terça-feira, 23 de novembro de 2010

Oração ao Deus Desconhecido de Nietzsche.

Quando anuncia a morte de Deus, Nietzsche fala do
Deus que tem que morrer mesmo, porque é o Deus das
nossas cabeças, o Deus inventado, o Deus da metafísica, o
Deus que não é vivo. Ele fez uma oração que traduzi, sem
chegar a transmitir todo o seu teor poético.

A Oração ao Deus Desconhecido.
Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu
olhar para a frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a
Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado
altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me
pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas
palavras: “Ao Deus desconhecido”.
Sei, sou eu, embora até o presente tenha me associado
aos sacrílegos.
Sei, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o
abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-Lo.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a
minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te
conhecer, quero servir só a Ti. (Friedrich Nietzsche)

Leonardo Boff in Tempo de Transcendência

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Oração ao Deus Desconhecido de Nietzsche.

Quando anuncia a morte de Deus, Nietzsche fala do
Deus que tem que morrer mesmo, porque é o Deus das
nossas cabeças, o Deus inventado, o Deus da metafísica, o
Deus que não é vivo. Ele fez uma oração que traduzi, sem
chegar a transmitir todo o seu teor poético.

A Oração ao Deus Desconhecido.
Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu
olhar para a frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a
Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado
altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me
pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas
palavras: “Ao Deus desconhecido”.
Sei, sou eu, embora até o presente tenha me associado
aos sacrílegos.
Sei, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o
abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-Lo.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a
minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te
conhecer, quero servir só a Ti. (Friedrich Nietzsche)

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