Desde o momento em que a disputa foi para o segundo turno- e não liquidada no primeiro como indicavam as pesquisas – um debate interno se instalou no partido de Dilma. A principal reclamação foi a de que na campanha faltou o debate político e sobre marketing. O publicitário João Santana foi para a berlina, e passou a ser criticado até mesmo pelo presidente Lula – o responsável por sua indicação para comandar a campanha petista.
O PT tem algumas como preocupações neste momento como dosar três aspectos da campanha: a presença do presidente Lula nos programas eleitorais; o debate sobre o tema religião, aí incluído o debate sobre aborto e, por fim, a reação da candidata que surpreendeu no último debate ao partir para cima do oponente, José Serra.
– É como tempero na comida. Se for usado em excesso, desanda e se for pouco demais, fica insosso – disse um parlamentar.
Os petistas se esforçam para afirmar que continuam otimistas quanto à possibilidade de vitória de Dilma Rousseff, apesar de as pesquisas mostrarem que ela está perdendo pontos; e Serra, lentamente, ganhando novos eleitores. Mas, internamente, o ambiente é de preocupação. Um dos dados internos que preocupam os petistas é que as pesquisas mostram que 16% dos eleitores admitem que ainda podem mudar o voto – e se, neste momento, mudam saindo de Dilma, isso poderia ser um sinal preocupante para a pestista.
– A campanha está zerada política e eleitoralmente – reconheceu um petista, o que o comando da campanha não admite, neste momento.
fonte: www.g1.globo.com/platb/cristianalobo/
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