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terça-feira, 1 de abril de 2014
terça-feira, 7 de maio de 2013
Para além do niilismo
O leitor sabe que meu pecado espiritual é o niilismo. Enfrento-o dia a
dia como qualquer moléstia incurável. O tema já foi tratado por gênios
como Nietzsche, Turguêniev, Dostoiévski, Cioran. Deixo meu leitor em
companhia desses gigantes, muito melhores do que eu.
A tragédia também me acompanha em todo café da manhã, essa concepção
grega de mundo que julgo a mais correta já pensada. Aqui tenho grandes
parceiros como o autor da tragédia ática Sófocles (entre outros), o
filósofo Nietzsche, o dramaturgo Shakespeare e os escritores
contemporâneos Albert Camus e Philip Roth.
Ambos, niilismo e tragédia, são visões de mundo que arruínam a vida.
Diante deles, ateísmo é para iniciantes. O ateísmo só é aceitável quando
blasé e sem associações de ateus
militantes. Para niilistas como eu, o ateísmo crente em si mesmo é brincadeira de meninas com fita cor-de-rosa amarrada na cabeça.
militantes. Para niilistas como eu, o ateísmo crente em si mesmo é brincadeira de meninas com fita cor-de-rosa amarrada na cabeça.
Ando de saco cheio do niilismo e da tragédia, apesar de continuar
experimentando-os todo dia. Em termos morais, a virtude máxima para
ambos é a coragem, e o vício mais a mão, a covardia.
Nos últimos tempos, tenho me interessado por outra virtude, a confiança,
essa, tão difícil quanto a coragem, uma vez tomada a alma pelo niilismo
e pela tragédia. É sobre ela que quero falar nesta segunda-feira, dia
normalmente difícil, acompanhado do "bode" do domingo e da monotonia do
dia a dia que recomeça imerso num sono que nunca descansa, porque sempre
atormentado pela dúvida com relação ao amor, à família, ao trabalho e à
viabilidade do futuro.
Meu maior pecado como escritor é jamais enganar, jamais querer agradar.
Essa é minha forma de prestar respeito a quem me lê semanalmente. O
caráter de alguém que escreve é medido pela ausência de desejo de
agradar a quem o lê.
Amar cães e confiar neles é mais fácil do que amar seres humanos e
confiar neles. Por isso, num mundo atormentado pela dúvida niilista,
ainda que em constante denegação dela, tanta gente se lança à defesa
melosa de cães e gatos e exige carne de frangos felizes na hora de comer
em restaurantes ridículos.
Quero propor a você duas obras. Um filme e um livro que julgo entre os maiores exemplos da arte a serviço da confiança na vida.
O filme "As Damas do Bois de Boulogne", do cineasta francês Robert
Bresson, de 1945, é uma pérola sobre a confiança na vida e nos laços
afetivos. Bresson é um cineasta muito marcado pelo pensamento do
escritor George Bernanos, grande anatomista da alma e especialista em
nossa natureza vaidosa, mentirosa e, por isso mesmo, desesperada. Coisa
para gente grande, rara hoje em dia, neste mundo governado por adultos
infantis.
O filme trata da vingança de uma mulher belíssima contra seu ex-amante
(que a abandonou), um homem frívolo e covarde por temperamento. Essa
vingança se constitui na aposta de que ele e a mulher que ela "contrata"
para sua vingança agirão do modo esperado. Sua intenção é fazer com que
seu ex-amante se apaixone por essa mulher "contratada", uma prostituta.
O homem é mantido na ignorância da vida pregressa de sua noiva até
depois do casamento. O que a mulher abandonada não contava é que a
prostituta se apaixonasse pelo covarde, levando-o a transformação
inesperada de caráter.
O amor também é personagem central da obra do dinamarquês Soren
Kierkegaard "As Obras do Amor", da Vozes. Esse livro é o texto mais belo
que conheço sobre o amor na filosofia ocidental.
Segundo nosso existencialista, o amor tudo crê, mas nunca se ilude
porque, assim como a desconfiança e o ceticismo, o amor sabe que o
conhecimento não é capaz de nada além do que fundamentar o niilismo, o
ceticismo e o desespero.
O amor é um afeto moral, não um ato da razão. A razão não justifica a
vida. O amor é uma escolha de investimento na vida, uma atitude, mesmo
que a razão prove a falta de sentido último de tudo.
Ingênuos são os niilistas e céticos que consideram a desconfiança um ato
livre da vontade. A desconfiança é uma escravidão. A aposta na vida é
que mostra o caráter maduro de mulheres e homens. Boa semana.
Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e
ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela
Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas
como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de
vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve
às segundas na versão impressa de "Ilustrada".
terça-feira, 26 de março de 2013
A volta de Sartre ao cenário francês
Para biógrafa de Sartre, filósofo volta a ser debatido por intelectuais franceses
MARCELO BORTOLOTI para a Folha de SP
Mais de 30 anos após a morte de Jean-Paul Sartre (1905-1980), ninguém
ainda é capaz de arriscar de que forma sua obra entrará para a
posteridade. O filósofo francês continua despertando paixões, e sendo
louvado ou execrado conforme a orientação política do seu leitor.
Passagem de Sartre pelo Brasil teve muita imprensa e pouca filosofia
Gil compara gostar de Sartre a gostar de Lula
Gil compara gostar de Sartre a gostar de Lula
Sua biógrafa, a franco-argelina Annie Cohen-Solal, autora de "Sartre, 1905-1980" (LP&M), começa a enxergar uma retomada de estudos mais isentos --ou mais acadêmicos-- a seu respeito.
Esta semana ela entregou à editora Gallimard os originais de "Une
Renaissance Sartrienne" ("Um Renascimento Sartreano", em tradução
livre), no qual aponta a volta do autor aos círculos universitários da
França, de onde ele havia sido banido.
Zélia Gattai/Fundação Casa de Jorge Amado | ||
Jean-Paul Sartre em Ouro Preto (MG), em 1960, fotografado pela escritora Zélia Gattai |
Cohen-Solal é uma defensora aguerrida do filósofo, e ela própria é parte
deste movimento. Em junho, ela organiza na École Normale Supérieure,
universidade parisiense onde Sartre estudou, um ciclo de debates sobre
ele.
Há exatos 70 anos, Sartre publicou "O Ser e o Nada", um marco na
filosofia do século 20. A obra deu popularidade ao existencialismo,
doutrina segundo a qual a existência precede a essência, e portanto o
homem se constrói pelos seus próprios atos.
Difundindo suas teses em livros de filosofia (como "O Imaginário"), mas
também em obras de dramaturgia e romance (como "A Idade da Razão"),
Sartre tornou-se uma celebridade mundial.
Mas sua imagem começou a ser maculada no final da década de 1950. Seu
livro "Crítica da Razão Dialética", lançado em 1960, foi recebido com
muita desconfiança por tentar unir o existencialismo a ideias marxistas.
A partir daí, adotando posições políticas cada vez mais radicais como a
adesão incondicional ao regime de Mao Tsé-tung, na China, sua produção
foi acusada de estar à serviço de uma ideologia comunista.
Annie Cohen-Solal fala à Folha da condenação que Sartre experimentou na França e defende seu legado.
*
Folha - Seu livro defende que as ideias de Sartre continuam vivas?
Annie Cohen-Solal - Não. Eu apenas descrevo a situação na França hoje. Depois de três décadas de uma crítica brutal contra Sartre na imprensa, e com muito poucas pesquisas acadêmicas sobre ele, surpreendentemente para mim, as coisas estão mudando. Toda uma geração de jovens estudantes está agora olhando para sua obra com uma perspectiva diferente.
Annie Cohen-Solal - Não. Eu apenas descrevo a situação na França hoje. Depois de três décadas de uma crítica brutal contra Sartre na imprensa, e com muito poucas pesquisas acadêmicas sobre ele, surpreendentemente para mim, as coisas estão mudando. Toda uma geração de jovens estudantes está agora olhando para sua obra com uma perspectiva diferente.
Por quê?
Quando Sartre morreu, em 1980, recebeu tantas homenagens que parecia estarmos enterrando um segundo Victor Hugo. Em seguida, seu trabalho embarcou em uma aventura estranha, cheia de felicidade ou infortúnios, dependendo do país e de acordo com os tempos.
Quando Sartre morreu, em 1980, recebeu tantas homenagens que parecia estarmos enterrando um segundo Victor Hugo. Em seguida, seu trabalho embarcou em uma aventura estranha, cheia de felicidade ou infortúnios, dependendo do país e de acordo com os tempos.
Enquanto na França passou a ser divertido criticar detalhes
insignificantes da sua vida, as homenagens da Europa, África, Ásia e nas
duas Américas concordavam que a mensagem de Sartre era uma ferramenta
de referência para descriptografar o nosso tempo. Agora, estudantes
franceses começaram a perceber esta relevância, especialmente na École
Normale Supérieure, onde estamos discutindo a criação de uma cadeira
Sartre.
Qual é seu legado mais importante?
Ele foi o intelectual global que deu poder aos enfraquecidos. O apoio dele aos excluídos, como judeus, africanos colonizados, homossexuais, mulheres e trabalhadores, ajudou a reverter a relação de poder. Hoje, muitas pessoas estão fazendo pesquisa sobre sua obra na África.
Ele foi o intelectual global que deu poder aos enfraquecidos. O apoio dele aos excluídos, como judeus, africanos colonizados, homossexuais, mulheres e trabalhadores, ajudou a reverter a relação de poder. Hoje, muitas pessoas estão fazendo pesquisa sobre sua obra na África.
Por que recebeu tantas críticas na França?
Sartre foi educado em uma família protestante. Recebeu educação em casa até os dez anos, e foi muito influenciado por esses valores, que expressou em toda a sua vida.
Sartre foi educado em uma família protestante. Recebeu educação em casa até os dez anos, e foi muito influenciado por esses valores, que expressou em toda a sua vida.
Esse espírito protestante o levou a enfrentar tabus da memória coletiva
francesa, como a colaboração com os nazistas, a tortura, a colonização
etc. E sua atitude chocou muitas pessoas em um país de tradição
católica.
Sua adesão radical ao comunismo afetou essa imagem?
Ele nunca foi um membro de carteirinha do Partido Comunista Francês, apenas um companheiro fortuito entre 1952 e 1956.
Ele nunca foi um membro de carteirinha do Partido Comunista Francês, apenas um companheiro fortuito entre 1952 e 1956.
Ele apoiou os comunistas quando manifestações do partido estavam sendo
injustamente sufocadas pela polícia francesa, mas se afastou deles
quando os russos reprimiram a insurreição húngara e quando os tanques
soviéticos invadiram Budapeste. Sartre terminou sua vida como um
maoista, tornando-se mais e mais radical.
Sua participação política deve ser esquecida?
Eu não colocaria dessa forma. Acho que a trajetória e a obra de Sartre são um todo. E pessoas muito à direita não iriam se interessar por seu trabalho de qualquer modo.
Eu não colocaria dessa forma. Acho que a trajetória e a obra de Sartre são um todo. E pessoas muito à direita não iriam se interessar por seu trabalho de qualquer modo.
Por que Sartre não saiu de moda no Brasil?
Eu digo que o Brasil é um dos países mais sartreanos em que já estive. E acredito que isso se deva, em parte, ao fato de Sartre ter passado três meses no país no verão de 1960. Na época, ele lutava ao lado dos revolucionários argelinos pela independência da colonização francesa, e suas ideias tiveram grande repercussão no país.
Eu digo que o Brasil é um dos países mais sartreanos em que já estive. E acredito que isso se deva, em parte, ao fato de Sartre ter passado três meses no país no verão de 1960. Na época, ele lutava ao lado dos revolucionários argelinos pela independência da colonização francesa, e suas ideias tiveram grande repercussão no país.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Pondé e o amor em Kierkegaard
Quando você estiver lendo esta coluna, estarei em Copenhague, Dinamarca, terra do filósofo Soren Kierkegaard (1813-1855), pai do existencialismo. [...]O filósofo dinamarquês afirma que nós somos “feitos de angústia” devido ao nada que nos constitui e à liberdade infinita que nos assusta. A ideia é que a existência precede a essência, ou seja, tudo o que constitui nossa vida em termos de significado (a essência) é precedido pelo fato que existimos sem nenhum sentido a priori. Como as pedras, existimos apenas. A diferença é que vivemos essa falta de sentido como “condenação à liberdade”, justamente por sabermos que somos um nada que fala. [...]A filosofia da existência é uma educação pela angústia. [...] Sua filosofia do amor é menos conhecida do que sua filosofia da angústia e do desespero, mas nem por isso é menos contundente. Seu livro “As Obras do Amor, Algumas Considerações Cristãs em Forma de Discursos” (ed. Vozes), traduzido pelo querido colega Álvaro Valls, maior especialista no filósofo dinamarquês no Brasil, é um dos livros mais belos que conheço. [...]Angústia e amor são “virtudes práticas” que demandam coragem. [...]
“Não, o amor sabe tanto quanto qualquer um, ciente de tudo aquilo que a desconfiança sabe, mas sem ser desconfiado; ele sabe tudo o que a experiência sabe, mas ele sabe ao mesmo tempo que o que chamamos de experiência é propriamente aquela mistura de desconfiança e amor… Apenas os espíritos muito confusos e com pouca experiência acham que podem julgar outra pessoa graças ao saber.”Infelizes os que nunca amaram. Nunca ter amado é uma forma terrível de ignorância.
(Luiz Felipe Pondé - jornal FSP – 13.06.2011)FONTE do ARTIGO COMPLETO: AQUI
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Escolha a via da vida!

A lembrança de um dia ter sido melhor toma-me de angústia e de pesar porque, talvez, parei por algum tempo de evoluir em etapas. A história(entendam aqui a vida pessoal de cada um) é um longo percurso convidativo para o homem perseguir. É um caminho capaz de levar-nos a parar numa encruzilhada que aponta para duas vielas: a da vida e a da morte. Não sei se as duas nos merecem! Mas devo dizer que apenas uma nos atrai com um peso de verdade, a da vida.
O ser humano, munido de inteligência e vontade, portanto, liberdade, pode se servir desta, digo da liberdade, para fazer a escolha certa. Escolher a vida deve ser a prioridade de nossas atitudes, até porque somos frutos de nossas escolhas! Aí entra a função da liberdade que só existe, de fato, quando tomamos o rumo certo, verdadeiro. A razão, com isso, encontra motivos para prosseguir, seguir adiante, pois não é fácil deixar-se de ser convencido por moções artificiais e nebulosas ligadas à morte.
Assim, a razão jamais irá enganar o coração, porque, como diria Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. É próprio do coração humano encher-se de amor, no entanto há esse motivo que move qualquer homem, estanque em suas dúvidas e preconceitos a superar-se e a permanecer melhorando a cada novo dia pela via da vida. Porém, mais do que levar alguém a convecer-se pela razão é cativá-lo pelo amor, um amor que propõe aceitação para viver de modo íntegro uma indispensável condição, a de filhos de Deus.
A dimensão de filhos de Deus é a condição básica para o ser humano permanecer sempre disposto a lutar contra todas as dificuldades hodiernas que a vida, inevitavelmente, impõe. O que tem a ver, afinal, a questão da filiação divina com a preocupação de escolher a via da vida? Muito tem a ver. Além do fato de possuirmos o caráter cristão, temos a grandeza de que com isso permaneceremos no caminho proposto por Cristo como verdadeiro, o da vida. A conseqüência disso tudo, meus caros, é a nossa comunhão com Deus.
Abrir-se a Deus no decorrer de toda a vida é uma necessidade e uma satisfação eterna, pois seremos, dessa forma, habitação, lugar onde mora Deus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos uma morada”(Jo 14.23).
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs: www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
O ser humano, munido de inteligência e vontade, portanto, liberdade, pode se servir desta, digo da liberdade, para fazer a escolha certa. Escolher a vida deve ser a prioridade de nossas atitudes, até porque somos frutos de nossas escolhas! Aí entra a função da liberdade que só existe, de fato, quando tomamos o rumo certo, verdadeiro. A razão, com isso, encontra motivos para prosseguir, seguir adiante, pois não é fácil deixar-se de ser convencido por moções artificiais e nebulosas ligadas à morte.
Assim, a razão jamais irá enganar o coração, porque, como diria Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. É próprio do coração humano encher-se de amor, no entanto há esse motivo que move qualquer homem, estanque em suas dúvidas e preconceitos a superar-se e a permanecer melhorando a cada novo dia pela via da vida. Porém, mais do que levar alguém a convecer-se pela razão é cativá-lo pelo amor, um amor que propõe aceitação para viver de modo íntegro uma indispensável condição, a de filhos de Deus.
A dimensão de filhos de Deus é a condição básica para o ser humano permanecer sempre disposto a lutar contra todas as dificuldades hodiernas que a vida, inevitavelmente, impõe. O que tem a ver, afinal, a questão da filiação divina com a preocupação de escolher a via da vida? Muito tem a ver. Além do fato de possuirmos o caráter cristão, temos a grandeza de que com isso permaneceremos no caminho proposto por Cristo como verdadeiro, o da vida. A conseqüência disso tudo, meus caros, é a nossa comunhão com Deus.
Abrir-se a Deus no decorrer de toda a vida é uma necessidade e uma satisfação eterna, pois seremos, dessa forma, habitação, lugar onde mora Deus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos uma morada”(Jo 14.23).
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
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terça-feira, 1 de abril de 2014
terça-feira, 7 de maio de 2013
Para além do niilismo
O leitor sabe que meu pecado espiritual é o niilismo. Enfrento-o dia a
dia como qualquer moléstia incurável. O tema já foi tratado por gênios
como Nietzsche, Turguêniev, Dostoiévski, Cioran. Deixo meu leitor em
companhia desses gigantes, muito melhores do que eu.
A tragédia também me acompanha em todo café da manhã, essa concepção
grega de mundo que julgo a mais correta já pensada. Aqui tenho grandes
parceiros como o autor da tragédia ática Sófocles (entre outros), o
filósofo Nietzsche, o dramaturgo Shakespeare e os escritores
contemporâneos Albert Camus e Philip Roth.
Ambos, niilismo e tragédia, são visões de mundo que arruínam a vida.
Diante deles, ateísmo é para iniciantes. O ateísmo só é aceitável quando
blasé e sem associações de ateus
militantes. Para niilistas como eu, o ateísmo crente em si mesmo é brincadeira de meninas com fita cor-de-rosa amarrada na cabeça.
militantes. Para niilistas como eu, o ateísmo crente em si mesmo é brincadeira de meninas com fita cor-de-rosa amarrada na cabeça.
Ando de saco cheio do niilismo e da tragédia, apesar de continuar
experimentando-os todo dia. Em termos morais, a virtude máxima para
ambos é a coragem, e o vício mais a mão, a covardia.
Nos últimos tempos, tenho me interessado por outra virtude, a confiança,
essa, tão difícil quanto a coragem, uma vez tomada a alma pelo niilismo
e pela tragédia. É sobre ela que quero falar nesta segunda-feira, dia
normalmente difícil, acompanhado do "bode" do domingo e da monotonia do
dia a dia que recomeça imerso num sono que nunca descansa, porque sempre
atormentado pela dúvida com relação ao amor, à família, ao trabalho e à
viabilidade do futuro.
Meu maior pecado como escritor é jamais enganar, jamais querer agradar.
Essa é minha forma de prestar respeito a quem me lê semanalmente. O
caráter de alguém que escreve é medido pela ausência de desejo de
agradar a quem o lê.
Amar cães e confiar neles é mais fácil do que amar seres humanos e
confiar neles. Por isso, num mundo atormentado pela dúvida niilista,
ainda que em constante denegação dela, tanta gente se lança à defesa
melosa de cães e gatos e exige carne de frangos felizes na hora de comer
em restaurantes ridículos.
Quero propor a você duas obras. Um filme e um livro que julgo entre os maiores exemplos da arte a serviço da confiança na vida.
O filme "As Damas do Bois de Boulogne", do cineasta francês Robert
Bresson, de 1945, é uma pérola sobre a confiança na vida e nos laços
afetivos. Bresson é um cineasta muito marcado pelo pensamento do
escritor George Bernanos, grande anatomista da alma e especialista em
nossa natureza vaidosa, mentirosa e, por isso mesmo, desesperada. Coisa
para gente grande, rara hoje em dia, neste mundo governado por adultos
infantis.
O filme trata da vingança de uma mulher belíssima contra seu ex-amante
(que a abandonou), um homem frívolo e covarde por temperamento. Essa
vingança se constitui na aposta de que ele e a mulher que ela "contrata"
para sua vingança agirão do modo esperado. Sua intenção é fazer com que
seu ex-amante se apaixone por essa mulher "contratada", uma prostituta.
O homem é mantido na ignorância da vida pregressa de sua noiva até
depois do casamento. O que a mulher abandonada não contava é que a
prostituta se apaixonasse pelo covarde, levando-o a transformação
inesperada de caráter.
O amor também é personagem central da obra do dinamarquês Soren
Kierkegaard "As Obras do Amor", da Vozes. Esse livro é o texto mais belo
que conheço sobre o amor na filosofia ocidental.
Segundo nosso existencialista, o amor tudo crê, mas nunca se ilude
porque, assim como a desconfiança e o ceticismo, o amor sabe que o
conhecimento não é capaz de nada além do que fundamentar o niilismo, o
ceticismo e o desespero.
O amor é um afeto moral, não um ato da razão. A razão não justifica a
vida. O amor é uma escolha de investimento na vida, uma atitude, mesmo
que a razão prove a falta de sentido último de tudo.
Ingênuos são os niilistas e céticos que consideram a desconfiança um ato
livre da vontade. A desconfiança é uma escravidão. A aposta na vida é
que mostra o caráter maduro de mulheres e homens. Boa semana.
Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e
ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela
Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas
como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de
vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve
às segundas na versão impressa de "Ilustrada".
terça-feira, 26 de março de 2013
A volta de Sartre ao cenário francês
Para biógrafa de Sartre, filósofo volta a ser debatido por intelectuais franceses
MARCELO BORTOLOTI para a Folha de SP
Mais de 30 anos após a morte de Jean-Paul Sartre (1905-1980), ninguém
ainda é capaz de arriscar de que forma sua obra entrará para a
posteridade. O filósofo francês continua despertando paixões, e sendo
louvado ou execrado conforme a orientação política do seu leitor.
Passagem de Sartre pelo Brasil teve muita imprensa e pouca filosofia
Gil compara gostar de Sartre a gostar de Lula
Gil compara gostar de Sartre a gostar de Lula
Sua biógrafa, a franco-argelina Annie Cohen-Solal, autora de "Sartre, 1905-1980" (LP&M), começa a enxergar uma retomada de estudos mais isentos --ou mais acadêmicos-- a seu respeito.
Esta semana ela entregou à editora Gallimard os originais de "Une
Renaissance Sartrienne" ("Um Renascimento Sartreano", em tradução
livre), no qual aponta a volta do autor aos círculos universitários da
França, de onde ele havia sido banido.
Zélia Gattai/Fundação Casa de Jorge Amado | ||
Jean-Paul Sartre em Ouro Preto (MG), em 1960, fotografado pela escritora Zélia Gattai |
Cohen-Solal é uma defensora aguerrida do filósofo, e ela própria é parte
deste movimento. Em junho, ela organiza na École Normale Supérieure,
universidade parisiense onde Sartre estudou, um ciclo de debates sobre
ele.
Há exatos 70 anos, Sartre publicou "O Ser e o Nada", um marco na
filosofia do século 20. A obra deu popularidade ao existencialismo,
doutrina segundo a qual a existência precede a essência, e portanto o
homem se constrói pelos seus próprios atos.
Difundindo suas teses em livros de filosofia (como "O Imaginário"), mas
também em obras de dramaturgia e romance (como "A Idade da Razão"),
Sartre tornou-se uma celebridade mundial.
Mas sua imagem começou a ser maculada no final da década de 1950. Seu
livro "Crítica da Razão Dialética", lançado em 1960, foi recebido com
muita desconfiança por tentar unir o existencialismo a ideias marxistas.
A partir daí, adotando posições políticas cada vez mais radicais como a
adesão incondicional ao regime de Mao Tsé-tung, na China, sua produção
foi acusada de estar à serviço de uma ideologia comunista.
Annie Cohen-Solal fala à Folha da condenação que Sartre experimentou na França e defende seu legado.
*
Folha - Seu livro defende que as ideias de Sartre continuam vivas?
Annie Cohen-Solal - Não. Eu apenas descrevo a situação na França hoje. Depois de três décadas de uma crítica brutal contra Sartre na imprensa, e com muito poucas pesquisas acadêmicas sobre ele, surpreendentemente para mim, as coisas estão mudando. Toda uma geração de jovens estudantes está agora olhando para sua obra com uma perspectiva diferente.
Annie Cohen-Solal - Não. Eu apenas descrevo a situação na França hoje. Depois de três décadas de uma crítica brutal contra Sartre na imprensa, e com muito poucas pesquisas acadêmicas sobre ele, surpreendentemente para mim, as coisas estão mudando. Toda uma geração de jovens estudantes está agora olhando para sua obra com uma perspectiva diferente.
Por quê?
Quando Sartre morreu, em 1980, recebeu tantas homenagens que parecia estarmos enterrando um segundo Victor Hugo. Em seguida, seu trabalho embarcou em uma aventura estranha, cheia de felicidade ou infortúnios, dependendo do país e de acordo com os tempos.
Quando Sartre morreu, em 1980, recebeu tantas homenagens que parecia estarmos enterrando um segundo Victor Hugo. Em seguida, seu trabalho embarcou em uma aventura estranha, cheia de felicidade ou infortúnios, dependendo do país e de acordo com os tempos.
Enquanto na França passou a ser divertido criticar detalhes
insignificantes da sua vida, as homenagens da Europa, África, Ásia e nas
duas Américas concordavam que a mensagem de Sartre era uma ferramenta
de referência para descriptografar o nosso tempo. Agora, estudantes
franceses começaram a perceber esta relevância, especialmente na École
Normale Supérieure, onde estamos discutindo a criação de uma cadeira
Sartre.
Qual é seu legado mais importante?
Ele foi o intelectual global que deu poder aos enfraquecidos. O apoio dele aos excluídos, como judeus, africanos colonizados, homossexuais, mulheres e trabalhadores, ajudou a reverter a relação de poder. Hoje, muitas pessoas estão fazendo pesquisa sobre sua obra na África.
Ele foi o intelectual global que deu poder aos enfraquecidos. O apoio dele aos excluídos, como judeus, africanos colonizados, homossexuais, mulheres e trabalhadores, ajudou a reverter a relação de poder. Hoje, muitas pessoas estão fazendo pesquisa sobre sua obra na África.
Por que recebeu tantas críticas na França?
Sartre foi educado em uma família protestante. Recebeu educação em casa até os dez anos, e foi muito influenciado por esses valores, que expressou em toda a sua vida.
Sartre foi educado em uma família protestante. Recebeu educação em casa até os dez anos, e foi muito influenciado por esses valores, que expressou em toda a sua vida.
Esse espírito protestante o levou a enfrentar tabus da memória coletiva
francesa, como a colaboração com os nazistas, a tortura, a colonização
etc. E sua atitude chocou muitas pessoas em um país de tradição
católica.
Sua adesão radical ao comunismo afetou essa imagem?
Ele nunca foi um membro de carteirinha do Partido Comunista Francês, apenas um companheiro fortuito entre 1952 e 1956.
Ele nunca foi um membro de carteirinha do Partido Comunista Francês, apenas um companheiro fortuito entre 1952 e 1956.
Ele apoiou os comunistas quando manifestações do partido estavam sendo
injustamente sufocadas pela polícia francesa, mas se afastou deles
quando os russos reprimiram a insurreição húngara e quando os tanques
soviéticos invadiram Budapeste. Sartre terminou sua vida como um
maoista, tornando-se mais e mais radical.
Sua participação política deve ser esquecida?
Eu não colocaria dessa forma. Acho que a trajetória e a obra de Sartre são um todo. E pessoas muito à direita não iriam se interessar por seu trabalho de qualquer modo.
Eu não colocaria dessa forma. Acho que a trajetória e a obra de Sartre são um todo. E pessoas muito à direita não iriam se interessar por seu trabalho de qualquer modo.
Por que Sartre não saiu de moda no Brasil?
Eu digo que o Brasil é um dos países mais sartreanos em que já estive. E acredito que isso se deva, em parte, ao fato de Sartre ter passado três meses no país no verão de 1960. Na época, ele lutava ao lado dos revolucionários argelinos pela independência da colonização francesa, e suas ideias tiveram grande repercussão no país.
Eu digo que o Brasil é um dos países mais sartreanos em que já estive. E acredito que isso se deva, em parte, ao fato de Sartre ter passado três meses no país no verão de 1960. Na época, ele lutava ao lado dos revolucionários argelinos pela independência da colonização francesa, e suas ideias tiveram grande repercussão no país.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Pondé e o amor em Kierkegaard
Quando você estiver lendo esta coluna, estarei em Copenhague, Dinamarca, terra do filósofo Soren Kierkegaard (1813-1855), pai do existencialismo. [...]O filósofo dinamarquês afirma que nós somos “feitos de angústia” devido ao nada que nos constitui e à liberdade infinita que nos assusta. A ideia é que a existência precede a essência, ou seja, tudo o que constitui nossa vida em termos de significado (a essência) é precedido pelo fato que existimos sem nenhum sentido a priori. Como as pedras, existimos apenas. A diferença é que vivemos essa falta de sentido como “condenação à liberdade”, justamente por sabermos que somos um nada que fala. [...]A filosofia da existência é uma educação pela angústia. [...] Sua filosofia do amor é menos conhecida do que sua filosofia da angústia e do desespero, mas nem por isso é menos contundente. Seu livro “As Obras do Amor, Algumas Considerações Cristãs em Forma de Discursos” (ed. Vozes), traduzido pelo querido colega Álvaro Valls, maior especialista no filósofo dinamarquês no Brasil, é um dos livros mais belos que conheço. [...]Angústia e amor são “virtudes práticas” que demandam coragem. [...]
“Não, o amor sabe tanto quanto qualquer um, ciente de tudo aquilo que a desconfiança sabe, mas sem ser desconfiado; ele sabe tudo o que a experiência sabe, mas ele sabe ao mesmo tempo que o que chamamos de experiência é propriamente aquela mistura de desconfiança e amor… Apenas os espíritos muito confusos e com pouca experiência acham que podem julgar outra pessoa graças ao saber.”Infelizes os que nunca amaram. Nunca ter amado é uma forma terrível de ignorância.
(Luiz Felipe Pondé - jornal FSP – 13.06.2011)FONTE do ARTIGO COMPLETO: AQUI
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Escolha a via da vida!

A lembrança de um dia ter sido melhor toma-me de angústia e de pesar porque, talvez, parei por algum tempo de evoluir em etapas. A história(entendam aqui a vida pessoal de cada um) é um longo percurso convidativo para o homem perseguir. É um caminho capaz de levar-nos a parar numa encruzilhada que aponta para duas vielas: a da vida e a da morte. Não sei se as duas nos merecem! Mas devo dizer que apenas uma nos atrai com um peso de verdade, a da vida.
O ser humano, munido de inteligência e vontade, portanto, liberdade, pode se servir desta, digo da liberdade, para fazer a escolha certa. Escolher a vida deve ser a prioridade de nossas atitudes, até porque somos frutos de nossas escolhas! Aí entra a função da liberdade que só existe, de fato, quando tomamos o rumo certo, verdadeiro. A razão, com isso, encontra motivos para prosseguir, seguir adiante, pois não é fácil deixar-se de ser convencido por moções artificiais e nebulosas ligadas à morte.
Assim, a razão jamais irá enganar o coração, porque, como diria Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. É próprio do coração humano encher-se de amor, no entanto há esse motivo que move qualquer homem, estanque em suas dúvidas e preconceitos a superar-se e a permanecer melhorando a cada novo dia pela via da vida. Porém, mais do que levar alguém a convecer-se pela razão é cativá-lo pelo amor, um amor que propõe aceitação para viver de modo íntegro uma indispensável condição, a de filhos de Deus.
A dimensão de filhos de Deus é a condição básica para o ser humano permanecer sempre disposto a lutar contra todas as dificuldades hodiernas que a vida, inevitavelmente, impõe. O que tem a ver, afinal, a questão da filiação divina com a preocupação de escolher a via da vida? Muito tem a ver. Além do fato de possuirmos o caráter cristão, temos a grandeza de que com isso permaneceremos no caminho proposto por Cristo como verdadeiro, o da vida. A conseqüência disso tudo, meus caros, é a nossa comunhão com Deus.
Abrir-se a Deus no decorrer de toda a vida é uma necessidade e uma satisfação eterna, pois seremos, dessa forma, habitação, lugar onde mora Deus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos uma morada”(Jo 14.23).
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs: www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
O ser humano, munido de inteligência e vontade, portanto, liberdade, pode se servir desta, digo da liberdade, para fazer a escolha certa. Escolher a vida deve ser a prioridade de nossas atitudes, até porque somos frutos de nossas escolhas! Aí entra a função da liberdade que só existe, de fato, quando tomamos o rumo certo, verdadeiro. A razão, com isso, encontra motivos para prosseguir, seguir adiante, pois não é fácil deixar-se de ser convencido por moções artificiais e nebulosas ligadas à morte.
Assim, a razão jamais irá enganar o coração, porque, como diria Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. É próprio do coração humano encher-se de amor, no entanto há esse motivo que move qualquer homem, estanque em suas dúvidas e preconceitos a superar-se e a permanecer melhorando a cada novo dia pela via da vida. Porém, mais do que levar alguém a convecer-se pela razão é cativá-lo pelo amor, um amor que propõe aceitação para viver de modo íntegro uma indispensável condição, a de filhos de Deus.
A dimensão de filhos de Deus é a condição básica para o ser humano permanecer sempre disposto a lutar contra todas as dificuldades hodiernas que a vida, inevitavelmente, impõe. O que tem a ver, afinal, a questão da filiação divina com a preocupação de escolher a via da vida? Muito tem a ver. Além do fato de possuirmos o caráter cristão, temos a grandeza de que com isso permaneceremos no caminho proposto por Cristo como verdadeiro, o da vida. A conseqüência disso tudo, meus caros, é a nossa comunhão com Deus.
Abrir-se a Deus no decorrer de toda a vida é uma necessidade e uma satisfação eterna, pois seremos, dessa forma, habitação, lugar onde mora Deus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos uma morada”(Jo 14.23).
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