A partir de agora, com a derrota da Seleção brasileira, ficou mais difícil seguir com o diário da copa. Porém, assim como a vida, a copa segue em frente e o diário mais ainda.
A Seleção brasileira fez um primeiro tempo excelente, de um futebol brilhante, finíssimo. Triangulações incríveis entre Robinho, Kaká, Luís Fabiano e Felipe Melo. O jogo não pesava para o Brasil. A meu ver, foi o melhor primeiro tempo de todos os jogos da seleção brasileira, de modo que podia ter liquidado o jogo absolutamente. O futebol tem dessas coisas. Essa imprevisibilidade dói e é real. O futebol não costuma perdoar erros, e foi o que vimos em Porto Elizabeth esta tarde, ou quase tarde aqui no Brasil.
Numa enfiada de bola perfeita e inesperada de Felipe Melo para Robinho, sai um golaço deste jogador que vinha se destacando e impressionando em campo. Robinho não só fez o gol, mas fez o seu melhor jogo na copa do mundo. Robinho dá um toque de classe e mete a “jabulani” com carinho pra dentro do gol.
Não há super-heróis na Seleção brasileira e em nenhuma outra. Todos sabiam que o ponto frágil da seleção era o Michel Bastos e, por incrível que pareça, não precisa ser especialista em futebol pra dizer isso, estava pendurado com cartão amarelo, o que o fragilizava mais ainda. No entanto, nosso treinador Dunga não soube lidar com tal situação. Aí mesmo, neste local vulnerável do Brasil, o craque da Holanda, Robben, que não jogou nada, mas se jogou horrivelmente em campo, deitou e rolou provocando a substituição de Michel Bastos por Gilberto na lateral esquerda. Complicaram a vida do Michel do momento que vinha até convencendo, parando o Robben, camisa 11 da Holanda. Mas verdade seja dita, o segundo tempo foi de Robben na pura malandragem. Malandragem, infelizmente, é um recurso no futebol, afinal de contas, futebol é um jogo. A Holanda viu que não ganhava na qualidade, mas serviu-se da malandragem. Deu certo e está nas semifinais.
Assim, com futebol tosco e horrível, a Holanda empata e vira o jogo para 2 a 1 em cima do Brasil, que aceitou, de modo inacreditável, dois gols de bola parada e pingada na área. Um, falha de Felipe Melo e Júlio César, gol contra pegando de raspão na cabeça de Felipe. Outro, de uma bola de escanteio, o jogador da Holanda toca de cabeça na “jabulani” no primeiro pau, enquanto Sneijder no segundo pau faz o gol de cabeça para desespero da seleção. Que infelicidade!
Até então, o Brasil jamais tinha se preparado para tamanha adversidade numa só partida, pois, como se não bastasse a virada imerecida da Holanda, Felipe Melo perde a cabeça, dá um pisão em Robben e recebe cartão vermelho pelo fraco juiz da partida.
A FIFA que me desculpe, mas um jogo desse nível merecia um juiz de mais gabarito.
A partir daí, o Brasil perde qualquer poder de reação. Desdobra-se em campo, mas não obtém resultados. É só e somente só. Nossa seleção amarga uma difícil derrota, quando não devia.
Da África do Sul, tchau Seleção! Do Brasil, bem-vinda Seleção!
Copa do mundo agora só em 2014, aqui mesmo na terra do Penta com o Hexa de molho, tendo que esperar. BRASIL 2014!
Jackislandy Meira de M. Silva.
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