terça-feira, 15 de julho de 2008

A boa e velha política...



Mal chegamos a meados de julho que a boa e velha política partidária teima em começar. E desta vez vem com gosto de gás para honrar a Democracia brasileira em todos os municípios. São reuniões políticas, passeatas, carreatas, mobilizações que, a meu ver, mais enaltecem a Democracia do que a depreciam. Na verdade, por aí a fora, assistimos a um "show" grandioso de opiniões, discussões e debates políticos que infestam as ruas de nossas múltiplas cidades. Não há mal nisso! Há, sim, uma emblemática oportunidade de vivermos a política com todas as suas vantagens e desvantagens, com todas as suas posturas e descomposturas, com todos os seus erros e acertos, com todas as suas falsidades e verdades, com todo o jogo dela consigo mesma. É o mundo da política, complexo e vasto por ele mesmo que exige, mais do que nunca, nossa participação.
O ano de 2008 é marcado, mais uma vez, por campanhas eleitorais em todos os municípios desse imenso país, de norte a sul, de leste a oeste, de modo a renascer a esperança na cabeça de milhares de brasileiros. E aqui é oportuno lembrar o filósofo grego, do séc. IV a.C., Aristóteles, para o qual a política injusta na distribuição da riqueza é tratar os desiguais de modo igual, uma vez que, na prática, o contrário deveria prevalecer. Isto é, tratar os desiguais de forma desigual. Isso posto, tornar iguais os desiguais. Tarefa árdua essa!
No entanto, em 5 de outubro deste ano acontece o tão esperado pleito eleitoral na cidade de Florânia, bem como nas demais cidades brasileiras, entre o representante da coligação "Por amor a Florânia", Flávio José de Oliveira Silva e o representante da coligação "Por respeito a Florânia", Sinval Salomão com seus respectivos candidatos a vereadores. A estes, digo, aos vereadores, cabe a função de legislar e fiscalizar o executivo a respeito dos rumos que o município deve trilhar. Àqueles, isto é, aos candidatos a Prefeito, implica a responsabilidade em promover ainda mais um "show" de Democracia na vida política de nosso município. A nós, eleitores, cabe a tarefa de fiscalizar as atitudes dos vereadores, não se omitindo, quando é imperativo denunciá-los por não primarem pelo comportamento ético. Por outro lado, deve-se levar em conta, também, a cobrança de propostas em questões bem pertinentes como, por exemplo, desigualdade social, infra-estrutura social – educação, saúde, saneamento(pavimentação), moradia, geração de emprego e renda, agricultura... – e, sobretudo, o compromisso com a ÉTICA. Afinal, a fronteira ética, na formação social é a libertação das classes populares.
Enquanto cidadãos, todos devem cumprir: a cobrança de atitudes éticas de nós mesmos e dos nossos possíveis representantes. Caso contrário, contribuiremos para uma real banalização do mal. Se a política for considerada como algo apenas técnico, ou seja, só para especialistas, ela não é ética. Se considerada ainda como simples divergências pessoais, deixará de ser ideológica passando a trair a ética. Portanto, candidatos, não esqueçam! As divergências devem estar apenas no nível ético, político e ideológico, não enveredando para o nível pessoal.
Para a filósofa Marilena Chauí, não é certo falar em retorno da ética, como se fosse algo que pudéssemos perder com um tempo. Ela deve estar presente em todas as posturas de quem é cidadão. Política e ética andam juntas. A vida justa e feliz é a finalidade da política. Dessa forma, não dá para separá-la da ética. Também não se trata de ética na política, ou seja, pode estar ou não, mas da política, essencialmente, ela é sempre ética. O que caracteriza a política é a ética. Portanto, não a descaracterizemos!!!!


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.


Confira os blogs: www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

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A boa e velha política...



Mal chegamos a meados de julho que a boa e velha política partidária teima em começar. E desta vez vem com gosto de gás para honrar a Democracia brasileira em todos os municípios. São reuniões políticas, passeatas, carreatas, mobilizações que, a meu ver, mais enaltecem a Democracia do que a depreciam. Na verdade, por aí a fora, assistimos a um "show" grandioso de opiniões, discussões e debates políticos que infestam as ruas de nossas múltiplas cidades. Não há mal nisso! Há, sim, uma emblemática oportunidade de vivermos a política com todas as suas vantagens e desvantagens, com todas as suas posturas e descomposturas, com todos os seus erros e acertos, com todas as suas falsidades e verdades, com todo o jogo dela consigo mesma. É o mundo da política, complexo e vasto por ele mesmo que exige, mais do que nunca, nossa participação.
O ano de 2008 é marcado, mais uma vez, por campanhas eleitorais em todos os municípios desse imenso país, de norte a sul, de leste a oeste, de modo a renascer a esperança na cabeça de milhares de brasileiros. E aqui é oportuno lembrar o filósofo grego, do séc. IV a.C., Aristóteles, para o qual a política injusta na distribuição da riqueza é tratar os desiguais de modo igual, uma vez que, na prática, o contrário deveria prevalecer. Isto é, tratar os desiguais de forma desigual. Isso posto, tornar iguais os desiguais. Tarefa árdua essa!
No entanto, em 5 de outubro deste ano acontece o tão esperado pleito eleitoral na cidade de Florânia, bem como nas demais cidades brasileiras, entre o representante da coligação "Por amor a Florânia", Flávio José de Oliveira Silva e o representante da coligação "Por respeito a Florânia", Sinval Salomão com seus respectivos candidatos a vereadores. A estes, digo, aos vereadores, cabe a função de legislar e fiscalizar o executivo a respeito dos rumos que o município deve trilhar. Àqueles, isto é, aos candidatos a Prefeito, implica a responsabilidade em promover ainda mais um "show" de Democracia na vida política de nosso município. A nós, eleitores, cabe a tarefa de fiscalizar as atitudes dos vereadores, não se omitindo, quando é imperativo denunciá-los por não primarem pelo comportamento ético. Por outro lado, deve-se levar em conta, também, a cobrança de propostas em questões bem pertinentes como, por exemplo, desigualdade social, infra-estrutura social – educação, saúde, saneamento(pavimentação), moradia, geração de emprego e renda, agricultura... – e, sobretudo, o compromisso com a ÉTICA. Afinal, a fronteira ética, na formação social é a libertação das classes populares.
Enquanto cidadãos, todos devem cumprir: a cobrança de atitudes éticas de nós mesmos e dos nossos possíveis representantes. Caso contrário, contribuiremos para uma real banalização do mal. Se a política for considerada como algo apenas técnico, ou seja, só para especialistas, ela não é ética. Se considerada ainda como simples divergências pessoais, deixará de ser ideológica passando a trair a ética. Portanto, candidatos, não esqueçam! As divergências devem estar apenas no nível ético, político e ideológico, não enveredando para o nível pessoal.
Para a filósofa Marilena Chauí, não é certo falar em retorno da ética, como se fosse algo que pudéssemos perder com um tempo. Ela deve estar presente em todas as posturas de quem é cidadão. Política e ética andam juntas. A vida justa e feliz é a finalidade da política. Dessa forma, não dá para separá-la da ética. Também não se trata de ética na política, ou seja, pode estar ou não, mas da política, essencialmente, ela é sempre ética. O que caracteriza a política é a ética. Portanto, não a descaracterizemos!!!!


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.


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