quinta-feira, 9 de abril de 2009

As cinco vias da existência de Deus.


Certamente, todo bom aluno de filosofia ou de teologia já deve ter deparado com as cinco vias ou caminhos que levam a admitir a existência de Deus, por um mestre do séc. XII, alta Idade Média, Tomás de Aquino, o qual se apropria da metafísica aristotélica para fundamentar a existência divina.
Num primeiro momento deste método, chamado de cinco vias da existência de Deus, tomaremos a realidade de todo o nosso ser, do mundo e dos fatos. Depois, no segundo momento, tomaremos por base a experiência, as causas desta realidade e dos fatos, dos efeitos. Este é o momento da Filosofia, do porquê, daquela inquirição que desde a idade infantil nos rodeia e nos persegue, de modo algum, nos satisfaz porque perguntamos pela existência. Os seres que existem não possuem essa existência por força de sua própria natureza. Dizer o contrário disso significa que este ser não tem o porquê de sua existência. Todo ser que não tem a razão de seu existir, quer dizer que existe outro que o faz existir. De repente, nós nos damos conta de toda a realidade, dos entes, dos seres, dos fatos, do mundo e vemos que estes seres não são causadores, não têm a razão de seu existir e por isso não existiam antes e deixarão de existir porque estes seres não têm essência própria, não têm a causa própria.
Chegamos, com isso, ao terceiro momento, onde partimos do ser contingente para o ser necessário. Quando observamos e, por isso, admitimos a existência do movimento ao Motor imóvel, por conseguinte a passagem das causas segundas para a causa primeira, tocamos num ponto crítico das provas da existência de Deus, a causalidade. De certa forma, os cientistas ou alguns deles não reconhecem a importância do princípio de causalidade. E eles perguntam, onde está Deus? Se nós o sentíssemos, o tocássemos, o víssemos, falássemos com ele. Para os intelectuais, as causas só servem a partir da própria existência, a partir do homem, das coisas(o que importa para eles é a causa já na existência, já nos efeitos, portanto, o princípio da causalidade é um tanto contraditório e ingênuo).
Porém, a terceira via se trata de um caminho, um argumento para a existência de Deus, o mais metafísico de todos eles. O ser contingente exige o ser necessário. O universo inteiro é um conjunto de seres contingentes. Ora, dentro deste universo inteiro existe um só que não o é, e também, um ser incriado e não mutável.
Portanto, todos os seres que compõem o universo são contingentes, ou seja, podem ser ou não-ser, podem existir ou não existir. Enquanto eles existem podem mudar seu modo de ser. Este não é determinado no existir, depende de sua racionalidade ao existir e ao ser contingente. Não depende do homem e de sua racionalidade a bondade, mas a racionalidade. Ele não tem em si o que é necessário e suficiente para poder existir. Logo, existe uma causa ou deve existir uma causa que os façam existir. Onde tem sua própria necessidade e suficiência na razão de ser, de existir.
Além do universo de seres contingentes, deve também existir um ser, um único ser que tem sua própria razão de existir e a razão de outros seres existirem, originarem-se. Só a inteligência ordena os meios ao fim. O ser inteligente é aquele que ordena os meios para o fim. É preciso conhecer o meio, o fim e a relação do meio para com o fim.
No mais, a finalidade não pode ser admitida sem que haja uma inteligência. Aqui está o ponto, é simplíssimo esse argumento como se estar diante de um relógio, de uma estátua, de um computador. É o homem que está realizando, construindo, descobrindo estes meios, esta ordem para se chegar a um fim. No entanto, não foi o homem quem criou a ordem geral, não foi o homem quem ordenou o mundo. Por conseguinte, a inteligência ordenadora do mundo é de um ser diferente deste mundo e que gerou tudo e a todos, que criou o universo com tudo o que há nele. Esse ser é Deus.
“O Deus eterno(...) passou diante de mim, eu não contemplei o seu rosto(...). Estudei aqui e acolá essa sua passagem...”(Tomás de Aquino).
A astronomia cada vez mais encontra resquício da existência de Deus.
A quinta via foi encimada, de modo muito sutil, uma vez que indica a ordem do cosmo ao Supremo ordenador que é Deus. Estupefato, foram estas as palavras de Keppler: “Dou-te graças por fazer-me e contemplar as obras de suas mãos...”
Acabamos de ver um pouco o que nos diz os argumentos sobre as cinco vias de Tomás de Aquino acerca da existência de Deus. Com elas, o homem sente um desejo natural de felicidade que nenhum bem finito e material pode saciar esse desejo. Há somente alguém que nos pode saciar plenamente em sua infinitude, misericórdia e bondade que é Deus. Deus existe!!!
Concluímos... Existe. Existe.
A lei moral se impõe à nossa conduta porque o homem é capaz de perceber que a lei de fazer o bem em evitar o mal não foi criada por ele mesmo, e sim apenas descoberta. Isso nos impressiona longamente, pois sentimos realmente a necessidade de um legislador supremo que criou a arte de amar ordenadamente. Esse autor é DEUS.



Jackislandy Meira de M. Silva,
Professor e Filósofo.
Confiram:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Irmão em Cristo Jesus,

Sou da cidade de Araruama - Rj, gostaria de saber como podemos fazer para lhe contactar atraves de mail ou telefone, para podermos ver da viabilidade de lhe trazer a essa cidade.

Atenciosamente,

Rafael de Moura Figueiredo

Anônimo disse...

Prezado Irmao em Cristo Jesus,

Envie ao amado irmão uma mensagem, solicitando um mail para contato, e aproveitando o ensejo lhe envio meu mail, caso o irmão possa nos contactar, segue abaixo os links.

rafanitadv@yahoo.com.br

Secretaria Municipal de Politica Social Trabalho e Habitação

Tel: (22) 2665-5642

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

As cinco vias da existência de Deus.


Certamente, todo bom aluno de filosofia ou de teologia já deve ter deparado com as cinco vias ou caminhos que levam a admitir a existência de Deus, por um mestre do séc. XII, alta Idade Média, Tomás de Aquino, o qual se apropria da metafísica aristotélica para fundamentar a existência divina.
Num primeiro momento deste método, chamado de cinco vias da existência de Deus, tomaremos a realidade de todo o nosso ser, do mundo e dos fatos. Depois, no segundo momento, tomaremos por base a experiência, as causas desta realidade e dos fatos, dos efeitos. Este é o momento da Filosofia, do porquê, daquela inquirição que desde a idade infantil nos rodeia e nos persegue, de modo algum, nos satisfaz porque perguntamos pela existência. Os seres que existem não possuem essa existência por força de sua própria natureza. Dizer o contrário disso significa que este ser não tem o porquê de sua existência. Todo ser que não tem a razão de seu existir, quer dizer que existe outro que o faz existir. De repente, nós nos damos conta de toda a realidade, dos entes, dos seres, dos fatos, do mundo e vemos que estes seres não são causadores, não têm a razão de seu existir e por isso não existiam antes e deixarão de existir porque estes seres não têm essência própria, não têm a causa própria.
Chegamos, com isso, ao terceiro momento, onde partimos do ser contingente para o ser necessário. Quando observamos e, por isso, admitimos a existência do movimento ao Motor imóvel, por conseguinte a passagem das causas segundas para a causa primeira, tocamos num ponto crítico das provas da existência de Deus, a causalidade. De certa forma, os cientistas ou alguns deles não reconhecem a importância do princípio de causalidade. E eles perguntam, onde está Deus? Se nós o sentíssemos, o tocássemos, o víssemos, falássemos com ele. Para os intelectuais, as causas só servem a partir da própria existência, a partir do homem, das coisas(o que importa para eles é a causa já na existência, já nos efeitos, portanto, o princípio da causalidade é um tanto contraditório e ingênuo).
Porém, a terceira via se trata de um caminho, um argumento para a existência de Deus, o mais metafísico de todos eles. O ser contingente exige o ser necessário. O universo inteiro é um conjunto de seres contingentes. Ora, dentro deste universo inteiro existe um só que não o é, e também, um ser incriado e não mutável.
Portanto, todos os seres que compõem o universo são contingentes, ou seja, podem ser ou não-ser, podem existir ou não existir. Enquanto eles existem podem mudar seu modo de ser. Este não é determinado no existir, depende de sua racionalidade ao existir e ao ser contingente. Não depende do homem e de sua racionalidade a bondade, mas a racionalidade. Ele não tem em si o que é necessário e suficiente para poder existir. Logo, existe uma causa ou deve existir uma causa que os façam existir. Onde tem sua própria necessidade e suficiência na razão de ser, de existir.
Além do universo de seres contingentes, deve também existir um ser, um único ser que tem sua própria razão de existir e a razão de outros seres existirem, originarem-se. Só a inteligência ordena os meios ao fim. O ser inteligente é aquele que ordena os meios para o fim. É preciso conhecer o meio, o fim e a relação do meio para com o fim.
No mais, a finalidade não pode ser admitida sem que haja uma inteligência. Aqui está o ponto, é simplíssimo esse argumento como se estar diante de um relógio, de uma estátua, de um computador. É o homem que está realizando, construindo, descobrindo estes meios, esta ordem para se chegar a um fim. No entanto, não foi o homem quem criou a ordem geral, não foi o homem quem ordenou o mundo. Por conseguinte, a inteligência ordenadora do mundo é de um ser diferente deste mundo e que gerou tudo e a todos, que criou o universo com tudo o que há nele. Esse ser é Deus.
“O Deus eterno(...) passou diante de mim, eu não contemplei o seu rosto(...). Estudei aqui e acolá essa sua passagem...”(Tomás de Aquino).
A astronomia cada vez mais encontra resquício da existência de Deus.
A quinta via foi encimada, de modo muito sutil, uma vez que indica a ordem do cosmo ao Supremo ordenador que é Deus. Estupefato, foram estas as palavras de Keppler: “Dou-te graças por fazer-me e contemplar as obras de suas mãos...”
Acabamos de ver um pouco o que nos diz os argumentos sobre as cinco vias de Tomás de Aquino acerca da existência de Deus. Com elas, o homem sente um desejo natural de felicidade que nenhum bem finito e material pode saciar esse desejo. Há somente alguém que nos pode saciar plenamente em sua infinitude, misericórdia e bondade que é Deus. Deus existe!!!
Concluímos... Existe. Existe.
A lei moral se impõe à nossa conduta porque o homem é capaz de perceber que a lei de fazer o bem em evitar o mal não foi criada por ele mesmo, e sim apenas descoberta. Isso nos impressiona longamente, pois sentimos realmente a necessidade de um legislador supremo que criou a arte de amar ordenadamente. Esse autor é DEUS.



Jackislandy Meira de M. Silva,
Professor e Filósofo.
Confiram:
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Anônimo disse...

Prezado Irmão em Cristo Jesus,

Sou da cidade de Araruama - Rj, gostaria de saber como podemos fazer para lhe contactar atraves de mail ou telefone, para podermos ver da viabilidade de lhe trazer a essa cidade.

Atenciosamente,

Rafael de Moura Figueiredo

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Prezado Irmao em Cristo Jesus,

Envie ao amado irmão uma mensagem, solicitando um mail para contato, e aproveitando o ensejo lhe envio meu mail, caso o irmão possa nos contactar, segue abaixo os links.

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