sábado, 26 de junho de 2010

Sexta-feira, 25 de junho. 15º dia da Copa...


Até mesmo C. Drummond de Andrade, que não era ligado às artes de jogar, deixou-se embalar pela euforia da Copa de 70: “Hoje, porém, acordo, e eis que me estranho: Que é de meu coração? Está no México”. Contextualizando o sentimento de Drummond, diria eu: “Que é de meu coração? Está na África”.

Terminei de preencher completamente a primeira fase da minha tabela da Copa. E olhando de relance os resultados bonitinhos já afixados na tabela, salta aos olhos da gente a satisfação do dever cumprido. Muitas seleções, do grupo A ao grupo H, deram o próprio sangue para estarem com a vaga garantida nas oitavas. Algumas nem tanto, saíram cedo da copa e ficaram devendo. Nem tudo é perfeito. É assim também com o futebol.

Quem assistiu ao jogo Brasil e Portugal percebeu que faltou inspiração porque não jogaram Robinho, Kaká e Elano. Robinho e Elano machucados, Kaká suspenso devido a uma expulsão no último jogo desfalcaram a Seleção brasileira que proporcionou a Portugal um empate sem gols e uma partida sem empolgação, trazendo soninho ao telespectador.

Jogaram pelo resultado, com o regulamento debaixo dos braços. Já classificadas, Brasil e Portugal empatadas só tinham que aguardar os jogos do grupo vizinho pra saber com quem iam jogar nas oitavas.

Como diria Galvão Bueno: Para o Brasil, que venha o Chile! Para Portugal, que venha a Espanha!

O jogo sem gols é um fado. Traz sono e descaso. Um certo relaxamento. Sem gols, no futebol, não há vitória, não há comemoração, celebração. No Brasil, não há samba. O gol é necessário! Balancem as redes, meninos!

Segundo João Cabral de Melo Neto, “o desábito de vencer não cria o calo da vitória”, diz o poeta. Mas o gosto de cada jogo ganho é muito bem guardado, sem mofo: “coisa fresca, pele sensível, núbil, nova, ácida à língua qual cajá, salto do sol no cais da Aurora.”

Pois é... Sem gols, só nos resta o sabor de alguns versos sob o título de AMIGA É A BOLA.

Cara amiga é a bola

Empresta ao jogador a honra da vitória.

A África do Sul passará para a história

Como sede da copa 2010

Por celebrar a bola e não a vitória.

Quem disse que só as vencedoras merecem comemorar?

Sem a bola não haveria vencedoras.

Parabéns África pela festa. Salve a África por criar a bola.

A “jabulani” vencedora!

Às conquistadoras da “jabulani”, boas vindas à fase do mata-mata. Como no futebol nem sempre a melhor vence, que vença aquela que mais vontade tenha de dominar a “jabulani”. E para não faltar uma pitada de Filosofia, segundo Nietzsche, vencerá aquela que depositar mais vontade de poder sobre a “jabulani”, sobre a bola.


Professor Jackislandy Meira de Medeiros Silva

www.umasreflexoes.blogspot.com

www.chegadootempo.blogspot.com

www.twitter.com/filoflorania

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Sexta-feira, 25 de junho. 15º dia da Copa...


Até mesmo C. Drummond de Andrade, que não era ligado às artes de jogar, deixou-se embalar pela euforia da Copa de 70: “Hoje, porém, acordo, e eis que me estranho: Que é de meu coração? Está no México”. Contextualizando o sentimento de Drummond, diria eu: “Que é de meu coração? Está na África”.

Terminei de preencher completamente a primeira fase da minha tabela da Copa. E olhando de relance os resultados bonitinhos já afixados na tabela, salta aos olhos da gente a satisfação do dever cumprido. Muitas seleções, do grupo A ao grupo H, deram o próprio sangue para estarem com a vaga garantida nas oitavas. Algumas nem tanto, saíram cedo da copa e ficaram devendo. Nem tudo é perfeito. É assim também com o futebol.

Quem assistiu ao jogo Brasil e Portugal percebeu que faltou inspiração porque não jogaram Robinho, Kaká e Elano. Robinho e Elano machucados, Kaká suspenso devido a uma expulsão no último jogo desfalcaram a Seleção brasileira que proporcionou a Portugal um empate sem gols e uma partida sem empolgação, trazendo soninho ao telespectador.

Jogaram pelo resultado, com o regulamento debaixo dos braços. Já classificadas, Brasil e Portugal empatadas só tinham que aguardar os jogos do grupo vizinho pra saber com quem iam jogar nas oitavas.

Como diria Galvão Bueno: Para o Brasil, que venha o Chile! Para Portugal, que venha a Espanha!

O jogo sem gols é um fado. Traz sono e descaso. Um certo relaxamento. Sem gols, no futebol, não há vitória, não há comemoração, celebração. No Brasil, não há samba. O gol é necessário! Balancem as redes, meninos!

Segundo João Cabral de Melo Neto, “o desábito de vencer não cria o calo da vitória”, diz o poeta. Mas o gosto de cada jogo ganho é muito bem guardado, sem mofo: “coisa fresca, pele sensível, núbil, nova, ácida à língua qual cajá, salto do sol no cais da Aurora.”

Pois é... Sem gols, só nos resta o sabor de alguns versos sob o título de AMIGA É A BOLA.

Cara amiga é a bola

Empresta ao jogador a honra da vitória.

A África do Sul passará para a história

Como sede da copa 2010

Por celebrar a bola e não a vitória.

Quem disse que só as vencedoras merecem comemorar?

Sem a bola não haveria vencedoras.

Parabéns África pela festa. Salve a África por criar a bola.

A “jabulani” vencedora!

Às conquistadoras da “jabulani”, boas vindas à fase do mata-mata. Como no futebol nem sempre a melhor vence, que vença aquela que mais vontade tenha de dominar a “jabulani”. E para não faltar uma pitada de Filosofia, segundo Nietzsche, vencerá aquela que depositar mais vontade de poder sobre a “jabulani”, sobre a bola.


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