Não é incomum ouvirmos queixas do tipo: “Isso é tão caro!”. Sobretudo, quando vamos ao mercado, às lojas ou quando planejamos alguma viagem. Já disse por aqui, muitas vezes, que quase tudo nesse país esbarra em dinheiro, principalmente para aqueles que mais carecem dele; trabalhadores assalariados e os menos favorecidos socialmente.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Medicina filosófica
Não é incomum ouvirmos queixas do tipo: “Isso é tão caro!”. Sobretudo, quando vamos ao mercado, às lojas ou quando planejamos alguma viagem. Já disse por aqui, muitas vezes, que quase tudo nesse país esbarra em dinheiro, principalmente para aqueles que mais carecem dele; trabalhadores assalariados e os menos favorecidos socialmente.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
'Ser e Tempo', de Martin Heidegger, é tema de debate
O caderno Sabático, do jornal O Estado de S. Paulo, a Editora Unicamp e a Livraria da Vila promovem nesta terça-feira, 6, o lançamento do livro Ser e Tempo, do filósofo alemão Martin Heidegger (1889- 1976) com um debate do qual participam o tradutor Fausto Castilho, o editor Rinaldo Gama, do Sabático, e o repórter especial Antonio Gonçalves Filho.
O tratado Ser e Tempo, que chega em tradução bilíngue (coedição Editora Unicamp e Vozes), é parte do conjunto das grandes obras filosóficas do século 20. Mesmo inacabado, não impediu Heidegger "que viesse a tratar fora do plano de um tratado, como escrito avulso, muitos dentre os temas que constariam da segunda parte não redigida", como bem explica Fausto Castilho, que foi aluno do próprio Heidegger, de Merleau-Ponty, Piaget e Bachelard.
A obra trata da questão do Dasein. Heidegger pretende repropor a chamada questão-do-ser já formulada pelos gregos. Nessa obra, a interrogação é formulada a partir da análise ontológica de um ente "exemplar", que tem por isso a função de ontologia fundamental. Esse ente exemplar é denominado por Heidegger de Dasein. É, portanto, a velha questão grega, o que é o ser?, que o filósofo crê ter sido feita incorretamente ao longo da história da filosofia. Em sua ontologia, propõe-se a diferenciar ser de ente - levando em conta a questão da temporalidade - para , então , recolocar de forma correta a pergunta radical de Leibniz (1646-1716): "Por que há algo em vez de nada?" A obra traz ainda reflexões sobre a angústia, a morte e a técnica, tendo influenciado o pensamento de filósofos como Jean-Paul Sartre, Hannah Arendt e Paul Ricoeur.
Herdeiro intelectual de Franz Brentano (1838-1917) e Edmund Husserl (1859-1938), que vinham à esteira do renascimento aristotélico promovido por Adolf Trendelemburg(1802-1872), Heidegger, lembra Castilho, "preconiza desde cedo uma interpretação original de Aristóteles em sua tese por muito tempo conhecida como Relatório Natorp, que lhe valeu em 1923 a nomeação como professor extraordinário em Marburgo".
O dilema entre "tecnofilia" e "tecnofobia" e as desilusões quanto ao caráter da ciência como uma panaceia universal haviam sido tratadas pelo aluno de Brentano, Edmund Husserl - por sua vez professor de Heidegger- em Krisis, espécie de manifesto contra a corrosão dos valores pela técnica. Crise, aliás, preconizada por Nietzsche.
Sobre essas influências, Castilho observa que "a de Husserl sobre Heidegger é mais do que ostensiva", não ocorrendo o mesmo no caso de Nietzsche, "já que essa relação direta e mais intensa com ele só acontece tardiamente, entre 1936 e 1940, durante a guerra e no momento preciso em que os nazistas procuram conferir àquele autor a condição de ideólogo preferencial do nazismo." Por sua vez "não é de modo algum clara qual seja a parte que Nietzsche pode ter tido na elaboração dos conceitos próprios de Heidegger, antes, e depois de Ser e Tempo".
SER E TEMPO
Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915). Tel. (011) 3814-5811. Lançamento e debate terça, 06, às 18h30.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,ser-e-tempo-de-martin-heidegger-e-tema-de-debate,955875,0.htm
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Verdade ou amor?
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Nem demais, nem pouco demais, o necessário.
sábado, 30 de abril de 2011
Estranhamento e entranhamento, um estranho trocadilho.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pequenas práticas de saberes...
Segundo a tendência racionalista, herdada de Descartes e Spinoza, prevalece o inatismo, pelo qual o sujeito que conhece seria o pólo mais importante no processo do conhecimento.
Conforme a tendência empirista, iniciada com Bacon, Hume e Locke, o sujeito que conhece é passivo, recebendo de fora – da experiência – os elementos para a elaboração do conteúdo mental.
Tais pressupostos de uma educação moderna são oriundos dos conceitos clássicos de Educação:
“A educação deve dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeição de que são capazes”(Platão) – idealista.
“Não há nada na inteligência que antes não se tenha passado pelos sentidos”(Aristóteles) – realista.
As quais se fundamentam num problema antiquiquíssimo, chamado de APORIA: No séc. VI – V a.C., Parmênides disse que nada pode mudar; que, por isso mesmo, as impressões dos sentidos não são dignas de confiança.
Já Heráclito, na mesma época, disse: que tudo se transforma(“tudo flui”) – “panta rei”; que as impressões dos sentidos são confiáveis.
Assim, muitos tentavam, assustadoramente, solucionar o impasse entre razão e sentidos.
Empédocles afirmava que ambos têm razão, pois a água pura será água pura por toda a eternidade e a natureza está em constante transformação. Ele acreditava que a natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, também chamados por ele de raízes. Estes quatro elementos eram a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Supera, assim, a dicotomia com uma belíssima síntese entre o imóvel e o móvel, entre o ser e devir.(séc V a.C.).
Immanuel Kant, por sua vez, conhecia muito bem tanto os racionalistas quanto os empiristas e concordava com ambos: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão? Para Kant, não importa o que possamos ver, sempre perceberemos com as “formas da sensibilidade”. Isto significa que podemos saber antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes de tirar os óculos da razão!(séc. XVIII d. C.).
Conforme Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Educação é um processo que se caracteriza por uma atividade mediadora entre sujeito e objeto, no seio da prática social global.
A Pedagogia é a necessidade sistemática de tornar a prática social global mais eficaz, a fim de definir os fins a serem atingidos.
A Filosofia da Educação acompanha reflexivamente os problemas educacionais.
As Ciências da Educação propõem processos de ensino(sistemas) mais sofisticados que superam o mero empirismo em educação.
As pequenas práticas de saberes supõem tudo isso que dissemos até agora, na medida em que o educador luta contra qualquer tipo de generalização.
Segundo Foucault na Microfísica do Poder, o educador precisa ser um pensador engajado em um trabalho crítico de seu presente, de si mesmo, buscando, por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo.
Os saberes são fragmentados, compartimentados, enquadrados nas específicas exigências dos indivíduos, por isso mesmo práticos e pequenos que penetram na singularidade da vida.
Parece-me que fora Nietzsche, na segunda metade do século XIX até meados do século XX, a desencadear essa nova modalidade de pensamento. Não segue necessariamente uma escala contínua e progressiva da estrutura do Pensamento, pois rompe com a Tradição para voltar às fontes, às origens da tragédia humana(Dionísio e Apolíneo), a fim de valorizar nossas potencialidades enquanto artistas de pensar o próprio pensamento. Acontece assim, uma ruptura do patrimônio histórico do pensamento humano.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
www.umasreflexoes.blogspot.com
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Medicina filosófica
Não é incomum ouvirmos queixas do tipo: “Isso é tão caro!”. Sobretudo, quando vamos ao mercado, às lojas ou quando planejamos alguma viagem. Já disse por aqui, muitas vezes, que quase tudo nesse país esbarra em dinheiro, principalmente para aqueles que mais carecem dele; trabalhadores assalariados e os menos favorecidos socialmente.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
'Ser e Tempo', de Martin Heidegger, é tema de debate
O caderno Sabático, do jornal O Estado de S. Paulo, a Editora Unicamp e a Livraria da Vila promovem nesta terça-feira, 6, o lançamento do livro Ser e Tempo, do filósofo alemão Martin Heidegger (1889- 1976) com um debate do qual participam o tradutor Fausto Castilho, o editor Rinaldo Gama, do Sabático, e o repórter especial Antonio Gonçalves Filho.
O tratado Ser e Tempo, que chega em tradução bilíngue (coedição Editora Unicamp e Vozes), é parte do conjunto das grandes obras filosóficas do século 20. Mesmo inacabado, não impediu Heidegger "que viesse a tratar fora do plano de um tratado, como escrito avulso, muitos dentre os temas que constariam da segunda parte não redigida", como bem explica Fausto Castilho, que foi aluno do próprio Heidegger, de Merleau-Ponty, Piaget e Bachelard.
A obra trata da questão do Dasein. Heidegger pretende repropor a chamada questão-do-ser já formulada pelos gregos. Nessa obra, a interrogação é formulada a partir da análise ontológica de um ente "exemplar", que tem por isso a função de ontologia fundamental. Esse ente exemplar é denominado por Heidegger de Dasein. É, portanto, a velha questão grega, o que é o ser?, que o filósofo crê ter sido feita incorretamente ao longo da história da filosofia. Em sua ontologia, propõe-se a diferenciar ser de ente - levando em conta a questão da temporalidade - para , então , recolocar de forma correta a pergunta radical de Leibniz (1646-1716): "Por que há algo em vez de nada?" A obra traz ainda reflexões sobre a angústia, a morte e a técnica, tendo influenciado o pensamento de filósofos como Jean-Paul Sartre, Hannah Arendt e Paul Ricoeur.
Herdeiro intelectual de Franz Brentano (1838-1917) e Edmund Husserl (1859-1938), que vinham à esteira do renascimento aristotélico promovido por Adolf Trendelemburg(1802-1872), Heidegger, lembra Castilho, "preconiza desde cedo uma interpretação original de Aristóteles em sua tese por muito tempo conhecida como Relatório Natorp, que lhe valeu em 1923 a nomeação como professor extraordinário em Marburgo".
O dilema entre "tecnofilia" e "tecnofobia" e as desilusões quanto ao caráter da ciência como uma panaceia universal haviam sido tratadas pelo aluno de Brentano, Edmund Husserl - por sua vez professor de Heidegger- em Krisis, espécie de manifesto contra a corrosão dos valores pela técnica. Crise, aliás, preconizada por Nietzsche.
Sobre essas influências, Castilho observa que "a de Husserl sobre Heidegger é mais do que ostensiva", não ocorrendo o mesmo no caso de Nietzsche, "já que essa relação direta e mais intensa com ele só acontece tardiamente, entre 1936 e 1940, durante a guerra e no momento preciso em que os nazistas procuram conferir àquele autor a condição de ideólogo preferencial do nazismo." Por sua vez "não é de modo algum clara qual seja a parte que Nietzsche pode ter tido na elaboração dos conceitos próprios de Heidegger, antes, e depois de Ser e Tempo".
SER E TEMPO
Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915). Tel. (011) 3814-5811. Lançamento e debate terça, 06, às 18h30.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,ser-e-tempo-de-martin-heidegger-e-tema-de-debate,955875,0.htm
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Verdade ou amor?
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Nem demais, nem pouco demais, o necessário.
sábado, 30 de abril de 2011
Estranhamento e entranhamento, um estranho trocadilho.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pequenas práticas de saberes...
Segundo a tendência racionalista, herdada de Descartes e Spinoza, prevalece o inatismo, pelo qual o sujeito que conhece seria o pólo mais importante no processo do conhecimento.
Conforme a tendência empirista, iniciada com Bacon, Hume e Locke, o sujeito que conhece é passivo, recebendo de fora – da experiência – os elementos para a elaboração do conteúdo mental.
Tais pressupostos de uma educação moderna são oriundos dos conceitos clássicos de Educação:
“A educação deve dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeição de que são capazes”(Platão) – idealista.
“Não há nada na inteligência que antes não se tenha passado pelos sentidos”(Aristóteles) – realista.
As quais se fundamentam num problema antiquiquíssimo, chamado de APORIA: No séc. VI – V a.C., Parmênides disse que nada pode mudar; que, por isso mesmo, as impressões dos sentidos não são dignas de confiança.
Já Heráclito, na mesma época, disse: que tudo se transforma(“tudo flui”) – “panta rei”; que as impressões dos sentidos são confiáveis.
Assim, muitos tentavam, assustadoramente, solucionar o impasse entre razão e sentidos.
Empédocles afirmava que ambos têm razão, pois a água pura será água pura por toda a eternidade e a natureza está em constante transformação. Ele acreditava que a natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, também chamados por ele de raízes. Estes quatro elementos eram a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Supera, assim, a dicotomia com uma belíssima síntese entre o imóvel e o móvel, entre o ser e devir.(séc V a.C.).
Immanuel Kant, por sua vez, conhecia muito bem tanto os racionalistas quanto os empiristas e concordava com ambos: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão? Para Kant, não importa o que possamos ver, sempre perceberemos com as “formas da sensibilidade”. Isto significa que podemos saber antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes de tirar os óculos da razão!(séc. XVIII d. C.).
Conforme Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Educação é um processo que se caracteriza por uma atividade mediadora entre sujeito e objeto, no seio da prática social global.
A Pedagogia é a necessidade sistemática de tornar a prática social global mais eficaz, a fim de definir os fins a serem atingidos.
A Filosofia da Educação acompanha reflexivamente os problemas educacionais.
As Ciências da Educação propõem processos de ensino(sistemas) mais sofisticados que superam o mero empirismo em educação.
As pequenas práticas de saberes supõem tudo isso que dissemos até agora, na medida em que o educador luta contra qualquer tipo de generalização.
Segundo Foucault na Microfísica do Poder, o educador precisa ser um pensador engajado em um trabalho crítico de seu presente, de si mesmo, buscando, por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo.
Os saberes são fragmentados, compartimentados, enquadrados nas específicas exigências dos indivíduos, por isso mesmo práticos e pequenos que penetram na singularidade da vida.
Parece-me que fora Nietzsche, na segunda metade do século XIX até meados do século XX, a desencadear essa nova modalidade de pensamento. Não segue necessariamente uma escala contínua e progressiva da estrutura do Pensamento, pois rompe com a Tradição para voltar às fontes, às origens da tragédia humana(Dionísio e Apolíneo), a fim de valorizar nossas potencialidades enquanto artistas de pensar o próprio pensamento. Acontece assim, uma ruptura do patrimônio histórico do pensamento humano.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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