"Não tenhas medo; esta ilha é sempre cheia de sons, ruídos e agradáveis árias, que só deleitam, sem causar-nos dano. Muitas vezes estrondam-me aos ouvidos mil instrumentos de possante bulha; outras vezes são vozes, que me fazem dormir de novo, embora despertado tenha de um longo sono. Então, em sonhos presumo ver as nuvens que se afastam, mostrando seus tesouros, como prestes a sobre mim choverem, de tal modo que, ao acordar, choro porque desejo prosseguir a sonhar"(Shakespeare, cena II de A tempestade, voz de Calibã).
Estas palavras foram o ponto alto da Cerimônia porque ganharam vida pela força da transformação que a Revolução Industrial provocou na sociedade britânica. O diretor e cineasta Danny Boyle, uma das maiores autoridades na dramaturgia de Shakespeare, soube como ninguém encarnar esse texto sobre as origens e potencialidades da Grã-Bretanha, antes uma ilha, mas que se agigantou na literatura, na indústria, na economia, nos esportes, no cinema, na música, enfim...
A pira olímpica que finalmente é acesa no centro de Londres, declarando oficialmente a abertura dos jogos.
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