Segundo o poeta grego Arquíloco... “as coisas humanas apenas mudanças incertas são”. Ou ainda, como o filósofo grego, no séc. VI-V a.C., Heráclito de Éfeso afirmou: “Não é possível descer duas vezes no mesmo rio... A quem desce os mesmos rios alcança-o novos e novas águas... Descemos e não descemos em um mesmo rio, nós mesmos somos e não somos”. A mudança é uma das grandes verdades existenciais, igual a um rio perene e comparável a um milésimo de segundo que já passou.
É palpável a certeza da mudança, provocando-nos desejos infinitos, a fim de capturar a fagulha eterna dos momentos da vida – o desabrochar de uma flor, o sol que nasce e morre, o sorriso do ser amado, o cantar de um passarinho, a leitura de um bom livro, a harmonia de uma bela canção, o balbuciar de uma oração... – que, diria João Cabral de Melo Neto, “teima em nascer”, portanto, teima em passar. Tudo parece finalmente passar e nada ficar. Só ficam, talvez, a simplicidade e a ternura dos instantes vividos pela intensidade do coração humano.
Aqui plantamos uma árvore, acolá levamos a palavra. Nunca sabemos, porém, se estaremos ao vivo para ver a árvore safrejar, a palavra difundir-se... Mas, a árvore perpetuar-se-á através da semente levada pelo vento e a palavra, por sua vez, não será extinta por este na areia, ela ecoa pela caatinga a dentro.
Disse Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo-se que tudo muda, embora estando o ser no mesmo espaço. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro.
Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond:
“Como a vida muda.
como a vida é muda.
como a vida é nuda.
como a vida é nada.
como a vida é tudo.
...
como a vida é senha
de outra vida nova
...
como a vida é vida
ainda quando morte
...
como a vida é forte
em suas algemas
...
como a vida é bela
...
como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida.”
Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
É palpável a certeza da mudança, provocando-nos desejos infinitos, a fim de capturar a fagulha eterna dos momentos da vida – o desabrochar de uma flor, o sol que nasce e morre, o sorriso do ser amado, o cantar de um passarinho, a leitura de um bom livro, a harmonia de uma bela canção, o balbuciar de uma oração... – que, diria João Cabral de Melo Neto, “teima em nascer”, portanto, teima em passar. Tudo parece finalmente passar e nada ficar. Só ficam, talvez, a simplicidade e a ternura dos instantes vividos pela intensidade do coração humano.
Aqui plantamos uma árvore, acolá levamos a palavra. Nunca sabemos, porém, se estaremos ao vivo para ver a árvore safrejar, a palavra difundir-se... Mas, a árvore perpetuar-se-á através da semente levada pelo vento e a palavra, por sua vez, não será extinta por este na areia, ela ecoa pela caatinga a dentro.
Disse Orides Fontela que “o vento, a chuva, o sol, o frio/ tudo vai, tudo vem e vai”. Estaremos, de algum modo, em movimento, iremos à escola, saímos para uma festa, viajamos pra algum lugar, visitamos alguém... No entanto, em cada mudança, em cada movimento, nenhum é igual ao outro, reconhecendo-se que tudo muda, embora estando o ser no mesmo espaço. Quando abrimos a janela do quarto, como pensa Mário Quintana, será uma página nova, mas teremos nas mãos o mesmo livro.
Renascemos na fé a cada nascer do sol, a cada manhã, como argumenta Carlos Drummond:
“Como a vida muda.
como a vida é muda.
como a vida é nuda.
como a vida é nada.
como a vida é tudo.
...
como a vida é senha
de outra vida nova
...
como a vida é vida
ainda quando morte
...
como a vida é forte
em suas algemas
...
como a vida é bela
...
como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida.”
Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
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