domingo, 31 de outubro de 2010
Primeiro discurso de Dilma Rousseff como Presidente da República
vejam no www.r7.com
No discurso, a Presidente Dilma fez questão de defender a liberdade de expressão, de modo irrestrito. Agradeceu a honra de ter convivido e aprendido com o presidente Lula. Enalteceu as potencialidades do povo brasileiro e disse que iria se esforçar a erradicar a miséria e a pobreza.
sábado, 30 de outubro de 2010
À AGRACIADA DESTA NOITE, RENARA ISLANNY SILVA NOBRE DE ARAÚJO.
exclusividade a vida. Senão ela na pessoa da menina Renara, o que nos atrairia para cá?
É bem verdade que toda virtude, todo poder, toda meninice, inquietude e intensidade de vida explodem em seus quinze anos. Não é menos verdade que também a mocidade, o jeito extrovertido, irrequieto e desembaraçado estão reunidos neste ser ou criatura viva de Deus que ora homenageamos e que responde ao nome de Renara Islanny Silva Nobre de Araújo, vulgo Aleixo. Nascida aos 30 de Outubro de 1995 em Caicó, filha legítima de Périclys Roosevelt Nobre de Araújo e Russilani Mary Silva de Araújo, tendo por avós paternos Inácia dos Santos Silva e Roque Silva e maternos Maria de Lourdes Nobre de Araújo e Pedro Araújo Neto, carrega consigo uma forte herança genética, absolutamente marcada de cuidados, proteção e carinho.
Muitas são as histórias e peripécias em torno da figura desta mocinha, que já nasce jovem, devido às atitudes inesperadas na família. Numa delas....Alguém aí, por acaso, já sentou num restaurante, pegou o cardápio e pediu feijãozinho com “padurinha”? Conta a família que, certa vez, estavam em passeio numa praia e pararam num restaurante para almoçar. Quando todos sentaram para escolher o cardápio, a menina Renara, sem saber lê, pegou o cardápio, abriu, olhou e disse ao garçom: “Eu quero comer feijãozinho com padurinha”. Todos riram muito e o garçom teve que servir feijãozinho com “padurinha”. Pra vocês verem, desde cedo, a menina Renara não conseguia esconder seus quereres, seus desejos, tão próprios de uma natureza decidida. Quando quer uma coisa, saia de perto. De gênio forte e decidido, assim é o temperamento de Renara que a levou a aprontar muitas peripécias na infância e ainda hoje.
Poderia prolongar a lista numerosa das teimosias e das traquinagens desta incrível menina, mas, basta por aqui. À parte isso, quando a conheci, uma pequena marca destoava de seu rosto, me parece até que diminuiu, não sei. Há, em volta de seu olho esquerdo, um sinal que cada vez que o via, tomava-me de admiração e curiosidade, encontrava uma maneira para tirar proveito disso. Sempre criava uma brincadeira do sinal de Renara. Lembro-me de, constantemente, perguntar à família: Qual a causa deste sinal? É genético? Puxou a quem?
Gente, não importa. Mas que sinalzinho mais charmoso!
Saint-Exupéry, no livro “O Pequeno Príncipe” ensina que o essencial é invisível aos olhos. Em você, Renara, não só o invisível é essencial, mas o visível é todo essencial. Você é uma menina saudável, perfeita, derramando-se em vida, linda, uma garota levada, sapeca, interativa e amável. Tem uma capacidade enorme de atrair pessoas, amigos e amigas. Há, em você, minha querida, uma identidade entre parecer e ser, porque só uma criança que ainda há em você, é capaz disso. Mesmo crescidinha e com formas de mocinha, repousa em você uma criança maravilhosa. Continue assim, pois, é possível ver pureza em seus olhos. É possível ver desembaraço nos seus gestos. Não é em vão que gosta de música, de batuques, atabaques, adufes, enfim... Faz parte da filarmônica da Cidade e da bandinha da Escola Estadual Teônia Amaral. Não se surpreendam. Quem pensa que esta é a primeira banda da qual Renara fez parte, está muito enganado, pois Renara começou sua carreira musical bem cedo; de restos de cadeira, panelas, tampas de alumínio, latas secas, construiu sua própria bateria. Acompanhada de seu primo Pedro Víctor e outros formaram uma bandinha que se reunia todas as tardes, por volta do meio dia, no terraço de D. Lourdinha para o ensaio da banda e desespero de Seu Pedro que não conseguia dormir. O show começava por volta das 6h da noite e se estendia até as 10h e meia da noite tirando do sério sua tia Socorro(popola), que muito se preocupava por causa dos vizinhos. Todos os dias a turma do banquinho já esperava ansiosa por Renara e sua banda pau e lata.
Como vimos, procura fazer da sua vida uma arte, a seu modo, é claro. É tomada de entusiasmo em tudo que faz e que inventa fazer. Tanto é que está sempre acordada. De tão interativa que chega a ser, o seu dia é uma agitação e o poder da noite quase não consegue conter suas energias. Energias estas que a fazia correr pra lá e pra cá, do início ao fim da cidade, cheia de ciúmes à procura de seu pai. Com sua licença, Périclys, esta menina não lhe deu, não lhe dá e nunca lhe dará sossego. Quanta energia!
Adolescentes como você, ou como nós, sofre de permanentes instantes de deslumbramentos e empolgação, não que isso seja um mal da idade, mas um sinal de que, nem sempre, conseguimos controlar as fortes ações dos hormônios em nosso organismo. É certo que isso não tem nada a ver com a idade, pois posso ter a notável idade de 70 anos e ver repousar em mim uma eterna criança, bem como ter 15 anos com a consciência de 40. É uma fase muito delicada em nossa vida, pois milhares de hormônios em ebulição tomam conta do nosso corpo e da nossa mente. Para isso, é preciso não pará-los, mas concorrer com eles, de modo muito criativo. Não contê-los, mas canalizá-los no estudo, na leitura, no lazer, na amizade com os pais, na companhia dos amigos, bem como na amizade com Deus. Conheça seus afetos tristes e alegres e saiba conviver bem com eles. Não pense que nada vai lhe afetar, pelo contrário seja sensível a tudo, mas seja forte e permaneça ao mesmo tempo a pessoa que você é, nada mais.
Repare bem, Renara. Dos 10 aos 20 anos, você está mesmo no meio, nos 15 anos, em que mocidade e amizades começarão a fluir como um rio perene em sua vida. E aqui a metáfora do rio vem muito a calhar, porque o rio de que lhe falo aqui não tem margens, tampouco obstáculos ou barreiras que não poderão contê-lo e nem represá-lo. Só há corredeiras. O rio perene apenas flui, desce ou corre para o mar. Às vezes, é necessário subir à fonte e não simplesmente descer com ele. Talvez esta imagem do rio sem margens seja a mais simples e a mais oportuna para mostrar-lhes o quanto é poderosa esta fase da vida. Tal fase marca uma das mudanças mais radicais de nossa vida. Muitos sonham com seus quinze anos. Para uns é a fase da independência, para outros a fase da rebeldia, para alguns a fase do namoro, das descobertas, das aventuras. Foi até taxada de “aborrescência”. No geral, tudo isso representa mudança.
Sobre isso disse, certa vez, Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, à igreja, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo que tudo muda. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro. Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond: “como a vida vale mais que a própria vida sempre renascida.”
Apesar dos 15 anos representar para você o que há de mais belo no mundo, todo poder e aparentemente uma vida sem limites e sem medos, não esqueça de que nem tudo podemos, nem tudo está ao nosso alcance, pois você é um ser limitado e, com um tempo, vai aprender muito com isso, com suas limitações. Mesmo se achando invencível ou imortal, é bom saber que não se é jovem para sempre. Todo o tempo do mundo está a seu favor. Aprenda a respeitar o tempo, a temer a Deus. Ele conspira a seu favor, desde que você se alie a ele. O tempo não é seu inimigo, mas é preciso muita sabedoria para ser seu amigo. Veja o que diz Deus no Livro Eclesiastes da Bíblia: “Há um tempo para todo o propósito debaixo do sol”. Por isso, não queime as preciosas etapas da sua vida. Aproveite os dias da sua mocidade, saboreie os seus 15 anos com intensidade, seja alegre, fecunda e feliz com sua família e seus amigos, mas “lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade”(Ecl. 12.1).
Finalmente, Renara, para coroar esta homenagem, que despertou em mim os instintos mais naturais e sinceros de afeição, de amor e carinho, de estima e consideração, escolhi para você, um trecho da música francesa “MA TOUT EST BELLE” que conheci nos anos de minha mocidade. Diz assim a música:
“Vem Formosa e Bela! Vem ao meu jardim! O inverno já passou e as vinhas em flor. Exalam seus perfumes. Vem ao meu jardim”.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dilma: garantir conquistas e consolidar avanços...
Serra representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir a atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.
Leonardo Boff
O Brasil já deixou de “estar deitado eternamente em berço esplêndido”. Nos últimos anos, particularmente sob a administração do Presidente Lula, conheceu transformações inéditas em nossa história. Elas se derivaram de um projeto político que decide colocar a nação acima do mercado, que concede centralidade ao social-popular, conseguindo integrar milhões e milhões de pessoas, antes condenadas à exclusão e a morrer antes do tempo. Apesar dos constrangimentos que teve que assumir da macroeconomia neoliberal, não se submeteu aos ditames vindos do FMI, do Banco Mundial e de outras instâncias que comandam o curso da globalização econômica. Abriu um caminho próprio, tão sustentável que enfrentou com sucesso a profunda crise econômico-financeira que dizimou as economias centrais e que devido à escassez crescente de bens e serviços naturais e ao aquecimento global está pondo em xeque a própria reprodução do sistema do capital.
O governo Lula realizou a revolução brasileira no sentido de Caio Prado Jr. no seu clássico A Revolução Brasileira (1966):”Transformações capazes de reestruturarem a vida de um pais de maneira consentânea com suas necessidades mais gerais e profundas, e as aspirações da grande massa de sua população…algo que leve a vida do país por um novo rumo". As transformações ocorreram, as necessidades mais gerais de comer, morar, trabalhar, estudar e ter luz e saúde foram, em grande parte, realizadas. Rasgou-se um novo rumo ao nosso pais, rumo que confere dignidade sempre negada às grandes maiorias. Lula nunca traiu sua promessa de erradicar a fome e de colocar o acento no social. Sua ação foi tão impactante que foi considerado uma das grandes lideranças mundiais.
Esse inestimável legado não pode ser posto em risco. Apesar dos erros e desvios ocorridos durante seu governo, que importa reconhecer, corrigir e punir, as transformações devem ser consolidadas e completadas. Esse é o significado maior da vitória da candidata Dilma que é portadora das qualidades necessárias para esse “fazimento” continuado do novo Brasil.
Para isso é importante derrotar o candidato da oposição José Serra. Ele representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.
Os ideólogos do PSDB que sustentam Serra consideram como irreversível o processo de globalização pela via do mercado, apesar de estar em crise. Dizem, nele devemos nos inserir, mesmo que seja de forma subalterna. Caso contrário, pensam eles, seremos condenados à irrelevância histórica. Isso aparece claramente quando Serra aborda a política externa. Explicitamente se alinha às potências centrais, imperialistas e militaristas que persistem no uso da violência para resolver os problemas mundiais, ridicularizando o intento do Presidente Lula de fundar uma nova diplomacia baseada no dialogo e na negociação sincera na base do ganha-ganha.
O destino do Brasil, dentro desta opção, está mais pendente das megaforças que controlam o mercado mundial do que das decisões políticas dos brasileiros. A autonomia do Brasil com um projeto próprio de nação, que pode ajudar a humanidade, atribulada por tantos riscos, a encontrar um novo rumo salvador, está totalmente ausente em seu discurso.
Esse projeto neoliberal, triunfante nos 8 anos sob Fernando Henrique Cardoso, realizou feitos importantes, especialmente, na estabilização econômica. Mas fez políticas pobres para os pobre e ricas para os ricos. As políticas sociais não passavam de migalhas. Os portadores do projeto neoliberal são setores ligados ao agronegócio de exportação, as elites econômico-financeiras, modernas no estilo de vida mas conservadores no pensamento, os representantes das multinacionais, sediadas em nosso pais e as forças políticas da modernização tecnológica sem transformações sociais.
Votar em Dilma é garantir as conquistas feitas em favor das grandes maiorias e consolidar um Estado, cuja Presidenta saberá cuidar do povo, pois é da essência do feminino cuidar e proteger a vida em todas as suas formas.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.
Ibope mostra Dilma 14 pontos à frente de Serra...
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, está 14 pontos à frente do adversário José Serra (PSDB), de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira.
O levantamento mostra a petista com 57% dos votos válidos contra 43%. Na pesquisa anterior, divulgada no dia 20, Dilma aparecia com 56% contra 44% de Serra.
Pelos votos totais, a petista conta com 52% das intenções contra 39% do adversário.
Entre os entrevistados, 5% disseram que irão anular ou votar em branco e 4% estão indecisos.
Na pesquisa anterior, Dilma registrava 51% das intenções totais de voto contra 40% de Serra. Os porcentuais de brancos e nulos e de indecisos continua o mesmo.
A maioria dos eleitores (82%) diz que o voto é definitivo e 13% afirmam que ainda podem mudar.
O governo Lula tem aprovação de 80% enquanto 15% o consideram regular e 4%, ruim ou péssimo.
A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", fez 3010 entrevistas entre os dias 25 e 28 de outubro. Ela está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37.596/2010. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Sociologia. Pensador francês diz que Brasil ainda é país da 'desigualdade cordial'
"O Brasil é o país da desigualdade cordial, uma sociedade em que o caráter democrático é problemático. Como se tornar uma sociedade democrática sem passar pelo Estado providência?", pergunta o pensador francês Pierre Rosanvallon, professor de história da democracia no Collège de France.
Rosanvallon deu entrevista a um pequeno grupo de jornalistas depois de fazer a conferência inaugural do 34º encontro anual da Anpocs (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais), em Caxambu, MG.
Na conferência, ele disse que a ideia de busca da igualdade continua sendo a base da democracia, que, afirmou, não é um regime nem um modelo, mas um processo aberto, em construção. Ele lançou em português o livro "Por uma História do Político" (editora Alameda).
FOLHA - A que o senhor se refere quando fala do risco do novo populismo para as democracias europeias?
ROSANVALLON - O fenômeno dominante nas sociedades europeias há 20 anos é o desenvolvimento de partidos de extrema direita. O que choca é que esses partidos não cresceram só onde havia uma tradição extremista de direita, como na França e na Itália, mas também nas democracias mais sociais, como a Suécia, onde o partido de extrema direita ganhou 6% dos votos e conseguiu a posição de árbitro no Parlamento. Foi o mesmo caso na Bélgica e na Dinamarca.
Há neste momento uma fragilização do contrato social na Europa, que era a social-democracia, uma certa ideia de distribuição. Há um enfraquecimento desse contrato e surge como compensação negativa esse avanço da extrema direita, que não procura encontrar uma redefinação da igualdade, mas sim definir um novo conceito de homogeneidade das sociedades europeias.
Há uma grande distinção a fazer entre a noção de igualdade e a de homogeneidade. A igualdade pressupõe um trabalho sobre as diferenças na sociedade, reconhece as diferenças. A homogeneidade pressupõe como cimento social a expulsão da diferença. É um jeito perverso e patológico de recriar o cimento social.
Como vê o estado da democracia na América Latina e que papel o Brasil desempenha nesse contexto?
As democracias da América Latina saíram de décadas de mal-estar, após o ciclo de ditaduras. Há um reeingresso em formas mais estáveis de democracia e, ao mesmo tempo, essas democracias ainda são frágeis. Essa fragilidade é vista nas incertezas que existem hoje na Argentina, por exemplo, ou na evolução do regime venezuelano. Há uma confusão entre democracia eleitoral e democracia liberal.
A força do Brasil, como a do Chile, é que as instituições funcionam muito bem. O Brasil se tornou um país pluralista, com instituições que saíram da simples utopia eleitoral. Mas a democracia brasileira, como as outras latino-americanas, ainda é uma sociedade onde o caráter democrático é problemático. Como se tornar uma sociedade democrática sem passar pelo Estado providência? Essa é a questão também da China, como da Índia.
Nisso o Brasil e a Índia têm um papel especial, porque a China não é uma democracia eleitoral. O Brasil tem um papel não apenas na cena diplomática e econômica, mas na reflexão coletiva sobre o futuro do democracia.
O senhor também falou da ameaça "socrática", da limitação à visão liberal das instituições, que teriam o papel de regular e moldar a vontade popular. Esse debate se aplica ao Brasil?
Quando falo de ameaça socrática é preciso lembrar que historicamente as democracias europeias funcionaram sobre dois pilares, o sufrágio universal e o Estado racional, a administração pública. A memória do positivismo é forte o suficiente no Brasil para que a ideia de República seja ligada não ao sufrágio universal, mas à do Estado racional.
Essa definição da democracia baseada no serviço público --isto é, uma definição substancial do interesse geral-- e no voto universal --que seria uma definição de procedimento-- parece boa.
Mas hoje em dia é preciso ir mais longe. Precisamos de outros tipos de instituição porque o Estado racional também foi capturado por interesses particulares. E a democracia não é apenas o poder dos sábios, o poder de regulação, que é uma espécie de proteção da sociedade, mas também um poder de instituição.
E aí retomamos a questão fundamental que está na base da democracia que é, de um lado, dar a palavra a todos que não a têm e, do outro, construir essa sociedade dos iguais.
No Brasil há uma ideia, como nos EUA do início do século 19, da civilidade democrática, a famosa cordialidade brasileira. Mas o Brasil é também o país da desigualdade cordial. A civilidade tem um papel, mas não podemos fazer com que a sociedade dos iguais repouse apenas nos braços da cordialidade nem do amor comum pelos ídolos do futebol, por exemplo.
O nacionalismo é um risco aqui também?
A primeira definição de nação vem de uma reflexão sobre a constituição de laços sociais. Isso podemos dizer que é a nação democrática, a nação positiva. O nacionalismo do fim do século 19 se transformou na nação da exclusão, que se define contra os outros.
Mas isso não é uma tentação brasileira, porque o Brasil nunca foi um país em guerra, não foi fundado sobre uma cultura da exclusão, mas de uma espécie de cultura de separatismo. A secessão dos ricos, social, é visível quando subimos ao Pão de Açúcar.
Como o senhor vê a figura do presidente Lula e sua atuação no governo?
É inegável que o governo de Lula teve uma ação do tipo distributivista. Mas o Brasil estava tão longe de qualquer coisa do tipo que não chega perto de ser um Estado providência do tipo europeu. Então foi apenas um primeiro momento. A questão aberta é como proceder à segunda etapa. Ela pode incluir elementos do Estado providência, porque há dinheiro com o pré-sal, mas é preciso achar outras coisas.
Uma característica que chama atenção de um observador europeu é o fato de Lula terminar seus dois mandatos com 80% de aprovação. E a única explicação é do tipo sociólogo. Claro, seu governo fez coisas que foram criticadas, como muitos outros, e por isso acho que esses 80% provavelmente não querem dizer que sua atuação foi considerada excepcional por todos.
Mas há uma coisa que conta na política é que ele continua a encarnar a sociedade dos esquecidos e uma parte da nova sociedade de classe média, que podem dizer que ele é como a gente.
Muitas vezes a política era conduzida pelas elites sociais. Então esse elemento de identificação, de poderem dizer que há alguém como nós, continua a se manifestar em sua popularidade.
A social-democracia é uma condição para a democracia plena? Há alternativas à democracia ou ela é a última palavra?
A democracia é a última palavra porque ela vai se enriquecendo e se generalizando, é um processo.
A social-democracia foi um momento de construção da democracia. As democracias europeias se confuniram com a ideia social-democrata, no sentido geral do termo.
Quanto às outras democracias, elas devem passar por essa etapa de redistribuição, mas ela é apenas um dos elementos de redefinição da igualdade democrática, que tem também dimensões jurídicas etc.
Os imperativos de um mundo ambientalmente equilibrado poderão se ajustar ao exercício pleno da democracia?
A ecologia introduz o longo prazo e a natureza na democracia. Ela faz parte de uma questão geral sobre o futuro da democracia.
Fonte: Folha de São Paulo - Poder.
Busque Amor novas artes, novo engenho
Busque Amor novas artes, novo engenho
Para matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
Luís de Camões
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Exposição de Serra em 'cinturão tucano' é ineficiente, e Dilma mantém 12 pontos de vantagem
A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, manteve 12 pontos percentuais de vantagem sobre seu adversário no segundo turno das eleições, o tucano José Serra, segundo pesquisa realizada e divulgada hoje pelo Datafolha. Ela aparece com 56%, contra 44% do tucano. O resultado, em votos válidos, é idêntico ao registrado no último levantamento do instituto, realizado no dia 21.
No total de intenções de voto houve leve oscilação: Dilma tem 49% contra 38% de Serra (na semana passada, a petista estava à frente com 50% a 40%).
A segmentação dos resultados do novo levantamento mostra que não foi eficiente a estratégia de Serra de reforçar sua presença no Sudeste e no Sul do país, o chamado "cinturão tucano", onde teve votação expressiva no primeiro turno.
No Sudeste, o tucano perdeu três pontos percentuais e agora é derrotado pela petista por 44% a 40%. No Sul, ele perdeu dois pontos percentuais, mas ainda vence Dilma --que cresceu dois pontos-- por 48% a 41%.
No Nordeste, ponto forte da petista, a distância entre os dois adversários, que oscilaram negativamente um ponto, ficou a mesma da pesquisa passada (37 pontos, ou 64% a 27%).
Desta vez, foram entrevistados 4.066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Pretendem votar em branco ou anular o voto 5% dos eleitores entrevistados (eram 4% no último levantamento), enquanto 8% dizem estar indecisos (contra 6% da última pesquisa).
Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 37.404/2010.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/820722-exposicao-de-serra-em-cinturao-tucano-e-ineficiente-e-dilma-mantem-12-pontos-de-vantagem.shtml
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Pérolas dos Simpsons nº 06
RecadosOnline
‘Se algo é difícil de fazer, então não vale a pena ser feito!’
Episódio:O Show de Otto
‘Filhos, vocês tentaram, deram o seu melhor, e falharam miseravelmente. A lição é: nunca tentem’
Episódio: O Herdeiro do Sr. Burns
‘Não sei, Marge… Tentar é o primeiro passo rumo ao fracasso’
Episódio: Propriedade Indesejada
Pérolas dos Simpsons nº 05
RecadosOnline
‘Marge, lembre-se, se algo der errado na usina, culpe o cara que não sabe falar inglês!’
Episódio: Marge Arranja um Emprego
‘Lisa, se você não gosta do seu emprego, você não faz uma greve! Você vai lá todo dia e faz seu trabalho malfeito! Esse é o ‘Jeito Americano’!’
Episódio: A Associação de Pais e Mestres Debanda
‘Acho que Smithers me contratou por causa das minhas habilidades motivacionais. Todo mundo diz que tem de trabalhar muito mais quando eu estou por perto!’
Episódio: O Substituto
Pérolas dos Simpsons nº 04
RecadosOnline
‘Ah, eu tenho três filhos e nenhum dinheiro. Por que eu não posso ter nenhum filho e três dinheiros?’
Episódio: Crook and Ladder
‘Bart! Com 10 mil dólares, seremos milionários! A gente poderia comprar várias coisas úteis… Tipo amor!’
Episódio: Bart Ganha um Elefante
‘Bem, o Sr. Burns pode ter todo o dinheiro do mundo, mas tem uma coisa que ele não pode comprar…
Um dinossauro!’
Episódio: Cão de Morte
Pérolas dos Simpsons nº 03
RecadosOnline
‘Desde quando educação me faz sentir mais inteligente? Toda vez que eu aprendo alguma coisa nova, alguma coisa velha é expulsa do meu cérebro. Lembra quando eu fiz aquele curso de vinhos e esqueci como dirigir?’[Resposta da Marge: ‘Mas isso é porque você ficou bêbado!’]
Episódio: Os Segredos de um Casamento Bem-Sucedido
‘Ah, finalmente um pouco de sossego para eu poder ler meus favoritos… Hum… ‘Amendoins com mel. Ingredientes: sal, agentes químicos sabor mel, sobras de amendoim prensadas…’
Episódio: Os Escoteiros da Vizinhança
‘Uma biblioteca vendendo livros? Se eu não os queria de graça, por que eu pagaria por eles?’
Episódio: Marge Agridoce
Pérolas dos Simpsons nº 02
RecadosOnline
‘Oh meu Deus, alienígenas espaciais! Não me comam! Eu tenho uma mulher e filhos! Comam eles!’
Episódio: Especial Os Simpsons Dia das Bruxas VII
‘Vejo que essa casa está desmoronando sem a minha presença, então essa é a nova ordem das coisas. Bart, você é o homem da casa. Lisa, estou promovendo você a menino. Maggie agora é a filha inteligente. A torradeira pode substituir a Maggie. E, Marge, você é uma consultora’
Episódio: Dias de Vinhos e Rosas
‘Meu pai nunca acreditou em mim! Eu não vou cometer esse mesmo erro. De agora em diante, vou ser mais gentil com meu filho e mais malvado com meu pai’
Episódio: O Craque É Bart
Pérolas dos Simpsons nº 01...
RecadosOnline
SOBRE AS PESSOAS
‘As pessoas inventam estatísticas para provar qualquer coisa. 40% das pessoas sabem disso.’
Episódio: Homer, o Vigilante
‘Por que coisas que acontecem com gente idiota sempre acontecem comigo?’
Episódio: Pare ou Meu Cachorro Atira
A globo.com faz uma justa homenagem aos 70 anos de Pelé
Discurso de Leonardo Boff e Chico Buarque em prol da candidatura de Dilma Russeff
Gente, assistam com atenção ao vídeo deste discurso com as propostas concretas de Dilma para Presidente. Os 4 eixos do Programa de governo de Dilma para dar sustentabilidade econômica e social ao país. Um governo preocupado com justiça social. Mais de 20milhões de brasileiros ascenderam à classe média. Ouros tantos ingressaram na Universidade. Isso equivale a toda uma frança! Houve com Lula uma revolução na Ecologia social brasileira e que será continuada com Dilma.
4 EIXOS DO PROGRAMA DE DILMA PARA SUSTENTAR O PAÍS SOCIAL E ECONOMICAMENTE: O SOCIAL COMO EIXO ESTRUTURADOR DA ATIVIDADE POLÍTICA BRASILEIRA: 1) ERRADICAR A POBREZA E A MISÉRIA; 2) REFUNDAR A EDUCAÇÃO; 3) DAR SAÚDE; 4) DAR SEGURANÇA.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
II Feira do Livro do Seridó, em Caicó, RN. Um encontro literário...
A II Feira do Livro de Caicó começa amanhã, 21, e vai até o dia sábado, 23, na Ilha de Santana, em Caicó. Trazendo uma programação diversificada, o evento promete superar as expectativas de público.
A segunda edição da Feira do Livro do Seridó está prestes a começar. Realizada pela segunda vez consecutiva na Ilha de Santana, em Caicó, o evento já se consolida como o maior do ramo no seridó norte-rio-grandense. A aposta da organização, mais uma vez, foi investir em uma programação diversificada, que atinge a todos os públicos.
Segundo Orni Damásio, coordenador do evento, a Feira do Livro do Seridó foi uma aposta que deu certo. “Ano passado, quando decidimos realizar o evento, tendo como base a experiência nas cinco edições de sucesso em Mossoró, não imaginávamos que a resposta positiva do público e apoiadores fosse ser tão instantânea. Hoje, a região seridoense pode dizer, com orgulho, que possui um evento de grande porte que incentiva a produção literária no Estado”, afirma.
Grandes nomes da literatura nacional e regional confirmaram presença para esta segunda edição. Dentre eles, pode-se destacar a participação jornalista, escritora e apresentadora Claudia Matarazzo, que vai falar sobre moda e etiqueta, temas que pautam cerca de doze obras literárias de sua autoria, como “Etiqueta sem Frescura”, “Case e Arrase – um guia para seu grande dia” e “Gafe não é Pecado”. O sua palestra está agendada para as 20 horas do dia 23, sábado, no Palco do Pavilhão da Ilha.
Além dela, outro destaque será o paraibano Carlos Marcelo, atual editor-executivo do Correio Braziliense, que já tem dois livros publicados: “Nicolas Behr – Eu engoli Brasília” e “Renato Russo – o Filho da Revolução”, o seu maior sucesso. Marcelo vai participar de bate-papo com o comunicador caicoense Roberto Fontes.
No total, serão 33 horas de programação, entre apresentações culturais, palestras, lançamentos de livros e bate-papos. Oito escolas do município e região já confirmaram presença no evento, que contará com 14 espaços de exposição e venda de livros.
Para saber mais informações sobre a II Feira do Livro do Seridó e conferir a programação completa do evento, acesse o site oficial:
Pesquisa mostra Dilma Rousseff 12 pontos à frente de José Serra.
Ibope aponta petista com 56%, contra 44% do candidato tucano
Confira Também
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece 12 pontos à frente de José Serra (PSDB) na disputa do segundo turno. Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra a petista com 56% dos votos válidos, contra 44% do candidato tucano. Neste cenário, brancos e nulos são descartados. Com o resultado, Dilma seria eleita presidente.
Na sondagem geral, Dilma aparece com 51%, Serra tem 40%. Brancos e nulos somam 5% e indecisos chegam a 4%, de acordo com o Ibope. O segundo turno será no dia 31 de outubro.
A última pesquisa de intenção de voto para a Presidência foi divulgada nesta terça-feira (19) e mostrou Dilma 14 pontos à frente de Serra. O Vox Populi apontou que a petista tem 57% dos votos válidos, contra 43% de Serra.
A sondagem divulgada hoje foi encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo. O Ibope ouviu 3.010 eleitores dos dias 17 a 20 de outubro. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi feito no dia 15 de outubro com o número 36.476/2010.
Fonte: http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/noticias/pesquisa-mostra-dilma-rousseff-12-pontos-a-frente-de-jose-serra-20101020.html
Dep. eleito Gabriel Chalita fala sobre a onda de boatos e mentiras contra o PT e Dilma.
Educador e apresentador afirma apoio a candidatura de Dilma e dá sua opinião sobre os factóides que tumultuaram estas eleições, como a questão do aborto e outras...
Marilena Chaui 4: por que precisamos eleger Dilma presidente.
Professora da USP, a filósofa Marilena Chaui diz por que Dilma é a melhor opção para o Brasil. Entrevista gravada no dia 13 de outubro de 2010.
Marilena Chaui 3: Serra é uma ameaça para o meio ambiente.
Professora da USP, a filósofa Marilena Chaui explica por que os ambientalistas devem ficar atentos e não votar em José Serra nas eleições.
Marilena Chaui 2: Serra ameaça liberdade de expressão e de imprensa. Assistam.
Entrevista da filósofa e professora Marilena Chaui, gravada no dia 13 de outubro de 2010. Ela fala sobre a desinformação nas eleições deste ano.
Vale a pena. Não vote antes de assistir a isso! Eu recomendo.
A filósofa Marilena Chauí, renomada em sua área, mostra os riscos de se votar em Serra.
Professora da Universidade de São Paulo (USP), a filósofa Marilena Chaui fala sobre os avanços do governo Lula e a ameaça dos direitos sociais. A entrevista foi gravada no dia 13 de outubro de 2010.
A filósofa ainda fala sobre as privatizações do governo FHC e a gravidade de banalizar o patrimônio do Estado, e consequentemente, os direitos sociais.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O que vocês acham? O político vive “da” política ou “para” a política?
Há pouco mais de uma semana do pleito mais importante, talvez, para os destinos do país, vemos a discussão política nos debates televisivos migrar da área moral, pessoal e religiosa dos candidatos para uma dimensão mais social, programática e política, propriamente dita, com questões que tocam em problemas sérios para o desenvolvimento do povo, de interesses do público, como Educação, saúde, geração de emprego e renda, privatizações, salários, previdência social, de modo que podemos distinguir cada candidato e poder escolher um dos dois com suas peculiaridades. Dilma ou Serra? Eis a questão. A escolha é nossa, tornando mais uma vez legítima a Democracia brasileira.
Contudo, faz-se oportuna uma ligeira orientação da política no dizer de Max Weber para os dias de hoje, haja vista o próximo pleito eleitoral que nos aguarda.
Na obra Ensaios de Sociologia de Max Weber, encontra-se uma concentrada visão da política alemã do séc. XIX focada na égide da ciência. Mas Weber, como filho de mãe culta e obstinada pela cultura, soube seguir firme e com educação, através das muitas leituras que fazia, uma ideologia íntegra e segura capaz de deixar um legado político, econômico, social e filosófico para toda a humanidade.
No universo dos Ensaios aqui mencionados, um deles se destaca pelo modo autêntico de tratar as questões políticas, “A política como vocação”. O autor dá um verdadeiro show de transparência e sensibilidade. Sua sensibilidade no assunto “política” é fulcral, de modo que inicia seu ensaio com uma pergunta cortante: “O que entendemos por política?” Daí começa sua exposição que vai desde os variados tipos de política até a noção mais cuidadosa de associações e instituições, redimensionando a questão ao aspecto do Estado.
O mais interessante disso tudo é que a política, para ele, possui dois modos principais, de certo modo escassos, no atual contexto brasileiro quando nos deparamos com indivíduos que pretendem concorrer a um cargo eletivo e que se propõem a seguir uma carreira política, gerindo e administrando a coisa pública.
Ao administrar, o que vocês acham, o político vive “para” a política ou vive “da” política?
“Há dois modos principais pelos quais alguém pode fazer da política a sua vocação: viver “para” a política, ou viver “da” política. Esse contraste não é, de forma alguma, exclusivo. Em geral, o homem faz as duas coisas, pelo menos em pensamento e, certamente, também a ambas na prática. Quem vive “para” a política faz dela a sua vida, num sentido interior. Desfruta a posse pura e simples do poder que exerce, ou alimenta seu equilíbrio interior, seu sentimento íntimo, pela consciência de que sua vida tem sentido a serviço de uma “causa”. Nesse sentido interno, todo homem sincero que vive para uma causa também vive dessa causa. A distinção, no caso, refere-se a um aspecto muito mais substancial da questão, ou seja, o econômico. Quem luta para fazer da política uma fonte de renda permanente, vive “da” política como vocação, ao passo que quem não age assim vive “para” a política. Sob o domínio da ordem da propriedade privada, algumas – se quiserem – precondições muito triviais devem existir, para que uma pessoa possa viver “para” a política, nesse sentido econômico. Em condições normais, o político deve ser economicamente independente da renda que a política lhe pode proporcionar. Isto significa, muito simplesmente, que o político deve ser rico ou deve ter uma posição pessoal na vida que lhe proporcione uma renda suficiente”(WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. A política como vocação. Rio de Janeiro, LTC, 1982, p. 105).
Quem estiver pensando em entrar na política para se beneficiar economicamente, cuidado, pois o caminho não é tão bem sucedido assim, uma vez que muitos cidadãos acabam por sair da política precocemente porque viram nela uma fonte de renda e um atalho mais curto para enriquecerem às custas do patrimônio público, sem qualquer realização profissional, sem qualquer tipo de identidade vocacional com os interesses do povo. Daí a pedida de Weber, o bom mesmo é que o sujeito tenha uma certa independência econômica antes de se propor administrar uma cidade, um estado ou um país.
Nem sempre isto acontece, o que compromete a administração pública e incha de corrupção a estrutura política da nação, do contrário ocorre o inverso, “em troca de serviços leais, hoje, os líderes partidários distribuem cargos de todos os tipos – nos partidos, jornais, sociedades cooperativas, companhias de seguros, municipalidades, bem como no Estado. Todas as lutas partidárias são lutas para o controle de cargos, bem como lutas para metas objetivas”(idem, p. 107)
Fica, portanto, o alerta, antes de qualquer tentativa para lidar com a administração pública ou com uma carreira política, autoavalie se é mesmo ou não a sua praia, se é ou não a sua vocação. Identifica-se ou não com a profissão? Viverás para ela ou se servirás dela?
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
Eu vi um pedacinho de gente!
sábado, 16 de outubro de 2010
Dilma entrega Carta a Marina com convergências de propostas ao PV. Leiam a Carta na íntegra...
"Brasília, 14 de outubro de 2010.
Senadora
Marina Silva
Prezada Marina,
Quero, por seu intermédio, fazer chegar à direção do Partido Verde meus comentários sobre a Agenda por um Brasil Justo e Sustentável, que foi entregue à coordenação de minha campanha.
Antes de tudo, saúdo a iniciativa de condicionar o posicionamento de seu partido a uma discussão de caráter programático. Ela é necessária e oportuna, sobretudo quando se verifica uma lamentável tentativa de mudar o foco do debate eleitoral para questões que, tendo sua relevância como temas de sociedade, não estão, no entanto, no centro da reflexão que o país necessita realizar para definir seu futuro.
Reiterando meus cumprimentos pelo expressivo resultado que sua candidatura obteve no primeiro turno das eleições, quero dar às observações que seguem um sentido que transcende em muito uma dimensão estritamente eleitoral. Nosso diálogo tem um significado futuro. Envolve as condições de governabilidade do país.
As observações que seguem refletem nossa primeira percepção da Agenda. Elas deverão ser objeto de novos aprofundamentos.
Transparência e ética
O Governo atual tem-se empenhado em garantir a mais absoluta liberdade de imprensa no país, posição com a qual me encontro pessoal e partidariamente comprometida.
Por outro lado, as avançadas medidas de transparência de informações sobre a execução orçamentária e de contratos deverão ser aprofundadas com rapidez nos próximos anos.
Reforma Eleitoral
Tenho dito que este tema é fundamental para o amadurecimento da democracia no país. Sendo questão a ser tratada no âmbito do Congresso Nacional, considero que a Presidência da República não deve estar alheia ao tema. Penso que, sobre a maior parte das questões, estamos de acordo e que a forma definitiva que deve assumir a reforma política tem de ser resultado de amplo acordo envolvendo o bloco de sustentação do Governo, partidos que nele não estejam incluídos e, igualmente, as oposições.
Educação para a sociedade do conhecimento
Manifestamos nosso acordo com todos os pontos deste item.
Segurança Pública
Em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira, temos dado especial atenção aos temas da segurança. Temos insistido – na contramão de outras propostas – que a segurança pública não se esgota nas ações repressivas, mas deve ser complementada por políticas públicas em regiões onde o Estado esteve e ainda está ausente. No plano puramente repressivo, defendemos o fortalecimento de ações de inteligência e o emprego de modernas tecnologias. O Governo Lula instituiu, no âmbito do Pronasci, a Bolsa PROTEJO, que beneficia jovens em processo de formação. Concordamos em que uma melhor remuneração dos policiais é fundamental para garantir a dedicação exclusiva a suas funções. Um primeiro passo foi dado a partir de 2008, com a instituição da Bolsa Formação, que beneficiou desde sua criação mais de 350 mil policiais. A necessidade indiscutível de um piso nacional de remuneração para policiais tem de ser objeto de um pacto entre a União, os Estados e os Municípios. Essas e outras questões deverão ser objeto de uma PEC a ser enviada no menor prazo possível, consultados os entes federativos. Meu programa prevê a revisão do modelo atual de segurança pública e a institucionalização de um Sistema Único de Segurança Pública.
Mudanças climáticas, energia e infraestrutura
Expressando nossa concordância com a maior parte dos pontos contidos neste item, considero que há questões que devem ser objeto de aprofundamento e/ou negociação.
É o caso da criação de uma Agência Reguladora para a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Mas temos acordo quanto à necessidade de um arcabouço institucional capaz de coordenar, implementar e monitorar iniciativas nesse setor.
A supressão do IPI sobre a fabricação de veículos elétricos e híbridos deve ser compatibilizada com nossa produção de etanol e nossa capacidade de geração elétrica. Pode-se propor política tributária diferenciada para veículos e outros bens que emitam menos GEE.
A proposta de moratória sobre a criação de novas centrais nucleares exige aprofundamento à luz das necessidades estratégicas de expansão de nossa matriz energética.
Seguridade Social: saúde, assistência social e previdência
Há concordância com todos os itens, com ressalva quanto à redução, no curto prazo, da população de referência para o PSF, pois implicaria aumentar as necessidades de profissionais além de uma capacidade imediata de resposta do sistema.
Proteção dos biomas brasileiros
Nosso Programa dá ênfase à proteção dos biomas nacionais. Por essa razão, estamos de acordo com a meta de incluir 10% dos biomas brasileiros em unidades de conservação A proposta de desmatamento de vegetação nativa primária e secundária em estado avançado de regeneração merece precisão.
Estamos de acordo sobre a prioridade de proteção da Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, dentro de uma estratégia ambientalmente sustentável de ocupação e uso do solo e inclusão social.
Da mesma forma, é nossa prioridade a ação consistente na recuperação de áreas degradadas, a exemplo do Programa Palma de Óleo, na Amazônia.
Consideramos excelente a proposta de um Plano Nacional para a Agricultura Sustentável.
Sobre o Código Florestal, expresso meu acordo com o veto a propostas que reduzam áreas de reserva legal e preservação permanente, embora seja necessário inovar em relação à legislação em vigor. Somos totalmente favoráveis ao veto à anistia para desmatadores.
Gasto público de custeio e Reforma Tributária
Estamos de acordo com todos os itens.
Consideramos necessário afastar-nos de um conceito conservador de custeio que traz embutida a noção de Estado mínimo. A eficiência do Estado está ligada à qualificação dos servidores públicos. Daremos prioridade ao provimento de cargos com funcionários concursados.
Política Externa
Há acordo total com o expresso no documento.
Enfatizamos a necessidade de garantir presença soberana do Brasil no mundo, de fortalecer os laços de solidariedade com os países do Sul, em especial os da América Latina, com os quais compartilhamos história e valores comuns e estamos ligados pela necessidade de defesa de um patrimônio ambiental comum. Defendemos, igualmente, a necessidade de lutar pela reforma e democratização dos organismos multilaterais.
Fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural
Pretendo dar continuidade e profundidade às políticas que foram seguidas neste campo pelo Governo do Presidente Lula.
Com apreço,
Dilma Rousseff"
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Dilma continua com vantagem sobre Serra de 8 pontos ou 10 diz Data Folha.
Em cenário estável, Dilma mantém vantagem de oito pontos sobre Serra, diz Dataf
ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
Os dados são exatamente os mesmos registrados em levantamento realizado na semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A taxa de indecisos, porém, oscilou para cima e agora está em 8% (era 7% na pesquisa anterior). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.
Na reta final da eleição, avaliação de Lula volta a subir e bate recorde, diz Datafolha
Vantagem de Agnelo Queiroz sobe para 18 pontos no DF, aponta Datafolha
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Por Cristina Lobo, A luz Amarela no PT...
Desde o momento em que a disputa foi para o segundo turno- e não liquidada no primeiro como indicavam as pesquisas – um debate interno se instalou no partido de Dilma. A principal reclamação foi a de que na campanha faltou o debate político e sobre marketing. O publicitário João Santana foi para a berlina, e passou a ser criticado até mesmo pelo presidente Lula – o responsável por sua indicação para comandar a campanha petista.
O PT tem algumas como preocupações neste momento como dosar três aspectos da campanha: a presença do presidente Lula nos programas eleitorais; o debate sobre o tema religião, aí incluído o debate sobre aborto e, por fim, a reação da candidata que surpreendeu no último debate ao partir para cima do oponente, José Serra.
– É como tempero na comida. Se for usado em excesso, desanda e se for pouco demais, fica insosso – disse um parlamentar.
Os petistas se esforçam para afirmar que continuam otimistas quanto à possibilidade de vitória de Dilma Rousseff, apesar de as pesquisas mostrarem que ela está perdendo pontos; e Serra, lentamente, ganhando novos eleitores. Mas, internamente, o ambiente é de preocupação. Um dos dados internos que preocupam os petistas é que as pesquisas mostram que 16% dos eleitores admitem que ainda podem mudar o voto – e se, neste momento, mudam saindo de Dilma, isso poderia ser um sinal preocupante para a pestista.
– A campanha está zerada política e eleitoralmente – reconheceu um petista, o que o comando da campanha não admite, neste momento.
fonte: www.g1.globo.com/platb/cristianalobo/
Ronaldo sai do buraco com o Corinthians?
É realmente ótimo o trocadilho dos 33 mineiros resgatados no Chile com o fato do Corinthians está literalmente no buraco em pleno ano do centenário. A charge foi muito feliz na comparação. De fato, o Ronaldo ainda não cabe na cápsula para resgatar o corinthians. Vejamos o desfecho no campeonato brasileiro que segue.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Manifesto de artistas e intelectuais pró Dilma, veja...
Chico Buarque assina manifesto em apoio a Dilma Rousseff
Redação Carta Capital 13 de outubro de 2010 às 17:30hDocumento, também apoiado por Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno, defende união em torno da candidatura petista
Liderados por Chico Buarque, Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno, um grupo de artistas e intelectuais divulga um manifesto em apoio a candidatura de Dilma Rousseff. O documento, que será entregue à candidata em um ato político no dia 18 de outubro, no Rio de Janeiro, defende a união de forças para garantir os avanços na inclusão social, preservação dos bens e serviços da natureza e a nova posição do Brasil no cenário internacional. Leia abaixo o manifesto.
Manifesto de artistas e intelectuais pró Dilma
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno
LEONARDO BOFF: A pobreza da democracia brasileira.
Essa descrição não é caricata, salvo as poucas exceções. É o que se constata dia a dia e pode ser visto pela TV e lido nos jornais: escândalos da depredação do bem público com cifras que sobem aos milhões e milhões. A impunidade grassa porque crime é coisa de pobre; o assalto criminoso aos recursos públicos é esperteza e “privilégio” de quem chegou lá, à fonte do poder. Entende-se porque, em contexto capitalista como o nosso, a democracia primeiro atende os que estão na opoulência ou têm capacidade de pressão e somente depois pensa na população atendida com políticas pobres. Os corruptos acabaram por corromper também muitos do povo. Bem observou Capistrano de Abreu em carta de l924:”Nenhum método de governo pode servir, tratando-se de povo tão visceralmente corrupto com o nosso”.
Na nossa democracia, o povo não se sente representado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou. Por isso não está habituado a acompanhá-lo e a fazer-lhe cobranças. Ao lado da pobreza material é condenado à pobreza política, mantida pelas elites. Pobreza política é o pobre não saber as razões de sua pobreza, é acreditar que os poblemas dos pobres podem ser resolvidos sem os pobres, só pelo assistencialismo estatal ou pelo clientelismo populista. Com isso, se aborta o potencial mobilizador do povo organizado que pode exigir mudanças, temidas pela classe política, e reclamar políticas públicas que atendam a suas demandas e direitos.
Mas sejamos justos. Depois das ditaduras milatares, surgiram em toda América Latina democracias de cunho social e popular que vieram de baixo e por isso fazem políticas para os de baixo, elevando seu nivel. A macroeconomia capitalista segue mas tem que negociar. A rede de movimentos sociais, especialmente o MST, colocam o Estado sob pressão e sob controle, dando sinais de que a democracia pode melhorar.
Vejo dois pontos básicos a serem conquistados: primeiro, a proposta de Boaventura de Souza Santos que é de forjar uma “democracia sem fim”, em todos os campos, especialmente na economia, pois aquí se instalou a ditadura dos patrões. Ela é mais que delegatícia, é um movimento aberto de participação, a mais ampla possivel.
O segundo, é uma idéia que defendo há anos: a democracia não pode ser antropocêntrica, só pensando nos humanos como se vivêssemos nas nuvens e sozinhos, sem nos darmos conta de que comemos, bebemos, respiramos e estamos mergulhados na natureza da qual dependemos. Então, importa articular os dois contratos, o social com o natural; incluir a natureza, as águas as florestas, os solos, os animais como novos cidadãos que têm direitos de existir conosco, especialmente os direitos da Mãe Terra. Trata-se então de uma democracia sócio-cósmica, na qual os seres humanos convivem com os demais seres, incluindo-os e não lhes fazendo mal. O PT do Acre nos mostrou que isso é possível ao articular cidadania com florestania, quer dizer, a floresta respeitada e incluida no bem viver dos povos da floresta.
Utopia? Sim, no seu melhor sentido, mostrando o rumo para onde devemos caminhar daqui para frente, dadas as mudanças ocorridas no planeta e no encontro inevitável dos povos.
Leonardo Boff (Brasil)
Filósofo. Teólogo. Autor de A nova era: a civilização planetária, 2003.
Dilma e a fé cristã
Dilma e a fé cristã
Frei Betto* (publicado na coluna “Tendências/Debates” da Folha de São Paulo)
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion,Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de “marxista ateia”.
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória – diria, terrorista – acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
————————————–
*Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte(MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro “A noite em que Jesus nasceu” (Editora Vozes) ganhou o prêmio de “Melhor Obra Infanto-Juvenil” de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa).
OS 33 MINEIROS DO CHILE E A CAVERNA DE PLATÃO...
No entanto, o que me fez lembrar do mito da caverna foi a mudança de ambiente dos mineiros ao serem resgatados. O impacto com a luz será inevitável, muito embora tenham óculos de sombra no resgate e paramédicos por toda parte para prestar auxílio. Voltarão para um mundo que já conheciam e não estavam presos voluntariamente. Não queriam estar lá. Se pudessem escolher estariam fora sem passar pelo risco de morte. Ao contrário dos que estavam presos na caverna de Platão desde à infância, acorrentados, com cabeça e pés voltados para o fundo da caverna, sem ver a luz do sol e, de repente são surpreendidos por um deles que tinha se soltado e logo voltado para contar-lhes o que havia visto, a verdade, a luz verdadeira e não sombras da realidade, objetos perfeitos e não cópias da realidade, o que é e não a aparência do que é. Os outros da caverna de Platão, sabendo da verdade, não quiseram sair da caverna, optaram por ficar lá. Platão chega a dizer que se fossem forçados a sair, algo muito pior poderia acontecer, um sofrimento muito maior estavam sujeitos a passar, sendo levados na subida a cometer um homicídio, a matar quem os forçassem a subir.
Repare que se formos comparar as duas emblemáticas situações, uma imaginativa, ideal, a caverna de Platão, e a outra carregada de realidade, puro acontecimento cheio de drama e tragédia, como é o caso dos mineiros do Chile, veremos semelhanças e diferenças. Mas a relação, se não for uma boa pedida, ao menos é uma boa investida.
Os prisioneiros da caverna de Platão e os 33 mineiros refugiados no ambiente de seu trabalho há quase 70 dias. O certo é que os 33 mineiros vão experimentar a passagem como uma viagem lenta entre o refúgio da mina até a superfície. Assim como a Caverna de Platão, a subida da mina para a superfície não é nada fácil, cheio de escarpas, de riscos, de sofrimentos, de obstáculos, enfim... A mudança de ambiente trará certamente confusão e pouco discernimento das coisas, dos objetos, da natureza, das pessoas, do mundo, porém, com um tempo, a vista e a mente se adaptarão ao novo mundo. Diferentemente dos prisioneiros do mito platônico, os mineiros do Chile experimentaram o medo da morte e a angústia de perderem suas vidas, suas famílias, seu mundo fora da caverna. Ao passo que para os moradores da caverna de Platão só existia aquele mundo, o mundo da caverna. O outro mundo era apenas uma possibilidade, pois estavam acostumados com as sombras, teimando que ali estava toda a verdade.
O mais interessante no resgate dos mineiros do Chile foi a presença das novas tecnologias, celulares lá embaixo, há quase 700m, câmeras que intermedeiam as imagens da mina para fora e de fora para a mina, aparelhos de comunicação em que os técnicos conversavam o tempo todo com a pessoa no momento em que estava sendo retirada da mina dentro de uma cápsula. A comunicação audiovisual faz toda a diferença, porque ajuda a acordar a razão ou a adormecê-la, como no caso moderno de grandes e constantes dosagens, mas na medida certa, pode nos tirar da alienação que é uma caverna modernizada, para não soar anacrônico.
Pois bem, se a diferença mais plausível entre a caverna de Platão e a caverna dos mineiros do Chile é o fator sobrevivência, pois não resistiriam lá embaixo por longo tempo, devido às condições adversas, certamente essa experiência entre a vida e a morte poderá marcar a existência dessas 33 pessoas que passaram por uma forte pressão física e psicológica. A vida dessas pessoas não será mais a mesma, uma vez que a carga de pressão e tensão os fez repensar os valores, reavaliar comportamentos, renovar a visão. Que seja ao menos isso, renovar a visão, limpar a visão, ver a vida de outra maneira, já que o mundo deles não é mais aquele ou não é mais o outro que passou, mas um novo, um mundo melhor, descoberto e redescoberto a partir desta nova experiência, a partir de um confinamento cheio de conflitos, carências e no limite da sobrevivência.
Talvez sejam estes os ganhos de sair da caverna, percorrer a subida, experimentar a mudança, viver seu limite, conhecer-se um pouco mais, sobreviver, chegar ao topo e poder contar tudo isso, “o que uma nova vista nos revela”:
Prof.: Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
O pensador digital
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Educação: uma expectativa incerta...
A cena do desfecho do filme “Sociedade dos poetas mortos” nos coloca dentro da experiência educacional marcadamente incerta, imprevista e nova, imponderável, porém vital.
Pelas pistas que possuímos do mundo que espera nossos jovens, só sabemos que será muito diferente do presente, com inevitável mudança de paradigma(s). Se melhor ou pior, impossível prever. Apenas precisamos não permanecer como espectadores, mas tomar nas mãos o desafio de construir o novo.
Se não podemos prever, pelo menos temos noções sobre o que não queremos: com tantas incertezas, seríamos capazes de construir um mundo mais humano? Tal pergunta nos leva ao campo da incerteza e do imponderável já que não estamos prontos para tudo, até porque a vida é cheia de incertezas e não cabe nos limites da razão e nos limites de nossos programas. Por isso dirá Morin:
“A estratégia opõe-se ao programa, ainda que possa comportar elementos programados. O programa é a determinação a priori de uma seqüência de ações tendo em vista um objetivo. O programa é eficaz, em condições externas estáveis, que possam ser determinadas com segurança. Mas as menores perturbações nessas condições desregulam a execução do programa e obrigam a parar. A estratégia procura incessantemente reunir as informações e os acasos encontrados durante o percurso. Todo nosso ensino tende para o programa, ao passo que a vida exige estratégia e, se possível, serendipidade e arte”(Edgar Morin).
Serendipidade vem a ser entendida aqui como ato de procurar uma coisa e achar outra; o imprevisto. “Serendip” era o nome de uma ilha ao sul da Índia, que depois se chamou Ceilão e hoje é denominada Sri Lanka; segundo um conto oriental, três príncipes de serendip, percorrendo seus territórios, fizeram importantes e inesperadas descobertas. Usa-se o termo para designar a descoberta fortuita, mas fértil para quem é capaz de combinar “acaso” e “sagacidade”.
Edgar Morin, que divulga a teoria da complexidade no Brasil e no mundo a fora, enxerga a possibilidade da Educação se inserir num processo ousado de estratégia, segundo ele, arte e serendipidade, afastando-se do programa e promovendo uma Educação cada vez mais criativa e surpreendente. Para o mundo atual, tamanho desafio não é tão fácil, por isso complexo, mas de uma exigência vital para a leitura de valores que frequentemente entram no diálogo educacional sem pedir licença.
Com isso, a preocupação da Educação não é o uno, mas o múltiplo e a complexidade, no olhar de Morin, com a vida que se afirma e que se insere num movimento constante de mudança. Remontamos, assim, a algumas citações oportunas que Morin faz jus na sua obra “A cabeça bem feita”, a qual levanta provocações filosóficas sobre o pensamento de Michel de Montaigne e outros como Rousseau e Nietzsche. Vejamos:
“Quero ensinar-lhe a viver”(Rousseau).
“Queremos ser poetas de nossa própria vida, e primeiro, nas menores coisas”(Nietzsche).
“O grande problema da Educação é conseguir que o aluno transforme a informação impessoal, no vídeo, no papel ou na fala, em conhecimento(apropriação e assimilação) e o aluno converta essa informação em sabedoria ou sapiência e empregá-la para orientar sua vida”(Edgar Morin).
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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domingo, 31 de outubro de 2010
Primeiro discurso de Dilma Rousseff como Presidente da República
vejam no www.r7.com
No discurso, a Presidente Dilma fez questão de defender a liberdade de expressão, de modo irrestrito. Agradeceu a honra de ter convivido e aprendido com o presidente Lula. Enalteceu as potencialidades do povo brasileiro e disse que iria se esforçar a erradicar a miséria e a pobreza.
sábado, 30 de outubro de 2010
À AGRACIADA DESTA NOITE, RENARA ISLANNY SILVA NOBRE DE ARAÚJO.
exclusividade a vida. Senão ela na pessoa da menina Renara, o que nos atrairia para cá?
É bem verdade que toda virtude, todo poder, toda meninice, inquietude e intensidade de vida explodem em seus quinze anos. Não é menos verdade que também a mocidade, o jeito extrovertido, irrequieto e desembaraçado estão reunidos neste ser ou criatura viva de Deus que ora homenageamos e que responde ao nome de Renara Islanny Silva Nobre de Araújo, vulgo Aleixo. Nascida aos 30 de Outubro de 1995 em Caicó, filha legítima de Périclys Roosevelt Nobre de Araújo e Russilani Mary Silva de Araújo, tendo por avós paternos Inácia dos Santos Silva e Roque Silva e maternos Maria de Lourdes Nobre de Araújo e Pedro Araújo Neto, carrega consigo uma forte herança genética, absolutamente marcada de cuidados, proteção e carinho.
Muitas são as histórias e peripécias em torno da figura desta mocinha, que já nasce jovem, devido às atitudes inesperadas na família. Numa delas....Alguém aí, por acaso, já sentou num restaurante, pegou o cardápio e pediu feijãozinho com “padurinha”? Conta a família que, certa vez, estavam em passeio numa praia e pararam num restaurante para almoçar. Quando todos sentaram para escolher o cardápio, a menina Renara, sem saber lê, pegou o cardápio, abriu, olhou e disse ao garçom: “Eu quero comer feijãozinho com padurinha”. Todos riram muito e o garçom teve que servir feijãozinho com “padurinha”. Pra vocês verem, desde cedo, a menina Renara não conseguia esconder seus quereres, seus desejos, tão próprios de uma natureza decidida. Quando quer uma coisa, saia de perto. De gênio forte e decidido, assim é o temperamento de Renara que a levou a aprontar muitas peripécias na infância e ainda hoje.
Poderia prolongar a lista numerosa das teimosias e das traquinagens desta incrível menina, mas, basta por aqui. À parte isso, quando a conheci, uma pequena marca destoava de seu rosto, me parece até que diminuiu, não sei. Há, em volta de seu olho esquerdo, um sinal que cada vez que o via, tomava-me de admiração e curiosidade, encontrava uma maneira para tirar proveito disso. Sempre criava uma brincadeira do sinal de Renara. Lembro-me de, constantemente, perguntar à família: Qual a causa deste sinal? É genético? Puxou a quem?
Gente, não importa. Mas que sinalzinho mais charmoso!
Saint-Exupéry, no livro “O Pequeno Príncipe” ensina que o essencial é invisível aos olhos. Em você, Renara, não só o invisível é essencial, mas o visível é todo essencial. Você é uma menina saudável, perfeita, derramando-se em vida, linda, uma garota levada, sapeca, interativa e amável. Tem uma capacidade enorme de atrair pessoas, amigos e amigas. Há, em você, minha querida, uma identidade entre parecer e ser, porque só uma criança que ainda há em você, é capaz disso. Mesmo crescidinha e com formas de mocinha, repousa em você uma criança maravilhosa. Continue assim, pois, é possível ver pureza em seus olhos. É possível ver desembaraço nos seus gestos. Não é em vão que gosta de música, de batuques, atabaques, adufes, enfim... Faz parte da filarmônica da Cidade e da bandinha da Escola Estadual Teônia Amaral. Não se surpreendam. Quem pensa que esta é a primeira banda da qual Renara fez parte, está muito enganado, pois Renara começou sua carreira musical bem cedo; de restos de cadeira, panelas, tampas de alumínio, latas secas, construiu sua própria bateria. Acompanhada de seu primo Pedro Víctor e outros formaram uma bandinha que se reunia todas as tardes, por volta do meio dia, no terraço de D. Lourdinha para o ensaio da banda e desespero de Seu Pedro que não conseguia dormir. O show começava por volta das 6h da noite e se estendia até as 10h e meia da noite tirando do sério sua tia Socorro(popola), que muito se preocupava por causa dos vizinhos. Todos os dias a turma do banquinho já esperava ansiosa por Renara e sua banda pau e lata.
Como vimos, procura fazer da sua vida uma arte, a seu modo, é claro. É tomada de entusiasmo em tudo que faz e que inventa fazer. Tanto é que está sempre acordada. De tão interativa que chega a ser, o seu dia é uma agitação e o poder da noite quase não consegue conter suas energias. Energias estas que a fazia correr pra lá e pra cá, do início ao fim da cidade, cheia de ciúmes à procura de seu pai. Com sua licença, Périclys, esta menina não lhe deu, não lhe dá e nunca lhe dará sossego. Quanta energia!
Adolescentes como você, ou como nós, sofre de permanentes instantes de deslumbramentos e empolgação, não que isso seja um mal da idade, mas um sinal de que, nem sempre, conseguimos controlar as fortes ações dos hormônios em nosso organismo. É certo que isso não tem nada a ver com a idade, pois posso ter a notável idade de 70 anos e ver repousar em mim uma eterna criança, bem como ter 15 anos com a consciência de 40. É uma fase muito delicada em nossa vida, pois milhares de hormônios em ebulição tomam conta do nosso corpo e da nossa mente. Para isso, é preciso não pará-los, mas concorrer com eles, de modo muito criativo. Não contê-los, mas canalizá-los no estudo, na leitura, no lazer, na amizade com os pais, na companhia dos amigos, bem como na amizade com Deus. Conheça seus afetos tristes e alegres e saiba conviver bem com eles. Não pense que nada vai lhe afetar, pelo contrário seja sensível a tudo, mas seja forte e permaneça ao mesmo tempo a pessoa que você é, nada mais.
Repare bem, Renara. Dos 10 aos 20 anos, você está mesmo no meio, nos 15 anos, em que mocidade e amizades começarão a fluir como um rio perene em sua vida. E aqui a metáfora do rio vem muito a calhar, porque o rio de que lhe falo aqui não tem margens, tampouco obstáculos ou barreiras que não poderão contê-lo e nem represá-lo. Só há corredeiras. O rio perene apenas flui, desce ou corre para o mar. Às vezes, é necessário subir à fonte e não simplesmente descer com ele. Talvez esta imagem do rio sem margens seja a mais simples e a mais oportuna para mostrar-lhes o quanto é poderosa esta fase da vida. Tal fase marca uma das mudanças mais radicais de nossa vida. Muitos sonham com seus quinze anos. Para uns é a fase da independência, para outros a fase da rebeldia, para alguns a fase do namoro, das descobertas, das aventuras. Foi até taxada de “aborrescência”. No geral, tudo isso representa mudança.
Sobre isso disse, certa vez, Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, à igreja, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo que tudo muda. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro. Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond: “como a vida vale mais que a própria vida sempre renascida.”
Apesar dos 15 anos representar para você o que há de mais belo no mundo, todo poder e aparentemente uma vida sem limites e sem medos, não esqueça de que nem tudo podemos, nem tudo está ao nosso alcance, pois você é um ser limitado e, com um tempo, vai aprender muito com isso, com suas limitações. Mesmo se achando invencível ou imortal, é bom saber que não se é jovem para sempre. Todo o tempo do mundo está a seu favor. Aprenda a respeitar o tempo, a temer a Deus. Ele conspira a seu favor, desde que você se alie a ele. O tempo não é seu inimigo, mas é preciso muita sabedoria para ser seu amigo. Veja o que diz Deus no Livro Eclesiastes da Bíblia: “Há um tempo para todo o propósito debaixo do sol”. Por isso, não queime as preciosas etapas da sua vida. Aproveite os dias da sua mocidade, saboreie os seus 15 anos com intensidade, seja alegre, fecunda e feliz com sua família e seus amigos, mas “lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade”(Ecl. 12.1).
Finalmente, Renara, para coroar esta homenagem, que despertou em mim os instintos mais naturais e sinceros de afeição, de amor e carinho, de estima e consideração, escolhi para você, um trecho da música francesa “MA TOUT EST BELLE” que conheci nos anos de minha mocidade. Diz assim a música:
“Vem Formosa e Bela! Vem ao meu jardim! O inverno já passou e as vinhas em flor. Exalam seus perfumes. Vem ao meu jardim”.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dilma: garantir conquistas e consolidar avanços...
Serra representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir a atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.
Leonardo Boff
O Brasil já deixou de “estar deitado eternamente em berço esplêndido”. Nos últimos anos, particularmente sob a administração do Presidente Lula, conheceu transformações inéditas em nossa história. Elas se derivaram de um projeto político que decide colocar a nação acima do mercado, que concede centralidade ao social-popular, conseguindo integrar milhões e milhões de pessoas, antes condenadas à exclusão e a morrer antes do tempo. Apesar dos constrangimentos que teve que assumir da macroeconomia neoliberal, não se submeteu aos ditames vindos do FMI, do Banco Mundial e de outras instâncias que comandam o curso da globalização econômica. Abriu um caminho próprio, tão sustentável que enfrentou com sucesso a profunda crise econômico-financeira que dizimou as economias centrais e que devido à escassez crescente de bens e serviços naturais e ao aquecimento global está pondo em xeque a própria reprodução do sistema do capital.
O governo Lula realizou a revolução brasileira no sentido de Caio Prado Jr. no seu clássico A Revolução Brasileira (1966):”Transformações capazes de reestruturarem a vida de um pais de maneira consentânea com suas necessidades mais gerais e profundas, e as aspirações da grande massa de sua população…algo que leve a vida do país por um novo rumo". As transformações ocorreram, as necessidades mais gerais de comer, morar, trabalhar, estudar e ter luz e saúde foram, em grande parte, realizadas. Rasgou-se um novo rumo ao nosso pais, rumo que confere dignidade sempre negada às grandes maiorias. Lula nunca traiu sua promessa de erradicar a fome e de colocar o acento no social. Sua ação foi tão impactante que foi considerado uma das grandes lideranças mundiais.
Esse inestimável legado não pode ser posto em risco. Apesar dos erros e desvios ocorridos durante seu governo, que importa reconhecer, corrigir e punir, as transformações devem ser consolidadas e completadas. Esse é o significado maior da vitória da candidata Dilma que é portadora das qualidades necessárias para esse “fazimento” continuado do novo Brasil.
Para isso é importante derrotar o candidato da oposição José Serra. Ele representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.
Os ideólogos do PSDB que sustentam Serra consideram como irreversível o processo de globalização pela via do mercado, apesar de estar em crise. Dizem, nele devemos nos inserir, mesmo que seja de forma subalterna. Caso contrário, pensam eles, seremos condenados à irrelevância histórica. Isso aparece claramente quando Serra aborda a política externa. Explicitamente se alinha às potências centrais, imperialistas e militaristas que persistem no uso da violência para resolver os problemas mundiais, ridicularizando o intento do Presidente Lula de fundar uma nova diplomacia baseada no dialogo e na negociação sincera na base do ganha-ganha.
O destino do Brasil, dentro desta opção, está mais pendente das megaforças que controlam o mercado mundial do que das decisões políticas dos brasileiros. A autonomia do Brasil com um projeto próprio de nação, que pode ajudar a humanidade, atribulada por tantos riscos, a encontrar um novo rumo salvador, está totalmente ausente em seu discurso.
Esse projeto neoliberal, triunfante nos 8 anos sob Fernando Henrique Cardoso, realizou feitos importantes, especialmente, na estabilização econômica. Mas fez políticas pobres para os pobre e ricas para os ricos. As políticas sociais não passavam de migalhas. Os portadores do projeto neoliberal são setores ligados ao agronegócio de exportação, as elites econômico-financeiras, modernas no estilo de vida mas conservadores no pensamento, os representantes das multinacionais, sediadas em nosso pais e as forças políticas da modernização tecnológica sem transformações sociais.
Votar em Dilma é garantir as conquistas feitas em favor das grandes maiorias e consolidar um Estado, cuja Presidenta saberá cuidar do povo, pois é da essência do feminino cuidar e proteger a vida em todas as suas formas.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.
Ibope mostra Dilma 14 pontos à frente de Serra...
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, está 14 pontos à frente do adversário José Serra (PSDB), de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira.
O levantamento mostra a petista com 57% dos votos válidos contra 43%. Na pesquisa anterior, divulgada no dia 20, Dilma aparecia com 56% contra 44% de Serra.
Pelos votos totais, a petista conta com 52% das intenções contra 39% do adversário.
Entre os entrevistados, 5% disseram que irão anular ou votar em branco e 4% estão indecisos.
Na pesquisa anterior, Dilma registrava 51% das intenções totais de voto contra 40% de Serra. Os porcentuais de brancos e nulos e de indecisos continua o mesmo.
A maioria dos eleitores (82%) diz que o voto é definitivo e 13% afirmam que ainda podem mudar.
O governo Lula tem aprovação de 80% enquanto 15% o consideram regular e 4%, ruim ou péssimo.
A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", fez 3010 entrevistas entre os dias 25 e 28 de outubro. Ela está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37.596/2010. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Sociologia. Pensador francês diz que Brasil ainda é país da 'desigualdade cordial'
"O Brasil é o país da desigualdade cordial, uma sociedade em que o caráter democrático é problemático. Como se tornar uma sociedade democrática sem passar pelo Estado providência?", pergunta o pensador francês Pierre Rosanvallon, professor de história da democracia no Collège de France.
Rosanvallon deu entrevista a um pequeno grupo de jornalistas depois de fazer a conferência inaugural do 34º encontro anual da Anpocs (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais), em Caxambu, MG.
Na conferência, ele disse que a ideia de busca da igualdade continua sendo a base da democracia, que, afirmou, não é um regime nem um modelo, mas um processo aberto, em construção. Ele lançou em português o livro "Por uma História do Político" (editora Alameda).
FOLHA - A que o senhor se refere quando fala do risco do novo populismo para as democracias europeias?
ROSANVALLON - O fenômeno dominante nas sociedades europeias há 20 anos é o desenvolvimento de partidos de extrema direita. O que choca é que esses partidos não cresceram só onde havia uma tradição extremista de direita, como na França e na Itália, mas também nas democracias mais sociais, como a Suécia, onde o partido de extrema direita ganhou 6% dos votos e conseguiu a posição de árbitro no Parlamento. Foi o mesmo caso na Bélgica e na Dinamarca.
Há neste momento uma fragilização do contrato social na Europa, que era a social-democracia, uma certa ideia de distribuição. Há um enfraquecimento desse contrato e surge como compensação negativa esse avanço da extrema direita, que não procura encontrar uma redefinação da igualdade, mas sim definir um novo conceito de homogeneidade das sociedades europeias.
Há uma grande distinção a fazer entre a noção de igualdade e a de homogeneidade. A igualdade pressupõe um trabalho sobre as diferenças na sociedade, reconhece as diferenças. A homogeneidade pressupõe como cimento social a expulsão da diferença. É um jeito perverso e patológico de recriar o cimento social.
Como vê o estado da democracia na América Latina e que papel o Brasil desempenha nesse contexto?
As democracias da América Latina saíram de décadas de mal-estar, após o ciclo de ditaduras. Há um reeingresso em formas mais estáveis de democracia e, ao mesmo tempo, essas democracias ainda são frágeis. Essa fragilidade é vista nas incertezas que existem hoje na Argentina, por exemplo, ou na evolução do regime venezuelano. Há uma confusão entre democracia eleitoral e democracia liberal.
A força do Brasil, como a do Chile, é que as instituições funcionam muito bem. O Brasil se tornou um país pluralista, com instituições que saíram da simples utopia eleitoral. Mas a democracia brasileira, como as outras latino-americanas, ainda é uma sociedade onde o caráter democrático é problemático. Como se tornar uma sociedade democrática sem passar pelo Estado providência? Essa é a questão também da China, como da Índia.
Nisso o Brasil e a Índia têm um papel especial, porque a China não é uma democracia eleitoral. O Brasil tem um papel não apenas na cena diplomática e econômica, mas na reflexão coletiva sobre o futuro do democracia.
O senhor também falou da ameaça "socrática", da limitação à visão liberal das instituições, que teriam o papel de regular e moldar a vontade popular. Esse debate se aplica ao Brasil?
Quando falo de ameaça socrática é preciso lembrar que historicamente as democracias europeias funcionaram sobre dois pilares, o sufrágio universal e o Estado racional, a administração pública. A memória do positivismo é forte o suficiente no Brasil para que a ideia de República seja ligada não ao sufrágio universal, mas à do Estado racional.
Essa definição da democracia baseada no serviço público --isto é, uma definição substancial do interesse geral-- e no voto universal --que seria uma definição de procedimento-- parece boa.
Mas hoje em dia é preciso ir mais longe. Precisamos de outros tipos de instituição porque o Estado racional também foi capturado por interesses particulares. E a democracia não é apenas o poder dos sábios, o poder de regulação, que é uma espécie de proteção da sociedade, mas também um poder de instituição.
E aí retomamos a questão fundamental que está na base da democracia que é, de um lado, dar a palavra a todos que não a têm e, do outro, construir essa sociedade dos iguais.
No Brasil há uma ideia, como nos EUA do início do século 19, da civilidade democrática, a famosa cordialidade brasileira. Mas o Brasil é também o país da desigualdade cordial. A civilidade tem um papel, mas não podemos fazer com que a sociedade dos iguais repouse apenas nos braços da cordialidade nem do amor comum pelos ídolos do futebol, por exemplo.
O nacionalismo é um risco aqui também?
A primeira definição de nação vem de uma reflexão sobre a constituição de laços sociais. Isso podemos dizer que é a nação democrática, a nação positiva. O nacionalismo do fim do século 19 se transformou na nação da exclusão, que se define contra os outros.
Mas isso não é uma tentação brasileira, porque o Brasil nunca foi um país em guerra, não foi fundado sobre uma cultura da exclusão, mas de uma espécie de cultura de separatismo. A secessão dos ricos, social, é visível quando subimos ao Pão de Açúcar.
Como o senhor vê a figura do presidente Lula e sua atuação no governo?
É inegável que o governo de Lula teve uma ação do tipo distributivista. Mas o Brasil estava tão longe de qualquer coisa do tipo que não chega perto de ser um Estado providência do tipo europeu. Então foi apenas um primeiro momento. A questão aberta é como proceder à segunda etapa. Ela pode incluir elementos do Estado providência, porque há dinheiro com o pré-sal, mas é preciso achar outras coisas.
Uma característica que chama atenção de um observador europeu é o fato de Lula terminar seus dois mandatos com 80% de aprovação. E a única explicação é do tipo sociólogo. Claro, seu governo fez coisas que foram criticadas, como muitos outros, e por isso acho que esses 80% provavelmente não querem dizer que sua atuação foi considerada excepcional por todos.
Mas há uma coisa que conta na política é que ele continua a encarnar a sociedade dos esquecidos e uma parte da nova sociedade de classe média, que podem dizer que ele é como a gente.
Muitas vezes a política era conduzida pelas elites sociais. Então esse elemento de identificação, de poderem dizer que há alguém como nós, continua a se manifestar em sua popularidade.
A social-democracia é uma condição para a democracia plena? Há alternativas à democracia ou ela é a última palavra?
A democracia é a última palavra porque ela vai se enriquecendo e se generalizando, é um processo.
A social-democracia foi um momento de construção da democracia. As democracias europeias se confuniram com a ideia social-democrata, no sentido geral do termo.
Quanto às outras democracias, elas devem passar por essa etapa de redistribuição, mas ela é apenas um dos elementos de redefinição da igualdade democrática, que tem também dimensões jurídicas etc.
Os imperativos de um mundo ambientalmente equilibrado poderão se ajustar ao exercício pleno da democracia?
A ecologia introduz o longo prazo e a natureza na democracia. Ela faz parte de uma questão geral sobre o futuro da democracia.
Fonte: Folha de São Paulo - Poder.
Busque Amor novas artes, novo engenho
Busque Amor novas artes, novo engenho
Para matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
Luís de Camões
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Exposição de Serra em 'cinturão tucano' é ineficiente, e Dilma mantém 12 pontos de vantagem
A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, manteve 12 pontos percentuais de vantagem sobre seu adversário no segundo turno das eleições, o tucano José Serra, segundo pesquisa realizada e divulgada hoje pelo Datafolha. Ela aparece com 56%, contra 44% do tucano. O resultado, em votos válidos, é idêntico ao registrado no último levantamento do instituto, realizado no dia 21.
No total de intenções de voto houve leve oscilação: Dilma tem 49% contra 38% de Serra (na semana passada, a petista estava à frente com 50% a 40%).
A segmentação dos resultados do novo levantamento mostra que não foi eficiente a estratégia de Serra de reforçar sua presença no Sudeste e no Sul do país, o chamado "cinturão tucano", onde teve votação expressiva no primeiro turno.
No Sudeste, o tucano perdeu três pontos percentuais e agora é derrotado pela petista por 44% a 40%. No Sul, ele perdeu dois pontos percentuais, mas ainda vence Dilma --que cresceu dois pontos-- por 48% a 41%.
No Nordeste, ponto forte da petista, a distância entre os dois adversários, que oscilaram negativamente um ponto, ficou a mesma da pesquisa passada (37 pontos, ou 64% a 27%).
Desta vez, foram entrevistados 4.066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Pretendem votar em branco ou anular o voto 5% dos eleitores entrevistados (eram 4% no último levantamento), enquanto 8% dizem estar indecisos (contra 6% da última pesquisa).
Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 37.404/2010.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/820722-exposicao-de-serra-em-cinturao-tucano-e-ineficiente-e-dilma-mantem-12-pontos-de-vantagem.shtml
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Pérolas dos Simpsons nº 06
RecadosOnline
‘Se algo é difícil de fazer, então não vale a pena ser feito!’
Episódio:O Show de Otto
‘Filhos, vocês tentaram, deram o seu melhor, e falharam miseravelmente. A lição é: nunca tentem’
Episódio: O Herdeiro do Sr. Burns
‘Não sei, Marge… Tentar é o primeiro passo rumo ao fracasso’
Episódio: Propriedade Indesejada
Pérolas dos Simpsons nº 05
RecadosOnline
‘Marge, lembre-se, se algo der errado na usina, culpe o cara que não sabe falar inglês!’
Episódio: Marge Arranja um Emprego
‘Lisa, se você não gosta do seu emprego, você não faz uma greve! Você vai lá todo dia e faz seu trabalho malfeito! Esse é o ‘Jeito Americano’!’
Episódio: A Associação de Pais e Mestres Debanda
‘Acho que Smithers me contratou por causa das minhas habilidades motivacionais. Todo mundo diz que tem de trabalhar muito mais quando eu estou por perto!’
Episódio: O Substituto
Pérolas dos Simpsons nº 04
RecadosOnline
‘Ah, eu tenho três filhos e nenhum dinheiro. Por que eu não posso ter nenhum filho e três dinheiros?’
Episódio: Crook and Ladder
‘Bart! Com 10 mil dólares, seremos milionários! A gente poderia comprar várias coisas úteis… Tipo amor!’
Episódio: Bart Ganha um Elefante
‘Bem, o Sr. Burns pode ter todo o dinheiro do mundo, mas tem uma coisa que ele não pode comprar…
Um dinossauro!’
Episódio: Cão de Morte
Pérolas dos Simpsons nº 03
RecadosOnline
‘Desde quando educação me faz sentir mais inteligente? Toda vez que eu aprendo alguma coisa nova, alguma coisa velha é expulsa do meu cérebro. Lembra quando eu fiz aquele curso de vinhos e esqueci como dirigir?’[Resposta da Marge: ‘Mas isso é porque você ficou bêbado!’]
Episódio: Os Segredos de um Casamento Bem-Sucedido
‘Ah, finalmente um pouco de sossego para eu poder ler meus favoritos… Hum… ‘Amendoins com mel. Ingredientes: sal, agentes químicos sabor mel, sobras de amendoim prensadas…’
Episódio: Os Escoteiros da Vizinhança
‘Uma biblioteca vendendo livros? Se eu não os queria de graça, por que eu pagaria por eles?’
Episódio: Marge Agridoce
Pérolas dos Simpsons nº 02
RecadosOnline
‘Oh meu Deus, alienígenas espaciais! Não me comam! Eu tenho uma mulher e filhos! Comam eles!’
Episódio: Especial Os Simpsons Dia das Bruxas VII
‘Vejo que essa casa está desmoronando sem a minha presença, então essa é a nova ordem das coisas. Bart, você é o homem da casa. Lisa, estou promovendo você a menino. Maggie agora é a filha inteligente. A torradeira pode substituir a Maggie. E, Marge, você é uma consultora’
Episódio: Dias de Vinhos e Rosas
‘Meu pai nunca acreditou em mim! Eu não vou cometer esse mesmo erro. De agora em diante, vou ser mais gentil com meu filho e mais malvado com meu pai’
Episódio: O Craque É Bart
Pérolas dos Simpsons nº 01...
RecadosOnline
SOBRE AS PESSOAS
‘As pessoas inventam estatísticas para provar qualquer coisa. 40% das pessoas sabem disso.’
Episódio: Homer, o Vigilante
‘Por que coisas que acontecem com gente idiota sempre acontecem comigo?’
Episódio: Pare ou Meu Cachorro Atira
A globo.com faz uma justa homenagem aos 70 anos de Pelé
Discurso de Leonardo Boff e Chico Buarque em prol da candidatura de Dilma Russeff
Gente, assistam com atenção ao vídeo deste discurso com as propostas concretas de Dilma para Presidente. Os 4 eixos do Programa de governo de Dilma para dar sustentabilidade econômica e social ao país. Um governo preocupado com justiça social. Mais de 20milhões de brasileiros ascenderam à classe média. Ouros tantos ingressaram na Universidade. Isso equivale a toda uma frança! Houve com Lula uma revolução na Ecologia social brasileira e que será continuada com Dilma.
4 EIXOS DO PROGRAMA DE DILMA PARA SUSTENTAR O PAÍS SOCIAL E ECONOMICAMENTE: O SOCIAL COMO EIXO ESTRUTURADOR DA ATIVIDADE POLÍTICA BRASILEIRA: 1) ERRADICAR A POBREZA E A MISÉRIA; 2) REFUNDAR A EDUCAÇÃO; 3) DAR SAÚDE; 4) DAR SEGURANÇA.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
II Feira do Livro do Seridó, em Caicó, RN. Um encontro literário...
A II Feira do Livro de Caicó começa amanhã, 21, e vai até o dia sábado, 23, na Ilha de Santana, em Caicó. Trazendo uma programação diversificada, o evento promete superar as expectativas de público.
A segunda edição da Feira do Livro do Seridó está prestes a começar. Realizada pela segunda vez consecutiva na Ilha de Santana, em Caicó, o evento já se consolida como o maior do ramo no seridó norte-rio-grandense. A aposta da organização, mais uma vez, foi investir em uma programação diversificada, que atinge a todos os públicos.
Segundo Orni Damásio, coordenador do evento, a Feira do Livro do Seridó foi uma aposta que deu certo. “Ano passado, quando decidimos realizar o evento, tendo como base a experiência nas cinco edições de sucesso em Mossoró, não imaginávamos que a resposta positiva do público e apoiadores fosse ser tão instantânea. Hoje, a região seridoense pode dizer, com orgulho, que possui um evento de grande porte que incentiva a produção literária no Estado”, afirma.
Grandes nomes da literatura nacional e regional confirmaram presença para esta segunda edição. Dentre eles, pode-se destacar a participação jornalista, escritora e apresentadora Claudia Matarazzo, que vai falar sobre moda e etiqueta, temas que pautam cerca de doze obras literárias de sua autoria, como “Etiqueta sem Frescura”, “Case e Arrase – um guia para seu grande dia” e “Gafe não é Pecado”. O sua palestra está agendada para as 20 horas do dia 23, sábado, no Palco do Pavilhão da Ilha.
Além dela, outro destaque será o paraibano Carlos Marcelo, atual editor-executivo do Correio Braziliense, que já tem dois livros publicados: “Nicolas Behr – Eu engoli Brasília” e “Renato Russo – o Filho da Revolução”, o seu maior sucesso. Marcelo vai participar de bate-papo com o comunicador caicoense Roberto Fontes.
No total, serão 33 horas de programação, entre apresentações culturais, palestras, lançamentos de livros e bate-papos. Oito escolas do município e região já confirmaram presença no evento, que contará com 14 espaços de exposição e venda de livros.
Para saber mais informações sobre a II Feira do Livro do Seridó e conferir a programação completa do evento, acesse o site oficial:
Pesquisa mostra Dilma Rousseff 12 pontos à frente de José Serra.
Ibope aponta petista com 56%, contra 44% do candidato tucano
Confira Também
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece 12 pontos à frente de José Serra (PSDB) na disputa do segundo turno. Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra a petista com 56% dos votos válidos, contra 44% do candidato tucano. Neste cenário, brancos e nulos são descartados. Com o resultado, Dilma seria eleita presidente.
Na sondagem geral, Dilma aparece com 51%, Serra tem 40%. Brancos e nulos somam 5% e indecisos chegam a 4%, de acordo com o Ibope. O segundo turno será no dia 31 de outubro.
A última pesquisa de intenção de voto para a Presidência foi divulgada nesta terça-feira (19) e mostrou Dilma 14 pontos à frente de Serra. O Vox Populi apontou que a petista tem 57% dos votos válidos, contra 43% de Serra.
A sondagem divulgada hoje foi encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo. O Ibope ouviu 3.010 eleitores dos dias 17 a 20 de outubro. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi feito no dia 15 de outubro com o número 36.476/2010.
Fonte: http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/noticias/pesquisa-mostra-dilma-rousseff-12-pontos-a-frente-de-jose-serra-20101020.html
Dep. eleito Gabriel Chalita fala sobre a onda de boatos e mentiras contra o PT e Dilma.
Educador e apresentador afirma apoio a candidatura de Dilma e dá sua opinião sobre os factóides que tumultuaram estas eleições, como a questão do aborto e outras...
Marilena Chaui 4: por que precisamos eleger Dilma presidente.
Professora da USP, a filósofa Marilena Chaui diz por que Dilma é a melhor opção para o Brasil. Entrevista gravada no dia 13 de outubro de 2010.
Marilena Chaui 3: Serra é uma ameaça para o meio ambiente.
Professora da USP, a filósofa Marilena Chaui explica por que os ambientalistas devem ficar atentos e não votar em José Serra nas eleições.
Marilena Chaui 2: Serra ameaça liberdade de expressão e de imprensa. Assistam.
Entrevista da filósofa e professora Marilena Chaui, gravada no dia 13 de outubro de 2010. Ela fala sobre a desinformação nas eleições deste ano.
Vale a pena. Não vote antes de assistir a isso! Eu recomendo.
A filósofa Marilena Chauí, renomada em sua área, mostra os riscos de se votar em Serra.
Professora da Universidade de São Paulo (USP), a filósofa Marilena Chaui fala sobre os avanços do governo Lula e a ameaça dos direitos sociais. A entrevista foi gravada no dia 13 de outubro de 2010.
A filósofa ainda fala sobre as privatizações do governo FHC e a gravidade de banalizar o patrimônio do Estado, e consequentemente, os direitos sociais.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O que vocês acham? O político vive “da” política ou “para” a política?
Há pouco mais de uma semana do pleito mais importante, talvez, para os destinos do país, vemos a discussão política nos debates televisivos migrar da área moral, pessoal e religiosa dos candidatos para uma dimensão mais social, programática e política, propriamente dita, com questões que tocam em problemas sérios para o desenvolvimento do povo, de interesses do público, como Educação, saúde, geração de emprego e renda, privatizações, salários, previdência social, de modo que podemos distinguir cada candidato e poder escolher um dos dois com suas peculiaridades. Dilma ou Serra? Eis a questão. A escolha é nossa, tornando mais uma vez legítima a Democracia brasileira.
Contudo, faz-se oportuna uma ligeira orientação da política no dizer de Max Weber para os dias de hoje, haja vista o próximo pleito eleitoral que nos aguarda.
Na obra Ensaios de Sociologia de Max Weber, encontra-se uma concentrada visão da política alemã do séc. XIX focada na égide da ciência. Mas Weber, como filho de mãe culta e obstinada pela cultura, soube seguir firme e com educação, através das muitas leituras que fazia, uma ideologia íntegra e segura capaz de deixar um legado político, econômico, social e filosófico para toda a humanidade.
No universo dos Ensaios aqui mencionados, um deles se destaca pelo modo autêntico de tratar as questões políticas, “A política como vocação”. O autor dá um verdadeiro show de transparência e sensibilidade. Sua sensibilidade no assunto “política” é fulcral, de modo que inicia seu ensaio com uma pergunta cortante: “O que entendemos por política?” Daí começa sua exposição que vai desde os variados tipos de política até a noção mais cuidadosa de associações e instituições, redimensionando a questão ao aspecto do Estado.
O mais interessante disso tudo é que a política, para ele, possui dois modos principais, de certo modo escassos, no atual contexto brasileiro quando nos deparamos com indivíduos que pretendem concorrer a um cargo eletivo e que se propõem a seguir uma carreira política, gerindo e administrando a coisa pública.
Ao administrar, o que vocês acham, o político vive “para” a política ou vive “da” política?
“Há dois modos principais pelos quais alguém pode fazer da política a sua vocação: viver “para” a política, ou viver “da” política. Esse contraste não é, de forma alguma, exclusivo. Em geral, o homem faz as duas coisas, pelo menos em pensamento e, certamente, também a ambas na prática. Quem vive “para” a política faz dela a sua vida, num sentido interior. Desfruta a posse pura e simples do poder que exerce, ou alimenta seu equilíbrio interior, seu sentimento íntimo, pela consciência de que sua vida tem sentido a serviço de uma “causa”. Nesse sentido interno, todo homem sincero que vive para uma causa também vive dessa causa. A distinção, no caso, refere-se a um aspecto muito mais substancial da questão, ou seja, o econômico. Quem luta para fazer da política uma fonte de renda permanente, vive “da” política como vocação, ao passo que quem não age assim vive “para” a política. Sob o domínio da ordem da propriedade privada, algumas – se quiserem – precondições muito triviais devem existir, para que uma pessoa possa viver “para” a política, nesse sentido econômico. Em condições normais, o político deve ser economicamente independente da renda que a política lhe pode proporcionar. Isto significa, muito simplesmente, que o político deve ser rico ou deve ter uma posição pessoal na vida que lhe proporcione uma renda suficiente”(WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. A política como vocação. Rio de Janeiro, LTC, 1982, p. 105).
Quem estiver pensando em entrar na política para se beneficiar economicamente, cuidado, pois o caminho não é tão bem sucedido assim, uma vez que muitos cidadãos acabam por sair da política precocemente porque viram nela uma fonte de renda e um atalho mais curto para enriquecerem às custas do patrimônio público, sem qualquer realização profissional, sem qualquer tipo de identidade vocacional com os interesses do povo. Daí a pedida de Weber, o bom mesmo é que o sujeito tenha uma certa independência econômica antes de se propor administrar uma cidade, um estado ou um país.
Nem sempre isto acontece, o que compromete a administração pública e incha de corrupção a estrutura política da nação, do contrário ocorre o inverso, “em troca de serviços leais, hoje, os líderes partidários distribuem cargos de todos os tipos – nos partidos, jornais, sociedades cooperativas, companhias de seguros, municipalidades, bem como no Estado. Todas as lutas partidárias são lutas para o controle de cargos, bem como lutas para metas objetivas”(idem, p. 107)
Fica, portanto, o alerta, antes de qualquer tentativa para lidar com a administração pública ou com uma carreira política, autoavalie se é mesmo ou não a sua praia, se é ou não a sua vocação. Identifica-se ou não com a profissão? Viverás para ela ou se servirás dela?
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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Eu vi um pedacinho de gente!
sábado, 16 de outubro de 2010
Dilma entrega Carta a Marina com convergências de propostas ao PV. Leiam a Carta na íntegra...
"Brasília, 14 de outubro de 2010.
Senadora
Marina Silva
Prezada Marina,
Quero, por seu intermédio, fazer chegar à direção do Partido Verde meus comentários sobre a Agenda por um Brasil Justo e Sustentável, que foi entregue à coordenação de minha campanha.
Antes de tudo, saúdo a iniciativa de condicionar o posicionamento de seu partido a uma discussão de caráter programático. Ela é necessária e oportuna, sobretudo quando se verifica uma lamentável tentativa de mudar o foco do debate eleitoral para questões que, tendo sua relevância como temas de sociedade, não estão, no entanto, no centro da reflexão que o país necessita realizar para definir seu futuro.
Reiterando meus cumprimentos pelo expressivo resultado que sua candidatura obteve no primeiro turno das eleições, quero dar às observações que seguem um sentido que transcende em muito uma dimensão estritamente eleitoral. Nosso diálogo tem um significado futuro. Envolve as condições de governabilidade do país.
As observações que seguem refletem nossa primeira percepção da Agenda. Elas deverão ser objeto de novos aprofundamentos.
Transparência e ética
O Governo atual tem-se empenhado em garantir a mais absoluta liberdade de imprensa no país, posição com a qual me encontro pessoal e partidariamente comprometida.
Por outro lado, as avançadas medidas de transparência de informações sobre a execução orçamentária e de contratos deverão ser aprofundadas com rapidez nos próximos anos.
Reforma Eleitoral
Tenho dito que este tema é fundamental para o amadurecimento da democracia no país. Sendo questão a ser tratada no âmbito do Congresso Nacional, considero que a Presidência da República não deve estar alheia ao tema. Penso que, sobre a maior parte das questões, estamos de acordo e que a forma definitiva que deve assumir a reforma política tem de ser resultado de amplo acordo envolvendo o bloco de sustentação do Governo, partidos que nele não estejam incluídos e, igualmente, as oposições.
Educação para a sociedade do conhecimento
Manifestamos nosso acordo com todos os pontos deste item.
Segurança Pública
Em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira, temos dado especial atenção aos temas da segurança. Temos insistido – na contramão de outras propostas – que a segurança pública não se esgota nas ações repressivas, mas deve ser complementada por políticas públicas em regiões onde o Estado esteve e ainda está ausente. No plano puramente repressivo, defendemos o fortalecimento de ações de inteligência e o emprego de modernas tecnologias. O Governo Lula instituiu, no âmbito do Pronasci, a Bolsa PROTEJO, que beneficia jovens em processo de formação. Concordamos em que uma melhor remuneração dos policiais é fundamental para garantir a dedicação exclusiva a suas funções. Um primeiro passo foi dado a partir de 2008, com a instituição da Bolsa Formação, que beneficiou desde sua criação mais de 350 mil policiais. A necessidade indiscutível de um piso nacional de remuneração para policiais tem de ser objeto de um pacto entre a União, os Estados e os Municípios. Essas e outras questões deverão ser objeto de uma PEC a ser enviada no menor prazo possível, consultados os entes federativos. Meu programa prevê a revisão do modelo atual de segurança pública e a institucionalização de um Sistema Único de Segurança Pública.
Mudanças climáticas, energia e infraestrutura
Expressando nossa concordância com a maior parte dos pontos contidos neste item, considero que há questões que devem ser objeto de aprofundamento e/ou negociação.
É o caso da criação de uma Agência Reguladora para a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Mas temos acordo quanto à necessidade de um arcabouço institucional capaz de coordenar, implementar e monitorar iniciativas nesse setor.
A supressão do IPI sobre a fabricação de veículos elétricos e híbridos deve ser compatibilizada com nossa produção de etanol e nossa capacidade de geração elétrica. Pode-se propor política tributária diferenciada para veículos e outros bens que emitam menos GEE.
A proposta de moratória sobre a criação de novas centrais nucleares exige aprofundamento à luz das necessidades estratégicas de expansão de nossa matriz energética.
Seguridade Social: saúde, assistência social e previdência
Há concordância com todos os itens, com ressalva quanto à redução, no curto prazo, da população de referência para o PSF, pois implicaria aumentar as necessidades de profissionais além de uma capacidade imediata de resposta do sistema.
Proteção dos biomas brasileiros
Nosso Programa dá ênfase à proteção dos biomas nacionais. Por essa razão, estamos de acordo com a meta de incluir 10% dos biomas brasileiros em unidades de conservação A proposta de desmatamento de vegetação nativa primária e secundária em estado avançado de regeneração merece precisão.
Estamos de acordo sobre a prioridade de proteção da Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, dentro de uma estratégia ambientalmente sustentável de ocupação e uso do solo e inclusão social.
Da mesma forma, é nossa prioridade a ação consistente na recuperação de áreas degradadas, a exemplo do Programa Palma de Óleo, na Amazônia.
Consideramos excelente a proposta de um Plano Nacional para a Agricultura Sustentável.
Sobre o Código Florestal, expresso meu acordo com o veto a propostas que reduzam áreas de reserva legal e preservação permanente, embora seja necessário inovar em relação à legislação em vigor. Somos totalmente favoráveis ao veto à anistia para desmatadores.
Gasto público de custeio e Reforma Tributária
Estamos de acordo com todos os itens.
Consideramos necessário afastar-nos de um conceito conservador de custeio que traz embutida a noção de Estado mínimo. A eficiência do Estado está ligada à qualificação dos servidores públicos. Daremos prioridade ao provimento de cargos com funcionários concursados.
Política Externa
Há acordo total com o expresso no documento.
Enfatizamos a necessidade de garantir presença soberana do Brasil no mundo, de fortalecer os laços de solidariedade com os países do Sul, em especial os da América Latina, com os quais compartilhamos história e valores comuns e estamos ligados pela necessidade de defesa de um patrimônio ambiental comum. Defendemos, igualmente, a necessidade de lutar pela reforma e democratização dos organismos multilaterais.
Fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural
Pretendo dar continuidade e profundidade às políticas que foram seguidas neste campo pelo Governo do Presidente Lula.
Com apreço,
Dilma Rousseff"
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Dilma continua com vantagem sobre Serra de 8 pontos ou 10 diz Data Folha.
Em cenário estável, Dilma mantém vantagem de oito pontos sobre Serra, diz Dataf
ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
Os dados são exatamente os mesmos registrados em levantamento realizado na semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A taxa de indecisos, porém, oscilou para cima e agora está em 8% (era 7% na pesquisa anterior). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.
Na reta final da eleição, avaliação de Lula volta a subir e bate recorde, diz Datafolha
Vantagem de Agnelo Queiroz sobe para 18 pontos no DF, aponta Datafolha
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Por Cristina Lobo, A luz Amarela no PT...
Desde o momento em que a disputa foi para o segundo turno- e não liquidada no primeiro como indicavam as pesquisas – um debate interno se instalou no partido de Dilma. A principal reclamação foi a de que na campanha faltou o debate político e sobre marketing. O publicitário João Santana foi para a berlina, e passou a ser criticado até mesmo pelo presidente Lula – o responsável por sua indicação para comandar a campanha petista.
O PT tem algumas como preocupações neste momento como dosar três aspectos da campanha: a presença do presidente Lula nos programas eleitorais; o debate sobre o tema religião, aí incluído o debate sobre aborto e, por fim, a reação da candidata que surpreendeu no último debate ao partir para cima do oponente, José Serra.
– É como tempero na comida. Se for usado em excesso, desanda e se for pouco demais, fica insosso – disse um parlamentar.
Os petistas se esforçam para afirmar que continuam otimistas quanto à possibilidade de vitória de Dilma Rousseff, apesar de as pesquisas mostrarem que ela está perdendo pontos; e Serra, lentamente, ganhando novos eleitores. Mas, internamente, o ambiente é de preocupação. Um dos dados internos que preocupam os petistas é que as pesquisas mostram que 16% dos eleitores admitem que ainda podem mudar o voto – e se, neste momento, mudam saindo de Dilma, isso poderia ser um sinal preocupante para a pestista.
– A campanha está zerada política e eleitoralmente – reconheceu um petista, o que o comando da campanha não admite, neste momento.
fonte: www.g1.globo.com/platb/cristianalobo/
Ronaldo sai do buraco com o Corinthians?
É realmente ótimo o trocadilho dos 33 mineiros resgatados no Chile com o fato do Corinthians está literalmente no buraco em pleno ano do centenário. A charge foi muito feliz na comparação. De fato, o Ronaldo ainda não cabe na cápsula para resgatar o corinthians. Vejamos o desfecho no campeonato brasileiro que segue.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Manifesto de artistas e intelectuais pró Dilma, veja...
Chico Buarque assina manifesto em apoio a Dilma Rousseff
Redação Carta Capital 13 de outubro de 2010 às 17:30hDocumento, também apoiado por Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno, defende união em torno da candidatura petista
Liderados por Chico Buarque, Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno, um grupo de artistas e intelectuais divulga um manifesto em apoio a candidatura de Dilma Rousseff. O documento, que será entregue à candidata em um ato político no dia 18 de outubro, no Rio de Janeiro, defende a união de forças para garantir os avanços na inclusão social, preservação dos bens e serviços da natureza e a nova posição do Brasil no cenário internacional. Leia abaixo o manifesto.
Manifesto de artistas e intelectuais pró Dilma
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno
LEONARDO BOFF: A pobreza da democracia brasileira.
Essa descrição não é caricata, salvo as poucas exceções. É o que se constata dia a dia e pode ser visto pela TV e lido nos jornais: escândalos da depredação do bem público com cifras que sobem aos milhões e milhões. A impunidade grassa porque crime é coisa de pobre; o assalto criminoso aos recursos públicos é esperteza e “privilégio” de quem chegou lá, à fonte do poder. Entende-se porque, em contexto capitalista como o nosso, a democracia primeiro atende os que estão na opoulência ou têm capacidade de pressão e somente depois pensa na população atendida com políticas pobres. Os corruptos acabaram por corromper também muitos do povo. Bem observou Capistrano de Abreu em carta de l924:”Nenhum método de governo pode servir, tratando-se de povo tão visceralmente corrupto com o nosso”.
Na nossa democracia, o povo não se sente representado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou. Por isso não está habituado a acompanhá-lo e a fazer-lhe cobranças. Ao lado da pobreza material é condenado à pobreza política, mantida pelas elites. Pobreza política é o pobre não saber as razões de sua pobreza, é acreditar que os poblemas dos pobres podem ser resolvidos sem os pobres, só pelo assistencialismo estatal ou pelo clientelismo populista. Com isso, se aborta o potencial mobilizador do povo organizado que pode exigir mudanças, temidas pela classe política, e reclamar políticas públicas que atendam a suas demandas e direitos.
Mas sejamos justos. Depois das ditaduras milatares, surgiram em toda América Latina democracias de cunho social e popular que vieram de baixo e por isso fazem políticas para os de baixo, elevando seu nivel. A macroeconomia capitalista segue mas tem que negociar. A rede de movimentos sociais, especialmente o MST, colocam o Estado sob pressão e sob controle, dando sinais de que a democracia pode melhorar.
Vejo dois pontos básicos a serem conquistados: primeiro, a proposta de Boaventura de Souza Santos que é de forjar uma “democracia sem fim”, em todos os campos, especialmente na economia, pois aquí se instalou a ditadura dos patrões. Ela é mais que delegatícia, é um movimento aberto de participação, a mais ampla possivel.
O segundo, é uma idéia que defendo há anos: a democracia não pode ser antropocêntrica, só pensando nos humanos como se vivêssemos nas nuvens e sozinhos, sem nos darmos conta de que comemos, bebemos, respiramos e estamos mergulhados na natureza da qual dependemos. Então, importa articular os dois contratos, o social com o natural; incluir a natureza, as águas as florestas, os solos, os animais como novos cidadãos que têm direitos de existir conosco, especialmente os direitos da Mãe Terra. Trata-se então de uma democracia sócio-cósmica, na qual os seres humanos convivem com os demais seres, incluindo-os e não lhes fazendo mal. O PT do Acre nos mostrou que isso é possível ao articular cidadania com florestania, quer dizer, a floresta respeitada e incluida no bem viver dos povos da floresta.
Utopia? Sim, no seu melhor sentido, mostrando o rumo para onde devemos caminhar daqui para frente, dadas as mudanças ocorridas no planeta e no encontro inevitável dos povos.
Leonardo Boff (Brasil)
Filósofo. Teólogo. Autor de A nova era: a civilização planetária, 2003.
Dilma e a fé cristã
Dilma e a fé cristã
Frei Betto* (publicado na coluna “Tendências/Debates” da Folha de São Paulo)
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion,Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de “marxista ateia”.
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória – diria, terrorista – acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
————————————–
*Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte(MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro “A noite em que Jesus nasceu” (Editora Vozes) ganhou o prêmio de “Melhor Obra Infanto-Juvenil” de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa).
OS 33 MINEIROS DO CHILE E A CAVERNA DE PLATÃO...
No entanto, o que me fez lembrar do mito da caverna foi a mudança de ambiente dos mineiros ao serem resgatados. O impacto com a luz será inevitável, muito embora tenham óculos de sombra no resgate e paramédicos por toda parte para prestar auxílio. Voltarão para um mundo que já conheciam e não estavam presos voluntariamente. Não queriam estar lá. Se pudessem escolher estariam fora sem passar pelo risco de morte. Ao contrário dos que estavam presos na caverna de Platão desde à infância, acorrentados, com cabeça e pés voltados para o fundo da caverna, sem ver a luz do sol e, de repente são surpreendidos por um deles que tinha se soltado e logo voltado para contar-lhes o que havia visto, a verdade, a luz verdadeira e não sombras da realidade, objetos perfeitos e não cópias da realidade, o que é e não a aparência do que é. Os outros da caverna de Platão, sabendo da verdade, não quiseram sair da caverna, optaram por ficar lá. Platão chega a dizer que se fossem forçados a sair, algo muito pior poderia acontecer, um sofrimento muito maior estavam sujeitos a passar, sendo levados na subida a cometer um homicídio, a matar quem os forçassem a subir.
Repare que se formos comparar as duas emblemáticas situações, uma imaginativa, ideal, a caverna de Platão, e a outra carregada de realidade, puro acontecimento cheio de drama e tragédia, como é o caso dos mineiros do Chile, veremos semelhanças e diferenças. Mas a relação, se não for uma boa pedida, ao menos é uma boa investida.
Os prisioneiros da caverna de Platão e os 33 mineiros refugiados no ambiente de seu trabalho há quase 70 dias. O certo é que os 33 mineiros vão experimentar a passagem como uma viagem lenta entre o refúgio da mina até a superfície. Assim como a Caverna de Platão, a subida da mina para a superfície não é nada fácil, cheio de escarpas, de riscos, de sofrimentos, de obstáculos, enfim... A mudança de ambiente trará certamente confusão e pouco discernimento das coisas, dos objetos, da natureza, das pessoas, do mundo, porém, com um tempo, a vista e a mente se adaptarão ao novo mundo. Diferentemente dos prisioneiros do mito platônico, os mineiros do Chile experimentaram o medo da morte e a angústia de perderem suas vidas, suas famílias, seu mundo fora da caverna. Ao passo que para os moradores da caverna de Platão só existia aquele mundo, o mundo da caverna. O outro mundo era apenas uma possibilidade, pois estavam acostumados com as sombras, teimando que ali estava toda a verdade.
O mais interessante no resgate dos mineiros do Chile foi a presença das novas tecnologias, celulares lá embaixo, há quase 700m, câmeras que intermedeiam as imagens da mina para fora e de fora para a mina, aparelhos de comunicação em que os técnicos conversavam o tempo todo com a pessoa no momento em que estava sendo retirada da mina dentro de uma cápsula. A comunicação audiovisual faz toda a diferença, porque ajuda a acordar a razão ou a adormecê-la, como no caso moderno de grandes e constantes dosagens, mas na medida certa, pode nos tirar da alienação que é uma caverna modernizada, para não soar anacrônico.
Pois bem, se a diferença mais plausível entre a caverna de Platão e a caverna dos mineiros do Chile é o fator sobrevivência, pois não resistiriam lá embaixo por longo tempo, devido às condições adversas, certamente essa experiência entre a vida e a morte poderá marcar a existência dessas 33 pessoas que passaram por uma forte pressão física e psicológica. A vida dessas pessoas não será mais a mesma, uma vez que a carga de pressão e tensão os fez repensar os valores, reavaliar comportamentos, renovar a visão. Que seja ao menos isso, renovar a visão, limpar a visão, ver a vida de outra maneira, já que o mundo deles não é mais aquele ou não é mais o outro que passou, mas um novo, um mundo melhor, descoberto e redescoberto a partir desta nova experiência, a partir de um confinamento cheio de conflitos, carências e no limite da sobrevivência.
Talvez sejam estes os ganhos de sair da caverna, percorrer a subida, experimentar a mudança, viver seu limite, conhecer-se um pouco mais, sobreviver, chegar ao topo e poder contar tudo isso, “o que uma nova vista nos revela”:
Prof.: Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
O pensador digital
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Educação: uma expectativa incerta...
A cena do desfecho do filme “Sociedade dos poetas mortos” nos coloca dentro da experiência educacional marcadamente incerta, imprevista e nova, imponderável, porém vital.
Pelas pistas que possuímos do mundo que espera nossos jovens, só sabemos que será muito diferente do presente, com inevitável mudança de paradigma(s). Se melhor ou pior, impossível prever. Apenas precisamos não permanecer como espectadores, mas tomar nas mãos o desafio de construir o novo.
Se não podemos prever, pelo menos temos noções sobre o que não queremos: com tantas incertezas, seríamos capazes de construir um mundo mais humano? Tal pergunta nos leva ao campo da incerteza e do imponderável já que não estamos prontos para tudo, até porque a vida é cheia de incertezas e não cabe nos limites da razão e nos limites de nossos programas. Por isso dirá Morin:
“A estratégia opõe-se ao programa, ainda que possa comportar elementos programados. O programa é a determinação a priori de uma seqüência de ações tendo em vista um objetivo. O programa é eficaz, em condições externas estáveis, que possam ser determinadas com segurança. Mas as menores perturbações nessas condições desregulam a execução do programa e obrigam a parar. A estratégia procura incessantemente reunir as informações e os acasos encontrados durante o percurso. Todo nosso ensino tende para o programa, ao passo que a vida exige estratégia e, se possível, serendipidade e arte”(Edgar Morin).
Serendipidade vem a ser entendida aqui como ato de procurar uma coisa e achar outra; o imprevisto. “Serendip” era o nome de uma ilha ao sul da Índia, que depois se chamou Ceilão e hoje é denominada Sri Lanka; segundo um conto oriental, três príncipes de serendip, percorrendo seus territórios, fizeram importantes e inesperadas descobertas. Usa-se o termo para designar a descoberta fortuita, mas fértil para quem é capaz de combinar “acaso” e “sagacidade”.
Edgar Morin, que divulga a teoria da complexidade no Brasil e no mundo a fora, enxerga a possibilidade da Educação se inserir num processo ousado de estratégia, segundo ele, arte e serendipidade, afastando-se do programa e promovendo uma Educação cada vez mais criativa e surpreendente. Para o mundo atual, tamanho desafio não é tão fácil, por isso complexo, mas de uma exigência vital para a leitura de valores que frequentemente entram no diálogo educacional sem pedir licença.
Com isso, a preocupação da Educação não é o uno, mas o múltiplo e a complexidade, no olhar de Morin, com a vida que se afirma e que se insere num movimento constante de mudança. Remontamos, assim, a algumas citações oportunas que Morin faz jus na sua obra “A cabeça bem feita”, a qual levanta provocações filosóficas sobre o pensamento de Michel de Montaigne e outros como Rousseau e Nietzsche. Vejamos:
“Quero ensinar-lhe a viver”(Rousseau).
“Queremos ser poetas de nossa própria vida, e primeiro, nas menores coisas”(Nietzsche).
“O grande problema da Educação é conseguir que o aluno transforme a informação impessoal, no vídeo, no papel ou na fala, em conhecimento(apropriação e assimilação) e o aluno converta essa informação em sabedoria ou sapiência e empregá-la para orientar sua vida”(Edgar Morin).
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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