Uma semifinal de encher os olhos, hoje em Durban, na África do Sul.
Que espetáculo de futebol! Com pouquíssimas faltas, um jogo absolutamente limpo entre Espanha e Alemanha. Resultado final, 1 a 0 para a Espanha, confirmando a tese de que o futebol é relativo, muitíssimo dependente das circunstâncias de um determinado jogo.
Vejam só: Cada jogo é um jogo, e cada jogo com a sua história. Isso não é óbvio. De um jogo para outro, mudam-se os juízes, o campo, o sistema tático, o estádio, os jogadores se machucam, são expulsos, ficam suspensos, a motivação geralmente varia de jogo para jogo, enfim... As circunstâncias e situações influem diretamente uma partida de futebol, de modo que não se pode prever definitivamente o resultado de um jogo pelos jogos anteriores. Ou seja, seleção alguma, time algum ganha jogo por antecipação. Isso não existe no mundo do futebol, é o que costumeiramente fazemos nos jogos, cantamos vitória antes do tempo.
Quando começa uma partida ou quando dois times entram em campo, tudo o mais entra com eles; preocupações; motivação; desmotivação; fatores extra-campo... Não nos enganemos quanto a isso. Os jogadores são humanos. Não são deuses, tampouco super-homens. Mas, acima de tudo, um aspecto que deve entrar em campo é diferencial, o talento do jogador.
Nem os resultados passados da Alemanha, tampouco suas vitórias incontestáveis entraram em campo hoje. Mas quem entrou em campo mesmo para fazer a diferença e vencer hoje foi a Espanha. Admirada pelo precioso toque de bola, muitas vezes abusivo e desnecessário, a Espanha saiu de campo vencedora com um gol de Puyol, volante da “fúria” imprimiu, juntamente com David Villa, Xave Alonso, Iniesta, Pedro, Torres, uma pressão jamais vista sobre a Alemanha nesta Copa.
Simplesmente extraordinário o futebol envolvente que a Espanha conseguiu refletir em campo em cima da grande Alemanha, a qual sentiu-se pequena na roda da Espanha. De fato, a Espanha colocou o timaço da Alemanha na roda. Enquanto a Espanha jogava, a Alemanha corria atrás da bola. Desculpem-me, mas o placar de 1 a 0 não traduziu a superioridade da Espanha. Nesse caso, era preciso ver para crer. Quem diria que um time que deu de 4 a 0 na Argentina poderia sair de campo cansada de tanto correr atrás da bola sem lograr êxito algum.
Só não sabemos se a Espanha vai repetir esse feito na decisão de Domingo que vem sobre a Holanda. Todo cuidado é pouco, pois a Alemanha não conseguiu repetir o mesmo show de futebol das quartas de final sobre a Argentina, de 4 a 0, decepcionando a maior parte dos apostadores.
O futebol é assim... Cada jogo é um jogo, e assim por diante. O resto é apenas chute. Bons chutes, minha gente, para a decisão que vem aí. Holanda ou Espanha?
Professor Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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