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sexta-feira, 27 de maio de 2011

A força das ilusões


Desde que somos pequenos, muito pequenos até, feito crianças, vivemos sendo alimentados por sonhos ou ilusões. Sonhos, pelo tamanho de nossas certezas. Ilusões, pela dimensão ou vastidão das dúvidas. Gastar-se a vida, melhor dizendo, construindo-a para dirimir dúvidas é o sentido de todo homem, pois poucos suportam tê-las por perto, uma vez que convivem com elas bem dentro de si, de modo angustiante. Grande parte de nós passa a vida toda por força das ilusões, e ai de nós se não fossem elas, já teríamos tornado a vida um fardo de existência sem igual. Com as ilusões, a vida mescla dois sabores, um amargo da realidade, e o outro doce das perfeições e ilusões verdadeiras. As ilusões, assim, proporcionam à vida um sabor agridoce.
Quando Deus criou o homem e a mulher no sexto dia, conforme nos contam as narrativas bíblicas do Livro do Gênesis, e viu que tudo que havia criado era muito bom, entregou às mãos do ser humano o poder de dominar sobre tudo, sobre animais silvestres e répteis que se arrastam na terra, enfim(Cf. Gn. 1.26). A forma como Deus age nesse instante da criação parece autorizar o ser humano a possuir voluntariamente uma primeira ilusão, a de dar nome e dominar a terra e tudo o que há nela. A partir daí, começa-se a conjecturar que a saga da ilusão humana de crescer e multiplicar-se por conta própria, achando que tudo é seu, parece tomar conta de seu ego. A emancipação da autonomia do homem aqui é, sem dúvida uma doce ilusão que cai por terra justamente com o pecado. Mesmo assim, sendo da terra até a raiz, o homem não se contém em fazer valer esse mandado divino de marcar, nomear todos os seres, segundo seu bel prazer.
A soberba humana e racional de achar que tudo é seu se radicaliza ainda mais e ganha corpo, à medida que o homem se emancipa da natureza e atribui valor às coisas. As relações de troca com as coisas, os negócios comerciais de compra e venda de mercadorias para o enriquecimento próprio e não para sobrevivência e manutenção da vida, a busca ilimitada pelo lucro e acúmulo incomensurável de capital, a hipoteca social, o direito à propriedade, enfim, fazem do homem um mero possuidor de coisas alheias, que não são suas, mas lhe foram dadas.
O tomar para si o que não é seu por natureza, prova disso é que se morre e as coisas ficam, transforma o homem e tudo à sua volta numa mera ilusão de propriedade. Ser proprietário de algo nesta vida é pura ilusão. Mas, quem não vive com ela? Uma dura ilusão que nos come por dentro é o desejo de se tornar igual aos outros. Quantos não sonharam com realidades perfeitas, tomando o real por ideal! Olhem que não foram poucos. Lembrem-se de Thomas More no seu livro “Utopia”, Platão em “A República” e, na mesma direção, Campanella em “Cidade do Sol”, bem como Agostinho em “A cidade de Deus”, todos viveram movidos por suas ilusões de um lugar perfeito, de realidades ideais e inalcançáveis, de ilusões irrealizáveis, mas que nem por isso, deixaram de sonhar em concretizá-las. Quanta força há nas ilusões!
As obras e personagens reais mostrados acima declaram afirmativamente o peso da força das ilusões em nossa vida, assim como as palavras do filósofo alemão F. Nietzsche: “A vida tem necessidade de ilusões, isto é, de não-verdades tidas por verdades... Devemos estabelecer a proposição: só vivemos graças a ilusões”.
Se a ilusão pode ser entendida no horizonte dos sentidos, da mesma feita vem lida aqui na perspectiva da vida. A verdade é que estamos sempre cheios de ilusões para mover, muitas vezes, a nossa triste, crua e dura realidade.
No decorrer da história, criamos direitos e deveres legais para aplicar socialmente a ânsia de igualdade que há em nós, mesmo contra toda a correnteza de injustiças e de capitalização das riquezas naturais e materiais que costumam trair também essa ilusão de igualdade. Em tese, a igualdade existe por ser constitucional, mas na prática é uma tremenda ilusão.
Como contraponto de toda cultura material capitalista, teima em prevalecer, insiste em existir no homem, a sede de transformação do mundo, oriundo da ideologia cristã ou da fé cristã, de que é preciso viver em comunhão, pondo tudo na mesa da partilha, como irmãos uns dos outros, numa união profunda de "todos com todos" para servir e amar - diferentemente da ideia de "todos contra todos" de Thomas Hobbes no "Leviathan"-,  perseverando no desprendimento pessoal de que nada é seu, mas tudo é de Deus, num movimento ascendente que eleva a todos.
Portanto, as ilusões, por não se concretizarem, não quer dizer que não existam e não sejam verdadeiras, mas justamente por serem fortes e contundentes em suas ideias é que as ilusões, de fato, existam e sejam verdadeiras, a ponto de nos alimentar diariamente com o doce sabor de viver, o que também não passa de uma ilusão.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva,
Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia e Especialista em Metafísica.
Páginas na internet:

Vejam as boas opções de busca em assuntos de Filosofia. É recomendável!

Estimados leitores e alunos de filosofia…
Na sociedade atual fica praticamente impossível pensar o processo educacional sem o auxílio da tecnologia e em particular, a internet. Fiz uma pesquisa minuciosa, a qual resultou na lista que segue abaixo.
São sites para principiantes, de fácil acesso e linguagem simples. Reconhecidamente, sites tradicionais. Numa próxima ocasião, publicarei alguns blogs que trabalham a filosofia, aliás, temos ótimas dicas! Muitos deles estão em  nossa lista de  Sites/Filosofia.
No mais que tenhamos um ótimo ano onde continuaremos nossa  busca apaixonada  pelo conhecimento. Afinal, “somos o que pensamos”.
Sistema de Busca em Filosofia
Filosofia Moderna:
http://www.geocities.com/cobra_pages/filmod.html
De Rubem Queiroz Cobra, um dos mais tradicionais sítios de filosofia em português na Internet. Possui vidas e obras bastante completas dos principais pensadores do período e resumos biográficos de personalidades importantes. Um equivalente em Filosofia Contemporânea está sendo desenvolvido
 Mundo dos Filósofos
http://www.mundodosfilosofos.com.br/
História da Filosofia, artigos, imagens, enquetes, mitologia …
 Crítica: Central de Filosofia e Cultura
http://critica.no.sapo.pt/
Página portuguesa coordenada por Desidério Murcho, tem um enfoque voltado para a filosofia analítica. Apresenta muitos textos e seções, como a publicação de trabalhos de pós-graduação, temas da filosofia, traduções, resenhas, links etc. Possui ainda seção de música e leitura e promove um grupo de debates via e-mail. Visual agradável e atualizações constantes.
 Só Filosofia
http://www.filosofia.com.br/index2.php
 Um site completo: biblioteca virtual de filosofia, enquetes, história da filosofia, rádio filosofia, dicas para sala de aula, história em quadrinhos, charges filosóficas,  frases, curiosidades de filosofia e muito mais.
  Filosofia e Idéias
http://www.reocities.com/athens/4539/
Site com visual atrativo e interativo, apresenta temas da filosofia de forma didática e simples.
 Filosofia Para Todos
http://www.filosofiaparatodos.com.br/
Contém várias seções, como de textos clássicos, artigos, eventos. Infelizmente não é mais atualizada e se encontra incompleta.
 Enciclopédia Simpózio –
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/ME-Hfil.html
História da Filosofia, pelo professor Evaldo Pauli, completa nos assuntos de que trata e muito bem organizada. Mais uma bela página do CFH da UFSC.
 Estudante de Filosofia.
http://www.estudantedefilosofia.hpg.com.br/
Várias informações sobre filosofia. Pena que seja necessário se cadastrar para acessar o conteúdo, e o site seja otimizado para Microsoft Internet Explorer.
 A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro
http://bibvirt.futuro.usp.br/
Do Projeto Escola do Futuro da USP, conta em seu crescente acervo com vários clássicos da literatura portuguesa e brasileira. Em termos de filosofia, tem por exemplo, o livro O QUE É FILOSOFIA? , de Caio Prado Júnior, publicado pela coleção Primeiros Passos.
 Textos de Interesse Filosófico
http://cfh.ufsc.br/~wfil/textos.htm
Alguns textos clássicos e didáticos muito instrutivos, como “O que é filosofia e por que vale a pena estudá-la”, de Ewing, ou “O Valor da Filosofia”, de Bertrand Russel. Algumas cenas  de filmes  como MATRIX e A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Site do departamento de filosofia da UFSC.
 O Dialético – Thiago Maia
http://www.odialetico.hd1.com.br/index9.html
Vários artigos e textos de autores
 Pausa para a Filosofia
http://www.armazem.literario.nom.br/autoresarmazemliterario/eles/martinhocarloshost/filosofia/index.htm
Este site de Martinho Ross traz a edição on-line de vários livros, como o Convite a Filosofia, de Marilena Chaui.
 Consciência
http://www.consciencia.org/
“É um espaço virtual de estudo, pesquisa e ensino. Tradicional site de filosofia, ampliou o leque temático para abranger outras ciências humanas: História do Brasil, História Geral, Literatura, Antropologia, Sociologia, Linguística e áreas afins.” (do próprio site)


Fonte:
www.blogfilosofiaevida.com

domingo, 22 de maio de 2011

O Blog adere a campanha "10% do PIB JÁ" para a Educação. Parabéns Amanda Gurgel!


Hoje, a professora Amanda Gurgel nos honrou com sua brilhante entrevista dada ao Programa do Faustão. O RN está vivendo uma das maiores greves de professores dos últimos tempos. Isso porque não vemos cumpridas as nossas promoções horizontais e verticais, bem como o pagamento integral do PISO nacional dos Profissionais da Educação. Estamos também nesta luta por 10% do PIB para investimentos na Educação brasileira.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Experiências filosóficas dos alunos do 2º Ano 02 do Ens. Médio de Florânia, Ano 2011 – Escola Estadual Teônia Amaral/RN.


A partir da projeção de um vídeo em sala de aula sobre “A vontade de Mudar” da Série “Ser ou não ser”, apresentada pela renomada filósofa Viviane Mosé, os alunos de Filosofia do 2º Ano 02 do Ensino Médio matutino da Escola Estadual Teônia Amaral da Cidade de Florânia construíram seus modos de ver a Filosofia, esta atividade do pensamento e do aprender a ver, de acordo com a experiência sentida por cada um. Os alunos associaram a Filosofia à uma experiência nova que, segundo eles, marcaram suas vidas. Experiências de vida que preferi chamar aqui de “Experiências filosóficas” por se tratar de uma introdução ou dos primeiros contatos com a Filosofia.

Uma grande experiência de vida foi quando eu fiz a Crisma... Veio um sentimento de felicidade, o maior sentimento, aquele que eu senti profundamente por estar fazendo o que eu queria, que tanto lutei para conseguir” - Jordana Martins Lira, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

É uma experiência de que o espanto nos leva a refletir quando a gente se dá conta da nossa ignorância diante do mundo” - Ângela Dayanne 16 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

A Filosofia é uma vida, é um amor de conhecimento, ter coragem de mudar e ter coragem de seguir em frente” - Maria das Graças da Silva, 22 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Uma experiência da minha vida com a Filosofia foi quando fui passar um tempo para estudar em Natal, capital do RN. Tudo para mim era novo, pois sempre tinha morado no interior, só ia à Natal nas férias, mas não tinha aquela convivência, como morando em Natal” - Maciel Nestor da Silva, 19 anos, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.


Minha experiência de vida foi quando eu fiz o IFRN, o antigo CEFET, fiz por curiosidade e por que as minhas amigas iam fazer... Não me interessei muito. Pra recuperar já era tarde, eu deveria ter estudado mais. Ainda não desisti, pretendo terminar os estudos, estudar bastante, e tentar de novo e conseguir, se Deus quiser” - Ana Paula da Silva, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Conheço um homem que tem 50 anos e muito especial, trabalhador e pai de família, o nome dele é... Me contou muitas histórias de sua vida, uma delas aconteceu quando ele era uma criança pequena. Ele tinha 6 meses de vida, a mãe dele deu-lhe para uma mulher que não tinha filhos e ela o criou até os 3 anos idade, depois ela engravidou e o entregou para a mãe biológica. Ele disse que quando chegou em casa e viu aquelas pessoas estranhas que, por sinal, eram seus irmãos, chorou por 3 dias e 3 noites, não comia e nem bebia nada, depois ele se acostumou com todos e voltou a comer...” - Isabella Gomes Souza, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Quando fui para Acari, fiquei admirado com certas coisas, por exemplo: o museu, o açude gargalheiras que nos finais de semana é lotado de pessoas que vão para beber e tomar banho, mas tem certo tempo que não pode tomar banho por causa da pescaria. A cidade é muito limpa e eu pensei se todas as pessoas fizessem a mesma coisa em todo o mundo a gente não sofreria as consequências...” - José Rodrigo Silva Araújo, 16 anos, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

O emprego é um sonho e para isso ele viveu uma aventura, uma Filosofia” - Raissa R. de Morais, 16 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

A Filosofia é vida, é amor, é conhecimento, é você ter coragem para mudar, como o Alexandre do episódio Ser ou não ser” - Jéssica Maria, 16 anos, 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

O que aconteceu comigo foi de ter presenciado o sofrimento de uma pessoa após um acidente, e ela estava inconsciente, à beira da morte, e isso pra mim me fez começar a pensar mais um pouco na morte, o que eu quero fazer antes que isso aconteça, criar metas, no que tenho vontade de fazer, o que me impossibilita, vontade de correr atrás, sabendo que o segundo passo vem depois do primeiro” - Mayara Toscano de Araújo, 17 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Um dos meus planejamentos de vida é passar no IFRN... Pois quando eu quero uma coisa eu tento, enfrento obstáculos, mas não desisto nunca” - Fabrícia Maria de Medeiros Silva, 16 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Minha experiência foi quando me crismei... Senti vontade de conhecer Jesus, sua vida, seus sofrimentos entre outros... Senti em mim uma grande tranquilidade” - Dayla Flávia Vieira Silva, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Minha mãe sempre teve aquele pensamento de que faria tudo para sustentar suas filhas e nunca desistiu, ela viu que se acreditasse que nunca iria desampará-las ela iria conseguir...” - Rafaela Kalianny Araújo Silva, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Por que eu ou o ser humano existem? Eu sou gêmea. A minha irmã, claro, é a minha cara, mas por quê? Como duas pessoas podem ser tão idênticas? Por que existe a morte? Sabemos de quase tudo, mas a morte não é uma dúvida, é um mistério que não tem como sabermos a resposta” - Laysla Giulyanne, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Tudo começou com a Filosofia quando eu comecei perguntando aos meus pais de onde se deu a origem do meu nome e comecei a perguntar quem sou eu? O que eu faço? Qual é o meu propósito?” - Walber Martins de Araújo, 16 anos, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Minha experiência de vida que tem mais a ver com a Filosofia foi a partir do momento que comecei a me envolver com a música. Me deu uma vontade de mudar minha pessoa, minha postura. Sem música, pra mim, a vida seria sem graça, sem expressão, porque a música é o jeito mais claro que eu achei pra expressar meus sentimentos” - João Gregório C. Júnior, 17 anos, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Uma experiência da minha vida foi que eu errei, consertei e hoje estou aqui vivendo numa vida maravilhosa, cheia de amor, felicidade e tudo o mais, não tenho do que reclamar” - Ariana Manoela da Silva, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Já estou estudando para o vestibular, pois se eu tenho esse objetivo na vida eu sei que vou ter que estudar muito, pois nada cai do céu e eu não vou ficar esperando, deixar o tempo passar por mim e não fazer nada, vou em busca dos meus sonhos” - Amanda Letícia, 15 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Não fazia ideia como era uma cidade grande como Natal. Mas fiquei muito feliz em saber que iria morar com minha mãe, afinal iria fazer doze anos que eu não a via. No começo foi um pouco estranho, afinal eu não conhecia ninguém lá, nem na rua que iríamos morar, e muito menos na escola que eu ia estudar... Deu tudo certo, as meninas são bem hospitaleiras e me trataram muito bem, até mostraram a escola, os professores e todo o resto, eu estava maravilhada...” - Maria da Conceição, 16 anos, aluna do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Comecei a entender que estudar e trabalhar é o único objetivo do homem, então eu comecei a trabalhar e aprendi muita coisa, aprendi a ter responsabilidade. Filosofia, pra mim, é uma coisa que mostra a realidade. É meio complicado, mas quem estudar Filosofia vai ver muita realidade” - Leodécio de Brito Farias, 17 anos, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Minha experiência de vida foi ter feito a crisma pra conhecer a vida de Jesus. Essa experiência serviu para conhecer o que Jesus passou para nos salvar” - Josieli Silva Alves, 16 anos, aluna do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

Minha expectativa de vida é estudar para conseguir ser alguém na vida que é conseguir trabalho no futuro. Aprender a viver a vida aprendendo sempre” - José Eliedson, 17 anos, aluno do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

Fui descobrindo respostas para minhas perguntas, e além disso, eu questionei mais ainda, questionei minha existência, questionei meu ser, questionei meu passado, meu presente e meu futuro e descobri que quanto mais eu me aproximava de Deus eu esclarecia minha vida, quanto mais eu me aproximava de Deus eu me sentia bem, me sentia sereno, livre e percebi que para toda pergunta, de uma maneira ou de outra, existia uma resposta” - Luiz Eduardo Oliveira do Nascimento, 14 anos, 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

O primeiro passo que eu vou dar é me escrever no exército brasileiro, pois lá a gente aprende a ser homem, a respeitar e ser respeitado, etc...” - João Paulo Francelino, 17 anos, aluno do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

O amor também é Filosofia. No meu ponto de vista, o amor se alegra com o perdão e suporta todas as coisas. O amor tem em primeiro lugar as qualidades do sentimento maravilhoso que é a amizade. Amar é ceder” - Emerson Tiago da Silva Vitor, 18 anos, aluno do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

Uma coisa que sempre me chamou muita atenção foi a amizade. Eu sempre tive meus amigos comigo. Sempre que eu quero conversar, eles estão ali para me ouvir. Talvez, eu goste tanto da amizade porque a Filosofia da verdadeira amizade é muito interessante...” - José Roberto Neto, 17 anos, aluno do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

Movida por questões, entrei no grupo 'Shalom' da igreja católica. Será que eles realmente fazem o que dizem? No grupo me dei conta que era diferente do que eu pensava. As pessoas não eram como eu pensava. E o mais importante é que eu me aproximei mais de Deus” - Augleynne Kaynnara, 16 anos, aluna do 2º Ano do Ens. Médio da EETA.

Uma das experiências que eu já tive que tem mais a ver com Filosofia foi quando eu resolvi me inscrever nos Escoteiros. Lá, a gente aprende a ser mais educado: faz mutirão para combater a dengue, a sobreviver no mato, a se importar mais com o lixo, a preservar a natureza, etc...” - Sillas Rauan de M. Araújo, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Qual o sentido da vida? Cada um tem o nosso papel no mundo. Já pensou um mundo que todas as pessoas são iguais? Não teríamos aquela vontade de curtir a vida já que era tudo igual” - Gerd Lima, aluno do 2º Ano 02 do Ens. Médio da EETA.

Matéria do Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia, Bacharelado em Teologia e Especialista em Metafísica.

Professora fala a verdade diante do quadro de calamidade em que vive a nossa Educação no RN



Ah, se todos os professores vissem como vê essa Professora! A declaração dela me enche de orgulho em ser um professor que não compactua com as injustiças de políticos despreparados e sem compromisso com uma educação melhor para o Brasil, Estados e Municípios desse imenso país. Sinto-me defendido pelas palavras dessa professora. Parabéns, é assim que se faz!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O encontro com Cristo promove Salvação


Quando tomamos a bela iniciativa de sair de nossa inércia individual; quando decidimos sair de nós mesmos para corrermos ao encontro do Mestre; quando nos movemos em direção ao advento de nossa salvação que é Cristo; quando saímos, saímos e saímos num movimento dinâmico e vivo de êxodo para buscar um lugar prometido, tal como Jerusalém para o povo de Israel; quando deixamos o pecado, nossos vícios e até nossas idiossincrasias, estamos promovendo a verdadeira salvação em nossa história que acaba de ser modificada, não é a mesma de antes. Encontrar-se com Cristo é ter coragem de mudar. A sua presença contagia e irradia a todos. Seu toque tem a força curativa de um Deus redentor e salvador. Alguém que se encontra com Cristo jamais permanece o mesmo!
Pelas andanças de Jesus em Samaria, Judéia e Galiléia nós percebemos a notoriedade de suas palavras e de seus atos. Não poucas vezes, Jesus passava em meio à multidão e mesmo assim era visto e ouvido. Quem não lembra do grito do cego de Jericó, Bartimeu: “Jesus, filho de Davi, tende piedade de mim que sou pecador!?”(Lc 18. 35-43). Quem não revive a experiência de Zaqueu, um publicano rico e desleal com o seu próprio povo, que arrecadava impostos na alfândega para favorecer o império romano!?(Cf. Lc 19. 1-10). E ainda Mateus, uma figura visível no evangelho que traz o seu próprio nome, o qual traía também os seus para favorecer os cofres de Roma(Cf. Mt 9.9s).
Vejam esses três exemplos de pessoas que simplesmente sentiam um desprezo muito grande pelos seus que eram israelitas, povo escolhido por Deus para perpetuar a Tradição Patriarcal de Jacó, Isaac e Moisés. Certamente, o cego estava incomodado com a exclusão social que sofria, mas mesmo assim Jesus se dirigiu até ele num movimento de advento da salvação e da cura frente à sua limitação e sofrimento. O grito do cego de Jericó representa aqui o movimento oposto ao do Mestre. O socorro do cego é um movimento de saída de si, de suas limitações, de sua cegueira para a visão, das trevas para a luz. Possivelmente, com Zaqueu, os dois movimentos também aconteceram, um exodal e outro adventício. A carreira de Zaqueu para subir numa árvore e a sua transformação ao vê-Lo e ao sentir a sua presença. Na mesma medida, recebeu Mateus uma experiência extraordinária do encontro com Cristo. Mateus não aguentava mais ser desprezado pelo seu próprio povo, pois o havia traído, tirando dele impostos para ser dado ao Império. Vivia angustiado, excluído e taxado de impostor e traidor. Até que passou Jesus por sua mesa de cobrar impostos e ele simplesmente foi contagiado por sua pessoa. Algo diferente foi visto por Mateus para abandonar aquela vida e atender ao convite do Mestre: “Vem e segue-me”. Deixou tudo e seguiu aquele homem arrebatador de corações. Algo extraordinário contagiou Mateus!
Nada, absolutamente nada permanecia o mesmo ao ver Jesus ou ao ouvir a sua voz. As pessoas se admiravam do poder que emanava de seu toque e de suas palavras. É óbvio que todos nós estamos comprometidos pelo pecado de Adão. Herdamos com Adão, o pecado por natureza. É próprio da natureza humana o pecado, mas com Cristo, temos a certeza da libertação de nossa natureza e consequentemente de nossas vidas(Cf. Rm 5.12). Se estávamos condenados ao pecado, agora estamos absolvidos em Cristo. O encontro com Cristo promove esta salvação que exige de nós a admissão de nossa natureza pecadora. É preciso assumir que somos pecadores. Depois, confiar que Jesus pode nos salvar e, por último, aceitar que só existe um salvador entre Deus e os homens que é Jesus. Só Jesus salva!(Cf. 1Tm 2.5).
Além de todos os episódios bíblicos, lembrados aqui, para ilustrar que o encontro com Jesus promove salvação, libertação, comunhão com Deus e mudança radical de vida, a cena da cura dos dez leprosos(Cf. Lc 17. 11-19) que vinha acompanhada do drama do sofrimento humano e da exclusão social é maravilhosa, pois leprosos eram separados sem a possibilidade de nenhum contato social, mas Jesus os recebe e os cura, embora apenas um(01) depois tenha voltado para agradecer. Jesus os recebe e os cura porque sente o clamor desses pecadores por salvação. Jesus respeita o desejo de salvação daquelas pessoas, o desejo de se sentirem livres e curadas de todo o mal. O querer é o movimento de êxodo de todo pecador que quer a chegada definitiva de Jesus salvador.
Portanto, enquanto pelejamos na história em meio ao pecado, estamos sempre saindo de nós mesmos em constante movimento de encontro com o que há de vir, Jesus Cristo, pois está sempre vindo, chegando com providências e agindo maravilhosamente em nossas vidas. Bendito seja Deus!!!

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista em Metafísica pela UFRN
Páginas na internet:


terça-feira, 10 de maio de 2011

Buenos Aires é nomeada Capital Mundial do Livro 2011 pela Unesco

Uma Torre de Babel de 25 metros de altura , construída com 30 mil livros de todos os idiomas, foi erguida na Plaza San Martín, no centro de Buenos Aires, Argentina. Criada pela artista Marta Minujin, a obra poderá ser visitada a partir do próximo dia 12.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) nomeou a capital argentina como Capital Mundial do Livro 2011


fonte: www.band.com.br


Parabéns, hermanos!

sábado, 7 de maio de 2011

O melhor desta terra


Ah se meu povo me escutasse
E me servisse com integridade
Eu abriria as janelas do céu
E lhe daria o trigo mais fino

Ah se meu povo que me adora
Me adorasse acima de tudo
Com o mel puro da rocha o sustentaria

A palavra de deus é fiel
E jamais ela volta vazia
Se eu honrar e bendizer
Ao meu senhor obedecer
Eu comerei o melhor desta terra

Composição Nani Azevedo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Nem demais, nem pouco demais, o necessário.


Criamos muitas falsas necessidades. Idealizamos sonhos tão altos que sacrificamos nossa dignidade para realizá-los. Passamos toda uma vida trabalhando em função de um padrão econômico, isto é, não sustentamos necessariamente a nós mesmos, mas aos nossos caprichos. Quem não os têm? Só que uns têm mais, outros têm menos caprichos ou vaidades. Há pessoas que sacrificam até o seu bem-estar para juntar dinheiro, ao passo que há aquelas que simplesmente sonham com uma boa casa para morar, um carro popular, um emprego que pague bem, uma família de três filhos em média... Agora, há outras que não abrem mão de regalias, muito luxo e vaidade, mesmo que isso lhes custe uma consciência limpa ou antes a própria vida, o que seria um absurdo.
Muito me admira a capacidade que o ser humano tem de se viciar em atender às suas vãs necessidades, melhor dizendo, futilidades, uma vez que poderiam ser descartadas, pois não implicariam nenhum tipo de prejuízo à sua natureza ou às suas verdadeiras necessidades. Por que temos que jogar na mega-sena semanalmente ao ponto de sacrificar o orçamento familiar? Por que temos necessariamente que trocar de carro todo ano? Por que temos de comprar sempre o celular de ponta? Por que é preciso enricar, acumulando bens que precisariam de cinco gerações para serem consumidos? Por que nossa segurança está em todos esses valores? Por que nossa segurança não está em Deus?
É necessário a nós só o comer e o vestir. Se ambicionarmos por demais a riqueza, certamente nos esqueceremos de Deus. Do mesmo modo, se ficarmos pobres ou miseráveis, sem nada, seguramente teremos a tentação de furtar para sobreviver. A riqueza não é tudo e a miséria não é digna de nós. Devemos buscar o suficiente, a medida certa para sobreviver dignamente, sem nenhum tipo de mediocridade. Às vezes, a corrupção e o pecado entram por aí: Da não aceitação de uma vida sóbria, comedida e prudente. Nesses tempos de alto consumismo, é urgente o apelo do evangelho em Mt 6.25-31: “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo o 'Rei' em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? ”
Somente Deus poderá nos saciar de toda falta. Tudo é perecível nessa vida, mesmo a comida ou a bebida ou as vestes ou ainda a nossa própria existência, o que prova concretamente de nossa parte que precisamos nos abastecer de uma saciedade permanente, de uma água que não dê mais sede, de uma comida que não dê mais fome, de vestes que não se consumam. Esse estado de constante saciedade que não encontramos aqui com nada perecível, só encontramos em Deus presente no Evangelho. Jesus é a água da vida que não dará mais sede, belíssimo: “Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la”(Jo 4.13-15).
Portanto, as vaidades e os impulsos compulsivos de consumo desta vida passarão, mas Jesus e suas palavras não passarão. A realidade econômica no Brasil ainda é muito favorável para um consumo desnecessário da classe média, provocando nas pessoas uma saciedade insaciável de desejos dos mais variados, desde a compra de um computador melhor até a compra de uma TV LCD de última ponta. Com um mundo todo voltado a mergulhar nessa onda avassaladora de consumo, promovido por um modelo econômico mais do que liberal, super, hiperliberal em todos os aspectos, é preciso de nossa parte, reter as palavras do Senhor em nossos corações, acreditando sem cessar que “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”(Sl 23). Nada aqui não quer dizer nada literalmente, mas a medida certa, o suficiente. O mesmo nos diz Aristóteles na sua Ética a Nicômaco, II, 5, acerca da “justa medida”. A medida certa é o equilíbrio, a virtude, nem demais, nem pouco demais, justo o que é preciso.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista em Metafísica pela UFRN
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quinta-feira, 5 de maio de 2011

As palavras e os males da crise

Tradução: Flávia Gouveia

A crise atual é talvez antes de tudo societal. Os grandes valores sobre os quais se edificou a sociedade moderna parecem não mais serem convenientes ao tempo. Eles seriam progressivamente substituídos por novos valores, constitutivos de um paradigma pós-moderno.
Cada época tem sua "episteme" - conceito caro ao filósofo Michel Foucault - isto é, um discurso sobre a representação do mundo que se traduz por uma determinada organização da sociedade. Na Antiguidade greco-romana, por exemplo, essa "episteme" foi a mitologia e suas interpretações diferenciadas através da cidade ateniense ou do modelo espartano. Na Idade Média, foi a teologia, com suas abadias, dioceses, corporações. Desde os tempos modernos até os anos 1950-1960, quatro palavras-chave constituíram, pouco a pouco, a arquitetura da cultura moderna: o valor do trabalho, nascido no início do século XIX, valor pivô fundamento de todas as instituições; a razão erigida como sistema a partir do século XVII, ou seja, o racionalismo, na origem do desencantamento do mundo, segundo o economista e sociólogo Max Weber; o utilitarismo, em nome do qual somente o que é útil faz sentido, mesmo "a utensiliaridade" assim denominada pelo filósofo Heidegger; enfim, o futuro, marca temporal da modernidade, com seu corolário de mito do progresso, que se concilia com a revolução hegeliana (a filosofia da História). A palavra "projeto" resume bem essa episteme. Hoje, ele parece ter se esgotado.
Se os valores da modernidade continuam a existir no plano institucional, eles, de fato, não têm mais força atrativa. Eles se saturam, no sentido químico do termo, eles se desagregam em benefício de outros valores cuja emergência se observa particularmente na prática das gerações jovens.
A criação, a criatividade, com o jogo, o sonho, o imaginário, tomariam o lugar do valor "trabalho" como realização de si, como objeto de mobilização de energia. Um indício: o hedonismo ambiente que percorre transversalmente o conjunto da vida social.
Depois da valorização da razão, do cognitivo, o corpo vivido por si mesmo torna-se um elemento central. Paul Valéry dizia: "Em certos momentos, a profundidade se esconde na superfície das coisas.".
Ultrapassando o simples utilitarismo, a estética (no sentido etimológico) coloca em primeiro plano as emoções coletivas, as paixões compartilhadas, o festivo, o desejo de estar junto, o preço das coisas sem preço, até o caritativo.
Enfim, a partir de agora só contaria o presente. Aqui e agora. Carpe diem.
Assim deslizam as palavras. As palavras que cessam, as palavras que nascem... Falta ainda reconhecer esses deslizamentos, esses valores nascentes, para livrar-se dos males resultantes dos desfuncionamentos induzidos na organização social. "Cada época sonha a seguinte", escrevia Michelet. Se soubermos acompanhar o sonho em gestação, evitaremos que ele se torne um pesadelo.


Texto inédito para a revista Luz.
A tradução do título original - Les mots et les maux de la crise - para a língua portuguesa esconde o jogo lingüístico baseado na semelhança sonora entre mots (palavras) e maux (males), em francês.
Termo traduzido assim nos textos de Maffesoli em português. O adjetivo societal, apesar de não se encontrar em dicionários da língua portuguesa, possui registro no francês - sociétal - (e também no inglês: societal) e significa ser relativo à sociedade humana. Note-se que o radical latino societ- existe em português, na palavra societário, por exemplo, presente na maioria dos dicionários.
NT: Foucault aborda o assunto em suas obras: Les mots et les choses. Une archaéologie des sciences humaines (1966) e L´Archaéologie du savoir (1969).

*Michel Maffesoli é membro do Instituto Universitário da França e professor da Universidade de Sorbonne.

28/01/2011. SINTUFCe consegue na Justiça decisão favorável para servidores com acúmulo de cargos

A Justiça Federal determinou que a Universidade Federal do Ceará (UFC) não aplique sanções disciplinares aos servidores técnico-administrativos que acumulam dois cargos ou empregos públicos com carga horária maior que 60 horas semanais.
No processo, estão representados 84 servidores da UFC filiados ao SINTUFCe. Esta foi mais uma conquista da entidade, através de sua assessoria jurídica, em defesa dos trabalhadores da UFC.
A liminar concedida pelo Juiz da 5ª Vara Federal, Gustavo Barbosa, em 25 de janeiro passado, considera que a Constituição Federal permite a acumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas, desde que haja compatibilidade de horários.
“Assim, afigura-se descabida a conduta da UFC ao exigir dos seus servidores que se adaptem ao entendimento firmado da referida Nota Técnica (nº 370/2010 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), impondo-lhes a limitação de jornada de trabalho, sob pena de instauração de procedimento administrativo-disciplinar”, diz o Juiz. A decisão atende a pedido formulado em ação impetrada pela assessoria jurídica do SINTUFCe, através do advogado Rodrigo Maia Barreto.
Barbosa ressalta, porém, que a UFC pode tomar as medidas administrativas cabíveis, na hipótese de choque de jornadas ou caso o acúmulo das duas atividades afete a qualidade dos serviços que os trabalhadores prestam.
“Limitar a sessenta horas a jornada semanal de trabalho destes profissionais é implementar nova condição para cumulatividade de cargos sem amparo legal”, diz trecho de sentença de processo semelhante que tramitou no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, cujo relator foi o Juiz Federal Guilherme Calmon Nogueira da Gama. A decisão é citada na liminar concedida pelo Juiz Gustavo Barbosa em favor do SINTUFCe e de seus associados.

http://www.sintufce.org.br/noticias/texto.php?id=894 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Resultado da audiência dos Professores do Estado com a Secretária de Educação

Pauta de reivindicações é reafirmada pelo Sinte durante audiência

Durante a audiência que a direção do Sinte teve com a secretária de Educação do Estado, Betânia Ramalho, foi discutido o conteúdo do ofício enviado à SEEC e à Governadoria. O encontro foi realizado na tarde dessa segunda-feira (2).
A audiência foi iniciada pela coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, que fez uma síntese do conteúdo do documento. Na ocasião, foram reafirmadas as seguintes reivindicações:

Publicação do enquadramento dos funcionários da ativa e os aposentados;
Pagamento referente à primeira parcela do plano dos funcionários com efeito retroativo a janeiro deste ano tanto para os funcionários da ativa quanto para os aposentados;
Pagamento da segunda parcela do Plano de Carreira dos funcionários, em atraso desde março deste ano.
Em um segundo momento da audiência, foram discutidos:
Implementação da tabela salarial do magistério, na mesma proporção das outras categorias;
Continuidade do processo de tramitação do Projeto de Lei de Revisão do Plano de Carreira dos professores;
Encaminhamento do Projeto de Lei que modifica a lei de Gestão Democrática;
Instalação da mesa de negociação para tratar dos atrasado após a questão salarial da categoria ter sido resolvida;
Aplicação do terço de hora-atividade para os Educadores.
A secretária de Educação afirmou que deseja construir uma nova relação com o Sindicato e destacou a dificuldade que terá para negociar durante a greve. A gestora também criticou o fato de a greve ter iniciado sem tempo de apreciação de proposta e afirmou que o governo não tem condições de atender as reivindicações, portanto precisa de tempo. Fátima Cardoso ressaltou que a pauta foi entregue desde o mês de janeiro e o governo não levou em consideração os pontos relativos aos Planos de Carreira dos Funcionários e Professores.
Fim da Audiência
Ao final do encontro o Sinte solicitou à secretária uma nova audiência com foco nos dois Planos de Carreira. A resposta sobre data e horário deverá ser dada até a próxima sexta-feira (6).
Direção do Sinte reafirmou que a categoria está profundamente impaciente, pelas perdas salariais, principalmente quando são comparadas às tabelas de outras categorias. “Foi em razão dessa defasagem que a categoria deflagrou a greve”, disse a sindicalista.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mensagem aos trabalhadores de Florânia

No espreguiçar do amanhecer,
A aurora abraça o sol,
Acordando homens e mulheres,
Para os exercícios no arrebol.
Todos correm para os campos da vida,
Na diversidade de suas diferenças.
Com mão no arado, pisam forte
Exultando suas crenças.
Valentes,
Erguem em seus braços,
Bandeiras ferramentas,
No quilate responsabilidade
No uso a função que alenta.
Seja caneta, bisturi,
enxada ou mesmo um liberal,
Não importa o instrumento,
Todos trabalham igual.
Dignificando o tempo,
Marcham ao encontro do promissor,
Prosperidade para o amanhã,
Recompensa do labor.
Abençoadas são as mãos do trabalhador.

O SINTFLOR – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Florânia, trás essa poesia de Jair Martins, para homenagear seus sócios e todos os trabalhadores de Florânia, pelo seu dia especial. Dia 1º de maio Dia do Trabalhador.

Parabéns a todos e a todas.

Por Junior Galdino

Bin Laden presente no imaginário popular


Bin Laden entrou de uma vez por todas no imaginário coletivo do mundo inteiro. Uma morte que se repercutiu pelo mundo afora...

Trabalhadores em educação do Estado deflagram greve

Após meses de negociações com o governo do Estado sem obter sucesso, os trabalhadores em Educação resolveram entre em greve. A suspensão das atividades nas escolas da rede já iniciaram e não há previsão para fim. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nessa quinta-feira (29), que teve a participação de mais de mil trabalhadores.
O principal fator que estimulou a deliberação foi a solicitação feita pela governadora na última assembleia que teve com a direção do Sinte, nessa quarta-feira (27). Na ocasião, o governo expôs a sua situação financeira e pediu mais 120 dias à categoria para dar uma resposta às reivindicações feitas. Os trabalhadores interpretaram a solicitação do governo como uma jogada para protelar o pagamento dos Direitos.
Entre as principais solicitações da categoria estão, a revisão do Plano de Carreira do Magistério; o pagamento do Plano aos demais servidores, que já foram enquadrados; o cumprimento da Lei que estabelece o Piso Nacional dos educadores e o pagamento de direitos em atraso.

Fonte: www.sintern.org.br