segunda-feira, 16 de junho de 2008

As belas-artes.


Esse texto pretende, por hora, encerrar uma série de reflexões acerca da arte atrelada a Filosofia de Kant.
Conforme a doutrina kantiana, as belas-artes têm a finalidade da bela representação das coisas, servindo-se dos mesmos princípios gerais do juízo estético. A partir de se constituírem como objeto de contemplação é que esteticamente podem ser julgadas.
Como o belo, as artes devem aparentar a livre finalidade da Natureza. Suas representações, embora resultando de uma elaboração, que não prescinde de técnica, requerem à espontaneidade que a imaginação instila nas representações das coisas. Uma obra será artística se nos impressiona como se fosse um produto da Natureza, do mesmo modo que a beleza natural aparenta o aspecto de haver sido artisticamente trabalhada.
Sendo assim, a beleza artística não pode estar condicionado a normas ou à regras objetivas, uma vez que é o mesmo juízo estético transferido para o domínio da Arte. Isto não quer dizer que a arte não tenha princípios reguladores no tocante à sua atividade, mas tais princípios existem confundidos com as disposições inatas que condicionam a faculdade produtiva do artista: o talento próprio para a arte, que se chama gênio.
Nesse horizonte de Kant há em germe a figura romântica do artista genial, que seria uma espécie de ser “exceção”, podendo elevar-se, segundo Schelling e Schopenhauer, por intermédio da Arte, ao conhecimento dos segredos da Natureza. A sua imaginação estaria ligada, por uma articulação originária de profunda, ao princípio insondável das coisas.
As belas-artes são, pois, para Kant, as artes do gênio, que hão de parecer livres do constrangimento exterior das regras. No entanto, a beleza possui, nesse domínio, função similar à que desempenha em relação ao conjunto das coisas.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

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As belas-artes.


Esse texto pretende, por hora, encerrar uma série de reflexões acerca da arte atrelada a Filosofia de Kant.
Conforme a doutrina kantiana, as belas-artes têm a finalidade da bela representação das coisas, servindo-se dos mesmos princípios gerais do juízo estético. A partir de se constituírem como objeto de contemplação é que esteticamente podem ser julgadas.
Como o belo, as artes devem aparentar a livre finalidade da Natureza. Suas representações, embora resultando de uma elaboração, que não prescinde de técnica, requerem à espontaneidade que a imaginação instila nas representações das coisas. Uma obra será artística se nos impressiona como se fosse um produto da Natureza, do mesmo modo que a beleza natural aparenta o aspecto de haver sido artisticamente trabalhada.
Sendo assim, a beleza artística não pode estar condicionado a normas ou à regras objetivas, uma vez que é o mesmo juízo estético transferido para o domínio da Arte. Isto não quer dizer que a arte não tenha princípios reguladores no tocante à sua atividade, mas tais princípios existem confundidos com as disposições inatas que condicionam a faculdade produtiva do artista: o talento próprio para a arte, que se chama gênio.
Nesse horizonte de Kant há em germe a figura romântica do artista genial, que seria uma espécie de ser “exceção”, podendo elevar-se, segundo Schelling e Schopenhauer, por intermédio da Arte, ao conhecimento dos segredos da Natureza. A sua imaginação estaria ligada, por uma articulação originária de profunda, ao princípio insondável das coisas.
As belas-artes são, pois, para Kant, as artes do gênio, que hão de parecer livres do constrangimento exterior das regras. No entanto, a beleza possui, nesse domínio, função similar à que desempenha em relação ao conjunto das coisas.

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