domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morre Benedito Nunes, um dos maiores filósofos e críticos literários do Brasil.


Um filósofo cuja obra é irretocável não só pela beleza literária que havia nelas, mas pelo rigor crítico com que lia grandes mestres da literatura e da filosofia, como Heidegger, Clarice Lispector e muitos outros... Dele eu li Col. Passo a passo Heidegger, Ser e Tempo, li também Crivo de Papel , Filosofia da Arte e alguns artigos seus imprescindíveis para o aprimoramento do pensar filosófico.

"Uma tarefa própria ao pensamento filosófico é justamente defender-se desse círculo das coisas prementes da época. Defender-se da urgência das soluções imediatistas. Defender-se dos sistemas de aplicação demasiadamente funcional. Ou seja, o pensamento filosófico tem que defender o espaço de liberdade, no sentido próprio da palavra, para o homem pensar a si mesmo, pensar a sua circunstância, pensar-se independentemente das tarefas. Essa é a grande problemática também do Heidegger, que deixou aberta a questão da moral. Perguntavam “porque que o senhor nunca escreveu uma ética, onde está sua ética?” Eu acho que não era da perspectiva dele escrever uma ética. Existe um capitulo na introdução de “Ser e Tempo” que eu acho muito interessante que é o capitulo Destruição da história e da
ontologia. Esta destruição da história e da ontologia atingiu muitas coisas,principalmente a formação da ética. Qual é a ontologia da ética? Não pode haver uma ontologia da ética porque se houver uma ontologia da ética existe uma forma de ser. E a ética fica nessa oscilação entre os mores romano e o éthos grego. O éthos grego é sempre a necessidade de ultrapassar os mores, e fazer algo para que o homem seja o que ele é. Mas o que o homem é, isso ele pode saber só na medida em que haja aí um problema da ação, de onde deriva Hannah Arendt. Ela foi um dos poucos pensadores que colocou, de uma maneira corajosa, o problema da ação. Essa talvez seja a grande falta do Heidegger, mas foi estimulada por essa filosofia que a Hannah Arendt chegou a esse ponto. Quais são as condições da ação num mundo como o de hoje, completamente cercado pela propaganda, pela mídia, pelas invenções tecnológicas. Um mundo que parece voltar a certas formas primitivas
de conduta. Como essas agremiações religiosas, pessoas que se matam entre si, outras que se emasculam..."(Benedito Nunes numa certa entrevista).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

CARNAVAL SEM CARNAVAL


Minha nossa, não que eu queira ser um tanto quanto moralista, tampouco antiquado. Não me entendam mal, permitam-me tirar proveito da ocasião. A força das circunstâncias me dá uma incrível liberdade para isso. A possibilidade de frear o ímpeto ou os impulsos para viver um feriado de carnaval diferente me parece oportuno.

Por mais engraçado que pareça, alguns poucos serão uns privilegiados, agraciados até por receberem em suas mãos, por ver caírem em seus colos quatro dias intensos cheios de possibilidades abertas que trarão para suas vidas um rico arsenal de experiências.

Não estou falando das experiências que levam muitos ao vazio existencial. Não me refiro às experiências negativas que carregam pessoas para a ilusão. Não se trata de privar o sono de ninguém. Muito menos estimula ao desperdício financeiro. Longe das ressacas e dos enfados estafantes de noites, dias inteiros e mais noites atrás de trios elétricos ensurdecedores.

Ora, se não é nada disso que se espera de um carnaval, o que será afinal? Bem, inevitavelmente é carnaval! Trata-se de um feriado com força de lei presente no calendário anual de todos os brasileiros. Não necessariamente um carnaval igual para todos. Não estamos obrigados a viver um carnaval homogêneo. Daí, abre-se um leque numeroso de boas e saudáveis opções de se viver um carnaval sem carnaval. Entende? Não? Explico-me...

Antes, quero provocar sua imaginação e criatividade. Vamos, o que você faria num carnaval, isto é, num feriado de carnaval sem carnaval? Depois que você discriminar ou selecionar as suas escolhas procure visualizar suas vantagens e desvantagens, o quanto ganhou ao viver um carnaval diferente.

Enquanto você cria suas escolhas, vou imaginar as minhas:

Eu viajaria com minha família para visitar meus parentes. Faria um churrasquinho em casa para receber os amigos. Iria para um sítio relaxar, tomar banho de açude e deitar preguiçosamente numa rede, andar a cavalo. Subiria a serra do cajueiro, admirava a paisagem do mirante, comeria uma galinha caipira e dormiria à sombra das mangueiras e cajueiros. Participaria de um retiro cristão. Alugaria bastante filmes para assistir com a família. Aproveitaria o tempo para comer um pouco mais da culinária da minha esposa. Colocaria em dia minhas leituras. Dormiria um pouco mais tarde para aproveitar a internet, e daria asas à imaginação para escrever tal qual me ocorre agora.

Agir assim abre um precedente para dizer que o que vale no tempo é sua duração. Como duraria o tempo! De qualquer modo, os quatro dias passarão para qualquer um. No entanto, para mim duraria mais. Não perderia o tempo como o fez Sansão que trocou uma vida inteira de lucidez por uma noite apenas de escuridão. A vida é dom de Deus!

Garanto a você que, ao viver um carnaval sem carnaval, não matará a si mesmo, mas as conspirações de uma cultura do prazer desmedido, do consumo desnecessário e do desperdício da qualidade de vida. Oportunize esses dias para viver melhor com saúde, alegria verdadeira e muito, muito mais otimismo, em que reine a paz espiritual. Seja feliz e cuide do seu interior!

Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”(Mc 8.36).

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista pela UFRN.

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Salomão: o sábio que a filosofia desconhece...

Josivaldo de França Pereira


Salomão foi o homem mais sábio do mundo. Era filho do rei Davi e sucessor ao trono do pai. Em sua oração pediu a Deus sabedoria para conduzir com prudência e justiça o povo de Israel. “Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal cousa. Disse-lhe Deus: Já que pediste esta cousa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo; eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá” (1Rs 3.10-12). Nunca houve na terra, antes ou depois de Salomão (com exceção de Jesus Cristo [Mt 12.42; Lc 11.31]), alguém tão sábio como ele. Sócrates, Platão e Aristóteles e todos os filósofos que vieram antes ou depois deles não sobrepujaram Salomão em sabedoria.

A Bíblia relata: “Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. Era mais sábio do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor. Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes. De todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1Rs 4.29-34).

O episódio clássico da sabedoria de Salomão é o julgamento da causa de duas mulheres, onde cada uma alegava ser a mãe da mesma criança. Salomão propôs que o menino fosse cortado ao meio quando a verdadeira mãe se manifestou, implorando ao rei que não fizesse isso, mas que entregasse a criança à falsa mãe; esta, por sua vez, insistia que o menino fosse dividido ao meio (1Rs 3.16-26). “Então, respondeu o rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe. Todo o Israel ouviu a sentença que o rei havia proferido; e todos tiveram profundo respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça” (1Rs 3.27,28).

Como pode o homem mais sábio do mundo ser ignorado pela filosofia contemporânea? Por que a filosofia não faz menção de Salomão e de sua grande sabedoria? Por que os livros de sabedoria da Bíblia não são estudados pela filosofia? Algumas indicações “justificam” essa posição.

A filosofia é grega. A filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Isso não quer dizer, evidentemente, que outros povos, tão antigos quanto os gregos não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem. Também não quer dizer que os outros povos não tivessem desenvolvido o pensamento e formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem. Quando se diz que a filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas, isto é, são diferentes do padrão de pensamento e de explicação que foi criado pelos gregos a partir do século VII a. C., época em que nasce a filosofia.[1] Contudo, o sistema filosófico grego é deficiente, como podemos ver no tópico seguinte.

A filosofia é mitológica. Não que a filosofia propriamente seja um mito. Na verdade a filosofia rompeu com a mitologia antiga. O problema é que as coisas que não são racionalmente explicadas, ou seja, conhecimentos misteriosos e secretos que precisariam ser revelados por divindades e não os conhecimentos que o pensamento humano, por sua própria força e capacidade, pode alcançar, são classificadas como mito, ou seja, uma história fictícia. Para a filosofia Adão e Eva e a Caixa de Pandora são histórias distintas com um final em comum: a tragédia humana. Por que a filosofia afirma com tanta frequência que a Bíblia está repleta de mitos? Por causa das descrições paralelas com a mitologia grega e de outros povos. A história de Adão e Eva lembra a de Pandora; as descrições paralelas de acontecimentos como o Dilúvio sob a perspectiva bíblica, às da mitologia babilônica; a existência de semelhanças entre os evangelhos que cercam Jesus e as imagens de deuses da mitologia grega, também. De igual modo, alguém como Salomão, que em sonho falou com Deus e recebeu deste sabedoria, é um mito, segundo a filosofia grega, bem como os livros sapienciais atribuídos a ele. “O ponto central da diferença entre a mitologia grega e a literatura bíblica é uma perspectiva radicalmente diversa da relevância da história. (...). Esta visão radicalmente oposta da história é essencial para compreender a antítese greco-judaica com respeito à questão do mito”.[2] A pergunta que se faz é: tem a filosofia algum valor? É claro que tem. A filosofia é uma forma de exercício intelectual. Ela fornece elementos de grande valor para uma análise crítica. Portanto, em si mesma a filosofia não é uma coisa má. O perigo são os filósofos. Por isso, é preciso que mais professores que amam a Deus e a Bíblia assumam o compromisso de lecionar filosofia, extraindo dela o que há de melhor para a formação de bons cidadãos.

CONCLUINDO:

A filosofia é uma criação humana, portanto, ela não é um sistema completo e infalível. “... nenhum sistema de filosofia já se revelou completo e perfeito”.[3] Um exemplo é o próprio Salomão ter ficado à margem das discussões filosóficas. Você encontrará opiniões valiosas em Spinoza, Kant, Sartre e outros, mas nenhum deles parece ter uma visão coerente da vida e do mundo como a que encontramos em Provérbios e Eclesiastes, por exemplo. Os próprios filósofos são seus melhores críticos. Hume criticou Locke; Kant criticou Hume; Hegel criticou Kant, e assim por diante. Não há “resultado seguro” mediante meras especulações filosóficas.[4]

O discurso de Paulo não foi bem aceito no Areópago de Atenas. Por quê? Porque a mensagem da cruz era loucura para os gregos, disse o apóstolo.



[1] Cf. Marilena Chauí, Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 18,19.

[2] R. C. Sproul, Razão Para Crer. 2ª Ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1991, p. 17.

[3] Colin Brown, Filosofia e Fé Cristã. São Paulo: Edições Vida Nova, 1983, p. 183.

[4] Sproul, p. 12.

Um salário de esmola! Santa paciência... Ainda mendigamos

É triste, mas é fato.


Uma família de três pessoas pra sobreviver com um salário dessa qualidade é brincadeira, isto é, de tão grotesco e absurdo que é, o valor passa a ser cômico até. Engordar com esse salário nem pensar. Acompanhar orientações nutricionais menos ainda.

Literalmente, olha o TAMANHO da ironia! Não dá nem pra comparar.

Abaixo às DITADURAS! Não há mais espaço para ditaduras neste mundo globalizado...

As ditaduras não podem mais conter o ímpeto de um povo desejoso por mais liberdade, mais democracia, mais respeito, mas igualdade em direitos, mais justiça social e mais opção político-eleitoreira, mais alternância no poder. Abaixo às ditaduras já!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A crise da memória na Educação


A tão badalada decoreba está com os seus dias contados no universo de nossas Escolas! Estamos como que decretando a morte da memorização no ensino-aprendizagem dos alunos. Durante muito tempo, este método levou muitos alunos a sofrer nos bancos das Escolas e Universidades, dificultando muitas vezes formar uma consciência crítica e aberta à imaginação, à criação.

Com o avanço da tecnologia e com as novas mídias ocupando o tempo e o espaço de nossas vidas, memorizar informações parece ser quase desnecessário hoje em dia. Vivemos uma crise da memória principalmente na educação. Mais ainda, estamos a mercê de inúmeros recursos que nos eximem de vasculhar os anais de nossa memória. Se queremos guardar dados que iremos precisar futuramente, utilizamos várias alternativas tais como: cds, dvds, pendrives, HDs externos ou nosso próprio PC com memórias gigantescas.

Esse assunto tem a ver com o famoso tempo no qual estamos vivendo, a era das informações velozes. Estamos pulverizados de informações a todo instante. Quando menos esperamos, somos logo acometidos por uma enxurrada de informações que nos colocam de imediato no contexto. Seria como se o virtual nos pusesse de volta no real. Que coisa! À medida que somos tomados pelo virtual, vem logo uma informação e nos derruba para o real.

Estava estes dias, por ocasião do dia do Repórter, assistindo a uma entrevista do jornalista Tino Marcos da Rede Globo, no Programa “Redação Sportv”, ao afirmar que o repórter, diferentemente de há vinte anos, não tem mais tanto prazer em ir atrás da notícia, do fato, do ocorrido. Isso já não importa tanto, pois as informações, as notícias estão chegando rapidamente via celular pela internet ,“on line”, 24 horas por dia, sem que se precise correr aonde elas estão. Mas o desafio do repórter hoje mudou, é importante agora sua competência no contar bem a história. Aquele que contar melhor a notícia sai na frente e sua matéria sai estampada nas principais páginas dos jornais, sites e blogs.

Ora, se na imprensa muita coisa mudou com o avanço das mídias, o que dizer então da Educação, uma área que se alimenta de conhecimento, de dados informativos para o ganho formativo da humanidade.

Como disse, as informações em nosso dia a dia estão cada vez mais disponíveis na memória de um aparelho celular, no PC e no “google”. Sendo assim, qual o destino de nossa própria memória? Para que decorar uma imensa quantidade de dados, se o acesso às informações está mais democrático, e se podemos contar com aparelhos de memórias portáteis?

Frente a isso, a Dra. em Filosofia e Educação Viviane Mosé discute com propriedade as imensas transformações que caracterizam o mundo contemporâneo e quais a suas inferências na Educação. Afinal, o que se torna fundamental aprender? Que tipo de conteúdos a escola deve ensinar?

Para Viviane Mosé, numa sociedade em que cada vez mais as máquinas fazem o trabalho manual e mental, resta a atividade em que o homem é imprescindível e essencial: criar. Inovação, criatividade, atitude, são moedas de alto valor na sociedade que se configura. Além disso, com as constantes inovações, próprias da era tecnológica, é fundamental aprender a aprender, para que o processo educativo permaneça depois da escola. A invasão de informações também deve ser filtrada e processada, por isto é essencial desenvolver métodos de pesquisa. Estas são algumas das inúmeras questões que precisamos pensar, quando educamos no mundo contemporâneo.

Portanto, a memória ou a decoreba não é mais um sinal de avanço na Educação, porque há aparelhos que agora fazem esta função com muito mais qualidade, no entanto é fundamental educar para os valores, educar na formação da opinião e na criação de conceitos necessários à vida em todos os seus aspectos. Uma máquina não pode valorar, criar, imaginar, inovar, ter atitudes. Isso sim, ela não pode fazer: Que seja possível formar um homem sábio!


Prof. Jackislandy Meira de M. Silva.

Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista em Metafísica pela UFRN.

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País rico é país sem pobreza? E a pobreza cultural? E a Educação?

Ninguém merece, 545 reais não dá nem pra comer...

Má distribuição social = Injustiça social

domingo, 13 de fevereiro de 2011

As manifestações populares. O povo nas ruas!



As manifestações, segundo Slavoj Zizek, são um bom sinal para a sobrevivência da democracia, porém, para nós, enquanto ocorrem lá onde o "judas perdeu as botas", bem longe de nós. Engraçado, triste ironia para a democracia, a elite brasileira elogia as manifestações, os intelectuais também, os políticos de centro esquerda dizem o mesmo, alguns partidos são a favor das reivindicações populares, mas poucos saem a campo para fazer o mesmo quando necessário. Dizemos que somos favoráveis a manifestações. Que bom o povo ir às ruas no Egito, porém longe de nós, que isso não aconteça aqui. É mais ou menos assim que nos sentimos. Não queremos por em risco nosso "conforto capitalista", salários, mesmo baixos não importam. Sofremos de uma crise de conformismo capitalista, pois a ter que sair às ruas e gritar por justiça, educação de qualidade, salários dignos, melhor deixar como está. Paira sobre nós, infelizmente, uma falta de coerência entre discurso e prática, sobretudo na área política. Simpatizamos com as manifestações, só que longe, muito longe de nós. O que aconteceu no Egito, com a deposição do Presidente e vice, é um exemplo do que pode o povo organizado. O que pode o povo? Os nossos políticos deviam pensar um pouco mais nisso. O povo, aqui no Brasil, devia sair mais às ruas quando visse lesado direitos elementares para o desenvolvimento humano, como educação, saúde, salários, moradia, etc. Qual seria nossa posição se manifestações semelhantes às do Egito fossem necessárias aqui?

"A democracia é hoje o fetiche político principal. A ideia de uma democracia honesta é uma ilusão, tal como é ilusória a ideia de uma ordem jurídica desembaraçada do complemento do seu superego obsceno. A ordem política democrática é, por natureza, susceptível de corrupção. Na realidade, a escolha é clara: aceitamos e endossamos essa corrupção dentro do espírito de uma sabedoria resignada e realista, ou reunimos coragem e formulamos uma alternativa de esquerda à democracia, para quebrar o círculo vicioso da corrupção democrática e das campanhas empreendidas pela direita que pretendem desembaraçar-se dela"(Slavoj Zizek)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Choque de gerações.


Sou de uma geração que para telefonar era necessário ir até ao único posto de telefonia da cidade, “antigamente” denominado de Posto da “telern”, a não ser que houvesse telefone fixo na casa de algum parente ou vizinho. O acesso à comunicação era restrito às classes mais abastadas, à elite política ou às famílias dos grandes fazendeiros da região. Havia poucos orelhões espalhados pela cidade à base de fichas telefônicas. A comunicação era, com isso, mais lenta por que menos acessível, por isso menos democrática. Minha geração, hoje chamada popularmente de geração “x” viu a TV preto e branco, em cores era uma raridade. Esta geração valorizava muito mais a reflexão, a concentração e o foco.

Sou de uma geração que viu nascer e popularizar-se o computador residencial e até móvel, porém ainda não existia internet, tampouco uma grande rede de pessoas que se comunicam imediata e virtualmente pelo “orkut”, “facebook”, “twitter”, “MSN”... Vi, vivi e cresci um pouco em meio a um mundo analógico e com menos interatividade, onde as brincadeiras de crianças eram nas ruas, os jogos eram sensíveis e manuais. Hoje, não só o mundo virtual é uma realidade, mas a própria realidade vem traduzida pelo virtual. Virtual e real se confundem, fundem-se, misturam-se a ponto de não sabermos em que mundo, afinal, estamos vivendo. Os jogos, o entretenimento das crianças, dos jovens e adultos são absolutamente virtuais que independem cada vez mais de um parceiro humano.

Sou de uma geração em que os amigos eram mais ouvidos, não as máquinas. Estamos rodeados de máquinas. Máquinas e eletrônicos por todos os lados. É curioso, houve um tempo em que pouco recorríamos às máquinas, mas hoje, quase não vivemos sem elas. Ah, as máquinas passaram de ferramentas secundárias para ferramentas essenciais em todas as áreas da vida humana. Para não esquecer, agora a pouco, da varanda da minha casa vi passar quatro jovens juntas que, certamente, iam para a praça da cidade, mas todas, sem exceção, portavam aparelhos celulares ou “ipods” com seus fones de ouvido. Pergunto-me: Conversavam? Se sim, por que não se livravam um pouco dos aparelhos enquanto conversavam? Se não, o que estavam fazendo juntas? Esta é um pouco a confusão dessa geração: gosta de fazer tudo ao mesmo tempo. Chamam a esta geração de “y”.

Engraçado, de dentro da geração “x”(Bill Gates) nasce a geração “y”. Com a mega empresa capitalista de informática “Microsoft”, o mundo começa a nascer vislumbrado pelo desenvolvimento da internet, também da geração “x” com origens na guerra fria.

Sou da geração que viu e fez nascer a internet.

Sou da geração que viu e fez nascer os celulares ou telefonia móvel.

Sou da geração que viu e fez nascer os “ipods” e “ipads”.

Sou da geração que viu e fez nascer os “notebooks”.

Sou da geração que faz uma coisa só de cada vez.

Sou da geração obcecada por conhecimento.

Sou da geração “x” que viu a “y” nascer, a qual não me viu nascer. Porém, tal como o presente que funde passado e futuro, assim são as gerações que se fundem numa só, dispostas a viver num mundo diferente, aberto à aventura do novo. Um novo mundo que, embora seja estranho para alguns, torna-se possível. Tanto é possível que agora, no hoje da minha história, vejo-me assistindo ao filme numa LCD, ao mesmo tempo em que atualizo meu blog e também meu twitter na internet que, simultaneamente, converso com minha esposa e, depois atendo ao celular que toca sem parar. Oh, ainda não acabou, não me dou por satisfeito, pois consigo comer um pedaço de pizza enquanto faço tudo isso, pois é o meu aniversário.

Parabéns pra você, da geração “x”, que não se perdeu na geração “y”!!!


Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

População de Florânia teme por um novo "apagão"


Nesta última terça feira dia 08, toda a população de Florânia esteve se perguntando; "qual foi o motivo do apagão da iluminação pública na cidade?" Fato ocorrido nesta segunda feira dia 07. Em todos os lugares da cidade ouvíamos os comentários, é que até agora não se sabe o porquê do apagão, ninguém soube explicar a causa. A população de Florânia pede explicações, e questionam.

Será que a qualquer momento teremos outro apagão?
E a divida com a COSERN?
E a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) não resolveu o problema?

É... pelo jeito, quem vai pagar a conta somos nós.

Fonte: http://www.claudianosilva.com

PAU DE ARARA


É o nome dado a um meio de transporte irregular, e ainda utilizado no Nordeste do Brasil. Consiste em se adaptar caminhões para o transporte de passageiros, constituindo-se em substituto improvisado para os ônibus convencionais. Usa-se também para vender frutas.

Pau de Arara – canção

Composição: Luiz Gonzaga e Guio de Moraes

Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão

Por Junior Galdino

Fonte: http://coisasdeflorania.wordpress.com/

Para Ler Nietzsche.

Nietzsche foi um bom filósofo à medida que não escreveu nada “realista”. Seus livros contam uma grande história ficcional ou, melhor dizendo, eles formam capítulos de um enorme romance. Os personagens desse romance, como em toda narrativa ficcional, são criados a partir de traços de pessoas que conhecemos, mas não são cópias ou retratos de pessoas. São personagens mesmo, ficcionais. Completamente ficcionais. Em determinados momentos eles aparecem com nomes, e às vezes como membros de grupos – grupos que até possuem respaldo em grupos reais, mas que, também nesse caso, são ficcionais. E em geral, esses personagens aparecem como pares contrapostos.

Os pares podem ser assim dispostos: fraco-forte, doente-sadio, judeu-romano, plebeu-nobre, feminino-viril, escravo-senhor etc. Às vezes, para construir a face de um desses tipos, Nietzsche se desdobra na tarefa de montar uma tipologia dentro dessa tipologia inicial. Assim, para dizer o que é “o fraco” ou “o doente”, ele cita a mulher, a mulher doente, o escravo, o homem moderno, o cristão, a feminista, o socialista, o anarquista, o “homem do ressentimento”, o asceta, Sócrates, a vaca e por aí vai. Para falar do “forte” ou “sadio”, ele cita o cavaleiro nobre, o Renascentista, o filósofo pré-socrático, o lobo, o leão e por aí vai.

Muito cuidado aí: o ideal para Nietzsche não é a psicologia do “forte”. Muito menos Nietzsche se via como “forte”. Aliás, ele se via como, ao menos em parte, um homem de seu tempo, um decadente.

Esses personagens todos aparecem no seu romance para cumprir uma história ou, melhor, uma filosofia da história em que sempre “o fraco” vence “o forte”. Ou fraco moraliza tudo. O forte não. Mas o que prevalece na história são os modos morais de ver o mundo. A cada moralização, mais “os fortes” são corrompidos, adquirem má consciência por agirem como fortes, pois aceitam o que lhes traz a culpa, ou seja, a máxima dos “fracos”: o homem é livre – ele pode optar em ser bom ou ser mau.

Eis como a narrativa dos “fracos” se põe e é vencedora: caso o homem apareça como ruim, tecnicamente ruim, isso é uma mentira, pois sendo o homem o que ele é, homem, ele nunca pode ser ruim, ele tem de ser julgado moralmente, então, o melhor é dizer que ele é mau, não ruim. Eles insistem: uma cadeira pode ser ruim, mas um homem só deve ser bom ou mau, se dizemos que é ruim, não estamos falando dele, e sim de algumas de suas habilidades técnicas, como quem fala de uma cadeira. Agora, sendo homem e sendo mau, podia ter evitado isso, podia ter decidido ser bom. Ou seja, o homem é livre e pode agir como sujeito. Pode ter consciência de seu pensamento e responsabilidade pelos seus atos.

Se o “forte” acredita nisso, nessa narrativa do “fraco”, ele pode ficar culpado. Caso isso ocorra, ele se torna um “fraco”. Ele cai na armadilha do “fraco” e, então, “os fortes” vão desaparecendo, se transformando em “fracos”. É assim que o romance se desenvolve.

Mas, se tudo isso é assim desenvolvido, o que é que impulsiona a história? Avontade de potência. Para uns intérpretes, trata-se de um princípio metafísico – e então Nietzsche seria nada além de um “último metafísico” que, com ironia, combateu a metafísica. Para outros, entre os quais eu mesmo, ela seria vista, de modo mais útil, como uma força cosmológica, quase algo como um princípio daqueles que os pré-socráticos encontravam na Physis. Mas isso não deveria ser lido de modo realista e, sim, também como uma “narrativa a mais”, uma forma metafórica de falar, algo como que um arranjo da linguagem para dar consistência à sua narrativa, para ele ficar relativamente palatável como filosofia.

Para quê contar essa história, como Nietzsche fez? Em parte, para destronar a metafísica, principalmente a metafísica moderna. Esta, como sabemos, começa com Descartes, tendo como base o sujeito, o Cogito, como pedra fundamental da certeza, no plano epistemológico. Essa certeza é a certeza da existência, o que garante, também, um ponto ontológico. Ora, mas e se essa certeza não é certeza nenhuma? E se a figura do sujeito, que implica na liberdade (que, enfim, não existiria – pois ninguém comanda todo o jogo de forças da vontade de potência), não for senão uma mentira dos “fracos” para corromper os “fortes”, de modo a escapar da dor infringida por estes aos primeiros? Se assim for, então, não há sujeito algum e o Cogito, como pólo seguro, nada é senão um engodo. Ora, se assim é, pode-se então lançar no chão todo o pensamento metafísico moderno. Esse é o objetivo do romance nietzschiano. Sua obra toda é, em parte, exclusivamente isso. Ou digamos: isso é sua obra na parte em que ele limpa o terreno da filosofia.

O Assim falava Zarathustra é outra coisa, já se trata de uma parte positiva da filosofia de Nietzsche que, aos meus ouvidos, às vezes soa menos interessante. Talvez eu tenha menos interesse por utopias coletivas (Marx e Mill) e individuais (Nietzsche) por conta de que elas sempre atraem adeptos, e suportar gente assim é um tédio – ninguém agüenta um comunista e ninguém agüentaria um rapaz que fica perguntando como é o “além do homem”, o Übermench. Acho que prefiro utopias mais vagas, o que, em princípio, tende a evitar a criação dos militantes chatos e do “maluco de palestra”.

Em termos gerais, é isso. Com esse aviso aí acima em mente, esse recado, leiam Nietzsche. Caso sintam falta de um apoio para conhecer os grandes temas da filosofia e, assim, pegarem Nietzsche nesse contexto, leiam antes os dois volumes de A aventura da filosofia, da Manole, de minha autoria. Tá dado o recado.

© 2011 Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo, escritor e professor da UFRRJ


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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Apagão, CIP e dengue em Florânia... Quantos problemas sociais!!!


A cidade de Florânia, na noite desta segunda-feira, 07 de fevereiro de 2011, sofreu um apagão em grande parte de sua iluminação pública. Em meio a toda esta escuridão, a população ainda tem que se preocupar com suas contas de luz que aumentarão de valor através da CIP(contribuição de iluminação pública) aprovada pela câmara municipal, e com o risco da Dengue que é mais comum nesse período do ano, em consequência das chuvas. Quantos problemas sociais!!!

A última obra de Homero. Autor desconhecido

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Filtro Solar de Mary Schmich

Se eu pudesse dar só um conselho em relação ao futuro eu diria : "use filtro solar."
Os benefícios a longo prazo do uso do filtro solar foram cientificamente provados.
Os demais conselhos que dou baseiam se unicamente em minha própria experiência...

Eis aqui um conselho:
Desfrute do poder e da beleza da sua juventude.
Ah, esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza da sua juventude quando já tiverem desaparecido.
Mas acredite em mim. Dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram para você. Era realmente fabuloso.

Você não é tão gordo quanto imagina.
Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, se quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete pra tentar resolver uma equação álgebra.

E quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram por sua mente, tipo aqueles que tomam conta de você às 4 da tarde em alguma terça-feira ociosa.


Todos os dias faça alguma coisa que seja assustadora.


Cante...
Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação a você.


Relaxe...
Não perca tempo com a inveja.
Algumas vezes você ganha, algumas vezes perde.
A corrida é longa e, no final tem que contar só com você.
Lembre se dos elogios que recebe.
Esqueça os insultos...
Guarde suas cartas de amor.
Jogue fora seu velhos extratos bancários.


Estique-se...
Caminhe...
Não tenha sentimento de culpa se não sabe muito bem o que quer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida.
Algumas pessoas interessantes de 40 anos que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.

Seja gentil com seus joelhos. Você sentira falta deles quando não funcionarem mais.
Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta.
Talvez dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que quer que faça.
Não se orgulhe demais nem se critique demais....
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo, como as escolhas de todos os demais...
Curta seu corpo da maneira que puder.
Não tenha medo dele ou do que as pessoas pensam dele. Ele é seu maior instrumento.


Dance...
Mesmo que o único lugar que você tenha pra dançar seja sua sala de estar.

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio



Dedique-se a conhecer seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora de vez...
Seja agradável com seus irmãos...
Eles são seu melhor vínculo com seu passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca te deixarão na mão...
Entenda que amigos que vão e vem....
Mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com carinho...
Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos da vida, porque quanto mais você envelhece tanto mais você precisa das pessoas que conheceu na juventude.
More uma vez em Nova York mas mude-se antes de endurecer...

More no Norte da Califórnia, mas mude-se antes de amolecer.

Viaje...
Aceite verdades eternas.
Os preços sempre vão subir.
Os políticos vão saracutear.
Você também vai envelhecer, e quando envelhecer vai fantasiar que quando era jovem os preços eram acessíveis.
Os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos;

Respeite as pessoas mais velhas.

Não espere apoio de ninguém...
Talvez você tenha uma boa aposentadoria.
Talvez você tenha um cônjuge rico.
Mas nunca se sabe quando um ou outro podem desaparecer.
Não mexa muito em seu cabelo. Senão, quando fizer 40 anos terá aparência de 85.
Tenha cuidado com as pessoas que te dão conselhos, mas seja pacientes com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia...
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado na lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por mais do que vale.


Mas no filtro solar... Acredite.

Curiosidade: Mary Schmich é uma colunista do Chicago Tribune. Escreveu em sua coluna no ano de 1997 o famoso texto Wear Sunscreen (Filtro Solar). O Texto ficou tão famoso que produzida pelo cineasta australiano Baz Luhrmann. Narrado pelo dublador australiano Lee Perry, e usando um sample de "Everybody's Free", da cantora africana Rozalla (com o refrão cantado por Quindon Tarver) - canção que Luhrmann usou em seu filme Romeo + Juliet - a canção foi sucesso internacional, chegando ao primeiro lugar no Reino Unido e Irlanda. No mesmo ano a agência de publicidade DDB produziu um vídeo com o single. Uma versão em português narrada por Pedro Bial, "Filtro Solar", foi lançada em 2003, com um vídeo produzido pela DM9DDB.
Vídeo da versão narrada por Bial: http://www.youtube.com/watch?v=vOkZCop9CUE

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A natureza reage às consequências do aquecimento global em Jardim de Piranhas, RN.






Um vendaval causou pânico na cidade de Jardim de Piranhas, na tarde desta quinta-feira (3). Os fortes ventos ocorreram por volta das 16h20. “A correria do pessoal foi grande. Muita gente nervosa e aflita com tudo”.
O vendaval durou alguns minutos, mas provocou estrago nos prédios e nervosismo nos moradores. Muitas casas foram destelhadas e os casos mais graves foram no ginásio de esportes e no posto de combustível. “A cobertura do posto caiu por cima das bombas, carros e motos. Já o ginásio também perdeu sua cobertura”. Além disso, alguns postes e árvores caíram pelas ruas da cidade, muitas pessoas estão tentando colocar as telhas que não se quebraram de volta no telhado das casas. Alguns pontos de Jardim de Piranhas ficaram sem energia elétrica. Graças ao nosso bom deus apenas danos materiais pela cidade.

Fonte: http://www.jarlescavalcanti.com/

Temporal causa uma série de danos materiais na cidade de Jardim de Piranhas. Deus protegeu a população de maiores consequências. Certamente, a natureza já está gritando por socorro, haja vista a intensa ação humana no meio ambiente que o degrada violentamente sem controle e sem racionalização. Faz-se urgente uma educação para a preservação do meio ambiente!!!! Vamos começar pelo rio piranhas. Como será que a população está tratando o rio, patrimônio natural do RN???




terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A que ponto os vascaínos chegaram! kkkkkkkkkkkkkkkk...

Brasília ou Egito???

Sarney e o poder "eterno".

A alegria de viver!

(a ilustração acima é de Henri Matisse, a alegria de viver, “joie de vivre” - 1905)

O interessante é que a alegria, para nós, está muito mais condicionada a fatores externos do que às condições ou potências internas. Muitas vezes são as coisas que produzem a minha alegria do que eu mesmo a produzo, como se eu precisasse de tudo que me envolve para estar alegre. Estranho isso, não! Eu não tenho condições próprias e naturais para ser alegre? Por que, afinal, dependo de outros para ser alegre? Uma boa notícia nos faz alegres. Dinheiro nos faz alegres. Família nos faz alegres. Amigos nos faz alegres. Passar no Vestibular nos deixa alegres. A oração nos faz alegres. A música, a ginástica, o futebol, uma viagem, o amor, a arte...

Costumo dizer que quando se está alegre, é possível estar com todo o corpo minado de alegria, pronto para explodir alegrias. Alegrias explodindo pelo corpo inteirinho. Seria como uma espécie de corpo aberto para qualquer motivo se transformar em alegria, e o ajuntamento dessas sucessivas alegrias geraria um ser feliz, um indivíduo feliz, uma pessoa cheia de felicidade.

Quase sempre estamos confundindo alegria com felicidade. Claro, tal como a alegria, a felicidade também é passageira, só que mais constante do que a alegria. A alegria sinaliza mais ou menos como o corpo está, mais ou menos como uma potência para agir.

Pensando um pouco nisso, o filósofo Spinoza fala da alegria como uma relação de corpos, incluindo o corpo humano. Afetar e ser afetado por outros corpos é uma característica de sua filosofia. Segundo ele, se um corpo nos afeta, se algo nos afeta é porque houve uma composição daquele corpo ao nosso provocando, com isso, um aumento de nossa potência. Isto se chama alegria!

Quando um corpo não combina conosco, não tem nada a ver conosco, a tendência é a diminuição de potência e, consequentemente, a tristeza. Esse mesmo movimento dos corpos também ocorre com a alma.

O afeto é, então, a potência de agir de um corpo, o que levou Spinoza a afirmar admiravelmente: “Evitemos as paixões tristes e vivamos com alegria para ter o máximo de nossa potência; fugir da resignação, da má consciência, da culpa e de todos os afetos tristes que padres, juízes e psicanalistas exploram”. Quando a potência de agir aumenta, sinto alegria; e, quando diminui, sinto tristeza. Spinoza diz, de modo contundente, que a única afeição é a alegria. Todos os outros afetos derivam da alegria. Tão somente a tristeza é ausência de alegria.

No Abecedário de Giles Deleuze, há uma compreensão ainda mais clara a respeito da alegria ligada a ideia de potência. “A alegria é tudo o que consiste em preencher uma potência. Sente alegria quando preenche, quando efetua uma de suas potências. Eu conquisto, por menor que seja, um pedaço de cor. Entro um pouco na cor.”

Por isso, embora estejamos todos sujeitos à relatividade externa dos encontros e desencontros da vida, e efetivamente marcados pela impotência de agirmos conforme a nossa natureza, mesmo assim a alegria, quando existir, será apenas uma força impulsionadora que nos levará a uma experiência muito maior: a potência de viver. “Toda alegria é alegria de viver”(Cf. Viviane Mosé, Spinoza e a alegria, Série “Ser ou não ser”).

Contudo, aprendamos a nos alegrar, pois só assim poderemos afastar de nós os afetos tristes. Façamos como diz Nietzsche: “Aprendamos a nos alegrar: é a melhor maneira de desaprender a magoar os outros”.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e

Especialista em Metafísica pela UFRN


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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morre Benedito Nunes, um dos maiores filósofos e críticos literários do Brasil.


Um filósofo cuja obra é irretocável não só pela beleza literária que havia nelas, mas pelo rigor crítico com que lia grandes mestres da literatura e da filosofia, como Heidegger, Clarice Lispector e muitos outros... Dele eu li Col. Passo a passo Heidegger, Ser e Tempo, li também Crivo de Papel , Filosofia da Arte e alguns artigos seus imprescindíveis para o aprimoramento do pensar filosófico.

"Uma tarefa própria ao pensamento filosófico é justamente defender-se desse círculo das coisas prementes da época. Defender-se da urgência das soluções imediatistas. Defender-se dos sistemas de aplicação demasiadamente funcional. Ou seja, o pensamento filosófico tem que defender o espaço de liberdade, no sentido próprio da palavra, para o homem pensar a si mesmo, pensar a sua circunstância, pensar-se independentemente das tarefas. Essa é a grande problemática também do Heidegger, que deixou aberta a questão da moral. Perguntavam “porque que o senhor nunca escreveu uma ética, onde está sua ética?” Eu acho que não era da perspectiva dele escrever uma ética. Existe um capitulo na introdução de “Ser e Tempo” que eu acho muito interessante que é o capitulo Destruição da história e da
ontologia. Esta destruição da história e da ontologia atingiu muitas coisas,principalmente a formação da ética. Qual é a ontologia da ética? Não pode haver uma ontologia da ética porque se houver uma ontologia da ética existe uma forma de ser. E a ética fica nessa oscilação entre os mores romano e o éthos grego. O éthos grego é sempre a necessidade de ultrapassar os mores, e fazer algo para que o homem seja o que ele é. Mas o que o homem é, isso ele pode saber só na medida em que haja aí um problema da ação, de onde deriva Hannah Arendt. Ela foi um dos poucos pensadores que colocou, de uma maneira corajosa, o problema da ação. Essa talvez seja a grande falta do Heidegger, mas foi estimulada por essa filosofia que a Hannah Arendt chegou a esse ponto. Quais são as condições da ação num mundo como o de hoje, completamente cercado pela propaganda, pela mídia, pelas invenções tecnológicas. Um mundo que parece voltar a certas formas primitivas
de conduta. Como essas agremiações religiosas, pessoas que se matam entre si, outras que se emasculam..."(Benedito Nunes numa certa entrevista).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

CARNAVAL SEM CARNAVAL


Minha nossa, não que eu queira ser um tanto quanto moralista, tampouco antiquado. Não me entendam mal, permitam-me tirar proveito da ocasião. A força das circunstâncias me dá uma incrível liberdade para isso. A possibilidade de frear o ímpeto ou os impulsos para viver um feriado de carnaval diferente me parece oportuno.

Por mais engraçado que pareça, alguns poucos serão uns privilegiados, agraciados até por receberem em suas mãos, por ver caírem em seus colos quatro dias intensos cheios de possibilidades abertas que trarão para suas vidas um rico arsenal de experiências.

Não estou falando das experiências que levam muitos ao vazio existencial. Não me refiro às experiências negativas que carregam pessoas para a ilusão. Não se trata de privar o sono de ninguém. Muito menos estimula ao desperdício financeiro. Longe das ressacas e dos enfados estafantes de noites, dias inteiros e mais noites atrás de trios elétricos ensurdecedores.

Ora, se não é nada disso que se espera de um carnaval, o que será afinal? Bem, inevitavelmente é carnaval! Trata-se de um feriado com força de lei presente no calendário anual de todos os brasileiros. Não necessariamente um carnaval igual para todos. Não estamos obrigados a viver um carnaval homogêneo. Daí, abre-se um leque numeroso de boas e saudáveis opções de se viver um carnaval sem carnaval. Entende? Não? Explico-me...

Antes, quero provocar sua imaginação e criatividade. Vamos, o que você faria num carnaval, isto é, num feriado de carnaval sem carnaval? Depois que você discriminar ou selecionar as suas escolhas procure visualizar suas vantagens e desvantagens, o quanto ganhou ao viver um carnaval diferente.

Enquanto você cria suas escolhas, vou imaginar as minhas:

Eu viajaria com minha família para visitar meus parentes. Faria um churrasquinho em casa para receber os amigos. Iria para um sítio relaxar, tomar banho de açude e deitar preguiçosamente numa rede, andar a cavalo. Subiria a serra do cajueiro, admirava a paisagem do mirante, comeria uma galinha caipira e dormiria à sombra das mangueiras e cajueiros. Participaria de um retiro cristão. Alugaria bastante filmes para assistir com a família. Aproveitaria o tempo para comer um pouco mais da culinária da minha esposa. Colocaria em dia minhas leituras. Dormiria um pouco mais tarde para aproveitar a internet, e daria asas à imaginação para escrever tal qual me ocorre agora.

Agir assim abre um precedente para dizer que o que vale no tempo é sua duração. Como duraria o tempo! De qualquer modo, os quatro dias passarão para qualquer um. No entanto, para mim duraria mais. Não perderia o tempo como o fez Sansão que trocou uma vida inteira de lucidez por uma noite apenas de escuridão. A vida é dom de Deus!

Garanto a você que, ao viver um carnaval sem carnaval, não matará a si mesmo, mas as conspirações de uma cultura do prazer desmedido, do consumo desnecessário e do desperdício da qualidade de vida. Oportunize esses dias para viver melhor com saúde, alegria verdadeira e muito, muito mais otimismo, em que reine a paz espiritual. Seja feliz e cuide do seu interior!

Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”(Mc 8.36).

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista pela UFRN.

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Salomão: o sábio que a filosofia desconhece...

Josivaldo de França Pereira


Salomão foi o homem mais sábio do mundo. Era filho do rei Davi e sucessor ao trono do pai. Em sua oração pediu a Deus sabedoria para conduzir com prudência e justiça o povo de Israel. “Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal cousa. Disse-lhe Deus: Já que pediste esta cousa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo; eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá” (1Rs 3.10-12). Nunca houve na terra, antes ou depois de Salomão (com exceção de Jesus Cristo [Mt 12.42; Lc 11.31]), alguém tão sábio como ele. Sócrates, Platão e Aristóteles e todos os filósofos que vieram antes ou depois deles não sobrepujaram Salomão em sabedoria.

A Bíblia relata: “Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. Era mais sábio do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor. Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes. De todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1Rs 4.29-34).

O episódio clássico da sabedoria de Salomão é o julgamento da causa de duas mulheres, onde cada uma alegava ser a mãe da mesma criança. Salomão propôs que o menino fosse cortado ao meio quando a verdadeira mãe se manifestou, implorando ao rei que não fizesse isso, mas que entregasse a criança à falsa mãe; esta, por sua vez, insistia que o menino fosse dividido ao meio (1Rs 3.16-26). “Então, respondeu o rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe. Todo o Israel ouviu a sentença que o rei havia proferido; e todos tiveram profundo respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça” (1Rs 3.27,28).

Como pode o homem mais sábio do mundo ser ignorado pela filosofia contemporânea? Por que a filosofia não faz menção de Salomão e de sua grande sabedoria? Por que os livros de sabedoria da Bíblia não são estudados pela filosofia? Algumas indicações “justificam” essa posição.

A filosofia é grega. A filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Isso não quer dizer, evidentemente, que outros povos, tão antigos quanto os gregos não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem. Também não quer dizer que os outros povos não tivessem desenvolvido o pensamento e formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem. Quando se diz que a filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas, isto é, são diferentes do padrão de pensamento e de explicação que foi criado pelos gregos a partir do século VII a. C., época em que nasce a filosofia.[1] Contudo, o sistema filosófico grego é deficiente, como podemos ver no tópico seguinte.

A filosofia é mitológica. Não que a filosofia propriamente seja um mito. Na verdade a filosofia rompeu com a mitologia antiga. O problema é que as coisas que não são racionalmente explicadas, ou seja, conhecimentos misteriosos e secretos que precisariam ser revelados por divindades e não os conhecimentos que o pensamento humano, por sua própria força e capacidade, pode alcançar, são classificadas como mito, ou seja, uma história fictícia. Para a filosofia Adão e Eva e a Caixa de Pandora são histórias distintas com um final em comum: a tragédia humana. Por que a filosofia afirma com tanta frequência que a Bíblia está repleta de mitos? Por causa das descrições paralelas com a mitologia grega e de outros povos. A história de Adão e Eva lembra a de Pandora; as descrições paralelas de acontecimentos como o Dilúvio sob a perspectiva bíblica, às da mitologia babilônica; a existência de semelhanças entre os evangelhos que cercam Jesus e as imagens de deuses da mitologia grega, também. De igual modo, alguém como Salomão, que em sonho falou com Deus e recebeu deste sabedoria, é um mito, segundo a filosofia grega, bem como os livros sapienciais atribuídos a ele. “O ponto central da diferença entre a mitologia grega e a literatura bíblica é uma perspectiva radicalmente diversa da relevância da história. (...). Esta visão radicalmente oposta da história é essencial para compreender a antítese greco-judaica com respeito à questão do mito”.[2] A pergunta que se faz é: tem a filosofia algum valor? É claro que tem. A filosofia é uma forma de exercício intelectual. Ela fornece elementos de grande valor para uma análise crítica. Portanto, em si mesma a filosofia não é uma coisa má. O perigo são os filósofos. Por isso, é preciso que mais professores que amam a Deus e a Bíblia assumam o compromisso de lecionar filosofia, extraindo dela o que há de melhor para a formação de bons cidadãos.

CONCLUINDO:

A filosofia é uma criação humana, portanto, ela não é um sistema completo e infalível. “... nenhum sistema de filosofia já se revelou completo e perfeito”.[3] Um exemplo é o próprio Salomão ter ficado à margem das discussões filosóficas. Você encontrará opiniões valiosas em Spinoza, Kant, Sartre e outros, mas nenhum deles parece ter uma visão coerente da vida e do mundo como a que encontramos em Provérbios e Eclesiastes, por exemplo. Os próprios filósofos são seus melhores críticos. Hume criticou Locke; Kant criticou Hume; Hegel criticou Kant, e assim por diante. Não há “resultado seguro” mediante meras especulações filosóficas.[4]

O discurso de Paulo não foi bem aceito no Areópago de Atenas. Por quê? Porque a mensagem da cruz era loucura para os gregos, disse o apóstolo.



[1] Cf. Marilena Chauí, Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 18,19.

[2] R. C. Sproul, Razão Para Crer. 2ª Ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1991, p. 17.

[3] Colin Brown, Filosofia e Fé Cristã. São Paulo: Edições Vida Nova, 1983, p. 183.

[4] Sproul, p. 12.

Um salário de esmola! Santa paciência... Ainda mendigamos

É triste, mas é fato.


Uma família de três pessoas pra sobreviver com um salário dessa qualidade é brincadeira, isto é, de tão grotesco e absurdo que é, o valor passa a ser cômico até. Engordar com esse salário nem pensar. Acompanhar orientações nutricionais menos ainda.

Literalmente, olha o TAMANHO da ironia! Não dá nem pra comparar.

Abaixo às DITADURAS! Não há mais espaço para ditaduras neste mundo globalizado...

As ditaduras não podem mais conter o ímpeto de um povo desejoso por mais liberdade, mais democracia, mais respeito, mas igualdade em direitos, mais justiça social e mais opção político-eleitoreira, mais alternância no poder. Abaixo às ditaduras já!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A crise da memória na Educação


A tão badalada decoreba está com os seus dias contados no universo de nossas Escolas! Estamos como que decretando a morte da memorização no ensino-aprendizagem dos alunos. Durante muito tempo, este método levou muitos alunos a sofrer nos bancos das Escolas e Universidades, dificultando muitas vezes formar uma consciência crítica e aberta à imaginação, à criação.

Com o avanço da tecnologia e com as novas mídias ocupando o tempo e o espaço de nossas vidas, memorizar informações parece ser quase desnecessário hoje em dia. Vivemos uma crise da memória principalmente na educação. Mais ainda, estamos a mercê de inúmeros recursos que nos eximem de vasculhar os anais de nossa memória. Se queremos guardar dados que iremos precisar futuramente, utilizamos várias alternativas tais como: cds, dvds, pendrives, HDs externos ou nosso próprio PC com memórias gigantescas.

Esse assunto tem a ver com o famoso tempo no qual estamos vivendo, a era das informações velozes. Estamos pulverizados de informações a todo instante. Quando menos esperamos, somos logo acometidos por uma enxurrada de informações que nos colocam de imediato no contexto. Seria como se o virtual nos pusesse de volta no real. Que coisa! À medida que somos tomados pelo virtual, vem logo uma informação e nos derruba para o real.

Estava estes dias, por ocasião do dia do Repórter, assistindo a uma entrevista do jornalista Tino Marcos da Rede Globo, no Programa “Redação Sportv”, ao afirmar que o repórter, diferentemente de há vinte anos, não tem mais tanto prazer em ir atrás da notícia, do fato, do ocorrido. Isso já não importa tanto, pois as informações, as notícias estão chegando rapidamente via celular pela internet ,“on line”, 24 horas por dia, sem que se precise correr aonde elas estão. Mas o desafio do repórter hoje mudou, é importante agora sua competência no contar bem a história. Aquele que contar melhor a notícia sai na frente e sua matéria sai estampada nas principais páginas dos jornais, sites e blogs.

Ora, se na imprensa muita coisa mudou com o avanço das mídias, o que dizer então da Educação, uma área que se alimenta de conhecimento, de dados informativos para o ganho formativo da humanidade.

Como disse, as informações em nosso dia a dia estão cada vez mais disponíveis na memória de um aparelho celular, no PC e no “google”. Sendo assim, qual o destino de nossa própria memória? Para que decorar uma imensa quantidade de dados, se o acesso às informações está mais democrático, e se podemos contar com aparelhos de memórias portáteis?

Frente a isso, a Dra. em Filosofia e Educação Viviane Mosé discute com propriedade as imensas transformações que caracterizam o mundo contemporâneo e quais a suas inferências na Educação. Afinal, o que se torna fundamental aprender? Que tipo de conteúdos a escola deve ensinar?

Para Viviane Mosé, numa sociedade em que cada vez mais as máquinas fazem o trabalho manual e mental, resta a atividade em que o homem é imprescindível e essencial: criar. Inovação, criatividade, atitude, são moedas de alto valor na sociedade que se configura. Além disso, com as constantes inovações, próprias da era tecnológica, é fundamental aprender a aprender, para que o processo educativo permaneça depois da escola. A invasão de informações também deve ser filtrada e processada, por isto é essencial desenvolver métodos de pesquisa. Estas são algumas das inúmeras questões que precisamos pensar, quando educamos no mundo contemporâneo.

Portanto, a memória ou a decoreba não é mais um sinal de avanço na Educação, porque há aparelhos que agora fazem esta função com muito mais qualidade, no entanto é fundamental educar para os valores, educar na formação da opinião e na criação de conceitos necessários à vida em todos os seus aspectos. Uma máquina não pode valorar, criar, imaginar, inovar, ter atitudes. Isso sim, ela não pode fazer: Que seja possível formar um homem sábio!


Prof. Jackislandy Meira de M. Silva.

Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista em Metafísica pela UFRN.

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País rico é país sem pobreza? E a pobreza cultural? E a Educação?

Ninguém merece, 545 reais não dá nem pra comer...

Má distribuição social = Injustiça social

domingo, 13 de fevereiro de 2011

As manifestações populares. O povo nas ruas!



As manifestações, segundo Slavoj Zizek, são um bom sinal para a sobrevivência da democracia, porém, para nós, enquanto ocorrem lá onde o "judas perdeu as botas", bem longe de nós. Engraçado, triste ironia para a democracia, a elite brasileira elogia as manifestações, os intelectuais também, os políticos de centro esquerda dizem o mesmo, alguns partidos são a favor das reivindicações populares, mas poucos saem a campo para fazer o mesmo quando necessário. Dizemos que somos favoráveis a manifestações. Que bom o povo ir às ruas no Egito, porém longe de nós, que isso não aconteça aqui. É mais ou menos assim que nos sentimos. Não queremos por em risco nosso "conforto capitalista", salários, mesmo baixos não importam. Sofremos de uma crise de conformismo capitalista, pois a ter que sair às ruas e gritar por justiça, educação de qualidade, salários dignos, melhor deixar como está. Paira sobre nós, infelizmente, uma falta de coerência entre discurso e prática, sobretudo na área política. Simpatizamos com as manifestações, só que longe, muito longe de nós. O que aconteceu no Egito, com a deposição do Presidente e vice, é um exemplo do que pode o povo organizado. O que pode o povo? Os nossos políticos deviam pensar um pouco mais nisso. O povo, aqui no Brasil, devia sair mais às ruas quando visse lesado direitos elementares para o desenvolvimento humano, como educação, saúde, salários, moradia, etc. Qual seria nossa posição se manifestações semelhantes às do Egito fossem necessárias aqui?

"A democracia é hoje o fetiche político principal. A ideia de uma democracia honesta é uma ilusão, tal como é ilusória a ideia de uma ordem jurídica desembaraçada do complemento do seu superego obsceno. A ordem política democrática é, por natureza, susceptível de corrupção. Na realidade, a escolha é clara: aceitamos e endossamos essa corrupção dentro do espírito de uma sabedoria resignada e realista, ou reunimos coragem e formulamos uma alternativa de esquerda à democracia, para quebrar o círculo vicioso da corrupção democrática e das campanhas empreendidas pela direita que pretendem desembaraçar-se dela"(Slavoj Zizek)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Choque de gerações.


Sou de uma geração que para telefonar era necessário ir até ao único posto de telefonia da cidade, “antigamente” denominado de Posto da “telern”, a não ser que houvesse telefone fixo na casa de algum parente ou vizinho. O acesso à comunicação era restrito às classes mais abastadas, à elite política ou às famílias dos grandes fazendeiros da região. Havia poucos orelhões espalhados pela cidade à base de fichas telefônicas. A comunicação era, com isso, mais lenta por que menos acessível, por isso menos democrática. Minha geração, hoje chamada popularmente de geração “x” viu a TV preto e branco, em cores era uma raridade. Esta geração valorizava muito mais a reflexão, a concentração e o foco.

Sou de uma geração que viu nascer e popularizar-se o computador residencial e até móvel, porém ainda não existia internet, tampouco uma grande rede de pessoas que se comunicam imediata e virtualmente pelo “orkut”, “facebook”, “twitter”, “MSN”... Vi, vivi e cresci um pouco em meio a um mundo analógico e com menos interatividade, onde as brincadeiras de crianças eram nas ruas, os jogos eram sensíveis e manuais. Hoje, não só o mundo virtual é uma realidade, mas a própria realidade vem traduzida pelo virtual. Virtual e real se confundem, fundem-se, misturam-se a ponto de não sabermos em que mundo, afinal, estamos vivendo. Os jogos, o entretenimento das crianças, dos jovens e adultos são absolutamente virtuais que independem cada vez mais de um parceiro humano.

Sou de uma geração em que os amigos eram mais ouvidos, não as máquinas. Estamos rodeados de máquinas. Máquinas e eletrônicos por todos os lados. É curioso, houve um tempo em que pouco recorríamos às máquinas, mas hoje, quase não vivemos sem elas. Ah, as máquinas passaram de ferramentas secundárias para ferramentas essenciais em todas as áreas da vida humana. Para não esquecer, agora a pouco, da varanda da minha casa vi passar quatro jovens juntas que, certamente, iam para a praça da cidade, mas todas, sem exceção, portavam aparelhos celulares ou “ipods” com seus fones de ouvido. Pergunto-me: Conversavam? Se sim, por que não se livravam um pouco dos aparelhos enquanto conversavam? Se não, o que estavam fazendo juntas? Esta é um pouco a confusão dessa geração: gosta de fazer tudo ao mesmo tempo. Chamam a esta geração de “y”.

Engraçado, de dentro da geração “x”(Bill Gates) nasce a geração “y”. Com a mega empresa capitalista de informática “Microsoft”, o mundo começa a nascer vislumbrado pelo desenvolvimento da internet, também da geração “x” com origens na guerra fria.

Sou da geração que viu e fez nascer a internet.

Sou da geração que viu e fez nascer os celulares ou telefonia móvel.

Sou da geração que viu e fez nascer os “ipods” e “ipads”.

Sou da geração que viu e fez nascer os “notebooks”.

Sou da geração que faz uma coisa só de cada vez.

Sou da geração obcecada por conhecimento.

Sou da geração “x” que viu a “y” nascer, a qual não me viu nascer. Porém, tal como o presente que funde passado e futuro, assim são as gerações que se fundem numa só, dispostas a viver num mundo diferente, aberto à aventura do novo. Um novo mundo que, embora seja estranho para alguns, torna-se possível. Tanto é possível que agora, no hoje da minha história, vejo-me assistindo ao filme numa LCD, ao mesmo tempo em que atualizo meu blog e também meu twitter na internet que, simultaneamente, converso com minha esposa e, depois atendo ao celular que toca sem parar. Oh, ainda não acabou, não me dou por satisfeito, pois consigo comer um pedaço de pizza enquanto faço tudo isso, pois é o meu aniversário.

Parabéns pra você, da geração “x”, que não se perdeu na geração “y”!!!


Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e

Especialista em Metafísica pela UFRN.


Páginas na internet:

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

População de Florânia teme por um novo "apagão"


Nesta última terça feira dia 08, toda a população de Florânia esteve se perguntando; "qual foi o motivo do apagão da iluminação pública na cidade?" Fato ocorrido nesta segunda feira dia 07. Em todos os lugares da cidade ouvíamos os comentários, é que até agora não se sabe o porquê do apagão, ninguém soube explicar a causa. A população de Florânia pede explicações, e questionam.

Será que a qualquer momento teremos outro apagão?
E a divida com a COSERN?
E a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) não resolveu o problema?

É... pelo jeito, quem vai pagar a conta somos nós.

Fonte: http://www.claudianosilva.com

PAU DE ARARA


É o nome dado a um meio de transporte irregular, e ainda utilizado no Nordeste do Brasil. Consiste em se adaptar caminhões para o transporte de passageiros, constituindo-se em substituto improvisado para os ônibus convencionais. Usa-se também para vender frutas.

Pau de Arara – canção

Composição: Luiz Gonzaga e Guio de Moraes

Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão

Por Junior Galdino

Fonte: http://coisasdeflorania.wordpress.com/

Para Ler Nietzsche.

Nietzsche foi um bom filósofo à medida que não escreveu nada “realista”. Seus livros contam uma grande história ficcional ou, melhor dizendo, eles formam capítulos de um enorme romance. Os personagens desse romance, como em toda narrativa ficcional, são criados a partir de traços de pessoas que conhecemos, mas não são cópias ou retratos de pessoas. São personagens mesmo, ficcionais. Completamente ficcionais. Em determinados momentos eles aparecem com nomes, e às vezes como membros de grupos – grupos que até possuem respaldo em grupos reais, mas que, também nesse caso, são ficcionais. E em geral, esses personagens aparecem como pares contrapostos.

Os pares podem ser assim dispostos: fraco-forte, doente-sadio, judeu-romano, plebeu-nobre, feminino-viril, escravo-senhor etc. Às vezes, para construir a face de um desses tipos, Nietzsche se desdobra na tarefa de montar uma tipologia dentro dessa tipologia inicial. Assim, para dizer o que é “o fraco” ou “o doente”, ele cita a mulher, a mulher doente, o escravo, o homem moderno, o cristão, a feminista, o socialista, o anarquista, o “homem do ressentimento”, o asceta, Sócrates, a vaca e por aí vai. Para falar do “forte” ou “sadio”, ele cita o cavaleiro nobre, o Renascentista, o filósofo pré-socrático, o lobo, o leão e por aí vai.

Muito cuidado aí: o ideal para Nietzsche não é a psicologia do “forte”. Muito menos Nietzsche se via como “forte”. Aliás, ele se via como, ao menos em parte, um homem de seu tempo, um decadente.

Esses personagens todos aparecem no seu romance para cumprir uma história ou, melhor, uma filosofia da história em que sempre “o fraco” vence “o forte”. Ou fraco moraliza tudo. O forte não. Mas o que prevalece na história são os modos morais de ver o mundo. A cada moralização, mais “os fortes” são corrompidos, adquirem má consciência por agirem como fortes, pois aceitam o que lhes traz a culpa, ou seja, a máxima dos “fracos”: o homem é livre – ele pode optar em ser bom ou ser mau.

Eis como a narrativa dos “fracos” se põe e é vencedora: caso o homem apareça como ruim, tecnicamente ruim, isso é uma mentira, pois sendo o homem o que ele é, homem, ele nunca pode ser ruim, ele tem de ser julgado moralmente, então, o melhor é dizer que ele é mau, não ruim. Eles insistem: uma cadeira pode ser ruim, mas um homem só deve ser bom ou mau, se dizemos que é ruim, não estamos falando dele, e sim de algumas de suas habilidades técnicas, como quem fala de uma cadeira. Agora, sendo homem e sendo mau, podia ter evitado isso, podia ter decidido ser bom. Ou seja, o homem é livre e pode agir como sujeito. Pode ter consciência de seu pensamento e responsabilidade pelos seus atos.

Se o “forte” acredita nisso, nessa narrativa do “fraco”, ele pode ficar culpado. Caso isso ocorra, ele se torna um “fraco”. Ele cai na armadilha do “fraco” e, então, “os fortes” vão desaparecendo, se transformando em “fracos”. É assim que o romance se desenvolve.

Mas, se tudo isso é assim desenvolvido, o que é que impulsiona a história? Avontade de potência. Para uns intérpretes, trata-se de um princípio metafísico – e então Nietzsche seria nada além de um “último metafísico” que, com ironia, combateu a metafísica. Para outros, entre os quais eu mesmo, ela seria vista, de modo mais útil, como uma força cosmológica, quase algo como um princípio daqueles que os pré-socráticos encontravam na Physis. Mas isso não deveria ser lido de modo realista e, sim, também como uma “narrativa a mais”, uma forma metafórica de falar, algo como que um arranjo da linguagem para dar consistência à sua narrativa, para ele ficar relativamente palatável como filosofia.

Para quê contar essa história, como Nietzsche fez? Em parte, para destronar a metafísica, principalmente a metafísica moderna. Esta, como sabemos, começa com Descartes, tendo como base o sujeito, o Cogito, como pedra fundamental da certeza, no plano epistemológico. Essa certeza é a certeza da existência, o que garante, também, um ponto ontológico. Ora, mas e se essa certeza não é certeza nenhuma? E se a figura do sujeito, que implica na liberdade (que, enfim, não existiria – pois ninguém comanda todo o jogo de forças da vontade de potência), não for senão uma mentira dos “fracos” para corromper os “fortes”, de modo a escapar da dor infringida por estes aos primeiros? Se assim for, então, não há sujeito algum e o Cogito, como pólo seguro, nada é senão um engodo. Ora, se assim é, pode-se então lançar no chão todo o pensamento metafísico moderno. Esse é o objetivo do romance nietzschiano. Sua obra toda é, em parte, exclusivamente isso. Ou digamos: isso é sua obra na parte em que ele limpa o terreno da filosofia.

O Assim falava Zarathustra é outra coisa, já se trata de uma parte positiva da filosofia de Nietzsche que, aos meus ouvidos, às vezes soa menos interessante. Talvez eu tenha menos interesse por utopias coletivas (Marx e Mill) e individuais (Nietzsche) por conta de que elas sempre atraem adeptos, e suportar gente assim é um tédio – ninguém agüenta um comunista e ninguém agüentaria um rapaz que fica perguntando como é o “além do homem”, o Übermench. Acho que prefiro utopias mais vagas, o que, em princípio, tende a evitar a criação dos militantes chatos e do “maluco de palestra”.

Em termos gerais, é isso. Com esse aviso aí acima em mente, esse recado, leiam Nietzsche. Caso sintam falta de um apoio para conhecer os grandes temas da filosofia e, assim, pegarem Nietzsche nesse contexto, leiam antes os dois volumes de A aventura da filosofia, da Manole, de minha autoria. Tá dado o recado.

© 2011 Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo, escritor e professor da UFRRJ


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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Apagão, CIP e dengue em Florânia... Quantos problemas sociais!!!


A cidade de Florânia, na noite desta segunda-feira, 07 de fevereiro de 2011, sofreu um apagão em grande parte de sua iluminação pública. Em meio a toda esta escuridão, a população ainda tem que se preocupar com suas contas de luz que aumentarão de valor através da CIP(contribuição de iluminação pública) aprovada pela câmara municipal, e com o risco da Dengue que é mais comum nesse período do ano, em consequência das chuvas. Quantos problemas sociais!!!

A última obra de Homero. Autor desconhecido

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Filtro Solar de Mary Schmich

Se eu pudesse dar só um conselho em relação ao futuro eu diria : "use filtro solar."
Os benefícios a longo prazo do uso do filtro solar foram cientificamente provados.
Os demais conselhos que dou baseiam se unicamente em minha própria experiência...

Eis aqui um conselho:
Desfrute do poder e da beleza da sua juventude.
Ah, esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza da sua juventude quando já tiverem desaparecido.
Mas acredite em mim. Dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram para você. Era realmente fabuloso.

Você não é tão gordo quanto imagina.
Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, se quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete pra tentar resolver uma equação álgebra.

E quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram por sua mente, tipo aqueles que tomam conta de você às 4 da tarde em alguma terça-feira ociosa.


Todos os dias faça alguma coisa que seja assustadora.


Cante...
Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação a você.


Relaxe...
Não perca tempo com a inveja.
Algumas vezes você ganha, algumas vezes perde.
A corrida é longa e, no final tem que contar só com você.
Lembre se dos elogios que recebe.
Esqueça os insultos...
Guarde suas cartas de amor.
Jogue fora seu velhos extratos bancários.


Estique-se...
Caminhe...
Não tenha sentimento de culpa se não sabe muito bem o que quer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida.
Algumas pessoas interessantes de 40 anos que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.

Seja gentil com seus joelhos. Você sentira falta deles quando não funcionarem mais.
Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta.
Talvez dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que quer que faça.
Não se orgulhe demais nem se critique demais....
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo, como as escolhas de todos os demais...
Curta seu corpo da maneira que puder.
Não tenha medo dele ou do que as pessoas pensam dele. Ele é seu maior instrumento.


Dance...
Mesmo que o único lugar que você tenha pra dançar seja sua sala de estar.

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio



Dedique-se a conhecer seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora de vez...
Seja agradável com seus irmãos...
Eles são seu melhor vínculo com seu passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca te deixarão na mão...
Entenda que amigos que vão e vem....
Mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com carinho...
Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos da vida, porque quanto mais você envelhece tanto mais você precisa das pessoas que conheceu na juventude.
More uma vez em Nova York mas mude-se antes de endurecer...

More no Norte da Califórnia, mas mude-se antes de amolecer.

Viaje...
Aceite verdades eternas.
Os preços sempre vão subir.
Os políticos vão saracutear.
Você também vai envelhecer, e quando envelhecer vai fantasiar que quando era jovem os preços eram acessíveis.
Os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos;

Respeite as pessoas mais velhas.

Não espere apoio de ninguém...
Talvez você tenha uma boa aposentadoria.
Talvez você tenha um cônjuge rico.
Mas nunca se sabe quando um ou outro podem desaparecer.
Não mexa muito em seu cabelo. Senão, quando fizer 40 anos terá aparência de 85.
Tenha cuidado com as pessoas que te dão conselhos, mas seja pacientes com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia...
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado na lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por mais do que vale.


Mas no filtro solar... Acredite.

Curiosidade: Mary Schmich é uma colunista do Chicago Tribune. Escreveu em sua coluna no ano de 1997 o famoso texto Wear Sunscreen (Filtro Solar). O Texto ficou tão famoso que produzida pelo cineasta australiano Baz Luhrmann. Narrado pelo dublador australiano Lee Perry, e usando um sample de "Everybody's Free", da cantora africana Rozalla (com o refrão cantado por Quindon Tarver) - canção que Luhrmann usou em seu filme Romeo + Juliet - a canção foi sucesso internacional, chegando ao primeiro lugar no Reino Unido e Irlanda. No mesmo ano a agência de publicidade DDB produziu um vídeo com o single. Uma versão em português narrada por Pedro Bial, "Filtro Solar", foi lançada em 2003, com um vídeo produzido pela DM9DDB.
Vídeo da versão narrada por Bial: http://www.youtube.com/watch?v=vOkZCop9CUE

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A natureza reage às consequências do aquecimento global em Jardim de Piranhas, RN.






Um vendaval causou pânico na cidade de Jardim de Piranhas, na tarde desta quinta-feira (3). Os fortes ventos ocorreram por volta das 16h20. “A correria do pessoal foi grande. Muita gente nervosa e aflita com tudo”.
O vendaval durou alguns minutos, mas provocou estrago nos prédios e nervosismo nos moradores. Muitas casas foram destelhadas e os casos mais graves foram no ginásio de esportes e no posto de combustível. “A cobertura do posto caiu por cima das bombas, carros e motos. Já o ginásio também perdeu sua cobertura”. Além disso, alguns postes e árvores caíram pelas ruas da cidade, muitas pessoas estão tentando colocar as telhas que não se quebraram de volta no telhado das casas. Alguns pontos de Jardim de Piranhas ficaram sem energia elétrica. Graças ao nosso bom deus apenas danos materiais pela cidade.

Fonte: http://www.jarlescavalcanti.com/

Temporal causa uma série de danos materiais na cidade de Jardim de Piranhas. Deus protegeu a população de maiores consequências. Certamente, a natureza já está gritando por socorro, haja vista a intensa ação humana no meio ambiente que o degrada violentamente sem controle e sem racionalização. Faz-se urgente uma educação para a preservação do meio ambiente!!!! Vamos começar pelo rio piranhas. Como será que a população está tratando o rio, patrimônio natural do RN???




terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A que ponto os vascaínos chegaram! kkkkkkkkkkkkkkkk...

Brasília ou Egito???

Sarney e o poder "eterno".

A alegria de viver!

(a ilustração acima é de Henri Matisse, a alegria de viver, “joie de vivre” - 1905)

O interessante é que a alegria, para nós, está muito mais condicionada a fatores externos do que às condições ou potências internas. Muitas vezes são as coisas que produzem a minha alegria do que eu mesmo a produzo, como se eu precisasse de tudo que me envolve para estar alegre. Estranho isso, não! Eu não tenho condições próprias e naturais para ser alegre? Por que, afinal, dependo de outros para ser alegre? Uma boa notícia nos faz alegres. Dinheiro nos faz alegres. Família nos faz alegres. Amigos nos faz alegres. Passar no Vestibular nos deixa alegres. A oração nos faz alegres. A música, a ginástica, o futebol, uma viagem, o amor, a arte...

Costumo dizer que quando se está alegre, é possível estar com todo o corpo minado de alegria, pronto para explodir alegrias. Alegrias explodindo pelo corpo inteirinho. Seria como uma espécie de corpo aberto para qualquer motivo se transformar em alegria, e o ajuntamento dessas sucessivas alegrias geraria um ser feliz, um indivíduo feliz, uma pessoa cheia de felicidade.

Quase sempre estamos confundindo alegria com felicidade. Claro, tal como a alegria, a felicidade também é passageira, só que mais constante do que a alegria. A alegria sinaliza mais ou menos como o corpo está, mais ou menos como uma potência para agir.

Pensando um pouco nisso, o filósofo Spinoza fala da alegria como uma relação de corpos, incluindo o corpo humano. Afetar e ser afetado por outros corpos é uma característica de sua filosofia. Segundo ele, se um corpo nos afeta, se algo nos afeta é porque houve uma composição daquele corpo ao nosso provocando, com isso, um aumento de nossa potência. Isto se chama alegria!

Quando um corpo não combina conosco, não tem nada a ver conosco, a tendência é a diminuição de potência e, consequentemente, a tristeza. Esse mesmo movimento dos corpos também ocorre com a alma.

O afeto é, então, a potência de agir de um corpo, o que levou Spinoza a afirmar admiravelmente: “Evitemos as paixões tristes e vivamos com alegria para ter o máximo de nossa potência; fugir da resignação, da má consciência, da culpa e de todos os afetos tristes que padres, juízes e psicanalistas exploram”. Quando a potência de agir aumenta, sinto alegria; e, quando diminui, sinto tristeza. Spinoza diz, de modo contundente, que a única afeição é a alegria. Todos os outros afetos derivam da alegria. Tão somente a tristeza é ausência de alegria.

No Abecedário de Giles Deleuze, há uma compreensão ainda mais clara a respeito da alegria ligada a ideia de potência. “A alegria é tudo o que consiste em preencher uma potência. Sente alegria quando preenche, quando efetua uma de suas potências. Eu conquisto, por menor que seja, um pedaço de cor. Entro um pouco na cor.”

Por isso, embora estejamos todos sujeitos à relatividade externa dos encontros e desencontros da vida, e efetivamente marcados pela impotência de agirmos conforme a nossa natureza, mesmo assim a alegria, quando existir, será apenas uma força impulsionadora que nos levará a uma experiência muito maior: a potência de viver. “Toda alegria é alegria de viver”(Cf. Viviane Mosé, Spinoza e a alegria, Série “Ser ou não ser”).

Contudo, aprendamos a nos alegrar, pois só assim poderemos afastar de nós os afetos tristes. Façamos como diz Nietzsche: “Aprendamos a nos alegrar: é a melhor maneira de desaprender a magoar os outros”.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Licenciado em Filosofia pela UERN e

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