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terça-feira, 7 de outubro de 2014

A esperança, o medo e Aécio por Caio Blinder

Sem medo                                                                       Sem medo
Não sei quantas vezes eu li nas últimas semanas (desde a morte de Eduardo Campos em desastre aéreo) que a eleição brasileira era uma montanha russa. E fomos embalados por narrativas vertiginosas, eu especialmente pelo o que é veiculado no exterior. Sobre Marina Silva houve um longo e excessivo estado de deslumbramento; com a recuperação de Dilma Rousseff, tomou lugar um estado de perplexidade.
Como é que pode? Apesar da economia moribunda (li o palavrão em alguma publicação), do Petrolão (esta obscenidade) e do estilo político de Dilma (uma chanchada), a presidente parecia caminhar com uma certa tranquilidade para a reeleição (quem sabe no primeiro turno).
Mesmo no domingo cedo, quando devorei o que havia para devorar sobre Brasil na mídia global, estava sedimentada uma narrativa: os brasileiros querem mudança, mas não tanto assim. Temem perder o que cosquistaram em 12 anos de governo PT. Isto racionalizava o favoritismo de Dilma, inclusive no segundo turno, apesar de tudo.
A construção deste raciocínio estava tanto no espanhol El País como no americano The Wall Street Journal. No entanto, uma eleição com tantas surpresas surpreendeu a imprensa internacional. Aliás, surpreendeu bem além dos gringos. Querem fazer uma pesquisa Ibope ou Datafolha para confirmar isso?
Deixo às legiões de analistas (a destacar meus colegas de VEJA) a tarefa de explicar o que se passa na montanha russa eleitoral. Eu li várias análises, mas aqui vou me limitar à minha percepção de cidadão, de eleitor.
Não se trata de expressar preferência partidária (já disse que não faço isso formalmente), mas de constatar o impacto do debate eleitoral na Globo na quinta-feira. Aécio Neves transmitiu firmeza e bonomia ao mesmo tempo. De resto, era o circo dos nanicos, a avoada Marina e aquela senhora carregando um calhamaço.
Sei que um acúmulo de coisas levaram a um desfecho eleitoral surpreendente no primeiro turno (desde a maior motivação de Aécio, após uma fase de desalento, a erros dos adversários), mas naquela quinta-feira à noite, o candidato tucano selou um pacto mais sólido com os eleitores. Agora é o candidato da oposição, um candidato a mudar o estado de coisas.
E uma explicação para o título desta coluna. Na coluna anterior sobre Brasil, optei pelo título Sem Medo. em referência ao embate entre o dito cujo e a esperança (tal narrativa se inspirava no tom das campanhas de Dilme e de Marina). Not bad.
Mas, quando propagandeei a coluna no Twitter, tive uma sacada melhor (se for muito autogeneroso, eu diria premonição) e taquei Esperança, Medo e Aécio, como se o candidato tucano fosse um terceiro sentimento, uma terceira variável, a terceira via por onde o eleitorado finalmente avançaria depois de viajar por semanas na montanha russa.
Gostei tanto da foto daquela coluna, cuja legenda já era o título acima que decidi repeti-la, sem medo de que na corrida do segundo turno Dilma consiga agarrar Marina.
***
Com as eleições pátrias, a coluna está bem menos convencional. Nunca na história desta coluna se falou tanto do Brasil. Que outubro termine logo! Então, até a colher de chá será menos convencional, bem mais provinciana, mais bairrista. Este jornalista paulistano confere a colher de chá para os eleitores paulistas. Deu para entender, né?
E a pedido do Eduardo (dia 6, 14:06), uma também para os eleitores paranenses.
Pessoal, muitos pedidos cívicos de colher de chá.  São 17h35, horário de Brasilia, happy hour, colher de chá para quem achou que merece por seu voto a favor de “tirar esta gente do poder”, ok?

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/eleicoes-brasil/a-esperanca-o-medo-e-aecio/

terça-feira, 17 de junho de 2014

O jogo do quase



Numa semana em que nossos zagueiros Tiago Silva e David Luiz usaram e abusaram as redes sociais para pedir à torcida que fosse ao castelão, estádio do jogo da partida Brasil x México esta tarde, e cantasse o hino abraçada, imaginávamos, pelo pedido, que a seleção viria com tudo para cima do México, apresentando um futebol seguro, criativo e objetivo. Não vimos isso.
Sobrou, de novo, emoção no hino; faltou bom futebol à seleção.
Vimos uma seleção do quase, chegando ao quase com um jogo do quase.
Não era bem isso que esperávamos contra o México, pois vínhamos de uma vitória brilhante na Copa das Confederações ano passado, onde não ficamos no quase, porém ganhamos de 2 a 0.
Vimos um jogo franco de ambos os lados. As duas seleções não temiam atacar, mas não abriam mão de se defenderem muito bem.
A seleção brasileira quase faz o gol em duas oportunidades, em duas cabeçadas impressionantes; uma no primeiro tempo com Neymar; e outra com Tiago Silva a queima roupa no segundo tempo.
Tivemos outras chances de vencer o quase, mas elas pararam nas mãos do goleiro Ochoa da seleção mexicana.
Por falar em Ochoa, este sim foi um verdadeiro protagonista no empate de 0 a 0 entre Brasil e México, suas defesas davam confiança à equipe e empolgavam a pequena torcida mexicana no estádio.
O futebol mexicano fluía tão bem em campo que sua torcida conseguia concorrer com a nossa, apesar da imensa diferença numérica.
Num jogo em que o gol ficou no quase, não é de estranhar que o destaque tenha sido a defesa das duas equipes, fora os chutes de longa distância dos ousados e habilidosos mexicanos.
É fato que saímos deste jogo com uma sensação de derrota, mas as expectativas são otimistas em relação ao que vem pela frente, Camarões, quase não vem à Copa, quase renuncia a participar desta competição.
Quanto aos pedidos feitos pela zaga brasileira esta semana na intenção de motivar o grupo, não caem bem quando a seleção joga mal. Agora é a nossa vez de pedir, quem sabe, um futebol melhor e mais criativo; deixe-nos torcer espontaneamente.
Talvez assim não fiquemos temerosos a um quase nesta competição.
Engraçado, Hulk quase jogou, a seleção também. À parte o hino, a torcida quase torceu.


Prof. Jackislandy Meira de M. Silva, filósofo.







quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ufa! conseguimos



Depois de vivermos a “copa” da FIFA com suas exigências astronômicas, conseguimos terminar a arena Itaquerão a tempo para o jogo de abertura. Conseguimos.
A “copa” das manifestações populares que refletem a indignação de muitos, esgotados com o descaso no serviço público e com a corrupção na política, não conteve a paixão nacional por futebol e rendeu-se à força do evento, à importância do momento. Conseguimos.
Não esquecendo ainda a “copa” da direita e da esquerda brasileiras que, escandalosamente, puxa o cordão dos oportunistas visando às eleições deste ano; conseguimos apagá-los do maior espetáculo da terra. Foram ofuscados pela cerimônia, pelo hino nacional e pelo futebol vitorioso da seleção brasileira. Conseguimos.
Conseguimos superar um movimento ousado nas redes sociais e em diferentes mídias que expressavam o desejo extremo de boa parte da população que se dizia contra a copa: “não vai ter copa”.
Superamos até um gol contra de Marcelo, zagueiro da seleção brasileira, no início do jogo ao enfrentarmos os croatas, mas conseguimos abatê-los antes mesmo de tripudiarem sobre nossa força e fraqueza, a torcida presente no estádio. Conseguimos.
Não bastasse a ansiedade natural antes do jogo da estreia, conseguimos suportar pacientemente uma experiência desconfortável de ficar atrás no placar por cerca de dezoito longos minutos quando veio o épico gol de Neymar no cantinho do goleiro Pletikosa. Mesmo a bola tocando na trave, conseguimos.
A virada foi radiante. Oscar, que fez uma partida impecável, lança a bola para Fred dentro da área e sofre o pênalti meio polêmico. Neymar bate, mas a bola resvala nas mãos de Pletikosa, que não impede o gol da virada. Conseguimos.
Mas a maior pressão estava por vir. No segundo tempo, um jogo confuso e muito veloz, embalado por uma atuação permissiva do árbitro japonês Yuichi Nishimura, a Croácia sufocava o Brasil sem piedade até aos 45 minutos, quando Oscar parte em contra-ataque com a bola e chuta de bico para aliviar a todos. Conseguimos.
Conseguimos emplacar 3 a 1 em cima da Croácia, o que não diz muito sobre o drama vivido em campo pela seleção brasileira.
Conseguimos vencer os “ics” croatas, Modric, Rakitic, Perisic, Kovasic, Brozovic, Olic, Jelavic, Rebic... Ufa!

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva, filósofo.

domingo, 8 de junho de 2014

Aprendendo os grupos da Copa do Mundo 2014 com Arlindo Cruz

  

A copa do mundo é nossa nós vamos organizar
Pra que todo mundo possa entender agora eu vou explicar
São 8 grupos e 12 cidades 32 países
Vão participar 736 atletas
64 jogos pra gente vibrar
No grupo A somos nós brasileiros os anfitriões
Enfrentando de cara a Croácia o México e Camarões
Vamos vencer
No grupo B o coro come vai rolar a bola tem Austrália
China e Holanda e atual campeã seleção Espanhola
No grupo C na verdade é o mais equilibrado pra mim
Tem Colômbia tem a Grécia tem Japão e Costa do Marfim
O grupo D é o grupo da morte quem der mole cai
Costa Rica e três campeões Inglaterra Itália e também
Uruguai
O grupo E de esperança Honduras Suíça equador e França
No F Bósnia Herzegovina enfrenta Nigéria Irã e Argentina
O grupo G é o grupo da vida é um perde e ganha
Estados unidos Gana e Portugal e a sempre temida
Alemanha, pra terminar se liga meu povo só pra terminar.
Bélgica Argélia e Rússia e a Coreia do sul estão no grupo H
Quero ver quem vai ganhar

Fonte: http://letras.mus.br/arlindo-cruz/decorando-os-grupos-da-copa-do-mundo/

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Futebol Total" na Copa das copas



A alardeada expressão “futebol total” tomou conta do mundo em 1974 por uma seleção que, embora não fosse campeã naquele momento, ainda assim encantaria o mundo com jogadas traçadas de um lado a outro do campo; passes perfeitos de pé em pé cheios de beleza e risco; blocos de jogadores que se deslocavam fácil e sincronicamente da defesa, passando pelo meio, até o ataque, de modo que nenhum jogador parecia exercer uma posição fixa, mas jogavam em todas as posições e ao mesmo tempo nenhuma. Era um futebol vistoso e dinâmico.
Tal seleção era conhecida como “carrossel holandês” pela forma como rodava a bola e invertia as jogadas, aproveitando todos os espaços do campo de jogo. Aliado ao famosíssimo “tiki-taka”, executado recentemente pelo Barcelona de Cruyff e de Guardiola, como também pela seleção espanhola, o “futebol total” oferece características táticas muito presentes ainda hoje no futebol visto em boa parte do mundo, sobretudo agora na copa do mundo de 2014 aqui no país do futebol, onde acontecerá, ao que todos dizem, a copa das copas.
Ao contrário da seleção espanhola, a brasileira não segue britanicamente o esquema tático “futebol total”, mesmo que se percebam fortes características deste futebol no esquema de jogo proposto pela atual seleção brasileira. Veja que o Brasil tem zagueiros, volantes, laterais, meias e centroavante que não obedecem rigorosamente suas posições específicas em campo, e, no entanto, avançam, marcam ou atacam quando convêm. É muito comum num jogo de futebol atual observar estas características que foram preservadas de um estilo de jogo que rendeu importantes títulos a equipes na Europa e em Copas do Mundo até bem recentemente.
Duas equipes carregam especificamente o jeito de jogar vencedor do “futebol total”, o Barcelona e a seleção espanhola, campeã da última copa do mundo.
É óbvio que no Brasil veremos um desfile de volantes fazendo a festa em suas seleções, uma vez que são eles responsáveis pela maior parte das roubadas de bolas, das ligações entre a zaga, meio e ataque, sem contar a truculência da força física. O que impera na presença desse jeito de jogar, que ainda perdura, é um futebol sistemático, extremamente tático, programático e burocrático. Os grandes “meias” não aparecem mais, os laterais que iam ao fundo e cruzavam artisticamente estão em baixa, os clássicos batedores de falta andam ausentes.
Assistiremos a um futebol de muita tática, pouca técnica; esquemas que priorizam a dura marcação em detrimento do bom drible, da ousadia e da individualidade. Prender individualmente a bola é quase proibido.
A seleção brasileira aprendeu muito nos últimos tempos a compactar mais seus jogadores na movimentação em campo, sobretudo quando se desloca ao ataque e quando se desloca para a defesa. Idas e vindas do ataque para defesa a que se cuidar com a organização, a compactação em blocos. A nova onda agora é a marcação sob pressão, executada hoje pela seleção brasileira no amistoso contra a seleção da Sérvia. Algo que o Brasil vem fazendo constantemente em seus jogos. Uma prática que o levou a conquistar a Copa das Confederações ano passado aqui no Brasil.
Diferente de escolas mais sistemáticas, apegadas a um futebol arrumadinho, matemático, repleto de estratégias como a italiana, espanhola, holandesa, alemã; a escola brasileira, contagiada pelo futebol sul-americano dos uruguaios, argentinos, paraguaios e chilenos, acrescenta um estilo de jogo ao “futebol total” que a faz diferente das outras porque agrega habilidade, criatividade, ousadia, beleza, originalidade e efetividade; não por acaso ganhamos 5 vezes.
Vide imagem do campinho (esquema) da seleção holandesa em 1974. Tática pura com excelentes jogadores.

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva
Bel. e Licenciado em Filosofia, Bel. em Teologia, Esp. em Metafísica e em Estudos Clássicos


quinta-feira, 22 de maio de 2014

MOSTRA TUA FORÇA BRASIL


Vamos soltar o grito do peito
Deixar o coração no jeito
Que aí vem mais uma emoção

Vamos torcer e jogar todos juntos
Mostrar novamente pro mundo
Como se faz um campeão

Pois só a gente tem as cinco estrelas na alma verde amarela
E só a gente sabe emocionar cantando o hino a capela

Mostra tua força Brasil
E amarra o amor na chuteira
Que a garra da torcida inteira
Vai junto com você Brasil

Mostra tua força Brasil
E faz da nação sua bandeira
Que a paixão da massa inteira
Vai junto com você Brasil

Mostra tua força Brasil
E marra o amor na chuteira
Que a garra da torcida inteira
Vai junto com você Brasil

Todos os corações no mesmo lugar. Isso muda o jogo.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

REAÇÕES DE UMA COPA



O evento Copa do Mundo no Brasil está nos elevando à condição de sujeitos políticos, incapazes de deixarmos passar batida qualquer informação que envolva gastos públicos com estádios da copa. Nunca fomos tão fiscalizadores dos gastos públicos como agora. Até parece que a população, por conta própria, abriu uma CPI para investigar as obras superfaturadas, não só de construção dos estádios, mas principalmente de infraestrutura das sedes, que se multiplicam assustadoramente às vésperas da copa, quando se acendem as luzes do “grand” espetáculo e se apagam aquelas da indignação.
Essa saudável reação política da população com a copa não é inédita. Tivemos outras copas que também nos fizeram despertar do sono político. O brasileiro é como um jogador em campo; de repente sofre um apagão. Aí acontece um evento fortíssimo que o tira do lugar-comum, daquela sonolência absurda, e o põe numa situação de alerta total.
A reação é legítima, mas não é única. Na copa de 1970, quando fomos tricampeões mundiais de futebol, o cenário político não era dos mais agradáveis. Amargávamos uma ditadura militar sob muita tortura e repressão aos direitos políticos. A população não gozava de liberdade de expressão e era impedida de se opor ao governo Médici, que conduzia o país de forma autoritária por ser considerado um militar de “linha dura”, responsável pela tortura e morte de muitos civis. Mesmo assim, a sociedade brasileira não abriu mão de torcer, sofrer e, no final, comemorar a estupenda vitória da seleção em cima da Itália por 4 a 1. Foi um momento em que o povo, em plena crise política, exultou de alegria.
Inegavelmente, um evento copa, sobretudo quando ocorrido na sua própria casa, guarda um paradoxo sem precedentes. Por um lado, é um momento oportuno para os sanguessugas políticos e donos de empreiteiras aproveitarem os altos investimentos do governo com obras da copa para agenciar iniciativas de ordem político-eleitoral, visto estarmos em ano de eleições no Brasil. Por outro, é tempo de ficarmos ainda mais de olho no que estão fazendo com o dinheiro público e percebermos como os interesses são mesquinhos e cada vez menos coletivos. Daí, durante a copa, não pararmos de fazer a crítica.
O governo aproveita a copa para fazer propaganda eleitoral, responder a oposição na direção de que o país está avançando na economia, oferecendo empregos e melhorando a qualidade de vida, porém o povo também não fica atrás e aproveita para reclamar dos serviços públicos, cobrar de seus governantes o que muito ainda está por fazer na educação, na saúde, segurança e combate à corrupção com reformas políticas.
Infelizmente não correspondemos aos efeitos de um evento copa. Podíamos ter investido muito mais em mobilidade urbana, metrôs, outros meios de transportes, ampliação de aeroportos, modernização das cidades, turismo, etc. Tudo o que a imprensa vem falando faz sentido, embora seja agenciada também por interesses de ordem política e econômica. Por trás dela há muita gente influente.
Parece que só o futebol produz esse duplo movimento: reações contra e a favor da copa. Os que dizem não à copa são movidos por um sentimento politicamente correto de que é preciso não baixar a guarda e gritar as injustiças mesmo durante os jogos, certamente não se envolverão com os jogos, não torcerão. Os que são a favor, e esta é uma maioria afirmativa, irão procurar vivê-la de qualquer modo, com ou sem indignação, com ou sem senso do ridículo. Além disso, o que se espera de um país democrático é que as reações sejam pacíficas e ordeiras.
Para experimentar, de fato, a Copa do Mundo aqui no Brasil com todas as suas demandas é interessante considerar o que disse o escritor colombiano, Gabriel Garcia Márquez, num texto seu chamado “El juramento”, onde descreve a sensação de ter virado torcedor de um time de futebol: “O primeiro instante de lucidez em que me dei conta de que tinha virado um torcedor intempestivo foi quando percebi que durante toda a minha vida eu tive algo do qual sempre me orgulhei e que agora me incomodava: o senso do ridículo”.
Vale a dica: envolver-se com a copa implica desvencilhar-se do senso do ridículo.
Boa copa a todos.

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva
Bel. e Licenciado em Filosofia, Bel. em Teologia, Esp. em Metafísica e em Estudos Clássicos


      



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terça-feira, 7 de outubro de 2014

A esperança, o medo e Aécio por Caio Blinder

Sem medo                                                                       Sem medo
Não sei quantas vezes eu li nas últimas semanas (desde a morte de Eduardo Campos em desastre aéreo) que a eleição brasileira era uma montanha russa. E fomos embalados por narrativas vertiginosas, eu especialmente pelo o que é veiculado no exterior. Sobre Marina Silva houve um longo e excessivo estado de deslumbramento; com a recuperação de Dilma Rousseff, tomou lugar um estado de perplexidade.
Como é que pode? Apesar da economia moribunda (li o palavrão em alguma publicação), do Petrolão (esta obscenidade) e do estilo político de Dilma (uma chanchada), a presidente parecia caminhar com uma certa tranquilidade para a reeleição (quem sabe no primeiro turno).
Mesmo no domingo cedo, quando devorei o que havia para devorar sobre Brasil na mídia global, estava sedimentada uma narrativa: os brasileiros querem mudança, mas não tanto assim. Temem perder o que cosquistaram em 12 anos de governo PT. Isto racionalizava o favoritismo de Dilma, inclusive no segundo turno, apesar de tudo.
A construção deste raciocínio estava tanto no espanhol El País como no americano The Wall Street Journal. No entanto, uma eleição com tantas surpresas surpreendeu a imprensa internacional. Aliás, surpreendeu bem além dos gringos. Querem fazer uma pesquisa Ibope ou Datafolha para confirmar isso?
Deixo às legiões de analistas (a destacar meus colegas de VEJA) a tarefa de explicar o que se passa na montanha russa eleitoral. Eu li várias análises, mas aqui vou me limitar à minha percepção de cidadão, de eleitor.
Não se trata de expressar preferência partidária (já disse que não faço isso formalmente), mas de constatar o impacto do debate eleitoral na Globo na quinta-feira. Aécio Neves transmitiu firmeza e bonomia ao mesmo tempo. De resto, era o circo dos nanicos, a avoada Marina e aquela senhora carregando um calhamaço.
Sei que um acúmulo de coisas levaram a um desfecho eleitoral surpreendente no primeiro turno (desde a maior motivação de Aécio, após uma fase de desalento, a erros dos adversários), mas naquela quinta-feira à noite, o candidato tucano selou um pacto mais sólido com os eleitores. Agora é o candidato da oposição, um candidato a mudar o estado de coisas.
E uma explicação para o título desta coluna. Na coluna anterior sobre Brasil, optei pelo título Sem Medo. em referência ao embate entre o dito cujo e a esperança (tal narrativa se inspirava no tom das campanhas de Dilme e de Marina). Not bad.
Mas, quando propagandeei a coluna no Twitter, tive uma sacada melhor (se for muito autogeneroso, eu diria premonição) e taquei Esperança, Medo e Aécio, como se o candidato tucano fosse um terceiro sentimento, uma terceira variável, a terceira via por onde o eleitorado finalmente avançaria depois de viajar por semanas na montanha russa.
Gostei tanto da foto daquela coluna, cuja legenda já era o título acima que decidi repeti-la, sem medo de que na corrida do segundo turno Dilma consiga agarrar Marina.
***
Com as eleições pátrias, a coluna está bem menos convencional. Nunca na história desta coluna se falou tanto do Brasil. Que outubro termine logo! Então, até a colher de chá será menos convencional, bem mais provinciana, mais bairrista. Este jornalista paulistano confere a colher de chá para os eleitores paulistas. Deu para entender, né?
E a pedido do Eduardo (dia 6, 14:06), uma também para os eleitores paranenses.
Pessoal, muitos pedidos cívicos de colher de chá.  São 17h35, horário de Brasilia, happy hour, colher de chá para quem achou que merece por seu voto a favor de “tirar esta gente do poder”, ok?

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/eleicoes-brasil/a-esperanca-o-medo-e-aecio/

terça-feira, 17 de junho de 2014

O jogo do quase



Numa semana em que nossos zagueiros Tiago Silva e David Luiz usaram e abusaram as redes sociais para pedir à torcida que fosse ao castelão, estádio do jogo da partida Brasil x México esta tarde, e cantasse o hino abraçada, imaginávamos, pelo pedido, que a seleção viria com tudo para cima do México, apresentando um futebol seguro, criativo e objetivo. Não vimos isso.
Sobrou, de novo, emoção no hino; faltou bom futebol à seleção.
Vimos uma seleção do quase, chegando ao quase com um jogo do quase.
Não era bem isso que esperávamos contra o México, pois vínhamos de uma vitória brilhante na Copa das Confederações ano passado, onde não ficamos no quase, porém ganhamos de 2 a 0.
Vimos um jogo franco de ambos os lados. As duas seleções não temiam atacar, mas não abriam mão de se defenderem muito bem.
A seleção brasileira quase faz o gol em duas oportunidades, em duas cabeçadas impressionantes; uma no primeiro tempo com Neymar; e outra com Tiago Silva a queima roupa no segundo tempo.
Tivemos outras chances de vencer o quase, mas elas pararam nas mãos do goleiro Ochoa da seleção mexicana.
Por falar em Ochoa, este sim foi um verdadeiro protagonista no empate de 0 a 0 entre Brasil e México, suas defesas davam confiança à equipe e empolgavam a pequena torcida mexicana no estádio.
O futebol mexicano fluía tão bem em campo que sua torcida conseguia concorrer com a nossa, apesar da imensa diferença numérica.
Num jogo em que o gol ficou no quase, não é de estranhar que o destaque tenha sido a defesa das duas equipes, fora os chutes de longa distância dos ousados e habilidosos mexicanos.
É fato que saímos deste jogo com uma sensação de derrota, mas as expectativas são otimistas em relação ao que vem pela frente, Camarões, quase não vem à Copa, quase renuncia a participar desta competição.
Quanto aos pedidos feitos pela zaga brasileira esta semana na intenção de motivar o grupo, não caem bem quando a seleção joga mal. Agora é a nossa vez de pedir, quem sabe, um futebol melhor e mais criativo; deixe-nos torcer espontaneamente.
Talvez assim não fiquemos temerosos a um quase nesta competição.
Engraçado, Hulk quase jogou, a seleção também. À parte o hino, a torcida quase torceu.


Prof. Jackislandy Meira de M. Silva, filósofo.







quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ufa! conseguimos



Depois de vivermos a “copa” da FIFA com suas exigências astronômicas, conseguimos terminar a arena Itaquerão a tempo para o jogo de abertura. Conseguimos.
A “copa” das manifestações populares que refletem a indignação de muitos, esgotados com o descaso no serviço público e com a corrupção na política, não conteve a paixão nacional por futebol e rendeu-se à força do evento, à importância do momento. Conseguimos.
Não esquecendo ainda a “copa” da direita e da esquerda brasileiras que, escandalosamente, puxa o cordão dos oportunistas visando às eleições deste ano; conseguimos apagá-los do maior espetáculo da terra. Foram ofuscados pela cerimônia, pelo hino nacional e pelo futebol vitorioso da seleção brasileira. Conseguimos.
Conseguimos superar um movimento ousado nas redes sociais e em diferentes mídias que expressavam o desejo extremo de boa parte da população que se dizia contra a copa: “não vai ter copa”.
Superamos até um gol contra de Marcelo, zagueiro da seleção brasileira, no início do jogo ao enfrentarmos os croatas, mas conseguimos abatê-los antes mesmo de tripudiarem sobre nossa força e fraqueza, a torcida presente no estádio. Conseguimos.
Não bastasse a ansiedade natural antes do jogo da estreia, conseguimos suportar pacientemente uma experiência desconfortável de ficar atrás no placar por cerca de dezoito longos minutos quando veio o épico gol de Neymar no cantinho do goleiro Pletikosa. Mesmo a bola tocando na trave, conseguimos.
A virada foi radiante. Oscar, que fez uma partida impecável, lança a bola para Fred dentro da área e sofre o pênalti meio polêmico. Neymar bate, mas a bola resvala nas mãos de Pletikosa, que não impede o gol da virada. Conseguimos.
Mas a maior pressão estava por vir. No segundo tempo, um jogo confuso e muito veloz, embalado por uma atuação permissiva do árbitro japonês Yuichi Nishimura, a Croácia sufocava o Brasil sem piedade até aos 45 minutos, quando Oscar parte em contra-ataque com a bola e chuta de bico para aliviar a todos. Conseguimos.
Conseguimos emplacar 3 a 1 em cima da Croácia, o que não diz muito sobre o drama vivido em campo pela seleção brasileira.
Conseguimos vencer os “ics” croatas, Modric, Rakitic, Perisic, Kovasic, Brozovic, Olic, Jelavic, Rebic... Ufa!

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva, filósofo.

domingo, 8 de junho de 2014

Aprendendo os grupos da Copa do Mundo 2014 com Arlindo Cruz

  

A copa do mundo é nossa nós vamos organizar
Pra que todo mundo possa entender agora eu vou explicar
São 8 grupos e 12 cidades 32 países
Vão participar 736 atletas
64 jogos pra gente vibrar
No grupo A somos nós brasileiros os anfitriões
Enfrentando de cara a Croácia o México e Camarões
Vamos vencer
No grupo B o coro come vai rolar a bola tem Austrália
China e Holanda e atual campeã seleção Espanhola
No grupo C na verdade é o mais equilibrado pra mim
Tem Colômbia tem a Grécia tem Japão e Costa do Marfim
O grupo D é o grupo da morte quem der mole cai
Costa Rica e três campeões Inglaterra Itália e também
Uruguai
O grupo E de esperança Honduras Suíça equador e França
No F Bósnia Herzegovina enfrenta Nigéria Irã e Argentina
O grupo G é o grupo da vida é um perde e ganha
Estados unidos Gana e Portugal e a sempre temida
Alemanha, pra terminar se liga meu povo só pra terminar.
Bélgica Argélia e Rússia e a Coreia do sul estão no grupo H
Quero ver quem vai ganhar

Fonte: http://letras.mus.br/arlindo-cruz/decorando-os-grupos-da-copa-do-mundo/

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Futebol Total" na Copa das copas



A alardeada expressão “futebol total” tomou conta do mundo em 1974 por uma seleção que, embora não fosse campeã naquele momento, ainda assim encantaria o mundo com jogadas traçadas de um lado a outro do campo; passes perfeitos de pé em pé cheios de beleza e risco; blocos de jogadores que se deslocavam fácil e sincronicamente da defesa, passando pelo meio, até o ataque, de modo que nenhum jogador parecia exercer uma posição fixa, mas jogavam em todas as posições e ao mesmo tempo nenhuma. Era um futebol vistoso e dinâmico.
Tal seleção era conhecida como “carrossel holandês” pela forma como rodava a bola e invertia as jogadas, aproveitando todos os espaços do campo de jogo. Aliado ao famosíssimo “tiki-taka”, executado recentemente pelo Barcelona de Cruyff e de Guardiola, como também pela seleção espanhola, o “futebol total” oferece características táticas muito presentes ainda hoje no futebol visto em boa parte do mundo, sobretudo agora na copa do mundo de 2014 aqui no país do futebol, onde acontecerá, ao que todos dizem, a copa das copas.
Ao contrário da seleção espanhola, a brasileira não segue britanicamente o esquema tático “futebol total”, mesmo que se percebam fortes características deste futebol no esquema de jogo proposto pela atual seleção brasileira. Veja que o Brasil tem zagueiros, volantes, laterais, meias e centroavante que não obedecem rigorosamente suas posições específicas em campo, e, no entanto, avançam, marcam ou atacam quando convêm. É muito comum num jogo de futebol atual observar estas características que foram preservadas de um estilo de jogo que rendeu importantes títulos a equipes na Europa e em Copas do Mundo até bem recentemente.
Duas equipes carregam especificamente o jeito de jogar vencedor do “futebol total”, o Barcelona e a seleção espanhola, campeã da última copa do mundo.
É óbvio que no Brasil veremos um desfile de volantes fazendo a festa em suas seleções, uma vez que são eles responsáveis pela maior parte das roubadas de bolas, das ligações entre a zaga, meio e ataque, sem contar a truculência da força física. O que impera na presença desse jeito de jogar, que ainda perdura, é um futebol sistemático, extremamente tático, programático e burocrático. Os grandes “meias” não aparecem mais, os laterais que iam ao fundo e cruzavam artisticamente estão em baixa, os clássicos batedores de falta andam ausentes.
Assistiremos a um futebol de muita tática, pouca técnica; esquemas que priorizam a dura marcação em detrimento do bom drible, da ousadia e da individualidade. Prender individualmente a bola é quase proibido.
A seleção brasileira aprendeu muito nos últimos tempos a compactar mais seus jogadores na movimentação em campo, sobretudo quando se desloca ao ataque e quando se desloca para a defesa. Idas e vindas do ataque para defesa a que se cuidar com a organização, a compactação em blocos. A nova onda agora é a marcação sob pressão, executada hoje pela seleção brasileira no amistoso contra a seleção da Sérvia. Algo que o Brasil vem fazendo constantemente em seus jogos. Uma prática que o levou a conquistar a Copa das Confederações ano passado aqui no Brasil.
Diferente de escolas mais sistemáticas, apegadas a um futebol arrumadinho, matemático, repleto de estratégias como a italiana, espanhola, holandesa, alemã; a escola brasileira, contagiada pelo futebol sul-americano dos uruguaios, argentinos, paraguaios e chilenos, acrescenta um estilo de jogo ao “futebol total” que a faz diferente das outras porque agrega habilidade, criatividade, ousadia, beleza, originalidade e efetividade; não por acaso ganhamos 5 vezes.
Vide imagem do campinho (esquema) da seleção holandesa em 1974. Tática pura com excelentes jogadores.

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva
Bel. e Licenciado em Filosofia, Bel. em Teologia, Esp. em Metafísica e em Estudos Clássicos


quinta-feira, 22 de maio de 2014

MOSTRA TUA FORÇA BRASIL


Vamos soltar o grito do peito
Deixar o coração no jeito
Que aí vem mais uma emoção

Vamos torcer e jogar todos juntos
Mostrar novamente pro mundo
Como se faz um campeão

Pois só a gente tem as cinco estrelas na alma verde amarela
E só a gente sabe emocionar cantando o hino a capela

Mostra tua força Brasil
E amarra o amor na chuteira
Que a garra da torcida inteira
Vai junto com você Brasil

Mostra tua força Brasil
E faz da nação sua bandeira
Que a paixão da massa inteira
Vai junto com você Brasil

Mostra tua força Brasil
E marra o amor na chuteira
Que a garra da torcida inteira
Vai junto com você Brasil

Todos os corações no mesmo lugar. Isso muda o jogo.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

REAÇÕES DE UMA COPA



O evento Copa do Mundo no Brasil está nos elevando à condição de sujeitos políticos, incapazes de deixarmos passar batida qualquer informação que envolva gastos públicos com estádios da copa. Nunca fomos tão fiscalizadores dos gastos públicos como agora. Até parece que a população, por conta própria, abriu uma CPI para investigar as obras superfaturadas, não só de construção dos estádios, mas principalmente de infraestrutura das sedes, que se multiplicam assustadoramente às vésperas da copa, quando se acendem as luzes do “grand” espetáculo e se apagam aquelas da indignação.
Essa saudável reação política da população com a copa não é inédita. Tivemos outras copas que também nos fizeram despertar do sono político. O brasileiro é como um jogador em campo; de repente sofre um apagão. Aí acontece um evento fortíssimo que o tira do lugar-comum, daquela sonolência absurda, e o põe numa situação de alerta total.
A reação é legítima, mas não é única. Na copa de 1970, quando fomos tricampeões mundiais de futebol, o cenário político não era dos mais agradáveis. Amargávamos uma ditadura militar sob muita tortura e repressão aos direitos políticos. A população não gozava de liberdade de expressão e era impedida de se opor ao governo Médici, que conduzia o país de forma autoritária por ser considerado um militar de “linha dura”, responsável pela tortura e morte de muitos civis. Mesmo assim, a sociedade brasileira não abriu mão de torcer, sofrer e, no final, comemorar a estupenda vitória da seleção em cima da Itália por 4 a 1. Foi um momento em que o povo, em plena crise política, exultou de alegria.
Inegavelmente, um evento copa, sobretudo quando ocorrido na sua própria casa, guarda um paradoxo sem precedentes. Por um lado, é um momento oportuno para os sanguessugas políticos e donos de empreiteiras aproveitarem os altos investimentos do governo com obras da copa para agenciar iniciativas de ordem político-eleitoral, visto estarmos em ano de eleições no Brasil. Por outro, é tempo de ficarmos ainda mais de olho no que estão fazendo com o dinheiro público e percebermos como os interesses são mesquinhos e cada vez menos coletivos. Daí, durante a copa, não pararmos de fazer a crítica.
O governo aproveita a copa para fazer propaganda eleitoral, responder a oposição na direção de que o país está avançando na economia, oferecendo empregos e melhorando a qualidade de vida, porém o povo também não fica atrás e aproveita para reclamar dos serviços públicos, cobrar de seus governantes o que muito ainda está por fazer na educação, na saúde, segurança e combate à corrupção com reformas políticas.
Infelizmente não correspondemos aos efeitos de um evento copa. Podíamos ter investido muito mais em mobilidade urbana, metrôs, outros meios de transportes, ampliação de aeroportos, modernização das cidades, turismo, etc. Tudo o que a imprensa vem falando faz sentido, embora seja agenciada também por interesses de ordem política e econômica. Por trás dela há muita gente influente.
Parece que só o futebol produz esse duplo movimento: reações contra e a favor da copa. Os que dizem não à copa são movidos por um sentimento politicamente correto de que é preciso não baixar a guarda e gritar as injustiças mesmo durante os jogos, certamente não se envolverão com os jogos, não torcerão. Os que são a favor, e esta é uma maioria afirmativa, irão procurar vivê-la de qualquer modo, com ou sem indignação, com ou sem senso do ridículo. Além disso, o que se espera de um país democrático é que as reações sejam pacíficas e ordeiras.
Para experimentar, de fato, a Copa do Mundo aqui no Brasil com todas as suas demandas é interessante considerar o que disse o escritor colombiano, Gabriel Garcia Márquez, num texto seu chamado “El juramento”, onde descreve a sensação de ter virado torcedor de um time de futebol: “O primeiro instante de lucidez em que me dei conta de que tinha virado um torcedor intempestivo foi quando percebi que durante toda a minha vida eu tive algo do qual sempre me orgulhei e que agora me incomodava: o senso do ridículo”.
Vale a dica: envolver-se com a copa implica desvencilhar-se do senso do ridículo.
Boa copa a todos.

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva
Bel. e Licenciado em Filosofia, Bel. em Teologia, Esp. em Metafísica e em Estudos Clássicos


      



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