quarta-feira, 11 de março de 2009

Uma Sabedoria Cristã de ordem natural.


Para começar com essa discussão, capturamos dos anais de nossa inteligência uma abordagem de Karl Adan, grande filósofo e teólogo do século passado, sobre o modo de um cristão ter certeza de sua fé. Afinal, como pode um cristão ter certeza de sua fé?
Ele diz que nós só conseguimos uma resposta, uma certeza, por meio da graça de Deus. Repentinamente, devemos ter um olhar profundo e reflexivo sobre nós mesmos, para depois percebermos a nossa dependência ao Absoluto, daí levar-nos em conta a superioridade de alguém que nos conduz à vida recolhida e interiorizada do bem Absoluto pela contemplação. Por isso, o estado de espírito preparado, sob vigilância, sob recolhimento, com humildade e com pequenez, sob dependência ao Criador são pressupostos para chegar ao conhecimento de Deus. Não devemos ser indiferentes, sem nenhum compromisso de identidade, ao menos, com este Absoluto.
“Se eu sou relativo e Deus Absoluto, então, depende de Deus se eu tenho direito ou não de conhecê-Lo”. É, na verdade, um chamado em que devemos nos fitar bem para não “O enganarmos” e não “nos enganarmos”. A nossa razão só chega a um fim natural, a um fim limitado, a um fim casual, ao passo, a graça nos favorece a sua Providência, a sua infinitude, de Deus, a sua superioridade.
Voltemos à pergunta: Como é que a gente pode conhecer a Deus somente pela razão?
Podemos chegar, até certo ponto, ao conhecimento de Deus, por meio das causas das criaturas. Ninguém dá o que não tem. E o que Deus possui tem de nós e tem nós ou nos contem é inimaginável. É algo de infinito e cheio de maravilha. Deus é justo, é santo, é belo, completamente perfeito. Nenhum filósofo deixou de lado o tema, em questão, sobre Deus. D’Ele, o que fica são as objeções e não as respostas. Tomás de Aquino, filósofo medieval, na “Suma Contra os Gentios”, começa sempre inquirindo e concordando com elas, as objeções, depois responde a todas elas, e finalmente conclui. “Deus realmente existe, sem nenhuma dúvida, Ele existe”.
Até onde a gente pode aplicar a Deus os nossos conceitos, a nossa razão? Ele, de quando em vez, nos dá essa permissão e nos revela coisas extraordinárias e fantásticas.
Portanto, é válido buscar justificar, por vias racionais, a nossa fé.
“Deus não é nada do que dizemos tudo que Ele é, mas Ele é muito mais do que isso”(Tomás de Aquino).
“Deus mora como numa espécie de terras impenetráveis”(Pedro Lombardo).
“Quanto mais a gente progride no conhecimento de Deus, mais se toma consciência de sua distância”(Comentário a Boécio).
“E isto é o máximo do que nós conhecemos na terra: unir-se a Deus como um desconhecido”(Tomás de Aquino).
“Deus é aquele de quem nada teríamos chegado a saber, se Ele não tivesse comunicado...”(Ibidem).
“Sobre Deus, não podemos saber o que Ele é, mas o que Ele não é”(Ibidem).
“O menor conhecimento que se pode ter sobre Deus, é o maior conhecimento que se pode ter sobre as criaturas, os homens”(Ibidem).

Jackislandy Meira de Medeiros Silva, Professor e Filósofo.
Confira:
www.umasreflexoes.blogspot.com www.chegadootempo.blogspot.com

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Uma Sabedoria Cristã de ordem natural.


Para começar com essa discussão, capturamos dos anais de nossa inteligência uma abordagem de Karl Adan, grande filósofo e teólogo do século passado, sobre o modo de um cristão ter certeza de sua fé. Afinal, como pode um cristão ter certeza de sua fé?
Ele diz que nós só conseguimos uma resposta, uma certeza, por meio da graça de Deus. Repentinamente, devemos ter um olhar profundo e reflexivo sobre nós mesmos, para depois percebermos a nossa dependência ao Absoluto, daí levar-nos em conta a superioridade de alguém que nos conduz à vida recolhida e interiorizada do bem Absoluto pela contemplação. Por isso, o estado de espírito preparado, sob vigilância, sob recolhimento, com humildade e com pequenez, sob dependência ao Criador são pressupostos para chegar ao conhecimento de Deus. Não devemos ser indiferentes, sem nenhum compromisso de identidade, ao menos, com este Absoluto.
“Se eu sou relativo e Deus Absoluto, então, depende de Deus se eu tenho direito ou não de conhecê-Lo”. É, na verdade, um chamado em que devemos nos fitar bem para não “O enganarmos” e não “nos enganarmos”. A nossa razão só chega a um fim natural, a um fim limitado, a um fim casual, ao passo, a graça nos favorece a sua Providência, a sua infinitude, de Deus, a sua superioridade.
Voltemos à pergunta: Como é que a gente pode conhecer a Deus somente pela razão?
Podemos chegar, até certo ponto, ao conhecimento de Deus, por meio das causas das criaturas. Ninguém dá o que não tem. E o que Deus possui tem de nós e tem nós ou nos contem é inimaginável. É algo de infinito e cheio de maravilha. Deus é justo, é santo, é belo, completamente perfeito. Nenhum filósofo deixou de lado o tema, em questão, sobre Deus. D’Ele, o que fica são as objeções e não as respostas. Tomás de Aquino, filósofo medieval, na “Suma Contra os Gentios”, começa sempre inquirindo e concordando com elas, as objeções, depois responde a todas elas, e finalmente conclui. “Deus realmente existe, sem nenhuma dúvida, Ele existe”.
Até onde a gente pode aplicar a Deus os nossos conceitos, a nossa razão? Ele, de quando em vez, nos dá essa permissão e nos revela coisas extraordinárias e fantásticas.
Portanto, é válido buscar justificar, por vias racionais, a nossa fé.
“Deus não é nada do que dizemos tudo que Ele é, mas Ele é muito mais do que isso”(Tomás de Aquino).
“Deus mora como numa espécie de terras impenetráveis”(Pedro Lombardo).
“Quanto mais a gente progride no conhecimento de Deus, mais se toma consciência de sua distância”(Comentário a Boécio).
“E isto é o máximo do que nós conhecemos na terra: unir-se a Deus como um desconhecido”(Tomás de Aquino).
“Deus é aquele de quem nada teríamos chegado a saber, se Ele não tivesse comunicado...”(Ibidem).
“Sobre Deus, não podemos saber o que Ele é, mas o que Ele não é”(Ibidem).
“O menor conhecimento que se pode ter sobre Deus, é o maior conhecimento que se pode ter sobre as criaturas, os homens”(Ibidem).

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