segunda-feira, 31 de maio de 2010

O assunto do momento é... Futebol




(pintura: Futebol de Aldemir Martins)

“O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela”(Armando Nogueira).


Mesmo em ano de política no Brasil, onde se noticia até a discussão de uma possível aprovação de Lei na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que garantirá aos cidadãos brasileiros o direito à felicidade, o assunto do momento é futebol.

É, meus caros, enquanto artistas e uns poucos políticos estão tentando emplacar uma garantia social de bem-estar para nós, embora soe aos nossos ouvidos um tanto quanto banal e utópico ou até antiquado, o Brasil se prepara ansiosamente para assistir a mais uma Copa do Mundo, desta vez na África do Sul.

Se a felicidade social no Brasil é feita de momentos para alguns, acaba sendo um sonho tornar-se realidade permanente para uma grande maioria excluída de suas garantias sociais como educação, moradia, emprego, saneamento, saúde, lazer e alimentação. Sou da opinião de que esses direitos dão suporte a todo o resto, inclusive a uma vida feliz. Mas, como tudo o que é novo na área política brasileira, a polêmica discussão terá que esperar para ver se engrena de vez.

Nesse intervalo de tempo entre o sonho e a realidade, entra em cena um outro espetáculo da terra, o futebol. Pelo menos no futebol temos alegrias mais estáveis do que na política, embora acusemos o futebol de maquiar escândalos políticos, como foi o caso da copa de 70 em que vivíamos uma forte ditadura. Eram as bolas entrando nas redes adversárias e o Brasil entrando na lista dos países de regime autoritário. Cada gol correspondia a uma censura. A comemoração da vitória era sufocada pela terrível falta de liberdade.

Por outro lado, é preciso confessar que a vida sem futebol não existe para o brasileiro. É o futebol nossa paixão nacional. Avalie o tamanho dessa paixão em tempos de Copa do Mundo. Pode multiplicar por onze que é o número dos jogadores que hão de representar o país pentacampeão de futebol em campos estrangeiros com um jeito todo brasileiro. Os olhos do mundo param por uns instantes e se permitem dar atenção às habilidades originais de nossos jogadores. Costumo dizer que há brasileiridade não apenas em nossa língua, em nossa culinária e em nosso regionalismo, mas também no futebol. É o futebol que exporta a imagem de um país mais feliz para os outros, driblando a imagem de um país campeão em corrupção política e em desigualdade social. A inflação e os grandes impostos, num período de Copa do mundo, pouco importam, esta que é a verdade. A nossa torcida será por uma maior permanência do Brasil no torneio da copa que contará com 32 seleções, pois quanto mais tempo passarmos disputando esta copa, mais tempo ficaremos sentindo o doce sabor de ver ou de assistir as amarelinhas em campo tentando agarrar mais um título mundial de futebol, o hexacampeonato.

Inevitavelmente, em ano de copa, abre-se espaço na realidade da gente para a fantasia, para o encanto, para a arte de mostrar ao mundo um futebol alegre, vibrante e entusiasmado pela vitória, pela glória de mais uma possível conquista. Se esta não vier, ao menos o futebol, a felicidade fugaz investida nele, os momentos de encontro entre brasileiros para ver os jogos, o abraço entre as pessoas, os gritos de gol, tudo isso, felizmente, sai ganhando e já é vitorioso. Lembrem-se. Para não nos angustiarmos, tampouco nos ressentirmos com a também possível derrota, antes de entrarmos em campo já somos mais que vencedores.

Prof.: Jackislandy Meira de Medeiros Silva

www.umasreflexoes.blogspot.com

www.chegadootempo.blogspot.com

www.twitter.com/filoflorania

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O assunto do momento é... Futebol




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“O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela”(Armando Nogueira).


Mesmo em ano de política no Brasil, onde se noticia até a discussão de uma possível aprovação de Lei na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que garantirá aos cidadãos brasileiros o direito à felicidade, o assunto do momento é futebol.

É, meus caros, enquanto artistas e uns poucos políticos estão tentando emplacar uma garantia social de bem-estar para nós, embora soe aos nossos ouvidos um tanto quanto banal e utópico ou até antiquado, o Brasil se prepara ansiosamente para assistir a mais uma Copa do Mundo, desta vez na África do Sul.

Se a felicidade social no Brasil é feita de momentos para alguns, acaba sendo um sonho tornar-se realidade permanente para uma grande maioria excluída de suas garantias sociais como educação, moradia, emprego, saneamento, saúde, lazer e alimentação. Sou da opinião de que esses direitos dão suporte a todo o resto, inclusive a uma vida feliz. Mas, como tudo o que é novo na área política brasileira, a polêmica discussão terá que esperar para ver se engrena de vez.

Nesse intervalo de tempo entre o sonho e a realidade, entra em cena um outro espetáculo da terra, o futebol. Pelo menos no futebol temos alegrias mais estáveis do que na política, embora acusemos o futebol de maquiar escândalos políticos, como foi o caso da copa de 70 em que vivíamos uma forte ditadura. Eram as bolas entrando nas redes adversárias e o Brasil entrando na lista dos países de regime autoritário. Cada gol correspondia a uma censura. A comemoração da vitória era sufocada pela terrível falta de liberdade.

Por outro lado, é preciso confessar que a vida sem futebol não existe para o brasileiro. É o futebol nossa paixão nacional. Avalie o tamanho dessa paixão em tempos de Copa do Mundo. Pode multiplicar por onze que é o número dos jogadores que hão de representar o país pentacampeão de futebol em campos estrangeiros com um jeito todo brasileiro. Os olhos do mundo param por uns instantes e se permitem dar atenção às habilidades originais de nossos jogadores. Costumo dizer que há brasileiridade não apenas em nossa língua, em nossa culinária e em nosso regionalismo, mas também no futebol. É o futebol que exporta a imagem de um país mais feliz para os outros, driblando a imagem de um país campeão em corrupção política e em desigualdade social. A inflação e os grandes impostos, num período de Copa do mundo, pouco importam, esta que é a verdade. A nossa torcida será por uma maior permanência do Brasil no torneio da copa que contará com 32 seleções, pois quanto mais tempo passarmos disputando esta copa, mais tempo ficaremos sentindo o doce sabor de ver ou de assistir as amarelinhas em campo tentando agarrar mais um título mundial de futebol, o hexacampeonato.

Inevitavelmente, em ano de copa, abre-se espaço na realidade da gente para a fantasia, para o encanto, para a arte de mostrar ao mundo um futebol alegre, vibrante e entusiasmado pela vitória, pela glória de mais uma possível conquista. Se esta não vier, ao menos o futebol, a felicidade fugaz investida nele, os momentos de encontro entre brasileiros para ver os jogos, o abraço entre as pessoas, os gritos de gol, tudo isso, felizmente, sai ganhando e já é vitorioso. Lembrem-se. Para não nos angustiarmos, tampouco nos ressentirmos com a também possível derrota, antes de entrarmos em campo já somos mais que vencedores.

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