sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Pessoa Humana


Embarcamos para 2009 levando na bagagem muitas experiências de 2008 que serão indispensáveis para vivermos um ano novo de muita alegria e de muita lucidez espiritual pautado na Sabedoria. A Sabedoria que não mente, a da lucidez, a do amor e a da ação.

Por isso, começaremos nossa nova missão de reflexões com um tema bastante sugestivo e concreto, a Pessoa Humana. Para situar o conceito de Pessoa humana na História, faz-se oportuno observar o seu valor não somente como uma decorrência de fatos temporais, mas, sobretudo, como indivíduo contribuidor, integralizador e construtor da natureza em todo o seu contexto.

Na antiguidade, seu conceito era visto de modo estranho porque a Filosofia grega pousava seu pensamento para a importância do universal, do ideal e do abstrato, ao passo que o conceito de pessoa é, atualmente, concebido como sendo algo de individual, singular e concreto.

Tal concepção foi mais transmitida e divulgada com a revelação cristã e aprofundada racionalmente no período patrístico e escolástico. Assim, Agostinho o especula, o analisa pela primeira vez quando procura aplicá-lo à Santíssima Trindade sem prejudicar a essência do mistério, ou seja, três pessoas que são o Pai, o Filho e o Espírito Santo constituindo um só Deus.

Daí por diante o termo “pessoa” tornou-se mais conhecido e disponível para novas investigações ou novos estudos como a célebre definição de Severino Boécio que diz: “Persona este rationalis naturae individua substantia”(“A pessoa é uma substância individual de natureza racional”).

No cerne da idade Média suge Tomás de Aquino com o intuito de aprofundar ainda mais este conceito e levá-lo a uma reflexão metafísica. Ele diz que “a pessoa significa o que de mais nobre há no universo, isto é, o subsistente de uma natureza racional”.

Na modernidade propriamente dita, Descartes surge trazendo um novo conceito não mais com autonomia no ser, e sim em relação a autoconsciência. O homem tem uma garantia de ser a si mesmo, de pensar sua existência efetivamente autêntica como uma realidade, pois pensa a si mesmo, desprovido de um puro sonho: “Cogito, ergo sum!” O eu consiste na autoconsciência. Nesse contexto moderno é útil recordarmos a definição de pessoa proposto por Kant: “Os seres racionais são chamados pessoa porque a sua natureza os distingue já como fins em si... O homem e em geral cada ser racional existe como fim em si e não somente como um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu bel-prazer”.

Ao percorrer um pouco na história e propriamente na Filosofia da História, percebo a beleza e a curiosidade dos pensadores ou de pessoas como eu ou você para com seu próprio termo que é o de PESSOA. Há algo de impressionante neste conceito junto com o atributo “racional”, constituindo-se pessoa humana ou racional. Tratarei de estudar com vocês, leitores desta coluna, sobre tão apetitoso tema que nos insere na perspectiva de nos conhecermos ainda mais como seres humanos em torno do mistério da pessoa autoconsciente, metafísica e ôntica.



Jackislandy Meira de Medeiros Silva, Professor e Filósofo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tema muito sugestivo este:"A pessoa humana", desejo que neste ano de 2009 vocês possam evangelizar muitas pessoas com este blog, levando as mesmas a encontrarem a essência(autor) verdadeira de suas vidas: Deus.
abraços,
Fabíola Medeiros

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Pessoa Humana


Embarcamos para 2009 levando na bagagem muitas experiências de 2008 que serão indispensáveis para vivermos um ano novo de muita alegria e de muita lucidez espiritual pautado na Sabedoria. A Sabedoria que não mente, a da lucidez, a do amor e a da ação.

Por isso, começaremos nossa nova missão de reflexões com um tema bastante sugestivo e concreto, a Pessoa Humana. Para situar o conceito de Pessoa humana na História, faz-se oportuno observar o seu valor não somente como uma decorrência de fatos temporais, mas, sobretudo, como indivíduo contribuidor, integralizador e construtor da natureza em todo o seu contexto.

Na antiguidade, seu conceito era visto de modo estranho porque a Filosofia grega pousava seu pensamento para a importância do universal, do ideal e do abstrato, ao passo que o conceito de pessoa é, atualmente, concebido como sendo algo de individual, singular e concreto.

Tal concepção foi mais transmitida e divulgada com a revelação cristã e aprofundada racionalmente no período patrístico e escolástico. Assim, Agostinho o especula, o analisa pela primeira vez quando procura aplicá-lo à Santíssima Trindade sem prejudicar a essência do mistério, ou seja, três pessoas que são o Pai, o Filho e o Espírito Santo constituindo um só Deus.

Daí por diante o termo “pessoa” tornou-se mais conhecido e disponível para novas investigações ou novos estudos como a célebre definição de Severino Boécio que diz: “Persona este rationalis naturae individua substantia”(“A pessoa é uma substância individual de natureza racional”).

No cerne da idade Média suge Tomás de Aquino com o intuito de aprofundar ainda mais este conceito e levá-lo a uma reflexão metafísica. Ele diz que “a pessoa significa o que de mais nobre há no universo, isto é, o subsistente de uma natureza racional”.

Na modernidade propriamente dita, Descartes surge trazendo um novo conceito não mais com autonomia no ser, e sim em relação a autoconsciência. O homem tem uma garantia de ser a si mesmo, de pensar sua existência efetivamente autêntica como uma realidade, pois pensa a si mesmo, desprovido de um puro sonho: “Cogito, ergo sum!” O eu consiste na autoconsciência. Nesse contexto moderno é útil recordarmos a definição de pessoa proposto por Kant: “Os seres racionais são chamados pessoa porque a sua natureza os distingue já como fins em si... O homem e em geral cada ser racional existe como fim em si e não somente como um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu bel-prazer”.

Ao percorrer um pouco na história e propriamente na Filosofia da História, percebo a beleza e a curiosidade dos pensadores ou de pessoas como eu ou você para com seu próprio termo que é o de PESSOA. Há algo de impressionante neste conceito junto com o atributo “racional”, constituindo-se pessoa humana ou racional. Tratarei de estudar com vocês, leitores desta coluna, sobre tão apetitoso tema que nos insere na perspectiva de nos conhecermos ainda mais como seres humanos em torno do mistério da pessoa autoconsciente, metafísica e ôntica.



Jackislandy Meira de Medeiros Silva, Professor e Filósofo.

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Anônimo disse...

Tema muito sugestivo este:"A pessoa humana", desejo que neste ano de 2009 vocês possam evangelizar muitas pessoas com este blog, levando as mesmas a encontrarem a essência(autor) verdadeira de suas vidas: Deus.
abraços,
Fabíola Medeiros

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