domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ensaio sobre a Pessoa Humana III

O que ocorre, no estudo do homem, é que interessa à Filosofia, acima de tudo, o conhecimento deste homem como ser em si, substância racional, de que tudo o mais é apenas maneira de ser. É nesse sentido que se fala de “racional”, de “pessoa”, da “personalidade”, ou do constitutivo formal da pessoa.
Para saber o que a pessoa é, necessário é passar por três níveis: o nível da individuação, indivíduo é tudo aquilo que é indiviso em si. Ele é definido, é limitado, é corpóreo, por conseguinte ele é irrepetível. É, a realidade de cada um, cada um é um indivíduo, cada um tem o seu mundo separadamente. Eu sou matéria, corpo, mas irrepetível. Reconhecer o que sou! A minha realidade ontológica é pessoal e corpórea; outro nível é o da individuação, o homem é um ser possuído de órgãos, linhas imanentes, é um indivíduo vitalizado, que tem vida e, por conseguinte instintivo. O homem é um ser organizado por ter vida vegetativa e sensitiva; já no nível da cultura, o homem tem uma ação imanente, cultural, ele tem linhas que se relacionam, que se compartilham. Cultura vem do latim “colo, colis, colui, cultum, colere” que significa morar, habitar, habitar dentro, cultivar. Se ele cultiva, ele pratica, ele cuida, trata daquilo, das coisas. O culto é uma maneira imanente de agir. O homem se liga as outras coisas, cultuando-as na busca da verdade. Se o homem tem tudo isso, ele tem liberdade. O homem é um único ser de possibilidades artísticas(criativa, imaginação, memória). O homem tem imaterialidade conseqüentemente, espiritualidade, imortalidade porque já possui a verdade, a liberdade, a criatividade, o conhecimento, a memória... O homem que começa a existir nunca acaba, mesmo que morra, porque só morre a materialidade, permanece portanto, o conceito de toda sua existência, o que ele representou intensivamente, como diria Deuleuze, com a torrente da vida, é a multiplicidade intensiva que importa além das coisas já feitas, além da materialidade bruta que encontramos. Conseqüentemente, o homem é um ser digno, inteligente porque vê dentro das coisas, entende, e isso lhe traz à superioridade e à racionalidade.
Quando percebemos de fato que somos pessoas dignas de existir é porque a racionalidade consciente, potente, nobre e corajosa nos circunda, ou melhor, nos penetra. Por isso, é muito pertinente que consideremos a pessoa aqui em dois âmbitos, o metafísico e o psicológico, de certa maneira há uma relação entre estes dois estudos. Primeiro, de semelhança, porque ampliam o conceito de pessoa intrinsecamente e de modo reflexivo. Depois, de diferença, porque o eu metafísico, o eu ôntico é o eu dos filósofos, é o eu em si, com todos os seus elementos, conhecíveis todos de direito, senão de fato, já o eu psicológico é o eu ôntico como aparece atualmente na consciência e na subconsciência.
Apesar de nos comportarmos, de trabalharmos e lutarmos pela sobrevivência, nunca seremos perfeitos tal como o nosso espírito ou tal como a nossa ascese exige de nós, porque aqui na realidade, no mundo, algo nos circunda e nos limita que é a matéria e seus prazeres, por vezes sem limites. Mas, diante de toda essa problemática, o homem pessoal e individual ainda consegue superar seus limites, suas barreiras, tornando-se mais valorizado e mais distinto do que é comum para se aproximar do que é mais intrínseco e espiritual, o acreditar humano.
Confiram a nova página da rede social do filósofo Jackislandy Meira, www.floraniajacksil.ning.com ou www.umasreflexoes.blogspot.com ou www.chegadootempo.blogspot.com

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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ensaio sobre a Pessoa Humana III

O que ocorre, no estudo do homem, é que interessa à Filosofia, acima de tudo, o conhecimento deste homem como ser em si, substância racional, de que tudo o mais é apenas maneira de ser. É nesse sentido que se fala de “racional”, de “pessoa”, da “personalidade”, ou do constitutivo formal da pessoa.
Para saber o que a pessoa é, necessário é passar por três níveis: o nível da individuação, indivíduo é tudo aquilo que é indiviso em si. Ele é definido, é limitado, é corpóreo, por conseguinte ele é irrepetível. É, a realidade de cada um, cada um é um indivíduo, cada um tem o seu mundo separadamente. Eu sou matéria, corpo, mas irrepetível. Reconhecer o que sou! A minha realidade ontológica é pessoal e corpórea; outro nível é o da individuação, o homem é um ser possuído de órgãos, linhas imanentes, é um indivíduo vitalizado, que tem vida e, por conseguinte instintivo. O homem é um ser organizado por ter vida vegetativa e sensitiva; já no nível da cultura, o homem tem uma ação imanente, cultural, ele tem linhas que se relacionam, que se compartilham. Cultura vem do latim “colo, colis, colui, cultum, colere” que significa morar, habitar, habitar dentro, cultivar. Se ele cultiva, ele pratica, ele cuida, trata daquilo, das coisas. O culto é uma maneira imanente de agir. O homem se liga as outras coisas, cultuando-as na busca da verdade. Se o homem tem tudo isso, ele tem liberdade. O homem é um único ser de possibilidades artísticas(criativa, imaginação, memória). O homem tem imaterialidade conseqüentemente, espiritualidade, imortalidade porque já possui a verdade, a liberdade, a criatividade, o conhecimento, a memória... O homem que começa a existir nunca acaba, mesmo que morra, porque só morre a materialidade, permanece portanto, o conceito de toda sua existência, o que ele representou intensivamente, como diria Deuleuze, com a torrente da vida, é a multiplicidade intensiva que importa além das coisas já feitas, além da materialidade bruta que encontramos. Conseqüentemente, o homem é um ser digno, inteligente porque vê dentro das coisas, entende, e isso lhe traz à superioridade e à racionalidade.
Quando percebemos de fato que somos pessoas dignas de existir é porque a racionalidade consciente, potente, nobre e corajosa nos circunda, ou melhor, nos penetra. Por isso, é muito pertinente que consideremos a pessoa aqui em dois âmbitos, o metafísico e o psicológico, de certa maneira há uma relação entre estes dois estudos. Primeiro, de semelhança, porque ampliam o conceito de pessoa intrinsecamente e de modo reflexivo. Depois, de diferença, porque o eu metafísico, o eu ôntico é o eu dos filósofos, é o eu em si, com todos os seus elementos, conhecíveis todos de direito, senão de fato, já o eu psicológico é o eu ôntico como aparece atualmente na consciência e na subconsciência.
Apesar de nos comportarmos, de trabalharmos e lutarmos pela sobrevivência, nunca seremos perfeitos tal como o nosso espírito ou tal como a nossa ascese exige de nós, porque aqui na realidade, no mundo, algo nos circunda e nos limita que é a matéria e seus prazeres, por vezes sem limites. Mas, diante de toda essa problemática, o homem pessoal e individual ainda consegue superar seus limites, suas barreiras, tornando-se mais valorizado e mais distinto do que é comum para se aproximar do que é mais intrínseco e espiritual, o acreditar humano.
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