sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Metafísica... mas, afinal, que nome é esse?



Cena clássica dos cisnes que se enamoram pelas mulheres gregas, a fim de mostrar-lhes o amor. O importante na pintura é a imagem dos cisnes que simboliza o grito de libertação da alma aos grilhões do corpo. Para os gregos, o canto do cisne é o anúncio da morte do corpo, da aparência, da ignorância que dá lugar à uma nova dimensão na vida humana, a verdade, a alma, a idéia.(ver foto)


Metafísica... mas, afinal, que nome é esse?

Que é isto, não segundo suas aparências fenomenais, mas em sua existência racional e profunda?
O nome permite apenas comunicar interrogando e respondendo. Que é o ser dessa realidade? Eis uma interrogação fundamental que abre uma via de acesso ao conhecimento metafísico.
Dessa interrogação nada é excluído: eu mesmo quando interrogo posso ser objeto dela; se me pergunto o que sou, é aí mesmo que minha interrogação cobra todo o sentido e toda a sua força.
Que é, para mim, existir? Que é a verdade? Teria eu o direito de parar interrogando, sem saber se haveria uma resposta satisfatória, resposta que me permitiria ir mais longe para manter com o mundo um contato normal? Por em xeque a interrogação não seria por em questão o espírito?
A metafísica é isso; não me contentar com nomes. Não me contentar com a primeira vista que tenho das coisas, e sim buscar as profundezas, os significados das coisas. A gente acaba a curiosidade, a sede da criança, acalmando-a com nomes, sempre respondemos às perguntas das pessoas e principalmente às crianças pelos nomes, permanecendo implícito o significado, não respondemos além dos nomes, não respondemos às profundezas das coisas.
Desde crianças, lutamos contra nossa ignorância! Esta foi também a luta de Sócrates, que não lutava apenas com palavras, mas sobretudo com idéias, combatendo a ignorância sua e a de seus interlocutores, deixando para a história uma famosa frase: “Só sei que nada sei”. Aquele que pergunta ignora a sua realidade. Mas não quer saber apenas a aparência das coisas, mas sim quer ir mais longe. Temos que ir no escondido das coisas, mergulhar no que é oculto. Temos que rasgar o véu da realidade aparente.
O filósofo é aquele sobretudo que conhece a si mesmo, antes de conhecer os outros. É por isso que Sócrates utilizou em seu pensamento um método bastante eficaz nesse aspecto, tendo por base, por finalidade acordar a mente do sujeito. A maiêutica é isso; uma espécie de parto no homem para descobrir a verdade, fazendo com que a inteligência desse o parto, parindo a verdade.


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Metafísica... mas, afinal, que nome é esse?



Cena clássica dos cisnes que se enamoram pelas mulheres gregas, a fim de mostrar-lhes o amor. O importante na pintura é a imagem dos cisnes que simboliza o grito de libertação da alma aos grilhões do corpo. Para os gregos, o canto do cisne é o anúncio da morte do corpo, da aparência, da ignorância que dá lugar à uma nova dimensão na vida humana, a verdade, a alma, a idéia.(ver foto)


Metafísica... mas, afinal, que nome é esse?

Que é isto, não segundo suas aparências fenomenais, mas em sua existência racional e profunda?
O nome permite apenas comunicar interrogando e respondendo. Que é o ser dessa realidade? Eis uma interrogação fundamental que abre uma via de acesso ao conhecimento metafísico.
Dessa interrogação nada é excluído: eu mesmo quando interrogo posso ser objeto dela; se me pergunto o que sou, é aí mesmo que minha interrogação cobra todo o sentido e toda a sua força.
Que é, para mim, existir? Que é a verdade? Teria eu o direito de parar interrogando, sem saber se haveria uma resposta satisfatória, resposta que me permitiria ir mais longe para manter com o mundo um contato normal? Por em xeque a interrogação não seria por em questão o espírito?
A metafísica é isso; não me contentar com nomes. Não me contentar com a primeira vista que tenho das coisas, e sim buscar as profundezas, os significados das coisas. A gente acaba a curiosidade, a sede da criança, acalmando-a com nomes, sempre respondemos às perguntas das pessoas e principalmente às crianças pelos nomes, permanecendo implícito o significado, não respondemos além dos nomes, não respondemos às profundezas das coisas.
Desde crianças, lutamos contra nossa ignorância! Esta foi também a luta de Sócrates, que não lutava apenas com palavras, mas sobretudo com idéias, combatendo a ignorância sua e a de seus interlocutores, deixando para a história uma famosa frase: “Só sei que nada sei”. Aquele que pergunta ignora a sua realidade. Mas não quer saber apenas a aparência das coisas, mas sim quer ir mais longe. Temos que ir no escondido das coisas, mergulhar no que é oculto. Temos que rasgar o véu da realidade aparente.
O filósofo é aquele sobretudo que conhece a si mesmo, antes de conhecer os outros. É por isso que Sócrates utilizou em seu pensamento um método bastante eficaz nesse aspecto, tendo por base, por finalidade acordar a mente do sujeito. A maiêutica é isso; uma espécie de parto no homem para descobrir a verdade, fazendo com que a inteligência desse o parto, parindo a verdade.


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
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