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sábado, 17 de novembro de 2012

XIX Congresso da SBEC - I Simpósio Luso-Brasileiro de Estudos Clássicos

O XIX Congresso da SBEC será realizado na cidade de Brasília, entre os dias 8 e 12 de Julho de 2013, e será sediado no Conjunto Cultural da República. Esta será a primeira vez que a Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos realizará seu encontro bienal na Capital do País e na região Centro-Oeste do Brasil.
Também pela primeira vez em sua história a SBEC firmou no evento uma parceria científica com a sociedade-irmã Associação Portuguesa de Estudos Clássicos (APEC), acrescentando assim ao seu XIX Congresso Nacional a nomenclatura de I Simpósio Luso-brasileiro de Estudos Clássicos. A parceria com a APEC reforça a colaboração entre pesquisadores lusófonos e a integração dos estudos clássicos produzidos em língua portuguesa, cuja tradição e herança secular despenham no cenário cultural internacional um papel certamente inferior àquele que lhe cabe de direito.
Por sugestão da atual Diretoria e eleição do Conselho Consultivo e Deliberativo da entidade, o XIX Congresso da SBEC terá por tema central O FUTURO DO PASSADO.
O tema do Futuro do Passado remete ao menos para a duas questões centrais, entre as muitas que o tema poderá sugerir aos pesquisadores:
(a)  De que maneira o futuro é objeto das mais diversas manifestações culturais do mundo antigo? Como o futuro é esperado, temido, pensado, representado, traçado na iconografia, no teatro, na literatura, na filosofia, na história, na música?
(b)  O que o passado tem a oferecer ao presente, que é, em todas as instâncias, o responsável por construir o futuro? Isto é, que relação o presente estabelece com o passado, de modo que as ações pretéritas sejam o ponto de partida do hoje para pensar o amanhã?
Se a escolha do tema foi motivada pela ocasião de realizar o congresso na Capital, projeto modernista que já, depois de 50 anos, se tornou clássico, há nela explícita também a intenção de convidar a comunidade lusófona de classicistas a pensar seu próprio futuro. Diante dos desafios de uma pesquisa globalizada e do constante enfoque e valorização da velocidade e tecnologia na produção do conhecimento, o congresso deseja provocar uma reflexão: qual o futuro dos estudos clássicos? A partir dessa questão a ideia central desse Congresso é um convite para pensarmos não só a importância do presente na definição do/s passado/s que os classicistas discutem em seus trabalhos, como também nos sensibilizarmos da urgência de uma revisão epistemológica para a abertura de novos caminhos ao nos aproximarmos da Antiguidade e seu legado.
Ao pensar os estudos clássicos na perspectiva do futuro o evento quer dar  mais um passo em direção da retirada do ‘clássico’ de seu pedestal, de seu inabalável lugar de neutralidade, aproximando-se dele em suas inúmeras facetas e possibilidades de atuação. Os estudos clássicos assim desenhados, multiformes e transformadores, podem aperceber-se da complexidade dos povos que fizeram parte da formação da cultura dos antigos e, também, as diferentes formas de recepção e apropriação de seu legado em outros momentos históricos. Essa perspectiva permite pensar o lugar do ‘clássico’ na educação e cultura contemporâneas, sua recepção no cinema e na literatura – de maneira especial naquelas de língua portuguesa – abrindo diálogo com diferentes públicos: educadores interessados em pensar maneiras alternativas de se ensinar a Antiguidade na escola, estudiosos da cultura material e textos clássicos, historiadores da arte, arqueólogos, formadores de opinião e pessoas interessadas em discutir patrimônio, identidade, alteridade e memória. Em resumo,  todos aqueles que buscam uma abordagem crítica acerca do papel dos clássicos nos dias de hoje. 
O evento, que será sediado no cenário modernista do Museu Nacional e da Biblioteca Nacional de Brasília, será marcado por palestras, mesas-redondas, mini-cursos, sessões de apresentação de pesquisas em andamento, apresentação e discussão das novidades editoriais, apresentação de peças teatrais e outras atividades científicas e culturais.
Esperamos vê-los em breve em Brasília.

Créditos da imagem: Phalera, Museu Nacional do Rio de Janeiro.

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