sábado, 31 de maio de 2008

Uma cidadania merecida pela vida.


Mais uma vez a Câmara dos Vereadores de nossa cidade eleva graciosamente alguns filhos seus à cidadania que, de algum modo, já se sentiam parte desta família chamada Florânia. Uma noite, certamente, que passará para história, na qual a Cidade de Florânia homenageou merecidamente diversas pessoas, donas de suas vidas marcadas pelo trabalho e por uma história cheia de desafios como a maioria dos que aqui moram construindo rumos diferentes.
Na minha fala, quando tive a oportunidade de proferi-la, agradeci, sobretudo a Deus de quem depende exclusivamente a minha vida. Depois fui grato à Sra. Vereadora Márcia Rejane, autora da proposição delegada a mim, por conferir-me generosamente o título de cidadão floraniense. Muito embora, saiba que, por natureza, como diria o filósofo francês Jean Paul Sartre, “Pour la force des choses” – “Pela força das coisas” – pela força das circunstâncias e pela Providência divina fui trazido para cá há quase cinco anos, onde acabei me enamorando e casando com uma filha desta cidade, Silmara Rejane, com quem pretendo conviver pelo resto da minha vida. Não pude deixar de mencionar, de fato, os meus pais que moram em Jardim de Piranhas por serem os responsáveis diretos pela educação proporcionada a mim. Lembrava, ainda, de um personagem bíblico, Paulo de Tarso, mais precisamente no livro de Atos dos Apóstolos, que teve a sua cidadania comprada em virtude do orgulho dos pais quererem vê-lo cheio de glória, honra e fama admitido no exército romano, como acontece ainda hoje em alguns países do mundo. Fazer parte de um exército ou ainda pertencer a uma infantaria militar era questão de honra, de orgulho, de “status” para uma família. Foi o que aconteceu com Paulo no início de sua juventude, tornando-se soldado romano e, mais tarde, sendo responsável pela morte de muitos cristãos, inclusive, o mártir Estevão.
No entanto, a nossa cidadania não é comprada por algumas moedas de prata, mas merecida por uma vida pautada na hombridade, no altruísmo e na prestação de serviços visando apenas o bem de Florânia. Indiscutivelmente, a vida de cada um foi a grande responsável por nos conduzir até a câmara dos vereadores, fazendo-nos valer a cidadania. O bom e verdadeiro exercício dela nos deram a honra da proposição, pois se assim não fosse poucos de nós teríamos sido agraciados.
Graças a Deus e ao povo desta terra, tão caro aos olhos de nosso Senhor, pela honra e pela felicidade distribuídas a mim e a todos quantos tiveram a graça de serem elevados oficialmente a cidadão floraniense. Diante disso, muitíssimo obrigado CONTERRÂNEOS.
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

“Entre a vida e a morte” de olho em “Entre lobos”




Na noite de 25 de maio deste ano, com a presença de várias autoridades de nossa cidade, dentre elas o Sr. Prefeito Flávio José e o Presidente da câmara Arlindo Delgado, assim como outros vereadores, diretores e professores das Escolas, ficamos todos perplexos e – pedindo licença da expressão celebrada pelo filme “Agonia e Êxtase de Michelangelo” – extasiados pela brilhante, não menos emocionada apresentação teatral de jovens e populares de Florânia, enchendo-nos de orgulho e encanto, devido ao realismo e beleza com que conduziram o tema “Entre a vida e a morte” sob a direção do nosso mais novo cineasta, J.Júnior.
Assim que entramos no Ginásio de Esportes do Município, de cara nos deparamos, surpresos, pela originalidade do cenário do espetáculo, construído pelos próprios jovens atores. Reproduzia quase fielmente as características da nossa caatinga, pois é nela que se desdobra toda a trama da apresentação, de modo a promover o sertão com inúmeros detalhes, sua paisagem, sua cultura, sua gente, sua luta, sua morte, sua vida...
Do início ao fim, mesclam-se vida e morte no texto, na luz, no figurino, sobretudo, na representação magistral dos atores, cujo desfecho salta aos olhos dos espectadores presentes, um misto silencioso de liberdade da vida em meio a religiosidade popular que se encerra numa oração, “Salve Regina”.
O floraniense fora premiado, em plena noite de domingo, por um belíssimo espetáculo que mais enalteceu a vida destemida do sertanejo “cabra da peste”; do que a diminuiu frente à dura lida ou realidade envolvida pela morte tão bem simbolizada na vegetação árida, na casa de taipa coberta com palhas de coqueiro, nas mulheres trabalhadoras e nas crianças humildes com poucas condições de vida.
Todavia, não podemos deixar de salientar que o interesse dessa apresentação, além de nos presentear, era todo voltado para recepcionar a equipe de cineastas do Rio Grande do Norte – Diretor: Edson Soares. Fotografia: Jean Carlo. Produção: Carlos Frederic e Jean Custo. Ator: Ignácio – e proporcionar-lhes observar, avaliar e selecionar alguns atores de nossa cidade que farão parte de uma longa metragem, denominada “Entre lobos”, tendo como Empresas co-produtoras Interfilmes e Nucnatal. A equipe, que começará seus trabalhos de filmagens já na segunda semana de junho aqui em Florânia, esteve conosco desde sábado, sentindo o calor e a ternura do acolhimento por demais agradável do nosso povo.
Texto: Jackislandy Meira de Medeiros Silva, Professor de Filosofia.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nosso tão sonhado "Clube Municipal". Palavras do Prefeito Flávio José. Florânia/RN.

AMIGOS, ESTE É O PROTÓTIPO DA REFORMA DO TÃO SONHADO CLUBE MUNICIPAL QUE ESTÁ SENDO REFORMADO COM RECURSOS DO MINISTÉRIO DO TURISMO E COM CONTRA PARTIDA DA PREFEITURA MUNICIPAL, NUM MONTANTE DE QUASE R$ 140.000,00. TERÁ STATUS DE CENTRO DE CULTURA, ONDE SERVIRÁ PARA RECEPÇÕES, FESTAS SOCIAIS, AUDITÓRIO PARA CONVENÇÕES, ENFIM, SUPRIR A NECESSIDADE DE UM ESPAÇO SOCIAL E DEVOLVER A NOSSA CIDADE, UM MODERNO E BONITO PRÉDIO QUE ESTAVA ABANDONADO A TANTO TEMPO. PEÇO QUE DIVULGUEM SE POSSÍVEL. FORTE ABRAÇO, FLÁVIO JOSÉ.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

KANT E A CRÍTICA DO JUÍZO ESTÉTICO



Cabe-nos aqui, num excurso de três ou mais textos que se seguirão, tentar perceber a filigrana da abrangência filosófico-estética de Kant, que começa distinguindo a base lógica do juízo estético da base lógica dos juízos sobre outras fontes de prazer e da base dos juízos de utilidade e de bondade.
A Filosofia de Kant possibilitará, vias estéticas, uma nova compreensão teórica do belo, atribuindo horizontes para a reformulação do problema das relações entre arte e realidade. Alguns dados a respeito dessa filosofia são indispensáveis para apresentarmos as concepções estéticas que direta ou indiretamente a ela se filiam.




KANT E A CRÍTICA DO JUÍZO ESTÉTICO

A crítica do juízo é talvez a obra que exerceu maior influência no mundo da cultura e imediatamente posterior a Kant.
Na crítica do juízo, elaborada em 1790, Kant se ocupa, em primeiro lugar, do julgamento estético, expressando de maneira lógica muitas das idéias e doutrinas dos estetas ingleses do séc XVIII e modelando-as dentro de um sistema coerente.
O seu escopo principal é estudar como são possíveis juízos estéticos universalmente válidos, mas ela tem também outro escopo, e muito importante: estabelecer uma ligação entre a razão pura e razão prática. Vimos que a crítica da razão pura concluiu que verdadeira ciência só é possível no mundo sensível, fonomênico; a Crítica da razão prática revelou-nos, por outro lado, a assistência no mundo numênico, de um reino de liberdade, subtraído ao determinismo dos fenômenos físicos; logo, não fenomênico. Mas há uma separação entre os dois mundos, e não existe passagem de um lado para o outro.
Assim, “(...) conformando-se ao conhecimento de um objeto possível, a Arte cumpre somente as operações necessárias para realizá-lo, diz-se que ela é a Arte mecânica; se, porém, tem por fim imediato o sentimento do prazer, é a Arte estética. Esta é a Arte aprazível ou bela. Arte é aprazível quando sua finalidade é fazer que o prazer acompanhe as representações enquanto simples sensações; é bela quando o seu fim é conjugar o prazer às representações como forma de conhecimento”(In ABBAGNANO, 2000, p. 82. Cf. Crítica do Juízo, § 44)

Em virtude disso, o conceito de natureza pode, sem dúvida, representar os seus objetos na intuição, não como coisa em si, mas como fenômeno; o conceito de liberdade pode representar o seu objeto como coisa em si, mas não na intuição; conseqüentemente nenhum dos dois pode oferecer um conhecimento teorético do seu objeto ( nenhum do sujeito pensante) como coisa em si.
Ao fim das duas primeiras Críticas, entra-se em contato, mas em contato cego, com o inteligível por meio da lei moral. O inteligível não é intuído nem visto; por outro lado, aquilo que se intui, aquilo que se tem ciência, é apenas sensível, apenas fenômeno, não realidade em si. E, no entanto, afirma Kant, apesar da separação, o mundo inteligível deve exercer influência sobre o sensível, porque a liberdade deve poder atuar no mundo sensível. Como é isto possível?
O intermediário entre a razão, que tem apenas função prática, e o sentimento, a terceira faculdade espiritual do homem, cuja atividade consiste em emitir juízos estéticos.
Portanto, juízo estético é uma intuição do inteligível, do reino dos fins, do Absoluto, de Deus, no sensível, não uma intuição objetiva, mas subjetiva.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.

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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Deus, a presença de um acreditar...






Nós entendemos que em todos os tempos, a humanidade afirmou a existência de Deus. Em toda a história, apesar das intempéries, desastres e escândalos, sempre manifestou, por meio da religião – ou religiões – a existência de Deus. Uma coisa é você afirmar a natureza da existência de Deus, o que é mais complicado e polêmico. Outra coisa é você tratar ou afirmar a existência de Deus, pois é confirmada e verdadeira dentro do nosso mundo histórico, social e político. São nestes fatos que justificamos sem nenhuma dúvida a existência de Deus. Quem nega essa existência necessariamente vive isolado, à margem da sociedade, como um misantropo de suas idéias. Até mesmo os povos mais primitivos, os clássicos, afirmaram a existência de Deus; Cícero, por exemplo, dizia: “Onde está o povo, uma família que não admita a existência de Deus?” – “Não há povo ou pessoa por mais inculto e bárbaro que seja, jamais poderá viver sem um Deus”. “Os homens dificilmente põem acordo em suas idéias, mas quando se trata do tocante de Deus não há quem discorde”(Máximo de Tiro). “Se não há Deus, todas as coisas estão enganadas”(Lucrécio). “Se não há Deus, tudo é permitido”(Lucrécio). Infelizmente, com a queima dos livros ou obras valiosíssimas em Alexandria no Egito, perdemos muita coisa que nos enriqueceria nesta afirmação de Deus ao longo de toda a história da humanidade. Os povos, quanto mais primitivos mais puros eram em sua religião, em sua crença. Pode-se afirmar que ainda hoje não há um só povo sem religião, sem a presença de um acreditar.



Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.



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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mensagem de um professor aos estudantes














Aos que buscam respostas intermináveis.


Estudar não nos parece uma luta vã. Bastam olhar para vocês mesmos; para muitos de seus pais e de suas mães que não tiveram oportunidade de estudar e de como vivem hoje; para os professores de vocês que tiram o sustento do ofício de ensinar; para o mundo ou para a realidade selvagem do capitalismo que aí está, não deixando os bons prevalecerem sobre os maus, nem simplesmente os melhores sobre os piores, mas infelizmente se sobressaem os que têm aos que não têm ou nada têm. Essa é a lógica da sobrevivência moderna que nos desafia a rompê-la pela perseverança, pela dedicação, pelo trabalho e, sobretudo, pela paciência ao estudar.
Não poucos, por serem pobres ou por não terem o suficiente para estudar, conseguem quebrar o padrão vantajoso do capitalismo, pois nossos governantes com base nesse padrão, investem pouquíssimo na Educação brasileira. Para termos uma idéia, de cada 100 alunos que ingressam no ensino fundamental, apenas 12 concluem o ensino médio e 06 entram na Universidade. Este quadro, segundo o Banco Mundial, custa 2,5 bilhões de dólares por ano para o país. Partindo desse ponto, poderíamos perguntar: o Brasil tem dinheiro para investir na Educação? Se tem, por que não investe? Se não tem, que significa esse custo que acabamos de mencionar? Será que estão utilizando mal o nosso dinheiro?
Talvez seja por isso que muitos não queiram que usemos a nossa inteligência. Esta serve para percebermos o grau de injustiça que fazem conosco. Vejam só, é porque vivemos numa civilização das vantagens sobre a infelicidade alheia que somos levados a perguntar para que serve isso e aquilo e também o estudo. Ah, quantos de vocês nos perguntam: “Para que serve estudar, professor?” Jogamos fora então a pergunta? Não.
Diremos, então, que o estudo tem a ver, como tem, com certo exercício de liberdade? Que o estudo, toda vez que serve, deixa de ser estudo, porque abandona sua liberdade? Que, neste sentido, o estudo não serve a ninguém nem a nada? Diremos que o estudo é uma forma de felicidade? É possível. Mas o aluno que está longe de ser tolo pode devolver a pergunta: não perguntei a quem serve o estudo, ou a quê, mas o que posso fazer com ele e, se não posso fazer nada com ele, o que ele pode fazer comigo.
Digamos, então, que a Educação ou o estudo, como exercício de liberdade, pode nos ajudar a nos livrar dos preconceitos, aceitos sem nenhum questionamento, e que, exatamente por não terem sido discutidos, impedem a possibilidade de nos relacionarmos de uma forma diferente com o mundo e com os outros, acreditando que a fraternidade elimina a violência porque somos vistos como irmãos e que a solidariedade diminui a distância entre nós pela sensibilidade da fraqueza ou do poder do outro.
Quando aprendemos, de fato, a pensar para além do modo como nos ensinaram que seria o certo ou o errado, quando duvidarmos das nossas certezas “absolutas”, quando abrirmos mão de nossa liberdade e quando indagarmos se isso que chamamos “nossa liberdade” é mesmo uma liberdade, pode ficar sob alerta porque estamos colocando para funcionar o “desconfiômetro” da educação. Estamos começando a aprender.
Portanto, que o mesmo Espírito que soprou o hálito da vida sobre Adão, que envolveu de proteção o menino Jesus no ventre de Maria ao ser gerado, que fez Jesus entregar sua alma à vontade do Pai na hora de sua morte, que deu unidade a todos os povos em Pentecostes, que inspirou Machado de Assis a compor, com apenas 23 letras do alfabeto, uma pequena grande obra “Dom Casmurro”, mova nossos corações para uma vida digna e abundante com sabor de esperança.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
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PROJETO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA – FLORÂNIA/RN






Período: Abril a Setembro de 2008.
Tema: Ações Educativas Complementares – AEC(Desafios atuais)
Público alvo: Gestores, Coordenadores, Supervisores, Educadores e Alunos.

Objetivo: Implantar Ações Educativas Complementares(qualquer trabalho educativo) complementar à Escola, realizado em conformidade com o Projeto Político-Pedagógico local, voltado para o desenvolvimento das potencialidades da criança, adolescente, do jovem e de sua família e que contribua para os processos do desenvolvimento pessoal, promoção social, fortalecimento da auto-estima, transformando seus beneficiários em cidadãos conscientes e participantes do contexto sócio-ambiental em que vivem.

1ª Parte: SOCIALIZAÇÃO – 06 de maio de 2008.
Local: Escola Estadual Teônia Amaral
Ø 8h.: Sessão de Abertura com apresentação cultural e participação das autoridades e educadores do município;
Ø 9h.: Palestra sob o título: “Pequenas práticas de saber”(Foucault) com o Prof. Especialista em Filosofia, Jackislandy Meira de Medeiros Silva;
Ø 10h.: “Coffee Breack” e Amostragem dos stands com ações educacionais a serem desenvolvidas: JORNAL; TEATRO; JOGOS; MÚSICA; FILMES.
2ª Parte: VISITA ÀS ESCOLAS URBANAS E RURAIS(DIAGNÓSTICO) – 2ª Semana de Maio.
Ø Domingas Francelina;
Ø Teônia Amaral;
Ø Silvino Bezerra;
Ø Centro de Educação Infantil;
Ø Cajueiro e Assentamento(5ª Semana de Maio).
3ª Parte: IMPLANTAÇÃO OU FORTALECIMENTO DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS – Período de Junho e Julho.
Ø Realização das práticas complementares educativas nas Escolas;
Ø Oficinas;
Ø Palestras;
Ø Apresentações culturais;
Ø Dinâmicas;
Ø Socializações.
4ª Parte: TROCA DE EXPERIÊNCIAS – Agosto e Setembro(CULMINÂNCIA).
Ø Encontro para o convívio das experiências;
Ø Demonstração das atividades realizadas nas Escolas;
Ø Apresentação dos trabalhos;
Ø Almoço de Confraternização.

Apoios: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
Ministério da Educação e Cultura – MEC.
Estado do Rio Grande do Norte – RN.
Prefeitura Municipal de Florânia.
Secretaria Municipal da Educação.
Escolas Públicas.

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sábado, 31 de maio de 2008

Uma cidadania merecida pela vida.


Mais uma vez a Câmara dos Vereadores de nossa cidade eleva graciosamente alguns filhos seus à cidadania que, de algum modo, já se sentiam parte desta família chamada Florânia. Uma noite, certamente, que passará para história, na qual a Cidade de Florânia homenageou merecidamente diversas pessoas, donas de suas vidas marcadas pelo trabalho e por uma história cheia de desafios como a maioria dos que aqui moram construindo rumos diferentes.
Na minha fala, quando tive a oportunidade de proferi-la, agradeci, sobretudo a Deus de quem depende exclusivamente a minha vida. Depois fui grato à Sra. Vereadora Márcia Rejane, autora da proposição delegada a mim, por conferir-me generosamente o título de cidadão floraniense. Muito embora, saiba que, por natureza, como diria o filósofo francês Jean Paul Sartre, “Pour la force des choses” – “Pela força das coisas” – pela força das circunstâncias e pela Providência divina fui trazido para cá há quase cinco anos, onde acabei me enamorando e casando com uma filha desta cidade, Silmara Rejane, com quem pretendo conviver pelo resto da minha vida. Não pude deixar de mencionar, de fato, os meus pais que moram em Jardim de Piranhas por serem os responsáveis diretos pela educação proporcionada a mim. Lembrava, ainda, de um personagem bíblico, Paulo de Tarso, mais precisamente no livro de Atos dos Apóstolos, que teve a sua cidadania comprada em virtude do orgulho dos pais quererem vê-lo cheio de glória, honra e fama admitido no exército romano, como acontece ainda hoje em alguns países do mundo. Fazer parte de um exército ou ainda pertencer a uma infantaria militar era questão de honra, de orgulho, de “status” para uma família. Foi o que aconteceu com Paulo no início de sua juventude, tornando-se soldado romano e, mais tarde, sendo responsável pela morte de muitos cristãos, inclusive, o mártir Estevão.
No entanto, a nossa cidadania não é comprada por algumas moedas de prata, mas merecida por uma vida pautada na hombridade, no altruísmo e na prestação de serviços visando apenas o bem de Florânia. Indiscutivelmente, a vida de cada um foi a grande responsável por nos conduzir até a câmara dos vereadores, fazendo-nos valer a cidadania. O bom e verdadeiro exercício dela nos deram a honra da proposição, pois se assim não fosse poucos de nós teríamos sido agraciados.
Graças a Deus e ao povo desta terra, tão caro aos olhos de nosso Senhor, pela honra e pela felicidade distribuídas a mim e a todos quantos tiveram a graça de serem elevados oficialmente a cidadão floraniense. Diante disso, muitíssimo obrigado CONTERRÂNEOS.
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

“Entre a vida e a morte” de olho em “Entre lobos”




Na noite de 25 de maio deste ano, com a presença de várias autoridades de nossa cidade, dentre elas o Sr. Prefeito Flávio José e o Presidente da câmara Arlindo Delgado, assim como outros vereadores, diretores e professores das Escolas, ficamos todos perplexos e – pedindo licença da expressão celebrada pelo filme “Agonia e Êxtase de Michelangelo” – extasiados pela brilhante, não menos emocionada apresentação teatral de jovens e populares de Florânia, enchendo-nos de orgulho e encanto, devido ao realismo e beleza com que conduziram o tema “Entre a vida e a morte” sob a direção do nosso mais novo cineasta, J.Júnior.
Assim que entramos no Ginásio de Esportes do Município, de cara nos deparamos, surpresos, pela originalidade do cenário do espetáculo, construído pelos próprios jovens atores. Reproduzia quase fielmente as características da nossa caatinga, pois é nela que se desdobra toda a trama da apresentação, de modo a promover o sertão com inúmeros detalhes, sua paisagem, sua cultura, sua gente, sua luta, sua morte, sua vida...
Do início ao fim, mesclam-se vida e morte no texto, na luz, no figurino, sobretudo, na representação magistral dos atores, cujo desfecho salta aos olhos dos espectadores presentes, um misto silencioso de liberdade da vida em meio a religiosidade popular que se encerra numa oração, “Salve Regina”.
O floraniense fora premiado, em plena noite de domingo, por um belíssimo espetáculo que mais enalteceu a vida destemida do sertanejo “cabra da peste”; do que a diminuiu frente à dura lida ou realidade envolvida pela morte tão bem simbolizada na vegetação árida, na casa de taipa coberta com palhas de coqueiro, nas mulheres trabalhadoras e nas crianças humildes com poucas condições de vida.
Todavia, não podemos deixar de salientar que o interesse dessa apresentação, além de nos presentear, era todo voltado para recepcionar a equipe de cineastas do Rio Grande do Norte – Diretor: Edson Soares. Fotografia: Jean Carlo. Produção: Carlos Frederic e Jean Custo. Ator: Ignácio – e proporcionar-lhes observar, avaliar e selecionar alguns atores de nossa cidade que farão parte de uma longa metragem, denominada “Entre lobos”, tendo como Empresas co-produtoras Interfilmes e Nucnatal. A equipe, que começará seus trabalhos de filmagens já na segunda semana de junho aqui em Florânia, esteve conosco desde sábado, sentindo o calor e a ternura do acolhimento por demais agradável do nosso povo.
Texto: Jackislandy Meira de Medeiros Silva, Professor de Filosofia.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nosso tão sonhado "Clube Municipal". Palavras do Prefeito Flávio José. Florânia/RN.

AMIGOS, ESTE É O PROTÓTIPO DA REFORMA DO TÃO SONHADO CLUBE MUNICIPAL QUE ESTÁ SENDO REFORMADO COM RECURSOS DO MINISTÉRIO DO TURISMO E COM CONTRA PARTIDA DA PREFEITURA MUNICIPAL, NUM MONTANTE DE QUASE R$ 140.000,00. TERÁ STATUS DE CENTRO DE CULTURA, ONDE SERVIRÁ PARA RECEPÇÕES, FESTAS SOCIAIS, AUDITÓRIO PARA CONVENÇÕES, ENFIM, SUPRIR A NECESSIDADE DE UM ESPAÇO SOCIAL E DEVOLVER A NOSSA CIDADE, UM MODERNO E BONITO PRÉDIO QUE ESTAVA ABANDONADO A TANTO TEMPO. PEÇO QUE DIVULGUEM SE POSSÍVEL. FORTE ABRAÇO, FLÁVIO JOSÉ.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

KANT E A CRÍTICA DO JUÍZO ESTÉTICO



Cabe-nos aqui, num excurso de três ou mais textos que se seguirão, tentar perceber a filigrana da abrangência filosófico-estética de Kant, que começa distinguindo a base lógica do juízo estético da base lógica dos juízos sobre outras fontes de prazer e da base dos juízos de utilidade e de bondade.
A Filosofia de Kant possibilitará, vias estéticas, uma nova compreensão teórica do belo, atribuindo horizontes para a reformulação do problema das relações entre arte e realidade. Alguns dados a respeito dessa filosofia são indispensáveis para apresentarmos as concepções estéticas que direta ou indiretamente a ela se filiam.




KANT E A CRÍTICA DO JUÍZO ESTÉTICO

A crítica do juízo é talvez a obra que exerceu maior influência no mundo da cultura e imediatamente posterior a Kant.
Na crítica do juízo, elaborada em 1790, Kant se ocupa, em primeiro lugar, do julgamento estético, expressando de maneira lógica muitas das idéias e doutrinas dos estetas ingleses do séc XVIII e modelando-as dentro de um sistema coerente.
O seu escopo principal é estudar como são possíveis juízos estéticos universalmente válidos, mas ela tem também outro escopo, e muito importante: estabelecer uma ligação entre a razão pura e razão prática. Vimos que a crítica da razão pura concluiu que verdadeira ciência só é possível no mundo sensível, fonomênico; a Crítica da razão prática revelou-nos, por outro lado, a assistência no mundo numênico, de um reino de liberdade, subtraído ao determinismo dos fenômenos físicos; logo, não fenomênico. Mas há uma separação entre os dois mundos, e não existe passagem de um lado para o outro.
Assim, “(...) conformando-se ao conhecimento de um objeto possível, a Arte cumpre somente as operações necessárias para realizá-lo, diz-se que ela é a Arte mecânica; se, porém, tem por fim imediato o sentimento do prazer, é a Arte estética. Esta é a Arte aprazível ou bela. Arte é aprazível quando sua finalidade é fazer que o prazer acompanhe as representações enquanto simples sensações; é bela quando o seu fim é conjugar o prazer às representações como forma de conhecimento”(In ABBAGNANO, 2000, p. 82. Cf. Crítica do Juízo, § 44)

Em virtude disso, o conceito de natureza pode, sem dúvida, representar os seus objetos na intuição, não como coisa em si, mas como fenômeno; o conceito de liberdade pode representar o seu objeto como coisa em si, mas não na intuição; conseqüentemente nenhum dos dois pode oferecer um conhecimento teorético do seu objeto ( nenhum do sujeito pensante) como coisa em si.
Ao fim das duas primeiras Críticas, entra-se em contato, mas em contato cego, com o inteligível por meio da lei moral. O inteligível não é intuído nem visto; por outro lado, aquilo que se intui, aquilo que se tem ciência, é apenas sensível, apenas fenômeno, não realidade em si. E, no entanto, afirma Kant, apesar da separação, o mundo inteligível deve exercer influência sobre o sensível, porque a liberdade deve poder atuar no mundo sensível. Como é isto possível?
O intermediário entre a razão, que tem apenas função prática, e o sentimento, a terceira faculdade espiritual do homem, cuja atividade consiste em emitir juízos estéticos.
Portanto, juízo estético é uma intuição do inteligível, do reino dos fins, do Absoluto, de Deus, no sensível, não uma intuição objetiva, mas subjetiva.

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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Deus, a presença de um acreditar...






Nós entendemos que em todos os tempos, a humanidade afirmou a existência de Deus. Em toda a história, apesar das intempéries, desastres e escândalos, sempre manifestou, por meio da religião – ou religiões – a existência de Deus. Uma coisa é você afirmar a natureza da existência de Deus, o que é mais complicado e polêmico. Outra coisa é você tratar ou afirmar a existência de Deus, pois é confirmada e verdadeira dentro do nosso mundo histórico, social e político. São nestes fatos que justificamos sem nenhuma dúvida a existência de Deus. Quem nega essa existência necessariamente vive isolado, à margem da sociedade, como um misantropo de suas idéias. Até mesmo os povos mais primitivos, os clássicos, afirmaram a existência de Deus; Cícero, por exemplo, dizia: “Onde está o povo, uma família que não admita a existência de Deus?” – “Não há povo ou pessoa por mais inculto e bárbaro que seja, jamais poderá viver sem um Deus”. “Os homens dificilmente põem acordo em suas idéias, mas quando se trata do tocante de Deus não há quem discorde”(Máximo de Tiro). “Se não há Deus, todas as coisas estão enganadas”(Lucrécio). “Se não há Deus, tudo é permitido”(Lucrécio). Infelizmente, com a queima dos livros ou obras valiosíssimas em Alexandria no Egito, perdemos muita coisa que nos enriqueceria nesta afirmação de Deus ao longo de toda a história da humanidade. Os povos, quanto mais primitivos mais puros eram em sua religião, em sua crença. Pode-se afirmar que ainda hoje não há um só povo sem religião, sem a presença de um acreditar.



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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mensagem de um professor aos estudantes














Aos que buscam respostas intermináveis.


Estudar não nos parece uma luta vã. Bastam olhar para vocês mesmos; para muitos de seus pais e de suas mães que não tiveram oportunidade de estudar e de como vivem hoje; para os professores de vocês que tiram o sustento do ofício de ensinar; para o mundo ou para a realidade selvagem do capitalismo que aí está, não deixando os bons prevalecerem sobre os maus, nem simplesmente os melhores sobre os piores, mas infelizmente se sobressaem os que têm aos que não têm ou nada têm. Essa é a lógica da sobrevivência moderna que nos desafia a rompê-la pela perseverança, pela dedicação, pelo trabalho e, sobretudo, pela paciência ao estudar.
Não poucos, por serem pobres ou por não terem o suficiente para estudar, conseguem quebrar o padrão vantajoso do capitalismo, pois nossos governantes com base nesse padrão, investem pouquíssimo na Educação brasileira. Para termos uma idéia, de cada 100 alunos que ingressam no ensino fundamental, apenas 12 concluem o ensino médio e 06 entram na Universidade. Este quadro, segundo o Banco Mundial, custa 2,5 bilhões de dólares por ano para o país. Partindo desse ponto, poderíamos perguntar: o Brasil tem dinheiro para investir na Educação? Se tem, por que não investe? Se não tem, que significa esse custo que acabamos de mencionar? Será que estão utilizando mal o nosso dinheiro?
Talvez seja por isso que muitos não queiram que usemos a nossa inteligência. Esta serve para percebermos o grau de injustiça que fazem conosco. Vejam só, é porque vivemos numa civilização das vantagens sobre a infelicidade alheia que somos levados a perguntar para que serve isso e aquilo e também o estudo. Ah, quantos de vocês nos perguntam: “Para que serve estudar, professor?” Jogamos fora então a pergunta? Não.
Diremos, então, que o estudo tem a ver, como tem, com certo exercício de liberdade? Que o estudo, toda vez que serve, deixa de ser estudo, porque abandona sua liberdade? Que, neste sentido, o estudo não serve a ninguém nem a nada? Diremos que o estudo é uma forma de felicidade? É possível. Mas o aluno que está longe de ser tolo pode devolver a pergunta: não perguntei a quem serve o estudo, ou a quê, mas o que posso fazer com ele e, se não posso fazer nada com ele, o que ele pode fazer comigo.
Digamos, então, que a Educação ou o estudo, como exercício de liberdade, pode nos ajudar a nos livrar dos preconceitos, aceitos sem nenhum questionamento, e que, exatamente por não terem sido discutidos, impedem a possibilidade de nos relacionarmos de uma forma diferente com o mundo e com os outros, acreditando que a fraternidade elimina a violência porque somos vistos como irmãos e que a solidariedade diminui a distância entre nós pela sensibilidade da fraqueza ou do poder do outro.
Quando aprendemos, de fato, a pensar para além do modo como nos ensinaram que seria o certo ou o errado, quando duvidarmos das nossas certezas “absolutas”, quando abrirmos mão de nossa liberdade e quando indagarmos se isso que chamamos “nossa liberdade” é mesmo uma liberdade, pode ficar sob alerta porque estamos colocando para funcionar o “desconfiômetro” da educação. Estamos começando a aprender.
Portanto, que o mesmo Espírito que soprou o hálito da vida sobre Adão, que envolveu de proteção o menino Jesus no ventre de Maria ao ser gerado, que fez Jesus entregar sua alma à vontade do Pai na hora de sua morte, que deu unidade a todos os povos em Pentecostes, que inspirou Machado de Assis a compor, com apenas 23 letras do alfabeto, uma pequena grande obra “Dom Casmurro”, mova nossos corações para uma vida digna e abundante com sabor de esperança.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
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PROJETO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA – FLORÂNIA/RN






Período: Abril a Setembro de 2008.
Tema: Ações Educativas Complementares – AEC(Desafios atuais)
Público alvo: Gestores, Coordenadores, Supervisores, Educadores e Alunos.

Objetivo: Implantar Ações Educativas Complementares(qualquer trabalho educativo) complementar à Escola, realizado em conformidade com o Projeto Político-Pedagógico local, voltado para o desenvolvimento das potencialidades da criança, adolescente, do jovem e de sua família e que contribua para os processos do desenvolvimento pessoal, promoção social, fortalecimento da auto-estima, transformando seus beneficiários em cidadãos conscientes e participantes do contexto sócio-ambiental em que vivem.

1ª Parte: SOCIALIZAÇÃO – 06 de maio de 2008.
Local: Escola Estadual Teônia Amaral
Ø 8h.: Sessão de Abertura com apresentação cultural e participação das autoridades e educadores do município;
Ø 9h.: Palestra sob o título: “Pequenas práticas de saber”(Foucault) com o Prof. Especialista em Filosofia, Jackislandy Meira de Medeiros Silva;
Ø 10h.: “Coffee Breack” e Amostragem dos stands com ações educacionais a serem desenvolvidas: JORNAL; TEATRO; JOGOS; MÚSICA; FILMES.
2ª Parte: VISITA ÀS ESCOLAS URBANAS E RURAIS(DIAGNÓSTICO) – 2ª Semana de Maio.
Ø Domingas Francelina;
Ø Teônia Amaral;
Ø Silvino Bezerra;
Ø Centro de Educação Infantil;
Ø Cajueiro e Assentamento(5ª Semana de Maio).
3ª Parte: IMPLANTAÇÃO OU FORTALECIMENTO DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS – Período de Junho e Julho.
Ø Realização das práticas complementares educativas nas Escolas;
Ø Oficinas;
Ø Palestras;
Ø Apresentações culturais;
Ø Dinâmicas;
Ø Socializações.
4ª Parte: TROCA DE EXPERIÊNCIAS – Agosto e Setembro(CULMINÂNCIA).
Ø Encontro para o convívio das experiências;
Ø Demonstração das atividades realizadas nas Escolas;
Ø Apresentação dos trabalhos;
Ø Almoço de Confraternização.

Apoios: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
Ministério da Educação e Cultura – MEC.
Estado do Rio Grande do Norte – RN.
Prefeitura Municipal de Florânia.
Secretaria Municipal da Educação.
Escolas Públicas.

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