segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Os valores...


Muitos de nós passamos pela vida sem, ao menos, de quando em quando, avaliarmos nossas escolhas, nossas opções. Vivemos como que jogados na relatividade das culturas, dos costumes a que nos submetemos, respirando modelos escolhidos por outros e não por nós. Usamos as mesmas roupas, os mesmos relógios, as mesmas sandálias em virtude das “marcas” mais presentes no momento, “da moda”... Bebemos, por vezes, as mesmas bebidas, cujos rótulos são os mais visíveis no momento... As mesmas comidas com gostos e qualidades quase sempre os mesmos e assim por diante. Parece que estamos destinados as mesmices do dia-a-dia porque nos acomodamos em não querer fazer parte das decisões a que damos valor, pondo nestas decisões um pouco de nós, das nossas escolhas, dos nossos desejos pessoais, dos nossos gostos aprazíveis que enriquecem e alegram mais o nosso viver. Não necessitaríamos, talvez, sair da moda para aprendermos a valorar? Sejamos um “démodé”, um fora de moda!
O importante disso tudo é que empregamos vários sentidos para a palavra “valor”. Dentre eles, o mais elementar para os dias de hoje é o econômico. As coisas não nos deixam indiferentes, de modo que a todo momento precisamos estar valorando ou reconhecendo um valor ou um antivalor em tudo quanto experimentamos. A Filosofia que estuda o mundo dos valores chama-se Axiologia(axios-ou).
Objetivamente, observamos que não criamos os valores, mas algo já é nosso. O filósofo Jean Paul Sartre diz e defende a criação, a produção dos valores por nós. Segundo ele, os valores são objetos de nossa criação a fim de nos orientarmos em nossa existência militante. A cada instante, a cada momento estamos valorizando, valorando. O valor é tudo aquilo que não nos deixa indiferentes às coisas. Por isso, procuremos estabelecer uma hierarquia de valores a fim de gerir com mais sabedoria a vida que levamos, uma vez que a qualidade de vida está na maneira de discernir as diferenças presentes no mundo, pois isso é o que constitui o homem sábio.
Para o pensamento do homem comum, o valor é tudo aquilo que é capaz de romper, de quebrar a nossa indiferença. Aquilo que se destaca pela sua perfeição é um valor. Daí o sentido da palavra axiologia, o que me parece perfeito, o que me atrai, o belo.
Será que as coisas não têm mais valor do que o valor que nós lhes damos? Ou elas têm um valor objetivo? Não nos ocuparemos em responder essas questões aos leitores, até por que não teríamos tempo pra isso, no entanto façamos destas questões um motivar para nossa reflexão acerca dos valores.
Por fim, entendemos que o valor de tudo que nos aparece nos remonta a uma grande complexidade de significados, desde os físicos, materiais, emocionais até os espirituais... Portanto, valor é tudo aquilo que tem preço, estima, agradabilidade e significado.


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

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Os valores...


Muitos de nós passamos pela vida sem, ao menos, de quando em quando, avaliarmos nossas escolhas, nossas opções. Vivemos como que jogados na relatividade das culturas, dos costumes a que nos submetemos, respirando modelos escolhidos por outros e não por nós. Usamos as mesmas roupas, os mesmos relógios, as mesmas sandálias em virtude das “marcas” mais presentes no momento, “da moda”... Bebemos, por vezes, as mesmas bebidas, cujos rótulos são os mais visíveis no momento... As mesmas comidas com gostos e qualidades quase sempre os mesmos e assim por diante. Parece que estamos destinados as mesmices do dia-a-dia porque nos acomodamos em não querer fazer parte das decisões a que damos valor, pondo nestas decisões um pouco de nós, das nossas escolhas, dos nossos desejos pessoais, dos nossos gostos aprazíveis que enriquecem e alegram mais o nosso viver. Não necessitaríamos, talvez, sair da moda para aprendermos a valorar? Sejamos um “démodé”, um fora de moda!
O importante disso tudo é que empregamos vários sentidos para a palavra “valor”. Dentre eles, o mais elementar para os dias de hoje é o econômico. As coisas não nos deixam indiferentes, de modo que a todo momento precisamos estar valorando ou reconhecendo um valor ou um antivalor em tudo quanto experimentamos. A Filosofia que estuda o mundo dos valores chama-se Axiologia(axios-ou).
Objetivamente, observamos que não criamos os valores, mas algo já é nosso. O filósofo Jean Paul Sartre diz e defende a criação, a produção dos valores por nós. Segundo ele, os valores são objetos de nossa criação a fim de nos orientarmos em nossa existência militante. A cada instante, a cada momento estamos valorizando, valorando. O valor é tudo aquilo que não nos deixa indiferentes às coisas. Por isso, procuremos estabelecer uma hierarquia de valores a fim de gerir com mais sabedoria a vida que levamos, uma vez que a qualidade de vida está na maneira de discernir as diferenças presentes no mundo, pois isso é o que constitui o homem sábio.
Para o pensamento do homem comum, o valor é tudo aquilo que é capaz de romper, de quebrar a nossa indiferença. Aquilo que se destaca pela sua perfeição é um valor. Daí o sentido da palavra axiologia, o que me parece perfeito, o que me atrai, o belo.
Será que as coisas não têm mais valor do que o valor que nós lhes damos? Ou elas têm um valor objetivo? Não nos ocuparemos em responder essas questões aos leitores, até por que não teríamos tempo pra isso, no entanto façamos destas questões um motivar para nossa reflexão acerca dos valores.
Por fim, entendemos que o valor de tudo que nos aparece nos remonta a uma grande complexidade de significados, desde os físicos, materiais, emocionais até os espirituais... Portanto, valor é tudo aquilo que tem preço, estima, agradabilidade e significado.


Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
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