quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Metáforas, metáforas, metáforas..


Peter Kreeft, na obra Sócrates e Jesus, apresenta de modo bastante criativo e sugestivo as três tradições, os profetas hebreus, os filósofos gregos e os criadores de mitos do mundo inteiro apontando para Deus.

Segundo ele, posto na boca de Sócrates, um de seus personagens presentes no livro, as tradições seriam como que três rios: “Sim, de três direções diferentes, que seriam as três partes da alma. O rio da filosofia nasceria nas montanhas da alma, o intelecto. O rio dos profetas, dos moralistas, nasceria da parte central da alma, do coração ou do desejo. É como as correntes de água que descem. E o rio dos mitos nasceria nos pântanos e nas planícies enfumaçados da alma, onde habita toda forma de vida, boa e má”(KREEFT, Peter. Sócrates e Jesus: o debate. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 98).

Um desses três rios podem nos levar para o mesmo destino, o mar divino?

“Não sei ao certo. Talvez o rio da filosofia seja muito gelado, rochoso ou raso para se velejar com sucesso. Talvez o rio do mito seja muito turvo, pantanoso, para que os velejadores desprendam-se dos obstáculos e alcancem o mar. Talvez apenas o rio dos profetas seja puro, claro, profundo, direto e seguro para a viagem”(ibidem).

Os mitos, as profecias do Antigo Testamento e os filósofos gregos têm certa semelhança. Claro, não são iguais, mas têm algo em comum.

“Eles pareciam ter o objetivo divino em comum, mas também tinham diferenças importantes. Quanto à pureza de estilo, por exemplo, os profetas parecem ser os mais claros, seguidos pelos filósofos e, por último, os criadores de mitos. Em matéria de adequação, por outro lado, novamente os profetas parecem nos falar o máximo de Deus. E talvez aqui os filósofos fiquem por último. Sempre pensei que os filósofos sabiam mais de Deus que os criadores de mitos, mas agora não estou mais tão certo. Talvez nossas máximas fossem claras, mas ralas como sopa, enquanto os mitos eram obscuros, mas espessos como guisado ou sangue”(ibidem).

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

Não deixem de conferir suas páginas na internet:

www.umasreflexoes.blogspot.com

www.chegadootempo.blogspot.com

www.twitter.com/filoflorania

www.floraniajacksil.ning.com

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Metáforas, metáforas, metáforas..


Peter Kreeft, na obra Sócrates e Jesus, apresenta de modo bastante criativo e sugestivo as três tradições, os profetas hebreus, os filósofos gregos e os criadores de mitos do mundo inteiro apontando para Deus.

Segundo ele, posto na boca de Sócrates, um de seus personagens presentes no livro, as tradições seriam como que três rios: “Sim, de três direções diferentes, que seriam as três partes da alma. O rio da filosofia nasceria nas montanhas da alma, o intelecto. O rio dos profetas, dos moralistas, nasceria da parte central da alma, do coração ou do desejo. É como as correntes de água que descem. E o rio dos mitos nasceria nos pântanos e nas planícies enfumaçados da alma, onde habita toda forma de vida, boa e má”(KREEFT, Peter. Sócrates e Jesus: o debate. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 98).

Um desses três rios podem nos levar para o mesmo destino, o mar divino?

“Não sei ao certo. Talvez o rio da filosofia seja muito gelado, rochoso ou raso para se velejar com sucesso. Talvez o rio do mito seja muito turvo, pantanoso, para que os velejadores desprendam-se dos obstáculos e alcancem o mar. Talvez apenas o rio dos profetas seja puro, claro, profundo, direto e seguro para a viagem”(ibidem).

Os mitos, as profecias do Antigo Testamento e os filósofos gregos têm certa semelhança. Claro, não são iguais, mas têm algo em comum.

“Eles pareciam ter o objetivo divino em comum, mas também tinham diferenças importantes. Quanto à pureza de estilo, por exemplo, os profetas parecem ser os mais claros, seguidos pelos filósofos e, por último, os criadores de mitos. Em matéria de adequação, por outro lado, novamente os profetas parecem nos falar o máximo de Deus. E talvez aqui os filósofos fiquem por último. Sempre pensei que os filósofos sabiam mais de Deus que os criadores de mitos, mas agora não estou mais tão certo. Talvez nossas máximas fossem claras, mas ralas como sopa, enquanto os mitos eram obscuros, mas espessos como guisado ou sangue”(ibidem).

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

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