quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Esses moços...

Esses moços.

Pobres moços.

Há se soubessem o que eu sei.

Não amavam.

Não passavam.

Aquilo que eu já passei.

Por meus olhos.

Por meus sonhos.

Por meu sangue.

Tudo, enfim, é que eu peço a

Esses moços que acreditem em mim.

Se eles julgam que há um lindo

Futuro.

Só o amor nesta vida conduz

Saibam que deixam o céu por

Ser escuro

E vão ao inferno à procura de luz.

Eu também tive nos meus belos dias

Essa mania que muito me custou

Pois só as mágoas que eu trago

Hoje em dia.

E essas rugas o amor me deixou.

Esses moços...

Pobres moços...

Há se soubessem o que eu sei.

Lupicínio Rodrigues

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A vitória dos diretores da EETA se repercute até no Xerife. Veja a matéria aqui...


"O prefeito de Florânia, Sinval Salomão, saboreou uma derrota amarga durante a eleição da escolha dos novos dirigentes das escolas estaduais do município. Os seus candidatos foram esmagados nas urnas em pelo menos dois dos principais educandários da cidade.

Na Escola Teônia Amaral, por exemplo, os candidatos do prefeito Sinval Salomão somente obtiveram 191 votos.

Uma vergonha!

Isso demonstra o desgaste político e administrativo porque passa o prefeito Sinval Nada Fez Laurentino".

Texto extraído do blog: www.robsonpiresxerife.com


Uma vitória maiúscula... 445 votos de maioria.


A Comunidade escolar da Escola Estadual Teônia Amaral promoveu durante todo o dia de ontem o processo eleitoral para diretores e vice-diretores de sua Instituição que culminou na escolha de mais uma chapa em vista de uma gestão democrática e participativa das escolas públicas de nosso Estado.
Em Florânia, duas Escolas brindaram a comunidade com duas eleições irretocáveis, Escola Estadual Teônia Amaral e a Cel. Silvino Bezerra. Estas Escolas estão de Parabéns pelo brilhante trabalho desenvolvido nessa direção, efetivar junto às suas comunidades eleições diretas para diretores e vice-diretores de Escolas. Os vencedores já tem seus nomes. Na Escola Estadual Teônia Amaral, os eleitos foram Ione Maria de Medeiros para diretora e Canindé Silva vice-diretor com 445 votos de maioria. Uma vitória, diga-se de passagem, maiúscula haja vista a intensidade dos Projetos desenvolvidos e a concorrência de uma outra chapa que valorizou ainda mais essa vitória.
Já na Escola Cel Silvino Bezerra, a eleição se realizou com uma chapa apenas, também recebendo uma significativa quantidade de votos. Chapa esta formada por Jackeliny e Rita Germano.
Sendo assim, todos nós de Florânia, observando o empenho dos que se esforçaram por essas duas Escolas, estamos honrosamente de Parabéns e felizes pelo tamanho do resultado alcançado, principalmente, os 445 votos de maioria confiados a Ione Maria de Medeiros.
Avancemos rumo à eficácia dos trabalhos de mais uma nova gestão democrática e participativa nas Escolas públicas de nossa querida Florânia.
É esperada ainda hoje uma grande comemoração pelas principais ruas e avenidasde nossa cidade por ocasião das duas vitórias dos diretores de Escolas. Haverá uma enorme carreata logo mais às 16h. Todos são convidados, inclusive Professores, Diretores eleitos, alunos, a comunidade em geral para uma grandiosíssima festa.


Jackislandy Meira de M. Silva. Professor e Filósofo.

www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
www.twitter.com/filoflorania

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos 119 anos de Florânia, só se fala em crise econômica quando o assunto é transparência pública.


Há quase um mês, comemorávamos a emancipação política de nossa pacata, acolhedora, não menos inquietante e interessante cidade, Florânia. Localizada na faixa que liga cidades da Serra de Santana no Seridó, Rio Grande do Norte, mostra-se próspera na cultura humana, religiosa e popular de seus habitantes, mas convive com um sério retrocesso econômico, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda. É uma cidade que ainda sobrevive ao vigor de uma pouca atividade pecuária da sua zona rural.
Deveras, é preciso lembrar, aos 119 anos de Emancipação política de Florânia, que nossa cidade não é mais uma vila, tampouco um povoado.
Nossa cidade não pode, não deve, não merece ser tratada como tal. Hoje, temos um universo de pouco menos 9 mil habitantes que precisa de esperança e de um digno alimento interior, a expectativa de vida.
É preciso injetar em Florânia doses de auto-estima e de felicidade em seus moradores para uma convivência pacífica e saudável. Mas com uma administração como a que está aí é muito difícil obter ganhos nessa direção.
A atual administração, beirando um ano de atividade pública, não mostrou ainda a que veio. Está muito travada porque só pensa no econômico. Só se fala em crise econômica quando o assunto é transparência pública, quando o assunto é prestação de contas e lisura administrativa.
Tem que se definir uma coisa: o fator econômico é conseqüência de uma administração pautada na coerência e na transparência com o dinheiro dos OUTROS, DE TODOS. O DINHEIRO PÚBLICO É DA NOSSA CONTA, SIM.
Por outro lado, não sabemos por que a maior parte dos Prefeitos de nossa região, inclusive o da cidade de Florânia, quando o assunto é administrar, o negócio é dinheiro. Não se administra só dinheiro não, Sr. Prefeito, administram-se ações, administram-se idéias...
Cadê a criatividade ao administrar? Administram-se, sobretudo, empreendimentos, sonhos, expectativas, esperanças, enfim...
No alto desses 119 anos de Emancipação, estamos sentindo falta do que é realmente administrar uma cidade do porte e das potencialidades de Florânia.
A administração tem o dever de enxergar o potencial de nossa querida Florânia!!!
Florânia não tem o direito de viver como se estivesse no passado. Esta cidade tem que avançar. É uma exigência da sociedade como um todo e dos novos tempos.

Silmara Rejanny Nobre de Azevedo Meira,
Pedagoga.
Confiram os blogs:
WWW.umasreflexoes.blogspot.com
WWW.chegadootempo.blogspot.com
WWW.floraniajacksil.ning.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A outra epidemia


Para mim, escrever é sempre questionar, não importa se estou escrevendo um romance, um poema, um artigo. Como ficcionista, meu espaço de trabalho é o drama humano: palco, cenário, bastidores e os mais variados personagens com os quais invento histórias de magia ou desespero. Como colunista, observo e comento a realidade. O quadro não anda muito animador, embora na crise mundial o Brasil pareça estar se saindo melhor que a maioria dos países. De tirar o chapéu, se isso se concretizar e perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados (por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar. Teríamos de andar feito o velho filósofo grego Diógenes, que percorria as ruas em dia claro com uma lanterna na mão. Questionado, respondia procurar um homem honrado.
Vamos ter de sair aos bandos, aos magotes, catando essa figura, não uma, mas multidões delas, para consertar isso, que parece não ter arrumação? Se os homens nos quais confiamos, em seus cargos importantes, já não servem de modelo, devemos dizer aos nossos filhos e netos que não olhem para aquele lado nem os imitem? O Senado da República, só para citar um caso atual, teve sua maior importância em Roma, a antiga, e se originou nos milenares conselhos de anciãos, ou homens sábios e meritórios de tempos remotos. O Senado Romano também não era um congresso de santos: até Brutus ali tramava, ocultando nas vestes o punhal com que mataria Júlio Cesar, seu protetor. Afinal eram – e são – todos apenas humanos, e o problema sempre começa aí. A noção idealizada de um grupo de homens virtuosos liderando tornou-se mais realista, levando em conta as nossas mazelas. E daí? – dirão os mais céticos. Toda família tem seu esqueleto no armário, todo povo também: houve papas assassinos e mulherengos, reis dementes, rainhas devassas, e alguns normaizinhos, que só buscavam cumprir seus deveres e cuidar da sua gente sem prejudicar ninguém.
Eu queria preservar a imagem dos homens públicos como uma estirpe vagamente nobre, em cargos solenes, que lutariam pelo país ou por sua comunidade, por nós todos, buscando antes de tudo o bem dos que neles confiaram. Em caso de dúvida ou perplexidade, a gente olharia para eles e saberia como agir. Mas, como de um lado nos tornamos mais abertamente corruptos e de outro estamos mais condescendentes, instalou-se entre nós uma epidemia moral. Se fomos criados acreditando que o importante não é ter poder, mas ser uma pessoa honrada, estamos mal-arranjados. Pois, na vida pública, não malbaratar o dinheiro, não fazer jogos de poder ilícitos, não participar das tramas, ficar fora da dança dos rabos presos em que todos se protegem, virou quase uma excentricidade. Quem sabe o jeito é engolir sapos inaceitáveis: fim para o idealismo, treinem-se um olho clínico e cínico, enchendo bolsos e esvaziando pudores na permissividade geral que questiona o velho conceito de certo-errado. Talvez ele não passe de uma ilusão envelhecida, para sobreviver em vez de afundar. Não sei. A cada dia sei menos coisas. Antigas certezas se diluem: calejados pelas decepções, vacinados contra a indignação, não sabemos direito o que pensar. Então não pensamos.
A sorte é que apesar de tudo o país anda, a grande maioria de nós labuta na sua vidinha, trabalhando, pagando contas, construindo casas e ruas e pontes e amores e famílias legais. Lutando para ser pessoas decentes, as que carregam nas costas o mundo de verdade. É a nós – o povo, independentemente da cor, da chamada classe, da conta bancária ou do lugar onde mora – que os ocupantes de cargos públicos devem servir. Nós os elegemos e pagamos (coisa que nosso lado servil costuma esquecer), e não podemos ser contaminados por essa epidemia contra a qual não há vacina, mas para a qual é preciso urgentemente encontrar alguma cura. Enquanto ela não chega, mais uma vez eu digo: meus pêsames, senhores.



Lya Luft é escritora

A morte de um marco para a Filosofia, a Sociologia...Claude Lévi-Strauss


O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss, morto no fim de semana, deixou um legado importante para as ciências humanas e para pesquisadores de todo o mundo, afirmam os acadêmicos ouvidos por VEJA.com. Por meio de uma obra vasta - ele publicou mais de 30 livros -, o francês contribuiu de forma decisiva para o estabelecimento do estudo moderno das relações entre os homens e da cultura humana.

Parte desse decisivo legado foi construída no Brasil. Nascido na Bélgica em 1908, Lévi-Strauss cresceu e se formou em Paris. Viveu no Brasil entre 1935 e 1939, realizando pesquisas junto a tribos indígenas e lecionando na então recém-criada Universidade de São Paulo (USP). "Como ainda era um jovem pensador, passou um tanto desapercebido na época. Sua influência foi descoberta mais tarde, por volta da década de 1960", conta Oscar Calavia Saez, professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Entre os índios - Por aqui, Lévi-Strauss conduziu projetos etnográficos no Mato Grosso e Amazônia. Viveu entre os índios guaycuru e bororo, mas foi sua experiência entre os nambikwara e tupi-kawahib que consolidou sua identidade como antropólogo. As expedições estão registradas no livro Tristes Trópicos (1955), uma autobiografia intelectual do autor.
Em 1949, publicou As Estruturas Elementares do Parentesco, logo reconhecido como um dos mais importantes trabalhos sobre o tema. "Lévi-Strauss renovou a literatura sobre parentesco lançando uma teoria totalmente diferente", confirma Saez. Através da chamada de "teoria da aliança", ele estudou como as famílias são organizadas examinando as estruturas por trás das relações interpessoais.
Segundo Saez, Lévi-Strauss atingiu seu auge intelectual nos anos 1960, quando publicou seu trabalho mais importante: O Pensamento Selvagem (1962). Depois de um tempo esquecido, reapareceu no início da década de 1990, quando teve sua obra revitalizada. "Cada vez mais autores passaram a se inspirar em seus trabalhos e novas interpretações surgiram, muitas vezes opostas àquelas desenvolvidas antes." O brasileiro lembra ainda outra característica marcante do trabalho do mestre: o texto fluente. "Lévi-Strauss era o Marcel Proust (1871-1922) da literatura antropológica", diz, comparando-o ao autor da série Em Busca do Tempo Perdido.
Além do campo do parentesco, seu trabalho também foi fundamental para o desenvolvimento de projetos em torno da universalidade cultural. "Seu pensamento mudou a ideia que se tinha a respeito dos chamados primitivos. A partir de seus estudos, os pesquisadores passaram a levar mais a sério a 'ciência indígena' - mesmo que Lévi-Strauss não gostasse desse termo", afirma Saez. Outro tema bastante abordado por ele eram as artes. "Curiosamente, ele não vinha de uma família de acadêmicos, mas de artistas. Sempre teve grande paixão pela música e pela pintura e possui escritos muito interessantes sobre as duas áreas", conta.
Nas letras - Leda Tenorio Motta, professora do Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP, diz que Lévi-Strauss também foi uma figura importante para os críticos literários. "Ele teve uma grande ascendência sobre os mais importantes intelectuais da segunda metade do século XX na França, entre eles o 'chefe de história da crítica', Roland Barthes (1915-1980)", afirma.
Segundo ela, as escolas ligadas ao pensamento de Lévi-Strauss passaram a ler a literatura pelo ângulo dos signos e dos mitos. "Podemos dizer que ele é o mestre da literatura pelos signos e mitos", completa.

Fotos no Facebook

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Esses moços...

Esses moços.

Pobres moços.

Há se soubessem o que eu sei.

Não amavam.

Não passavam.

Aquilo que eu já passei.

Por meus olhos.

Por meus sonhos.

Por meu sangue.

Tudo, enfim, é que eu peço a

Esses moços que acreditem em mim.

Se eles julgam que há um lindo

Futuro.

Só o amor nesta vida conduz

Saibam que deixam o céu por

Ser escuro

E vão ao inferno à procura de luz.

Eu também tive nos meus belos dias

Essa mania que muito me custou

Pois só as mágoas que eu trago

Hoje em dia.

E essas rugas o amor me deixou.

Esses moços...

Pobres moços...

Há se soubessem o que eu sei.

Lupicínio Rodrigues

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A vitória dos diretores da EETA se repercute até no Xerife. Veja a matéria aqui...


"O prefeito de Florânia, Sinval Salomão, saboreou uma derrota amarga durante a eleição da escolha dos novos dirigentes das escolas estaduais do município. Os seus candidatos foram esmagados nas urnas em pelo menos dois dos principais educandários da cidade.

Na Escola Teônia Amaral, por exemplo, os candidatos do prefeito Sinval Salomão somente obtiveram 191 votos.

Uma vergonha!

Isso demonstra o desgaste político e administrativo porque passa o prefeito Sinval Nada Fez Laurentino".

Texto extraído do blog: www.robsonpiresxerife.com


Uma vitória maiúscula... 445 votos de maioria.


A Comunidade escolar da Escola Estadual Teônia Amaral promoveu durante todo o dia de ontem o processo eleitoral para diretores e vice-diretores de sua Instituição que culminou na escolha de mais uma chapa em vista de uma gestão democrática e participativa das escolas públicas de nosso Estado.
Em Florânia, duas Escolas brindaram a comunidade com duas eleições irretocáveis, Escola Estadual Teônia Amaral e a Cel. Silvino Bezerra. Estas Escolas estão de Parabéns pelo brilhante trabalho desenvolvido nessa direção, efetivar junto às suas comunidades eleições diretas para diretores e vice-diretores de Escolas. Os vencedores já tem seus nomes. Na Escola Estadual Teônia Amaral, os eleitos foram Ione Maria de Medeiros para diretora e Canindé Silva vice-diretor com 445 votos de maioria. Uma vitória, diga-se de passagem, maiúscula haja vista a intensidade dos Projetos desenvolvidos e a concorrência de uma outra chapa que valorizou ainda mais essa vitória.
Já na Escola Cel Silvino Bezerra, a eleição se realizou com uma chapa apenas, também recebendo uma significativa quantidade de votos. Chapa esta formada por Jackeliny e Rita Germano.
Sendo assim, todos nós de Florânia, observando o empenho dos que se esforçaram por essas duas Escolas, estamos honrosamente de Parabéns e felizes pelo tamanho do resultado alcançado, principalmente, os 445 votos de maioria confiados a Ione Maria de Medeiros.
Avancemos rumo à eficácia dos trabalhos de mais uma nova gestão democrática e participativa nas Escolas públicas de nossa querida Florânia.
É esperada ainda hoje uma grande comemoração pelas principais ruas e avenidasde nossa cidade por ocasião das duas vitórias dos diretores de Escolas. Haverá uma enorme carreata logo mais às 16h. Todos são convidados, inclusive Professores, Diretores eleitos, alunos, a comunidade em geral para uma grandiosíssima festa.


Jackislandy Meira de M. Silva. Professor e Filósofo.

www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
www.twitter.com/filoflorania

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos 119 anos de Florânia, só se fala em crise econômica quando o assunto é transparência pública.


Há quase um mês, comemorávamos a emancipação política de nossa pacata, acolhedora, não menos inquietante e interessante cidade, Florânia. Localizada na faixa que liga cidades da Serra de Santana no Seridó, Rio Grande do Norte, mostra-se próspera na cultura humana, religiosa e popular de seus habitantes, mas convive com um sério retrocesso econômico, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda. É uma cidade que ainda sobrevive ao vigor de uma pouca atividade pecuária da sua zona rural.
Deveras, é preciso lembrar, aos 119 anos de Emancipação política de Florânia, que nossa cidade não é mais uma vila, tampouco um povoado.
Nossa cidade não pode, não deve, não merece ser tratada como tal. Hoje, temos um universo de pouco menos 9 mil habitantes que precisa de esperança e de um digno alimento interior, a expectativa de vida.
É preciso injetar em Florânia doses de auto-estima e de felicidade em seus moradores para uma convivência pacífica e saudável. Mas com uma administração como a que está aí é muito difícil obter ganhos nessa direção.
A atual administração, beirando um ano de atividade pública, não mostrou ainda a que veio. Está muito travada porque só pensa no econômico. Só se fala em crise econômica quando o assunto é transparência pública, quando o assunto é prestação de contas e lisura administrativa.
Tem que se definir uma coisa: o fator econômico é conseqüência de uma administração pautada na coerência e na transparência com o dinheiro dos OUTROS, DE TODOS. O DINHEIRO PÚBLICO É DA NOSSA CONTA, SIM.
Por outro lado, não sabemos por que a maior parte dos Prefeitos de nossa região, inclusive o da cidade de Florânia, quando o assunto é administrar, o negócio é dinheiro. Não se administra só dinheiro não, Sr. Prefeito, administram-se ações, administram-se idéias...
Cadê a criatividade ao administrar? Administram-se, sobretudo, empreendimentos, sonhos, expectativas, esperanças, enfim...
No alto desses 119 anos de Emancipação, estamos sentindo falta do que é realmente administrar uma cidade do porte e das potencialidades de Florânia.
A administração tem o dever de enxergar o potencial de nossa querida Florânia!!!
Florânia não tem o direito de viver como se estivesse no passado. Esta cidade tem que avançar. É uma exigência da sociedade como um todo e dos novos tempos.

Silmara Rejanny Nobre de Azevedo Meira,
Pedagoga.
Confiram os blogs:
WWW.umasreflexoes.blogspot.com
WWW.chegadootempo.blogspot.com
WWW.floraniajacksil.ning.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A outra epidemia


Para mim, escrever é sempre questionar, não importa se estou escrevendo um romance, um poema, um artigo. Como ficcionista, meu espaço de trabalho é o drama humano: palco, cenário, bastidores e os mais variados personagens com os quais invento histórias de magia ou desespero. Como colunista, observo e comento a realidade. O quadro não anda muito animador, embora na crise mundial o Brasil pareça estar se saindo melhor que a maioria dos países. De tirar o chapéu, se isso se concretizar e perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados (por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar. Teríamos de andar feito o velho filósofo grego Diógenes, que percorria as ruas em dia claro com uma lanterna na mão. Questionado, respondia procurar um homem honrado.
Vamos ter de sair aos bandos, aos magotes, catando essa figura, não uma, mas multidões delas, para consertar isso, que parece não ter arrumação? Se os homens nos quais confiamos, em seus cargos importantes, já não servem de modelo, devemos dizer aos nossos filhos e netos que não olhem para aquele lado nem os imitem? O Senado da República, só para citar um caso atual, teve sua maior importância em Roma, a antiga, e se originou nos milenares conselhos de anciãos, ou homens sábios e meritórios de tempos remotos. O Senado Romano também não era um congresso de santos: até Brutus ali tramava, ocultando nas vestes o punhal com que mataria Júlio Cesar, seu protetor. Afinal eram – e são – todos apenas humanos, e o problema sempre começa aí. A noção idealizada de um grupo de homens virtuosos liderando tornou-se mais realista, levando em conta as nossas mazelas. E daí? – dirão os mais céticos. Toda família tem seu esqueleto no armário, todo povo também: houve papas assassinos e mulherengos, reis dementes, rainhas devassas, e alguns normaizinhos, que só buscavam cumprir seus deveres e cuidar da sua gente sem prejudicar ninguém.
Eu queria preservar a imagem dos homens públicos como uma estirpe vagamente nobre, em cargos solenes, que lutariam pelo país ou por sua comunidade, por nós todos, buscando antes de tudo o bem dos que neles confiaram. Em caso de dúvida ou perplexidade, a gente olharia para eles e saberia como agir. Mas, como de um lado nos tornamos mais abertamente corruptos e de outro estamos mais condescendentes, instalou-se entre nós uma epidemia moral. Se fomos criados acreditando que o importante não é ter poder, mas ser uma pessoa honrada, estamos mal-arranjados. Pois, na vida pública, não malbaratar o dinheiro, não fazer jogos de poder ilícitos, não participar das tramas, ficar fora da dança dos rabos presos em que todos se protegem, virou quase uma excentricidade. Quem sabe o jeito é engolir sapos inaceitáveis: fim para o idealismo, treinem-se um olho clínico e cínico, enchendo bolsos e esvaziando pudores na permissividade geral que questiona o velho conceito de certo-errado. Talvez ele não passe de uma ilusão envelhecida, para sobreviver em vez de afundar. Não sei. A cada dia sei menos coisas. Antigas certezas se diluem: calejados pelas decepções, vacinados contra a indignação, não sabemos direito o que pensar. Então não pensamos.
A sorte é que apesar de tudo o país anda, a grande maioria de nós labuta na sua vidinha, trabalhando, pagando contas, construindo casas e ruas e pontes e amores e famílias legais. Lutando para ser pessoas decentes, as que carregam nas costas o mundo de verdade. É a nós – o povo, independentemente da cor, da chamada classe, da conta bancária ou do lugar onde mora – que os ocupantes de cargos públicos devem servir. Nós os elegemos e pagamos (coisa que nosso lado servil costuma esquecer), e não podemos ser contaminados por essa epidemia contra a qual não há vacina, mas para a qual é preciso urgentemente encontrar alguma cura. Enquanto ela não chega, mais uma vez eu digo: meus pêsames, senhores.



Lya Luft é escritora

A morte de um marco para a Filosofia, a Sociologia...Claude Lévi-Strauss


O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss, morto no fim de semana, deixou um legado importante para as ciências humanas e para pesquisadores de todo o mundo, afirmam os acadêmicos ouvidos por VEJA.com. Por meio de uma obra vasta - ele publicou mais de 30 livros -, o francês contribuiu de forma decisiva para o estabelecimento do estudo moderno das relações entre os homens e da cultura humana.

Parte desse decisivo legado foi construída no Brasil. Nascido na Bélgica em 1908, Lévi-Strauss cresceu e se formou em Paris. Viveu no Brasil entre 1935 e 1939, realizando pesquisas junto a tribos indígenas e lecionando na então recém-criada Universidade de São Paulo (USP). "Como ainda era um jovem pensador, passou um tanto desapercebido na época. Sua influência foi descoberta mais tarde, por volta da década de 1960", conta Oscar Calavia Saez, professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Entre os índios - Por aqui, Lévi-Strauss conduziu projetos etnográficos no Mato Grosso e Amazônia. Viveu entre os índios guaycuru e bororo, mas foi sua experiência entre os nambikwara e tupi-kawahib que consolidou sua identidade como antropólogo. As expedições estão registradas no livro Tristes Trópicos (1955), uma autobiografia intelectual do autor.
Em 1949, publicou As Estruturas Elementares do Parentesco, logo reconhecido como um dos mais importantes trabalhos sobre o tema. "Lévi-Strauss renovou a literatura sobre parentesco lançando uma teoria totalmente diferente", confirma Saez. Através da chamada de "teoria da aliança", ele estudou como as famílias são organizadas examinando as estruturas por trás das relações interpessoais.
Segundo Saez, Lévi-Strauss atingiu seu auge intelectual nos anos 1960, quando publicou seu trabalho mais importante: O Pensamento Selvagem (1962). Depois de um tempo esquecido, reapareceu no início da década de 1990, quando teve sua obra revitalizada. "Cada vez mais autores passaram a se inspirar em seus trabalhos e novas interpretações surgiram, muitas vezes opostas àquelas desenvolvidas antes." O brasileiro lembra ainda outra característica marcante do trabalho do mestre: o texto fluente. "Lévi-Strauss era o Marcel Proust (1871-1922) da literatura antropológica", diz, comparando-o ao autor da série Em Busca do Tempo Perdido.
Além do campo do parentesco, seu trabalho também foi fundamental para o desenvolvimento de projetos em torno da universalidade cultural. "Seu pensamento mudou a ideia que se tinha a respeito dos chamados primitivos. A partir de seus estudos, os pesquisadores passaram a levar mais a sério a 'ciência indígena' - mesmo que Lévi-Strauss não gostasse desse termo", afirma Saez. Outro tema bastante abordado por ele eram as artes. "Curiosamente, ele não vinha de uma família de acadêmicos, mas de artistas. Sempre teve grande paixão pela música e pela pintura e possui escritos muito interessantes sobre as duas áreas", conta.
Nas letras - Leda Tenorio Motta, professora do Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP, diz que Lévi-Strauss também foi uma figura importante para os críticos literários. "Ele teve uma grande ascendência sobre os mais importantes intelectuais da segunda metade do século XX na França, entre eles o 'chefe de história da crítica', Roland Barthes (1915-1980)", afirma.
Segundo ela, as escolas ligadas ao pensamento de Lévi-Strauss passaram a ler a literatura pelo ângulo dos signos e dos mitos. "Podemos dizer que ele é o mestre da literatura pelos signos e mitos", completa.

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