fora da sala de aula, tentando compreendê-los, pode manter a profissão em seu exercício possível, diário, difícil, às vezes até perigoso. Entrar em novos campos exige capacidade criativa. Enfrentar a vida é para quem tem imaginação.

9. Ser capaz de fazer do aprendizado uma tarefa coletiva e desafiadora. A pior situação que o professor pode criar é aquela em que ele não consegue mostrar que os problemas que irá tentar resolver em sala de aula, durante o ano letivo, não são só dele ou “da escola” ou “para cumprir etapa”. Os problemas são problemas de todos. São desafios que devem ser postos para toda a classe que o professor tem diante de si e para ele mesmo. Posto um problema, o professor deve convidar os alunos a enfrentá-lo junto com ele, pois se trata de um problema de todos – real problema de todos. Ninguém escapa de problemas que se universalizam e que, por isso, são também particulares, que estão acontecendo com cada um de nós. Compreendido isso, então o problema ou “a matéria” se torna um desafio interessante e válido para o estudante. Do mesmo modo que ela o é para o professor – ou deveria ser.

10. Ser curioso. O professor é curioso ou não é nem nunca será professor. O professor que toma o assunto que irá ensinar não problemático, sem algo que desperte sua curiosidade e, então, seja capaz de aguçar a curiosidade do aluno, inclusive sua imaginação, não tem qualquer habilidade para ser professor. Deve desistir.

©2010 Paulo Ghiraldelli Jr. filósofo, escritor e professor da UFRRJ



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sábado, 22 de janeiro de 2011

REINÍCIO DAS AULAS, UM NOVO COMEÇO...

Neste início de ano, somos convidados a fazer algumas reflexões com nossos alunos acerca de algumas questões que se fazem necessárias para que possamos ter melhores resultados ao longo do ano letivo. De inicio, precisamos traçar algumas metas, levando em consideração algumas experiências vivenciadas no ano anterior que podem ser revisitadas para um melhor aproveitamento do ano que se inicia. Para isto, sugiro algumas questões: Quais são os objetivos que temos a alcançar? Como vamos organizar nosso tempo de estudos? Com qual motivação iniciamos este ano? Levando em consideração anos anteriores, quais as barreiras que precisamos ultrapassar? Que erros, precisamos corrigir? Quais os ganhos, conquistas que tivemos? E, que avanços, vamos nos propor alcançar? Precisamos ler mais? Ficar mais atentos as aulas? Caprichar mais nos estudos, nos trabalhos? Equacionar melhor o tempo? Aprofundar o nível de interesse? Reavaliar o interesse por disciplinas que temos mais dificuldade? Definir prioridades?
Pensando em tudo isto, sabemos que muitos alunos apresentam dificuldades de aprendizado, problemas que podem ser de ordem cognitiva ou não, já que muitas vezes as dificuldades em aprender podem estar relacionadas a outros problemas, talvez psicológicos, emocionais, de integração com colegas novatos, ou a um sistema diferente de critério de estudo, de avaliações, de exigências da nova escola. Certamente muitos estão se perguntando, de que forma podemos abordar estas questões para evitar tensão ou desestímulo nos estudantes? Uma abordagem interessante é fazer os alunos acreditarem em si mesmos, no seu potencial e que, mesmo que o ano anterior não tenha sido bom, um novo ano se inicia, e com ele uma nova oportunidade de fazer tudo novo. Fazê-los acreditar que são capazes, que melhorar é possível, que, com um pouco mais de garra e força de vontade, pode-se conseguir resultados muito superiores aos já alcançados. Para que isto aconteça, se faz necessário, desde o inicio do ano, organizar o tempo já que, quando deixamos para estudar depois, as coisas se complicam.
Para que os alunos consigam esta organização e, com isto, maior êxito em seus estudos, sugere-se algumas dicas para melhor administrar seus deveres escolares e seu tempo de estudo em geral:
Tomada de decisão - Após a confrontação dos pontos positivos e negativos no ano anterior, procure tomar uma decisão pessoal e assuma a responsabilidade pelos seus estudos; comprometa-se em se aperfeiçoar e tenha consciência que isto é um processo gradativo.
Não dispense ajuda - Analisando com cuidado verá que a contribuição de outras pessoas poderá lhe ajudar muito ao longo deste processo. Talvez seja necessário ter uma conversa franca com seus familiares, com a Coordenação Pedagógica da escola, com algum professor, com seu colega mais próximo; quem sabe isto não abrirá novos caminhos para você, pois, lembre-se, todas estas pessoas são suas aliadas neste processo.
Organize-se - Um fator muito importante é a organização, pois, além de otimizar seu tempo, você fará um planejamento que dará ênfase a prioridades e poderá estabelecer metas. Desta forma, os horários mais adequados para os estudos devem ser considerados de acordo com o rendimento de cada pessoa, faz-se necessário identificar o seu. Não se esqueça que é necessário um tempo maior para as disciplinas com as quais tem maior dificuldade.
Não fique sobrecarregado de atividades - quando fizer o planejamento diário e semanal, deve ter clareza do que é possível fazer, para não se frustrar. Por isso, é necessário ter bem claro quais são suas prioridades.
Faça algumas pausas – Não é produtivo ficar muito tempo seguido na mesma atividade. Por isto sugere-se que faça algumas pausas e nelas pode aproveitar para fazer algum exercício físico, além de ser uma forma de distração, ajuda você a recarregar as energias. No entanto, deve haver um equilíbrio das atividades físicas com as intelectuais. Para isto, uma idéia é que destine duas horas por dia para elas, contanto que tenha consciência da hora de voltar aos livros.
O lazer também é importante - É também de suma importância a necessidade do lazer e dos momentos propícios ao relacionamento afetivo no processo do aprendizado e, seus efeitos são observados nos campos físico, social, intelectual, emocional, moral, espiritual...
A Sociedade do amanhã se constrói hoje - Por fim, lembre-se, você está se formando para a vida, para a diversidade de contextos. Cada um de vocês está inserido numa caminhada ininterrupta de aprendizagem, e isto implica esforço, dedicação sistemática, dispêndio de energia, busca incessante de novos conhecimentos, voltados ao alcance dos seus objetivos, visando uma renovação constante. Vocês, crianças, adolescentes e jovens, são o futuro da sociedade e, tem muito a contribuir na construção de uma sociedade melhor, desde que, bem cedo, tomem consciência de que são construtores do conhecimento tanto individual quanto coletivo.

Aos professores um bom ano de trabalho, com muito êxito na arte de ensinar. E aos estudantes, acreditem em si, e bons estudos.
Abraço fraterno.


Prof Luiz Carlos Kons
Assessor Filosófico-Pedagógico S.E.R

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Professora é agredida dentro da sala de aula em Porto Alegre

Uma professora com medo de voltar para a sala de aula. Ela foi espancada com socos e até uma cadeira. Sofreu fraturas nos braços e ferimentos no rosto.

O aluno suspeito da agressão se apresentou à polícia e vai prestar depoimento nesta tarde. Ele tirava notas altas e não gostou de tirar uma nota C.

“Quando eu desacordei na segunda cadeirada ele veio com os punhos, veio me soquear, foi quando eu perdi os dentes”, conta Jane de Leon Antunes, coordenadora pedagógica.

Jane foi agredida por um aluno do curso técnico de enfermagem de uma escola particular. "Ele disse: eu gosto muito de ti, mas vou te punir e veio com a cadeira, quebrou a cadeira, quebrou a minha sala”, diz.

O agressor é Rafael de Souza Ferreira, de 23 anos. O delegado se surpreendeu com tamanho da violência.

“São muitos anos de polícia e com certeza uma violência nesse âmbito escolar é a primeira vez que eu vejo, de quase chegar a óbito”, afirma Fernando Soares, delegado.

Segundo os investigadores, o agressor é lutador de Jiu-Jitsu, e procurou a polícia para verificar se havia queixa contra ele. Rafael disse ser vítima de racismo.

O aluno não quis gravar entrevista. Por telefone, negou que tenha agredido a professora. Contou que lutou com um segurança da escola que queria impedir a saída dele da sala da coordenação. Na briga, Rafael diz que jogou no segurança a cadeira, que atingiu a professora.

Uma pesquisa feita por esta psicóloga no Paraná com 500 professores revelou que quase a metade (47%) queria mudar de profissão.

E 12% dos entrevistados apresentavam uma doença grave ligada à depressão. A síndrome do esgotamento profissional.

José Roberto, 35 anos, cinco como professor se aposentou por depressão. Não quer mais saber de voltar a ensinar. “Não é fácil, os alunos não respeitam nem os pais, vão respeitar o professor que é estranho?", diz.

Tânia Marques, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diz que os limites de convivência devem ser ensinados de forma tranquila e desde a infância, em casa. “Atualmente as pessoas estão com uma dificuldade bastante grande de dar limites. No momento em que vão dar um limite acabam fazendo de uma forma agressiva”.

A matrícula de Rafael já foi cancelada. Jane não sabe se vai voltar ao trabalho. “Eu tenho medo tenho medo, meu filho não quer que eu volte”, afirma.

O aluno acusado de agredir a professora pode responder por tentativa de homicídio. Se condenado, ele pode cumprir pena de quatro a cinco anos de prisão.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/11/

sexta-feira, 28 de maio de 2010

As três fases da vida de um Professor em Roland Barthes por Rubem Alves...


Certa vez, numa palestra de Educação para a cidadania, em Santos São Paulo, o educador e escritor Rubem Alves pediu para que ninguém tomasse nota de suas palavras porque essa não era a maneira de levar a sério um assunto, mas o contrário, não levar a sério. Dizia ele que quando se está envolvido numa conversa afetuosa é até indelicadeza tomar nota. E brincava: “Não se toma nota quando se está fazendo amor”. Segundo ele, toda experiência de conversa é uma experiência de fazer amor. Tal motivo, o levou, na palestra, a citar o comentado Roland Barthes que emprestou algumas ideias suas para ilustrar o caminho da exposição de Rubem Alves naquela ocasião. Para Rubem Alves, este é o educador que ele mais ama, pois tinha a capacidade de extrair a beleza das coisas que seus alunos falavam. Era de uma delicadeza incomparável, uma vez que todos se sentiam inteligentes em sua companhia, afirmou Rubem.

Sendo assim, transcrevo um pouco aqui da sensibilidade de Roland Barthes em sua obra “A Aula”(Texto que produziu para uma aula inaugural como Professor de Semiologia no Collège de France) sobre as três fases da vida de um professor a partir das palavras de Rubem Alves.

“Na primeira fase, ensina-se o que se sabe. E é verdade, a gente ensina o que sabe, a gente ensina a criança a dar nó no sapato, a andar de bicicleta, a somar, a subtrair, a escrever, a gente ensina as coisas que sabe, a gente ensina a subir numa árvore, a pintar, a desenhar, enfim. Esse “ensinar as coisas que sabe” é um ato de transmitir as receitas de como viver o que a gente aprendeu. Parte dos nossos saberes são receitas, como receita culinária do livro da Dona Benta. Na segunda fase, então ele diz: mas a gente vive um pouco mais e começa a ensinar as coisas que a gente não sabe. Aí as pessoas perguntam: mas como é que a gente pode ensinar aquilo que a gente não sabe? Imagine que a minha filha me pergunte: pai, onde é que fica a Rua Sampainho? Sampainho é uma rua lá em Campinas. Então eu digo a ela: não sei onde fica a Rua Sampainho, mas na lista telefônica tem uma série de mapas, você procura o nome da rua, na lista dos endereços, e lá tem indicação do mapa e você vai achar. Eu não sei onde é a Rua Sampainho, mas, apesar de não saber, ensinei minha filha a achar a Rua Sampainho. Essa é uma das coisas mais lindas sobre a vida de um professor. Não é aquele professor que sabe o programa, isso é banal. Os programas estão em livros, os professores que sabem o programa vão desaparecer: eles serão substituídos por disquetes, programas e livros. Mas ensinar a encontrar é a coisa mais importante: isso tem o nome de “fazer pesquisa”... É isso que a gente faz, não é? Quando a gente está ensinando a fazer pesquisa, está ensinando a coisa que a gente mesmo não sabe. O orientador da pesquisa é aquele que não sabe nada, quem sabe é o aluno, o aluno vai lá, visita a coisa, vem e conta para o professor e o professor aprende. Na situação de pesquisa, o orientador se torna aluno do aluno que faz a pesquisa.Finalmente, com a terceira fase, chegou o momento supremo da minha vida, eu me entrego à maior de todas as forças da vida viva. Eu me entrego ao poder do esquecimento, procuro esquecer, desaprender tudo o que eu aprendi. Vejam que coisa curiosa, dizer que ele, professor de semiologia, estava se dedicando a desaprender tudo. Parece o contrário do ideal de aprendizagem, de educação, de que a gente vai cada vez saber mais. Ele está dizendo que queria saber menos, saber menos”(Rubem Alves, in Palestra sobre Educação para a Cidadania).

Estas são as três fases da vida de um professor na concepção de Roland Barthes conforme o jeito e o linguajear de contar do escritor Rubem Alves. Todo bom professor que se preze deveria ler e reler esse texto, antes de acharmos que estamos envelhecendo no prazeroso percurso do ensino-aprendizagem.

Professor Jackislandy Meira de Medeiros Silva

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sábado, 10 de novembro de 2012

1ª Mostra das Atividades Optativas do PROEMI realizadas na EETA

A Escola Estadual Teônia Amaral apresenta a 1ª Mostra das Atividades Optativas do ProEMI que realizar-se-á no período de 12 a 16 de novembro com a seguinte programação:

Apresentações restritas aos alunos:

Dia - 12/11
Hora - 13h30
Oficina -  Leitura de Imagem 
Local - Centro Educacional do Saber
 
Dia - 13/11
Hora - 8h30 hs
Oficina - Leitura de Imagem 
Local - Escola Municipal Macária Giffoni;
Hora - 13h30
Oficina - Leitura de Imagem na Escola Nossa Senhora das Graças
 
Dia - 14/11
Hora - 8:00 h 
Oficina - Leitura de Imagem 
Local - Centro de Educação Infantil Senhor Menino;
Hora - 13h30 hs
Oficina - Leitura de Imagem na Escola Estadual Coronel Silvino Bezerra.


Programação aberta ao público na Escola Estadual Coronel Silvino Bezerra
Dia - 16/11
Hora - 8h às 15hs
- Exposição dos trabalhos das oficinas do ProEMI.
- Sala 8: Gêneros Jornalísticos: Diversidade e interação;
- Sala 10: Ciências: Novas Vivências e Valores;
- Tele-sala: Tecendo o Cotidiano de Flores: Uma Análise Documental dos Séculos XIX e XX;
- Palco: Saúde e Qualidade de Vida;

Hora - 19hs
- Apresentações Culturais no palco:
- Resgatando a Cultura das Danças: Pastoril;

- Saúde e Qualidade de Vida: Expressão Corporal;
- Música: Harmonia para a Vida (violão): Apresentação Musical;


Acompanhamento pedagógico: 
- Apresentação da Banda Marcial Sebastião Cruz Filho, 
- Lançamento de produções audiovisuais na 4ª Mostra de Cinema na Escola:
Zezinho e a Árvore Gigante;
- O Encosto.

Refeitório: Praça de Alimentação do Programa Despertar.


Parceiros:

UFRN
PREFEITURA DE FLRÂNIA
PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO
CÂMARA MUNICIPAL DE FLORÂNIA
PONTO DE CULTURA
ESCOLA ESTADUAL CORONEL SILVINO BEZERRA

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Que a EDUCAÇÃO volte a nos libertar!


"Que a jovem alma se volte retrospectivamente para sua vida e faça a seguinte pergunta: 'O que tu verdadeiramente amaste até agora, que coisa te atraíram, pelo que tu te sentiste dominado e ao mesmo tempo totalmente cumulado? Faz passar novamente sob teus olhos a série inteira destes objetos venerados, e talvez eles te revelem, por sua natureza e por sua sucessão, uma lei, a lei fundamental do teu verdadeiro eu. Compare estes objetos, observe como eles se completam, crescem, se superam, se transfiguram mutuamente, como formam uma escala graduada através da qual até agora te elevaste até o teu eu. Pois tua essência verdadeira não está oculta no fundo de ti, mas colocada infinitamente acima de ti, ou pelo menos daquilo que tomas comumente como sendo teu eu. Teus verdadeiros educadores, aqueles que te formarão, te revelarão o que são verdadeiramente o sentido original e a substância fundamental da tua essência, algo que resiste absolutamente a qualquer educação e a qualquer formação, qualquer coisa em todo caso de difícil acesso, como um feixe compacto e rígido: Teus educadores não podem ser outra coisa senão teus libertadores"

(In Nietzsche, Consideração intempestiva: Schopenhauer educador. Cf. MOSÉ, Viviane. O homem que sabe. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 2011, p. 183-184)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

UVA 2009.2: Educação Indígena e Cultura Afro-descendente


A turma de Pedagogia da UVA 2009.2 tem a honra de convidar toda a sociedade em geral, para prestigiar uma feira cultural com o tema Educação Indígena e Cultura Afro-descendente.

O evento acontecerá neste sábado dia 27 de agosto de 2011 das 08h30min às 15h00min, na Escola Municipal Domingas Francelina das Neves.

Agradecemos pela presença!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os Dez Mandamentos do bom Professor - Parte 01.


Esses mandamentos foram construídos para o professor do Ensino Básico brasileiro
(caso ele ganhasse, no mínimo, 21 reais a hora aula)

1. Ter o domínio do que pretende que seja aprendido. Há um ditado popular que diz “que quem não sabe ensina”. O bom professor prova que esse ditado está errado, só quem realmente sabe, ensina de modo efetivo a ponto do aprendizado ser completo. O aprendizado se dá não se o estudante sabe repetir enunciados sobre o que ouviu, mas se, de acordo com os conteúdos que foram ensinados, opera com eles em sua vida por meio de comportamentos e hábitos que passa a ter, e que antes não tinha.
2. Ter a capacidade de se colocar no lugar do aluno, ouvindo-o e levando-o a sério. Muitos adultos, pais e professores fazem “café com leite” das crianças. Jogam com eles através de artifícios. Esses artifícios começam cedo, quando elas são pequeninas (deixando-as ganhar em jogo que elas não entendem etc.) e, depois, erradamente, se mantém na escola. Eis então que toda a arte da conversação se torna falsa e mais falsa ainda quando a didática é artificial. O aluno percebe logo que esses adultos vivem na artificialidade e, então, identificam também no professor e na escola essa situação “de brincadeirinha”, ele ou se revolta ou se adapta de modo pouco produtivo ou aparentemente produtivo.
3. Saber convencer. O bom professor é alguém que “vende o seu peixe” ou “ganha o aluno para o seu negócio”. Não se ensina por meio de frases doutrinárias ou textos excessivamente posicionados que se negam a oferecer boas razões do que defendem. A conversação em sala de aula é um “dar e receber razões”. O professor é uma pessoa persuasiva ou não é professor. Mas a persuasão do professor não é qualquer uma, ela é feita por mostrar razões e ele ensina por meio de solicitar razões.
4. Ser razoável. Uma das coisas mais difíceis para o professor é ser razoável. Em geral ele ou cria situações que são impossíveis do aluno cumprir, que ele próprio, professor, não conseguiu e não conseguiria cumprir em situação normal, ou então ele adota a postura de “passar a mão na cabeça”, tomando os alunos como incapazes e facilitando o serviço deles para além da conta. Na sala de aula o professor faz o jogo de “dar e pedir razões” quanto ao conteúdo, mas na postura geral quanto aos alunos vale sua capacidade de ponderar, perante si mesmo, se ele realmente é uma pessoa razoável ou apenas alguém inconseqüente.
5. Ter grande percepção de si mesmo. O bom professor é um analista de si mesmo. Estou bem vestido para ir dar aula? Minha voz é boa? Estou atento aos alunos ou sou desleixado? Sou capaz de admitir quando erro? Gosto da atividade de professor? Tenho capacidade de não me deixar levar por impulsos meus, e inclusive por complexos psicológicos? Tenho mesmo a capacidade de ajudar os alunos ou sempre acho que há algum caçoando de mim, e quero prejudicá-lo. Trabalho antes por vingança contra aluno que por entender que faço parte de um grupo de elite que é “formador de opinião”? O professor que não consegue ser sincero para si mesmo diante dessas perguntas, que não consegue se preparar com isso, nunca será um bom professor. Preparar a aula é, antes de tudo, preparar a si mesmo.

Blog: http://ghiraldelli.pro.br
Twitter: http://twitter.com/ghiraldelli
Portal: http://filosofia.pro.br


Os Dez Mandamentos do bom Professor - Parte 02.

6. Ter capacidade de compreender a profissão. O bom professor conhece a dimensão pedagógica, política e sindical de sua profissão. Na dimensão pedagógica, ele é alguém que não se admite despreparado para uma aula. Se não sabe, busca aprender. Na dimensão política, ele sabe que é um cidadão com o qual a sociedade conta como mais qualificado que outros, que é dele que se espera a vinda das idéias para as melhores mudanças. Na dimensão sindical ele mostra conhecer a legislação que rege o ensino e também a que rege a sua própria carreira. Está sempre pronto para atuar na articulação entre necessidades sindicais e necessidades pedagógicas. Não é bom professor aquele que nunca leu um bom manual de filosofia e história da educação brasileira.

7. Ser um leitor consciente. O bom professor não tira a cópia Xerox e nem incentiva o Xerox que, aliás, é crime. Ele valoriza o livro, educa seus alunos para terem uma mini-biblioteca, a freqüentarem livrarias presenciais ou virtuais. Fomenta o gosto pela leitura e, principalmente, ensina seus alunos a ler no sentido da ampliação do texto, não no sentido do “fichamento” ou “resumo”. Ele próprio é um leitor atento para todas as variáveis do texto, para o autor, jamais opinando somente porque leu o título ou fazendo do texto um pretexto para falar sobre outro assunto que não aquele que diz comentar. O professor de “cabeça cheia”, ou seja, aquele que só tem uma idéia e tudo que lê absorve segundo aquela idéia, gerará alunos frustrados ou então alunos limitados como ele.

8. Ser um desbravador criativo. Alunos são crateras ferventes, em vários níveis. Na adolescência, o vulcão entra em erupção. O professor não deve temer isso. Ele também foi criança e jovem. Não pode temer o seu passado. Deve compreender suas angústias e verificar se conseguiu superá-las. Caso tenha conseguido, poderá indicar caminhos para os alunos. Caso não tenha conseguido, deve se precaver para não perder o auto-controle diante dos problemas dos alunos que, enfim, o fazem lembrar que ele também não superou sua adolescência. Em um determinado nível, nunca somos adultos. No entanto, como professores, devemos saber quando é que o problema do aluno é o nosso, e como que não podemos nos perder nessa possível confusão. A conversa com os jovens fora da sala de aula, tentando compreendê-los, pode manter a profissão em seu exercício possível, diário, difícil, às vezes até perigoso. Entrar em novos campos exige capacidade criativa. Enfrentar a vida é para quem tem imaginação.

9. Ser capaz de fazer do aprendizado uma tarefa coletiva e desafiadora. A pior situação que o professor pode criar é aquela em que ele não consegue mostrar que os problemas que irá tentar resolver em sala de aula, durante o ano letivo, não são só dele ou “da escola” ou “para cumprir etapa”. Os problemas são problemas de todos. São desafios que devem ser postos para toda a classe que o professor tem diante de si e para ele mesmo. Posto um problema, o professor deve convidar os alunos a enfrentá-lo junto com ele, pois se trata de um problema de todos – real problema de todos. Ninguém escapa de problemas que se universalizam e que, por isso, são também particulares, que estão acontecendo com cada um de nós. Compreendido isso, então o problema ou “a matéria” se torna um desafio interessante e válido para o estudante. Do mesmo modo que ela o é para o professor – ou deveria ser.

10. Ser curioso. O professor é curioso ou não é nem nunca será professor. O professor que toma o assunto que irá ensinar não problemático, sem algo que desperte sua curiosidade e, então, seja capaz de aguçar a curiosidade do aluno, inclusive sua imaginação, não tem qualquer habilidade para ser professor. Deve desistir.

©2010 Paulo Ghiraldelli Jr. filósofo, escritor e professor da UFRRJ



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sábado, 22 de janeiro de 2011

REINÍCIO DAS AULAS, UM NOVO COMEÇO...

Neste início de ano, somos convidados a fazer algumas reflexões com nossos alunos acerca de algumas questões que se fazem necessárias para que possamos ter melhores resultados ao longo do ano letivo. De inicio, precisamos traçar algumas metas, levando em consideração algumas experiências vivenciadas no ano anterior que podem ser revisitadas para um melhor aproveitamento do ano que se inicia. Para isto, sugiro algumas questões: Quais são os objetivos que temos a alcançar? Como vamos organizar nosso tempo de estudos? Com qual motivação iniciamos este ano? Levando em consideração anos anteriores, quais as barreiras que precisamos ultrapassar? Que erros, precisamos corrigir? Quais os ganhos, conquistas que tivemos? E, que avanços, vamos nos propor alcançar? Precisamos ler mais? Ficar mais atentos as aulas? Caprichar mais nos estudos, nos trabalhos? Equacionar melhor o tempo? Aprofundar o nível de interesse? Reavaliar o interesse por disciplinas que temos mais dificuldade? Definir prioridades?
Pensando em tudo isto, sabemos que muitos alunos apresentam dificuldades de aprendizado, problemas que podem ser de ordem cognitiva ou não, já que muitas vezes as dificuldades em aprender podem estar relacionadas a outros problemas, talvez psicológicos, emocionais, de integração com colegas novatos, ou a um sistema diferente de critério de estudo, de avaliações, de exigências da nova escola. Certamente muitos estão se perguntando, de que forma podemos abordar estas questões para evitar tensão ou desestímulo nos estudantes? Uma abordagem interessante é fazer os alunos acreditarem em si mesmos, no seu potencial e que, mesmo que o ano anterior não tenha sido bom, um novo ano se inicia, e com ele uma nova oportunidade de fazer tudo novo. Fazê-los acreditar que são capazes, que melhorar é possível, que, com um pouco mais de garra e força de vontade, pode-se conseguir resultados muito superiores aos já alcançados. Para que isto aconteça, se faz necessário, desde o inicio do ano, organizar o tempo já que, quando deixamos para estudar depois, as coisas se complicam.
Para que os alunos consigam esta organização e, com isto, maior êxito em seus estudos, sugere-se algumas dicas para melhor administrar seus deveres escolares e seu tempo de estudo em geral:
Tomada de decisão - Após a confrontação dos pontos positivos e negativos no ano anterior, procure tomar uma decisão pessoal e assuma a responsabilidade pelos seus estudos; comprometa-se em se aperfeiçoar e tenha consciência que isto é um processo gradativo.
Não dispense ajuda - Analisando com cuidado verá que a contribuição de outras pessoas poderá lhe ajudar muito ao longo deste processo. Talvez seja necessário ter uma conversa franca com seus familiares, com a Coordenação Pedagógica da escola, com algum professor, com seu colega mais próximo; quem sabe isto não abrirá novos caminhos para você, pois, lembre-se, todas estas pessoas são suas aliadas neste processo.
Organize-se - Um fator muito importante é a organização, pois, além de otimizar seu tempo, você fará um planejamento que dará ênfase a prioridades e poderá estabelecer metas. Desta forma, os horários mais adequados para os estudos devem ser considerados de acordo com o rendimento de cada pessoa, faz-se necessário identificar o seu. Não se esqueça que é necessário um tempo maior para as disciplinas com as quais tem maior dificuldade.
Não fique sobrecarregado de atividades - quando fizer o planejamento diário e semanal, deve ter clareza do que é possível fazer, para não se frustrar. Por isso, é necessário ter bem claro quais são suas prioridades.
Faça algumas pausas – Não é produtivo ficar muito tempo seguido na mesma atividade. Por isto sugere-se que faça algumas pausas e nelas pode aproveitar para fazer algum exercício físico, além de ser uma forma de distração, ajuda você a recarregar as energias. No entanto, deve haver um equilíbrio das atividades físicas com as intelectuais. Para isto, uma idéia é que destine duas horas por dia para elas, contanto que tenha consciência da hora de voltar aos livros.
O lazer também é importante - É também de suma importância a necessidade do lazer e dos momentos propícios ao relacionamento afetivo no processo do aprendizado e, seus efeitos são observados nos campos físico, social, intelectual, emocional, moral, espiritual...
A Sociedade do amanhã se constrói hoje - Por fim, lembre-se, você está se formando para a vida, para a diversidade de contextos. Cada um de vocês está inserido numa caminhada ininterrupta de aprendizagem, e isto implica esforço, dedicação sistemática, dispêndio de energia, busca incessante de novos conhecimentos, voltados ao alcance dos seus objetivos, visando uma renovação constante. Vocês, crianças, adolescentes e jovens, são o futuro da sociedade e, tem muito a contribuir na construção de uma sociedade melhor, desde que, bem cedo, tomem consciência de que são construtores do conhecimento tanto individual quanto coletivo.

Aos professores um bom ano de trabalho, com muito êxito na arte de ensinar. E aos estudantes, acreditem em si, e bons estudos.
Abraço fraterno.


Prof Luiz Carlos Kons
Assessor Filosófico-Pedagógico S.E.R

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Professora é agredida dentro da sala de aula em Porto Alegre

Uma professora com medo de voltar para a sala de aula. Ela foi espancada com socos e até uma cadeira. Sofreu fraturas nos braços e ferimentos no rosto.

O aluno suspeito da agressão se apresentou à polícia e vai prestar depoimento nesta tarde. Ele tirava notas altas e não gostou de tirar uma nota C.

“Quando eu desacordei na segunda cadeirada ele veio com os punhos, veio me soquear, foi quando eu perdi os dentes”, conta Jane de Leon Antunes, coordenadora pedagógica.

Jane foi agredida por um aluno do curso técnico de enfermagem de uma escola particular. "Ele disse: eu gosto muito de ti, mas vou te punir e veio com a cadeira, quebrou a cadeira, quebrou a minha sala”, diz.

O agressor é Rafael de Souza Ferreira, de 23 anos. O delegado se surpreendeu com tamanho da violência.

“São muitos anos de polícia e com certeza uma violência nesse âmbito escolar é a primeira vez que eu vejo, de quase chegar a óbito”, afirma Fernando Soares, delegado.

Segundo os investigadores, o agressor é lutador de Jiu-Jitsu, e procurou a polícia para verificar se havia queixa contra ele. Rafael disse ser vítima de racismo.

O aluno não quis gravar entrevista. Por telefone, negou que tenha agredido a professora. Contou que lutou com um segurança da escola que queria impedir a saída dele da sala da coordenação. Na briga, Rafael diz que jogou no segurança a cadeira, que atingiu a professora.

Uma pesquisa feita por esta psicóloga no Paraná com 500 professores revelou que quase a metade (47%) queria mudar de profissão.

E 12% dos entrevistados apresentavam uma doença grave ligada à depressão. A síndrome do esgotamento profissional.

José Roberto, 35 anos, cinco como professor se aposentou por depressão. Não quer mais saber de voltar a ensinar. “Não é fácil, os alunos não respeitam nem os pais, vão respeitar o professor que é estranho?", diz.

Tânia Marques, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diz que os limites de convivência devem ser ensinados de forma tranquila e desde a infância, em casa. “Atualmente as pessoas estão com uma dificuldade bastante grande de dar limites. No momento em que vão dar um limite acabam fazendo de uma forma agressiva”.

A matrícula de Rafael já foi cancelada. Jane não sabe se vai voltar ao trabalho. “Eu tenho medo tenho medo, meu filho não quer que eu volte”, afirma.

O aluno acusado de agredir a professora pode responder por tentativa de homicídio. Se condenado, ele pode cumprir pena de quatro a cinco anos de prisão.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/11/

sexta-feira, 28 de maio de 2010

As três fases da vida de um Professor em Roland Barthes por Rubem Alves...


Certa vez, numa palestra de Educação para a cidadania, em Santos São Paulo, o educador e escritor Rubem Alves pediu para que ninguém tomasse nota de suas palavras porque essa não era a maneira de levar a sério um assunto, mas o contrário, não levar a sério. Dizia ele que quando se está envolvido numa conversa afetuosa é até indelicadeza tomar nota. E brincava: “Não se toma nota quando se está fazendo amor”. Segundo ele, toda experiência de conversa é uma experiência de fazer amor. Tal motivo, o levou, na palestra, a citar o comentado Roland Barthes que emprestou algumas ideias suas para ilustrar o caminho da exposição de Rubem Alves naquela ocasião. Para Rubem Alves, este é o educador que ele mais ama, pois tinha a capacidade de extrair a beleza das coisas que seus alunos falavam. Era de uma delicadeza incomparável, uma vez que todos se sentiam inteligentes em sua companhia, afirmou Rubem.

Sendo assim, transcrevo um pouco aqui da sensibilidade de Roland Barthes em sua obra “A Aula”(Texto que produziu para uma aula inaugural como Professor de Semiologia no Collège de France) sobre as três fases da vida de um professor a partir das palavras de Rubem Alves.

“Na primeira fase, ensina-se o que se sabe. E é verdade, a gente ensina o que sabe, a gente ensina a criança a dar nó no sapato, a andar de bicicleta, a somar, a subtrair, a escrever, a gente ensina as coisas que sabe, a gente ensina a subir numa árvore, a pintar, a desenhar, enfim. Esse “ensinar as coisas que sabe” é um ato de transmitir as receitas de como viver o que a gente aprendeu. Parte dos nossos saberes são receitas, como receita culinária do livro da Dona Benta. Na segunda fase, então ele diz: mas a gente vive um pouco mais e começa a ensinar as coisas que a gente não sabe. Aí as pessoas perguntam: mas como é que a gente pode ensinar aquilo que a gente não sabe? Imagine que a minha filha me pergunte: pai, onde é que fica a Rua Sampainho? Sampainho é uma rua lá em Campinas. Então eu digo a ela: não sei onde fica a Rua Sampainho, mas na lista telefônica tem uma série de mapas, você procura o nome da rua, na lista dos endereços, e lá tem indicação do mapa e você vai achar. Eu não sei onde é a Rua Sampainho, mas, apesar de não saber, ensinei minha filha a achar a Rua Sampainho. Essa é uma das coisas mais lindas sobre a vida de um professor. Não é aquele professor que sabe o programa, isso é banal. Os programas estão em livros, os professores que sabem o programa vão desaparecer: eles serão substituídos por disquetes, programas e livros. Mas ensinar a encontrar é a coisa mais importante: isso tem o nome de “fazer pesquisa”... É isso que a gente faz, não é? Quando a gente está ensinando a fazer pesquisa, está ensinando a coisa que a gente mesmo não sabe. O orientador da pesquisa é aquele que não sabe nada, quem sabe é o aluno, o aluno vai lá, visita a coisa, vem e conta para o professor e o professor aprende. Na situação de pesquisa, o orientador se torna aluno do aluno que faz a pesquisa.Finalmente, com a terceira fase, chegou o momento supremo da minha vida, eu me entrego à maior de todas as forças da vida viva. Eu me entrego ao poder do esquecimento, procuro esquecer, desaprender tudo o que eu aprendi. Vejam que coisa curiosa, dizer que ele, professor de semiologia, estava se dedicando a desaprender tudo. Parece o contrário do ideal de aprendizagem, de educação, de que a gente vai cada vez saber mais. Ele está dizendo que queria saber menos, saber menos”(Rubem Alves, in Palestra sobre Educação para a Cidadania).

Estas são as três fases da vida de um professor na concepção de Roland Barthes conforme o jeito e o linguajear de contar do escritor Rubem Alves. Todo bom professor que se preze deveria ler e reler esse texto, antes de acharmos que estamos envelhecendo no prazeroso percurso do ensino-aprendizagem.

Professor Jackislandy Meira de Medeiros Silva

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