O dia de hoje entrega mais um presente aos latinos, desta vez aos paraguaios. A seleção paraguaia vence fácil a Eslováquia por 2 a 0. O Paraguai desponta na frente rumo à classificação. Marca bem, toca, de modo eficiente, a jabulani em direção ao gol. Depois da era Gamarra, esse time está de novo surpreendendo.
Em contrapartida, um outro resultado do dia trouxe frustração para os italianos, atual campeã mundial, e festa para a Nova Zelândia, que não esperava nada de sua equipe, pois festejou esse empate de 1 a 1 com a Itália como se fosse um título. Que copa curiosa!
Se a Copa revelou inúmeras surpresas negativas para os europeus e para os africanos, por outro lado, os sul-americanos estão contentes e satisfeitos com tantos resultados positivos. Dos 9 nove jogos, os sul-americanos ganharam 7 sete e empataram apenas 2 dois. Continuando assim, a copa do mundo, na sua fase final, será chamada de “Copa América”. Bastante original! Se brincarem, a copa será disputada apenas entre nós sul-americanos.
Por falar em “Copa América”, o atual campeão das Américas nos enche de orgulho por apresentar, nesta tarde, um futebol convincente, que sacudiu não só a copa da apatia, mas também os nossos corações da apreensão. Até esta partida faltava surgir nesta copa os “lampejos” individuais de jogadores de renome como Kaká, Robinho, Luís Fabiano, Elano... A copa sem graça começa a dar lugar à “copa com graça”. Provamos que é possível diluir o futebol previsível no futebol alegre e inusitado, de “lampejos” individuais.
Os três 3 a um 1 sobre os brutamontes da Costa do Marfim foram simplesmente espetaculares.
O primeiro gol é resultado de uma bela troca de passes entre os protagonistas da nossa seleção, Luís Fabiano de calcanhar para Robinho que passa a jabulani para Kaká que dribla rapidamente o adversário e serve, tranquilamente, a jabulani para Luís Fabiano encher o pé em direção ao gol e desencantar como artilheiro, marcando assim o primeiro gol do jogo. Ótima triangulação, típica do futebol brasileiro.
O primeiro tempo termina mesmo com essa marca de 1 a 0 sobre a Costa do Marfim.
O time brasileiro volta para o segundo tempo mais inspirado e com fome de gols. Luís Fabiano, o nome do jogo, pega a jabulani na intermediária, dribla um, dá um chapéu no outro zagueiro, mata a jabulani no braço e faz um golaço. É uma pintura. É uma plástica esse gol. O segundo gol do “fabuloso” nesta copa.
O terceiro gol da seleção sai de uma jogada tipicamente de Kaká, que recebe a jabulani na extrema linha de campo, passa pelo zagueiro e enfia a jabulani cortando a pequena área até chegar aos pés de Elano que, num toque de mestre, no detalhe, marca o terceiro gol para abrir de vez as portas das oitavas de final.
Ah!? Mas... E o gol da Costa do Marfim?
Foi mais um detalhe na partida para deixá-la mais bonita. Drogba, estrela do time, numa desatenção da zaga brasileira, recebe a jabulani na pequena área e toca de cabeça para o gol de Júlio César, descontando um gol no placar.
Finalmente, o gol de Luís Fabiano, o segundo da partida, merece uma gozação dos brasileiros e de toda a imprensa. Com juiz francês apitando o jogo, o gol de mão vale. Já que a França classificou-se para a copa com a escrupulosa ajuda de mão de Henri sobre a Irlanda nas eliminatórias. André Rizek fez um comentário interessante no Sportv da globo: “Numa jogada só, Luiz Fabiano conseguiu juntar Pelé e Maradona. O chapéu de Pelé em 58 e a mão de deus de Maradona em 86.” Parabéns, “Fabuloso”.
Professor Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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