quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A História da Loucura I



“História da Loucura na Idade Clássica”, escrita em 1961, foi a tese de doutorado em Filosofia do renomado pensador francês, admiradíssimo até por Gilles Deleuze quanto à luz que irradiava a todos por onde passava, Michael Foucault, dono de uma dissertação que vale a pena ser lida e re-lida antes de morrermos. Mais tarde é editada, como livro, com o nome “Histoire de la folie”. Nesta obra, Foucault analisa as experiências práticas dos séculos XVII e XVIII que levaram à exclusão dos que ele chama de “desprovidos de razão” do convívio social. Na obra, ele evidencia a “transformação” da loucura em doença mental, assim como o deslocamento dos poderes que atuam sobre os loucos e o conseqüente “lugar” a que são internados pela sociedade.
Na Idade Clássica, o período racionalista, a loucura é vista como desrazão e os loucos, que vítimas da grande internação, são acorrentados nos hospitais gerais. Com o advento da Modernidade, no século XIX, são criados os asilos ou hospitais psiquiátricos e os loucos são, por sua vez, tratados como doentes mentais.
Para Foucault, na Renascença, a loucura passa a ocupar os lugares que a lepra ocupara na Idade Média, lugares deixados sem utilidade bem como os ritos. É que, com a regressão da lepra, serão os pobres, os vagabundos, os presidiários e “cabeças alienadas” que assumirão o papel abandonado pelo lazarento. E, a partir do século XV, a face da loucura passa a assombrar a imaginação do homem ocidental. Segundo Foucault, até pouco depois do início da segunda metade do século XV, o tema da morte impera sozinho; nela, o fim do homem, o fim dos tempos assume o rosto das pestes e das guerras. Mas eis que nos últimos anos do século, essa grande inquietude gira sobre si mesma: o desatino da loucura substitui a morte e a seriedade que a acompanha. A partir de então, o insano desarma e o louco ri antes do riso da morte, pressagiando o macabro; trata-se de uma virada no interior da mesma inquietude, trata-se do vazio da existência, um vazio sentido do interior como forma contínua e constante da existência. O liame entre a loucura e o nada se estreita no século XV e subsiste por muito tempo no centro da experiência clássica da loucura.
Dentre outras, é na composição literária “Narrenschiff”(A nau dos loucos), de Brant, que Foucault situa a experiência trágica da loucura na Renascença. Na época, os loucos eram escorraçados e frequentemente confiados a barqueiros. O louco torna-se o passageiro por excelência, o prisioneiro da passagem, solidamente acorrentado à infinita encruzilhada. Também entre os místicos do século XV imaginava-se a alma-barca, abandonada no mar infinito dos desejos, barca prisioneira da grande loucura do mar se não souber lançar sólidas âncoras, a fé, ou esticar suas velas espirituais para que o sopro de Deus a leve ao porto.
É na literatura erudita da Renascença, que Foucault vê a loucura em ação, principalmente nos textos humanistas entre os quais se destaca Erasmo, bem como na longa dinastia de imagens, de pinturas, sobretudo em Bosch e Brueghel. Nestas, Foucault percebe uma enorme proliferação de sentidos, de onirismo, onde as figuras simbólicas tornam-se silhuetas do pesadelo, uma interrogação a permanecer indefinidamente sem resposta, num silêncio habitado apenas pelo bulício do mundo.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Felicidade...

Buscar a felicidade não é uma opção de auto-ajuda, mas sim uma questão de sobrevivência. Na filosofia, ser feliz equivale a viver bem a vida. Alegrar-se, satisfazer-se, dipor-se a ter uma vida sábia. Como já defendia habilidosamente Epicuro, mais precisamente nos seus aforismos e na sua “Carta a Meneceu” sobre a Felicidade.
A felicidade é quase uma obsessão por aquele que se responsabiliza com sua vida, com sua história, enfim, com suas decisões. É, no fundo, buscar uma vida boa, saudável, tranqüila e de espírito alegre.
Você quer decidir a qualidade da sua vida? Nem Deus se permite decidir no seu lugar. Deus não decide seu sucesso, suas vitórias, seu futuro, mas as suas decisões quem decide é você! Quem decide a sua saúde é você. Quem decide sobre o seu corpo é você, meu caro... Vá ao espelho simplesmente. Você cometeu um erro. Seu corpo precisa de muitos cuidados, de muitos milagres, de sabedoria.
A sabedoria decide a sua saúde. A sabedoria decide a sua riqueza. A sabedoria decide a sua alegria. A sabedoria decide a sua felicidade.
Só um exemplo pra entendermos o que significa sabedoria. Digamos que tenha à minha frente 4 pinturas: um elefante, uma girafa, uma zebra, uma flor. Qual a diferença? Ponho mais 4 fotos na minha frente: ouvido, boca, nariz e um macaco. Posso ver a diferença? Qual é a diferença? Veja a diferença! Sabedoria é a habilidade de discernir a diferença. Discernir a diferença nas pessoas, nos ambientes e nos momentos da vida. A sabedoria é a coisa principal e a mais importante aqui na terra.
Você pode ter 5 filhos, um discerne a sua diferença, isto é, lhe obedece, um confia no seu julgamento. Eles discernem a sua diferença. Todo seu sucesso depende da sua sabedoria. Um jovem sentou-se perto de mim e nunca me perguntou sobre o que é felicidade, sobre o sentido da vida, sobre o amor, o que é filosofia? Porque ele não discerniu a diferença. Será que você pode ver a diferença? Será que você pode ouvir a diferença? Diferença numa voz, num olhar, num gesto, numa atitude... Diferença no que Deus diz, no que outra pessoa diz. Como é que você recebe a sabedoria? Não vem geneticamente pelo sangue. Como pode um filho meu ser tão estúpido? A sabedoria não vem pela corrente sangüinea. A gente pode ser estúpido e ter um filho maravilhoso! Você acha que o tempo é sinal de sabedoria? Eu já conheci pessoas com oitenta anos que se rebelaram contra a voz da consciência. Vi muita gente velha ou idosa bastante tola. O cabelo grisalho não lhe faz necessariamente sábio. O tempo não cria sabedoria. Têm jovens de 20 anos milionários e outros velhos bastante pobres. O tempo nunca criou a sabedoria. Existem várias formas de você adquirir sabedoria. Deus, às vezes, fala através da dor às pessoas. Se você não ouvir a dor não existe esperança. Se você não ouve a pessoas, Ele vai usar a dor. Deus usa pessoas e a dor para conversar conosco. Quando você diz que seu estômago está doendo, é porque algo está errado. A dor é o sinal da desordem. O propósito da sabedoria é criar ordem, o que vem primeiro, o que vem segundo. A ordem é quando as coisas estão no seu devido lugar. O esposo, a esposa, os filhos. Um diretor, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos. Se o seu nariz fosse no topo da sua cabeça você iria morrer afogado na primeira chuva. As coisas corretas ajudam a viver com sabedoria. O que aconteceria se os seus olhos fossem embaixo dos seus pés e uma pessoa perguntasse: Quem está vindo? Não, espere aí que eu vou olhar quem está vindo. As coisas corretas no lugar certo. O propósito da ordem é para aumentar a produtividade. Beleza, conforto, segurança, paz, felicidade. Se eu chegar ali no seu guarda-roupa, os seus sapatos estão embaixo, as camisas em outro lugar, as calças mais em cima, as bermudas em outro lugar. Tudo está numa parte, em ordem. Ordem. Qualquer movimento em direção à ordem aumenta a sua alegria, produz felicidade. Quando você lava o seu carro, você se sente alegre. Quando você limpa sua casa e tudo está em ordem. Sempre que arruma sua estante de livros e os limpa, tudo parece mais estável. Agora, quando você tem luta é a prova da desordem, da instabilidade. A luta é prova de que alguém não pertence àquele lugar. A dor é a prova da desordem. Deus usa a dor na sua vida para dizer que você tem que mudar algo. A dor não é um professor, a dor não muda você, mas a dor faz nascer uma necessidade de mudança. Muitas pessoas vivem em dor constantemente e nunca mudam.
Experimente fazer uma mudança, independentemente da dor, na sua vida e abra o seu coração para um agir com Sabedoria, aperfeiçoando o seu modo de viver: “Eu, que dedico incessantemente minhas energias à investigação da natureza, e através desse modo de viver exerço principalmente o meu equilíbrio”(Epicuro, in Diógenes Laértios, X, 37).
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Curso de Capacitação de Informática na Escola Estadual Teônia Amaral



É bem verdade que trata-se de uma enorme exigência para o profissional da Educação saber manejar ou manusear um aparelho de computador, seja o seu PC, ou até mesmo, e aqui está o objetivo do curso, saber operar os micro-computadores presentes no seu local de trabalho, a Escola Estadual Teônia Amaral. Sendo assim, essa Instituição já conta com um laboratório montado de dez ou mais computadores à disposição dos seus professores, alunos, funcionários, a fim de melhorar ainda mais o processo pedagógico de ensino-aprendizagem. É preciso saber, sobretudo, que por trás destas poderosas máquinas, existe o homem como criador, empenhado em humanizá-las com sua ética e inteligência.

“Assim, atualmente a questão que se apresenta no âmbito da informática é a do domínio dos desafios suscitados pela inclusão do computador na vida cotidiana” (PCNs, pág. 183 sobre conhecimentos de informática). Daí, a cobrança da sociedade civil organizada, como também do alunado em geral, ser tão visível nos dias de hoje, uma vez que a velocidade de informações entram e saem de nós rapidamente pela internet.

Pois bem, assuntos como esses e outros foram ardentemente discutidos em grupos sob a orientação ou mediação pedagógica da Sra. Professora Maria Berenice de Araújo Dantas, do Núcleo de Tecnologia Educacional José Augusto, Caicó/RN, que, com afeição, com dignidade, empatia, procurou fornecer subsídios e mecanismos práticos para podermos lidar, de modo simples e fácil, com um programa novo e seguro entre nós, o “linux”.

Esse programa – o linux – quebrou uma série de preconceitos dos que participavam do curso porque só tínhamos, embora limitada, familiaridade com o “windows”, mais presente nas casas de internet e em nossos computadores de uso particular. Pensávamos, ainda, que o linux era difícil para digitação de textos, formatação, arquivamento de conteúdos, impressão, copiar e colar arquivos e assim por diante, mas vimos quão prático e simples é operar esse programa, na medida em que muda pouca coisa, uma delas é a nomenclatura, em relação ao “windows”. Além da enorme riqueza em aprender a manusear o linux através desse curso de capacitação, tivemos a oportunidade de adquirir experiência com aulas práticas de laboratório; debate de conteúdos ligados a operação do computador; o conhecimento da teoria da informática; a percepção e sensibilização física da máquina; a idéia de elaborar um Projeto; a importância de se trabalhar um Projeto em sala de aula; o desempenho do Professor em acompanhar um Projeto; os aplicativos BrOffice.org.Impress; os aplicativos BrOffice.Org.Writer. Dentre tantos conteúdos disponíveis no curso, mencionamos apenas estes que fazem justiça a proposta e a seriedade da capacitação, pois infelizmente não poucos colegas profissionais se pouparam de fazê-la. O diagnóstico avaliativo do curso leva em consideração a pontualidade, a assiduidade, a elaboração de textos, a participação, o interesse e a elaboração e aplicação de um Projeto final. O Projeto tem como característica trabalhar as diversas disciplinas e suas tecnologias. O tema problemático escolhido por todos os participantes foi o Turismo que servirá de eixo interdisciplinar e social para a comunidade escolar.

É bom lembrar que ao término do curso, cada profissional da Educação será contemplado com um certificado de conclusão de 40h/aula.


Professor de Filosofia e Sociologia, Jackislandy Meira.

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A História da Loucura I



“História da Loucura na Idade Clássica”, escrita em 1961, foi a tese de doutorado em Filosofia do renomado pensador francês, admiradíssimo até por Gilles Deleuze quanto à luz que irradiava a todos por onde passava, Michael Foucault, dono de uma dissertação que vale a pena ser lida e re-lida antes de morrermos. Mais tarde é editada, como livro, com o nome “Histoire de la folie”. Nesta obra, Foucault analisa as experiências práticas dos séculos XVII e XVIII que levaram à exclusão dos que ele chama de “desprovidos de razão” do convívio social. Na obra, ele evidencia a “transformação” da loucura em doença mental, assim como o deslocamento dos poderes que atuam sobre os loucos e o conseqüente “lugar” a que são internados pela sociedade.
Na Idade Clássica, o período racionalista, a loucura é vista como desrazão e os loucos, que vítimas da grande internação, são acorrentados nos hospitais gerais. Com o advento da Modernidade, no século XIX, são criados os asilos ou hospitais psiquiátricos e os loucos são, por sua vez, tratados como doentes mentais.
Para Foucault, na Renascença, a loucura passa a ocupar os lugares que a lepra ocupara na Idade Média, lugares deixados sem utilidade bem como os ritos. É que, com a regressão da lepra, serão os pobres, os vagabundos, os presidiários e “cabeças alienadas” que assumirão o papel abandonado pelo lazarento. E, a partir do século XV, a face da loucura passa a assombrar a imaginação do homem ocidental. Segundo Foucault, até pouco depois do início da segunda metade do século XV, o tema da morte impera sozinho; nela, o fim do homem, o fim dos tempos assume o rosto das pestes e das guerras. Mas eis que nos últimos anos do século, essa grande inquietude gira sobre si mesma: o desatino da loucura substitui a morte e a seriedade que a acompanha. A partir de então, o insano desarma e o louco ri antes do riso da morte, pressagiando o macabro; trata-se de uma virada no interior da mesma inquietude, trata-se do vazio da existência, um vazio sentido do interior como forma contínua e constante da existência. O liame entre a loucura e o nada se estreita no século XV e subsiste por muito tempo no centro da experiência clássica da loucura.
Dentre outras, é na composição literária “Narrenschiff”(A nau dos loucos), de Brant, que Foucault situa a experiência trágica da loucura na Renascença. Na época, os loucos eram escorraçados e frequentemente confiados a barqueiros. O louco torna-se o passageiro por excelência, o prisioneiro da passagem, solidamente acorrentado à infinita encruzilhada. Também entre os místicos do século XV imaginava-se a alma-barca, abandonada no mar infinito dos desejos, barca prisioneira da grande loucura do mar se não souber lançar sólidas âncoras, a fé, ou esticar suas velas espirituais para que o sopro de Deus a leve ao porto.
É na literatura erudita da Renascença, que Foucault vê a loucura em ação, principalmente nos textos humanistas entre os quais se destaca Erasmo, bem como na longa dinastia de imagens, de pinturas, sobretudo em Bosch e Brueghel. Nestas, Foucault percebe uma enorme proliferação de sentidos, de onirismo, onde as figuras simbólicas tornam-se silhuetas do pesadelo, uma interrogação a permanecer indefinidamente sem resposta, num silêncio habitado apenas pelo bulício do mundo.

Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.
Confira os blogs:
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www.chegadootempo.blogspot.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Felicidade...

Buscar a felicidade não é uma opção de auto-ajuda, mas sim uma questão de sobrevivência. Na filosofia, ser feliz equivale a viver bem a vida. Alegrar-se, satisfazer-se, dipor-se a ter uma vida sábia. Como já defendia habilidosamente Epicuro, mais precisamente nos seus aforismos e na sua “Carta a Meneceu” sobre a Felicidade.
A felicidade é quase uma obsessão por aquele que se responsabiliza com sua vida, com sua história, enfim, com suas decisões. É, no fundo, buscar uma vida boa, saudável, tranqüila e de espírito alegre.
Você quer decidir a qualidade da sua vida? Nem Deus se permite decidir no seu lugar. Deus não decide seu sucesso, suas vitórias, seu futuro, mas as suas decisões quem decide é você! Quem decide a sua saúde é você. Quem decide sobre o seu corpo é você, meu caro... Vá ao espelho simplesmente. Você cometeu um erro. Seu corpo precisa de muitos cuidados, de muitos milagres, de sabedoria.
A sabedoria decide a sua saúde. A sabedoria decide a sua riqueza. A sabedoria decide a sua alegria. A sabedoria decide a sua felicidade.
Só um exemplo pra entendermos o que significa sabedoria. Digamos que tenha à minha frente 4 pinturas: um elefante, uma girafa, uma zebra, uma flor. Qual a diferença? Ponho mais 4 fotos na minha frente: ouvido, boca, nariz e um macaco. Posso ver a diferença? Qual é a diferença? Veja a diferença! Sabedoria é a habilidade de discernir a diferença. Discernir a diferença nas pessoas, nos ambientes e nos momentos da vida. A sabedoria é a coisa principal e a mais importante aqui na terra.
Você pode ter 5 filhos, um discerne a sua diferença, isto é, lhe obedece, um confia no seu julgamento. Eles discernem a sua diferença. Todo seu sucesso depende da sua sabedoria. Um jovem sentou-se perto de mim e nunca me perguntou sobre o que é felicidade, sobre o sentido da vida, sobre o amor, o que é filosofia? Porque ele não discerniu a diferença. Será que você pode ver a diferença? Será que você pode ouvir a diferença? Diferença numa voz, num olhar, num gesto, numa atitude... Diferença no que Deus diz, no que outra pessoa diz. Como é que você recebe a sabedoria? Não vem geneticamente pelo sangue. Como pode um filho meu ser tão estúpido? A sabedoria não vem pela corrente sangüinea. A gente pode ser estúpido e ter um filho maravilhoso! Você acha que o tempo é sinal de sabedoria? Eu já conheci pessoas com oitenta anos que se rebelaram contra a voz da consciência. Vi muita gente velha ou idosa bastante tola. O cabelo grisalho não lhe faz necessariamente sábio. O tempo não cria sabedoria. Têm jovens de 20 anos milionários e outros velhos bastante pobres. O tempo nunca criou a sabedoria. Existem várias formas de você adquirir sabedoria. Deus, às vezes, fala através da dor às pessoas. Se você não ouvir a dor não existe esperança. Se você não ouve a pessoas, Ele vai usar a dor. Deus usa pessoas e a dor para conversar conosco. Quando você diz que seu estômago está doendo, é porque algo está errado. A dor é o sinal da desordem. O propósito da sabedoria é criar ordem, o que vem primeiro, o que vem segundo. A ordem é quando as coisas estão no seu devido lugar. O esposo, a esposa, os filhos. Um diretor, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos. Se o seu nariz fosse no topo da sua cabeça você iria morrer afogado na primeira chuva. As coisas corretas ajudam a viver com sabedoria. O que aconteceria se os seus olhos fossem embaixo dos seus pés e uma pessoa perguntasse: Quem está vindo? Não, espere aí que eu vou olhar quem está vindo. As coisas corretas no lugar certo. O propósito da ordem é para aumentar a produtividade. Beleza, conforto, segurança, paz, felicidade. Se eu chegar ali no seu guarda-roupa, os seus sapatos estão embaixo, as camisas em outro lugar, as calças mais em cima, as bermudas em outro lugar. Tudo está numa parte, em ordem. Ordem. Qualquer movimento em direção à ordem aumenta a sua alegria, produz felicidade. Quando você lava o seu carro, você se sente alegre. Quando você limpa sua casa e tudo está em ordem. Sempre que arruma sua estante de livros e os limpa, tudo parece mais estável. Agora, quando você tem luta é a prova da desordem, da instabilidade. A luta é prova de que alguém não pertence àquele lugar. A dor é a prova da desordem. Deus usa a dor na sua vida para dizer que você tem que mudar algo. A dor não é um professor, a dor não muda você, mas a dor faz nascer uma necessidade de mudança. Muitas pessoas vivem em dor constantemente e nunca mudam.
Experimente fazer uma mudança, independentemente da dor, na sua vida e abra o seu coração para um agir com Sabedoria, aperfeiçoando o seu modo de viver: “Eu, que dedico incessantemente minhas energias à investigação da natureza, e através desse modo de viver exerço principalmente o meu equilíbrio”(Epicuro, in Diógenes Laértios, X, 37).
Jackislandy Meira de M. Silva, professor e filósofo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Curso de Capacitação de Informática na Escola Estadual Teônia Amaral



É bem verdade que trata-se de uma enorme exigência para o profissional da Educação saber manejar ou manusear um aparelho de computador, seja o seu PC, ou até mesmo, e aqui está o objetivo do curso, saber operar os micro-computadores presentes no seu local de trabalho, a Escola Estadual Teônia Amaral. Sendo assim, essa Instituição já conta com um laboratório montado de dez ou mais computadores à disposição dos seus professores, alunos, funcionários, a fim de melhorar ainda mais o processo pedagógico de ensino-aprendizagem. É preciso saber, sobretudo, que por trás destas poderosas máquinas, existe o homem como criador, empenhado em humanizá-las com sua ética e inteligência.

“Assim, atualmente a questão que se apresenta no âmbito da informática é a do domínio dos desafios suscitados pela inclusão do computador na vida cotidiana” (PCNs, pág. 183 sobre conhecimentos de informática). Daí, a cobrança da sociedade civil organizada, como também do alunado em geral, ser tão visível nos dias de hoje, uma vez que a velocidade de informações entram e saem de nós rapidamente pela internet.

Pois bem, assuntos como esses e outros foram ardentemente discutidos em grupos sob a orientação ou mediação pedagógica da Sra. Professora Maria Berenice de Araújo Dantas, do Núcleo de Tecnologia Educacional José Augusto, Caicó/RN, que, com afeição, com dignidade, empatia, procurou fornecer subsídios e mecanismos práticos para podermos lidar, de modo simples e fácil, com um programa novo e seguro entre nós, o “linux”.

Esse programa – o linux – quebrou uma série de preconceitos dos que participavam do curso porque só tínhamos, embora limitada, familiaridade com o “windows”, mais presente nas casas de internet e em nossos computadores de uso particular. Pensávamos, ainda, que o linux era difícil para digitação de textos, formatação, arquivamento de conteúdos, impressão, copiar e colar arquivos e assim por diante, mas vimos quão prático e simples é operar esse programa, na medida em que muda pouca coisa, uma delas é a nomenclatura, em relação ao “windows”. Além da enorme riqueza em aprender a manusear o linux através desse curso de capacitação, tivemos a oportunidade de adquirir experiência com aulas práticas de laboratório; debate de conteúdos ligados a operação do computador; o conhecimento da teoria da informática; a percepção e sensibilização física da máquina; a idéia de elaborar um Projeto; a importância de se trabalhar um Projeto em sala de aula; o desempenho do Professor em acompanhar um Projeto; os aplicativos BrOffice.org.Impress; os aplicativos BrOffice.Org.Writer. Dentre tantos conteúdos disponíveis no curso, mencionamos apenas estes que fazem justiça a proposta e a seriedade da capacitação, pois infelizmente não poucos colegas profissionais se pouparam de fazê-la. O diagnóstico avaliativo do curso leva em consideração a pontualidade, a assiduidade, a elaboração de textos, a participação, o interesse e a elaboração e aplicação de um Projeto final. O Projeto tem como característica trabalhar as diversas disciplinas e suas tecnologias. O tema problemático escolhido por todos os participantes foi o Turismo que servirá de eixo interdisciplinar e social para a comunidade escolar.

É bom lembrar que ao término do curso, cada profissional da Educação será contemplado com um certificado de conclusão de 40h/aula.


Professor de Filosofia e Sociologia, Jackislandy Meira.

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