sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ame ao próximo como a ti mesmo!


“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”(Mateus 19.19) é o ponto alto da ética cristã. No entanto, o que esse mandamento significa e o que ele requer, assim como acontece com muitos princípios morais bons, é ambíguo, porém exigente, sério e urgente do ponto de vista espiritual, haja vista a atual situação secular em que vivemos, onde predominam o desrespeito ao outro, a violência humana, um materialismo desenfreado e o descaso para com os valores éticos.
A questão que se coloca aqui é, do ponto de vista filosófico: Até que ponto “Amarás o teu próximo” é consistente em tolerar as crenças e práticas de seu próximo, quando você acredita que essas crenças causarão sofrimento eterno a ele? Como você poderá amar os outros apropriadamente sem agir para prevenir esse terrível destino? Isso se torna ainda mais complicado quando consideramos o princípio todo “amarás teu próximo como a ti mesmo”.
Afinal de contas, uma característica clara do amor por si mesmo é que você age para prevenir seu próprio sofrimento eterno, quando possível. Assim, se é necessário amar o próximo como a si mesmo, e uma conseqüência de amar a si mesmo é agir para evitar o sofrimento(incluindo o sofrimento eterno), então parece que também é necessário agir para prevenir o sofrimento eterno dos outros. Porém, amar aqui deve apontar para a caridade e fazer com que o outro se liberte do sofrimento, que muitas vezes pode ser o pecado ou o mal ao qual está envolvido, muito embora que a liberdade entendida aqui implique em negar a si mesmo.
A questão se desenrola e desemboca numa compreensão mais ampla: a espiritual. Nossa renúncia ao pecado e ao egoísmo, bem como ao individualismo presente como um fim em si mesmo deve visar à santidade, à comunhão com Deus, mas também ao bem de nosso próximo. Daí, Ele requer que sejamos longânimos com os mais fracos, a fim de ganhá-los para Cristo pelo amor.
Para se praticar ou viver um verdadeiro cristianismo, deve-se ter amor ao próximo, a partir de uma alteridade franca e transparente, conforme ensinou Jesus em Lucas 10.27: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Com essa síntese dos mandamentos, Jesus combateu o farisaísmo judaico, fazendo menção à lei de Moisés e inaugurando uma nova ordem, uma nova maneira de servir a Deus, agora por via do amor ao próximo.

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
Não deixem de conferir suas páginas na internet:
http://www.umasreflexoes.blogspot.com/
http://www.chegadootempo.blogspot.com/
www.twitter.com/filoflorania
http://www.floraniajacksil.ning.com/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Haiti clama por solidariedade!


Quem não acompanhou pela televisão brasileira o resgate emocionado da mulher Jean Batiste Mimosa, 36 anos de idade, soterrada pelo terremoto ocorrido há quatro dias no Haiti, cujo foco mais atingido fora a Capital Porto Príncipe. Esta mulher gritava pedindo ajuda, clamando por socorro, no centro da Cidade sob os escombros de pedras e destroços das construções. Certamente, o pedido de ajuda desta mulher, sufocado há quase quatro(4) dias, representa o grito, o clamor, o S.O.S, o desespero de milhares e milhares de haitianos que choram de dor pela perda de aproximadamente duzentos(200) mil mortos.
A imprensa até agora confirmou que o número de mortos poderá chegar a duzentos(200) mil, que o número de pessoas desabrigadas atinge já trezentos(300) mil, que o número de pessoas passando fome e necessidades de toda ordem são um(1) milhão.
A tragédia comove o mundo, principalmente o Brasil, haja vista o apoio humanitário que o nosso país prestava àquelas pessoas. Militares, religiosos, civis deram suas vidas pela história daqueles homens e mulheres que viviam aterrorizados pela guerra, pela pobreza e pela falta de dignidade humana. Dra. Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança no Brasil, dava palestra no momento exato do terremoto, também morreu no desastre que desafia a ciência ou as previsões meteorológicas e as nossas capacidades de conservação da espécie.
A catástrofe provocada pelo terremoto no Haiti, bem como outras tantas que pulverizam o mundo com maremotos, inundações, tempestades, incêndios espontâneos, enfim, ceifando vidas mostram o quanto somos vulneráveis, o quanto somos frágeis, o quanto somos pequenos diante da grandeza infinita de Deus. Não que nós queiramos responsabilizar Deus por isso. Longe disso. Porém, precisamos estar preparados para os mistérios imponderáveis que cercam a vida e a natureza, pois não fomos nós que os criamos, mas o próprio Deus que respeita a ordem e a inteligência postas na vida e na natureza.
Se até Deus respeita a ordem das coisas, o que dizer de nós? Respeitamos a natureza? Cuidamos da vida? Louvamos a Deus por esses bens tão caros a nós que são a vida e a natureza? Queremos por ordem ou desordem às coisas?
De uma coisa devemos nos dar conta, o mundo, que ora encontra-se perplexo diante da tragédia do Haiti por tragar milhares de vidas, sendo que outras tantas ainda estão ameaçadas, ultrapassa suas fronteiras e desconhece seus limites para criar extraordinariamente um mutirão de apoio humanitário às pessoas sedentas de solidariedade. Aprendemos, sem dúvida, com essa experiência, que precisamos diminuir nossas distâncias pela solidariedade, pois só ela acaba com a fome, dá abrigo, oferta alegria e multiplica esperança. Solidariedade, esta é a palavra de ordem.

Prof. e filósofo Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Páginas:
www.umasreflexoes.blogspot.com
www.chegadootempo.blogspot.com
www.twitter.com/filoflorania

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rousseau em a profissão de fé do vigário de Sabóia II...

É um homem de pura interioridade pessoal que se transparece, principalmente, na Profissão de Fé do Vigário de Sabóia, o quarto livro de toda estrutura do Emílio que, ao todo, são cinco. O Primeiro trata da idade da natureza, nutrição do “infante”(0 a 2 anos). O segundo fala da idade da natureza, formação básica do “menino”(2 a 12 anos). O terceiro expõe a idade da força, adolescente(12 a 15 anos). O quarto apresenta a idade das paixões quando jovem(15 a 20 anos). E o quinto marca a idade da sabedoria quando jovem adulto(20 a 25 anos).

A dificuldade do ser humano em se manter fiel às suas convicções, às suas perspectivas, às suas propostas, às suas leis e, sobretudo, às doutrinas da Religião positiva está, cada vez mais, tornando-se um desafio melancólico e desesperançoso. E este é o mundo atual. Mas é gratificante ver que este mesmo ser se esforça, trabalha e se sacrifica para ser feliz, com dignidade e responsabilidade.

Sei, assim com Rousseau, das falsas verdades mundanas e trapaceiras da sociedade humana e sei também que ela é corrompida. No entanto, é preciso restabelecê-la dentro de nossas possibilidades finitas, em busca do bem comum e de vida melhor para todos, com escola, assistência médica, moradia, emprego, vestimentas, comida e, acima de tudo, formação humano-religiosa e cultural. Em nossos dias, apesar de toda maldade, intolerância e insignificância, há alguma coisa boa. O quê, por exemplo? A nossa capacidade de conhecer o comportamento do outro e de poder relacionar-se com ele. É esse contato humano, “tête à Tetê”, que importa e sem ele não podemos viver nunca com dignidade, capazes de espalhar amor benevolente e alegria interior, fruto do coração humano, para todos sem distinção.

Não devemos ficar à parte das dificuldades, exigências e necessidades da sociedade, suas instituições e órgãos como um todo, vivendo no individualismo, no sectarismo, no pragmatismo, no secularismo e nem no materialismo, mas no compromisso responsável e acolhedor de ajuda mútua ao próximo, frente a todos os desafios que nos cercam. E, portanto, ser corajoso! Ser confiante! São vozes suplicantes num mundo desigual e intolerante.

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

Não deixem de conferir suas páginas na internet:

www.umasreflexoes.blogspot.com

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Rousseau em a profissão de fé do vigário de Sabóia I...


O seu desdenho pela natureza e o jeito discreto, minucioso, mas contagiante de enxergar a moral, faz-se resplandecer no coração sublime e ao mesmo tempo carnal de todo homem, que tem como finalidade preparatória para a felicidade plena, esta vida, esta existência. Assim é conhecido Jean-Jacques Rousseau, cujo pensamento fez sacudir a França, principalmente na fase iluminista de sua história. Há uma obra dele intitulada como “Emile ou de l’Education” donde se transcorre um diálogo entre Rousseau e o vigário de Sabóia. Rousseau apresenta-se quase como um simples ouvinte, dando total atenção, contribuindo, se possível, com a verdadeira profissão de fé do Vigário saboiano. Sim! Esse é o texto que tomarei como comentário de minha reflexão crítica, A PROFISSÃO DE FÉ DO VIGÁRIO SABOIANO.

Dotado de um espírito sentimental, emocional e aventureiro durante o período de sua vida, que se inicia em 1712 ao termo de 1778, Rousseau adquiriu proximidades com a natureza, devido, principalmente, ter vivido quase toda a juventude em Montmorency, que era um lugarejo, segundo ele podia recordar, como o lugar mais belo e feliz de sua vida. Lá, ele se identificou com a natureza virgem, doce e, convidando-lhe a se emocionar, a se interiorizar, como se estivesse num retiro silencioso, calmo e tocante. Daí, surgem idéias profundas e inquietantes em sua consciência que o faz proporcionar muitas publicações, dentre elas, as mais importantes são: em 1761, A nova Eloisa; em 1762, O contrato social; em 1763, O Emílio, cujo quarto livro contém a famosa Profissão de Fé do Vigário Saboiano. Mais tarde, para completar este conjunto de obras significantes, escreve As Confissões em data ainda desconhecida para nós.

Disso tudo, notifica-se que suas obras são conhecidas e definidas, ou melhor, seu pensamento se torna conhecido e apreciado por Kant que define Rousseau como o “Newton da moral”, e pelo poeta Heine como “a Cabeça Revolucionária da qual Robespierre nada mais foi do que a mão executora”. Como queira ser interpretado, isso não importa muito, mas, sem dúvida, Rousseau foi mais um protagonista da história, cujos escritos lhe revelam ou lhe proporcionam profundeza no iluminismo e no romantismo, expressam ímpetos inovadores e reações conservadoras, o desejo e, ao mesmo tempo, o temor de uma revolução radical, a nostalgia da vida primitiva e o medo de que, por causa de lutas insensatas, se possa recair naquela barbárie. Também, em suas obras, estão presentes seu fascínio pela experiência cotidiana após ser educado, e sua persuasão pelos instintos, pelas paixões e pelo sentimentalismo.

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.

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“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”(Mateus 19.19) é o ponto alto da ética cristã. No entanto, o que esse mandamento significa e o que ele requer, assim como acontece com muitos princípios morais bons, é ambíguo, porém exigente, sério e urgente do ponto de vista espiritual, haja vista a atual situação secular em que vivemos, onde predominam o desrespeito ao outro, a violência humana, um materialismo desenfreado e o descaso para com os valores éticos.
A questão que se coloca aqui é, do ponto de vista filosófico: Até que ponto “Amarás o teu próximo” é consistente em tolerar as crenças e práticas de seu próximo, quando você acredita que essas crenças causarão sofrimento eterno a ele? Como você poderá amar os outros apropriadamente sem agir para prevenir esse terrível destino? Isso se torna ainda mais complicado quando consideramos o princípio todo “amarás teu próximo como a ti mesmo”.
Afinal de contas, uma característica clara do amor por si mesmo é que você age para prevenir seu próprio sofrimento eterno, quando possível. Assim, se é necessário amar o próximo como a si mesmo, e uma conseqüência de amar a si mesmo é agir para evitar o sofrimento(incluindo o sofrimento eterno), então parece que também é necessário agir para prevenir o sofrimento eterno dos outros. Porém, amar aqui deve apontar para a caridade e fazer com que o outro se liberte do sofrimento, que muitas vezes pode ser o pecado ou o mal ao qual está envolvido, muito embora que a liberdade entendida aqui implique em negar a si mesmo.
A questão se desenrola e desemboca numa compreensão mais ampla: a espiritual. Nossa renúncia ao pecado e ao egoísmo, bem como ao individualismo presente como um fim em si mesmo deve visar à santidade, à comunhão com Deus, mas também ao bem de nosso próximo. Daí, Ele requer que sejamos longânimos com os mais fracos, a fim de ganhá-los para Cristo pelo amor.
Para se praticar ou viver um verdadeiro cristianismo, deve-se ter amor ao próximo, a partir de uma alteridade franca e transparente, conforme ensinou Jesus em Lucas 10.27: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Com essa síntese dos mandamentos, Jesus combateu o farisaísmo judaico, fazendo menção à lei de Moisés e inaugurando uma nova ordem, uma nova maneira de servir a Deus, agora por via do amor ao próximo.

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Quem não acompanhou pela televisão brasileira o resgate emocionado da mulher Jean Batiste Mimosa, 36 anos de idade, soterrada pelo terremoto ocorrido há quatro dias no Haiti, cujo foco mais atingido fora a Capital Porto Príncipe. Esta mulher gritava pedindo ajuda, clamando por socorro, no centro da Cidade sob os escombros de pedras e destroços das construções. Certamente, o pedido de ajuda desta mulher, sufocado há quase quatro(4) dias, representa o grito, o clamor, o S.O.S, o desespero de milhares e milhares de haitianos que choram de dor pela perda de aproximadamente duzentos(200) mil mortos.
A imprensa até agora confirmou que o número de mortos poderá chegar a duzentos(200) mil, que o número de pessoas desabrigadas atinge já trezentos(300) mil, que o número de pessoas passando fome e necessidades de toda ordem são um(1) milhão.
A tragédia comove o mundo, principalmente o Brasil, haja vista o apoio humanitário que o nosso país prestava àquelas pessoas. Militares, religiosos, civis deram suas vidas pela história daqueles homens e mulheres que viviam aterrorizados pela guerra, pela pobreza e pela falta de dignidade humana. Dra. Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança no Brasil, dava palestra no momento exato do terremoto, também morreu no desastre que desafia a ciência ou as previsões meteorológicas e as nossas capacidades de conservação da espécie.
A catástrofe provocada pelo terremoto no Haiti, bem como outras tantas que pulverizam o mundo com maremotos, inundações, tempestades, incêndios espontâneos, enfim, ceifando vidas mostram o quanto somos vulneráveis, o quanto somos frágeis, o quanto somos pequenos diante da grandeza infinita de Deus. Não que nós queiramos responsabilizar Deus por isso. Longe disso. Porém, precisamos estar preparados para os mistérios imponderáveis que cercam a vida e a natureza, pois não fomos nós que os criamos, mas o próprio Deus que respeita a ordem e a inteligência postas na vida e na natureza.
Se até Deus respeita a ordem das coisas, o que dizer de nós? Respeitamos a natureza? Cuidamos da vida? Louvamos a Deus por esses bens tão caros a nós que são a vida e a natureza? Queremos por ordem ou desordem às coisas?
De uma coisa devemos nos dar conta, o mundo, que ora encontra-se perplexo diante da tragédia do Haiti por tragar milhares de vidas, sendo que outras tantas ainda estão ameaçadas, ultrapassa suas fronteiras e desconhece seus limites para criar extraordinariamente um mutirão de apoio humanitário às pessoas sedentas de solidariedade. Aprendemos, sem dúvida, com essa experiência, que precisamos diminuir nossas distâncias pela solidariedade, pois só ela acaba com a fome, dá abrigo, oferta alegria e multiplica esperança. Solidariedade, esta é a palavra de ordem.

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É um homem de pura interioridade pessoal que se transparece, principalmente, na Profissão de Fé do Vigário de Sabóia, o quarto livro de toda estrutura do Emílio que, ao todo, são cinco. O Primeiro trata da idade da natureza, nutrição do “infante”(0 a 2 anos). O segundo fala da idade da natureza, formação básica do “menino”(2 a 12 anos). O terceiro expõe a idade da força, adolescente(12 a 15 anos). O quarto apresenta a idade das paixões quando jovem(15 a 20 anos). E o quinto marca a idade da sabedoria quando jovem adulto(20 a 25 anos).

A dificuldade do ser humano em se manter fiel às suas convicções, às suas perspectivas, às suas propostas, às suas leis e, sobretudo, às doutrinas da Religião positiva está, cada vez mais, tornando-se um desafio melancólico e desesperançoso. E este é o mundo atual. Mas é gratificante ver que este mesmo ser se esforça, trabalha e se sacrifica para ser feliz, com dignidade e responsabilidade.

Sei, assim com Rousseau, das falsas verdades mundanas e trapaceiras da sociedade humana e sei também que ela é corrompida. No entanto, é preciso restabelecê-la dentro de nossas possibilidades finitas, em busca do bem comum e de vida melhor para todos, com escola, assistência médica, moradia, emprego, vestimentas, comida e, acima de tudo, formação humano-religiosa e cultural. Em nossos dias, apesar de toda maldade, intolerância e insignificância, há alguma coisa boa. O quê, por exemplo? A nossa capacidade de conhecer o comportamento do outro e de poder relacionar-se com ele. É esse contato humano, “tête à Tetê”, que importa e sem ele não podemos viver nunca com dignidade, capazes de espalhar amor benevolente e alegria interior, fruto do coração humano, para todos sem distinção.

Não devemos ficar à parte das dificuldades, exigências e necessidades da sociedade, suas instituições e órgãos como um todo, vivendo no individualismo, no sectarismo, no pragmatismo, no secularismo e nem no materialismo, mas no compromisso responsável e acolhedor de ajuda mútua ao próximo, frente a todos os desafios que nos cercam. E, portanto, ser corajoso! Ser confiante! São vozes suplicantes num mundo desigual e intolerante.

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O seu desdenho pela natureza e o jeito discreto, minucioso, mas contagiante de enxergar a moral, faz-se resplandecer no coração sublime e ao mesmo tempo carnal de todo homem, que tem como finalidade preparatória para a felicidade plena, esta vida, esta existência. Assim é conhecido Jean-Jacques Rousseau, cujo pensamento fez sacudir a França, principalmente na fase iluminista de sua história. Há uma obra dele intitulada como “Emile ou de l’Education” donde se transcorre um diálogo entre Rousseau e o vigário de Sabóia. Rousseau apresenta-se quase como um simples ouvinte, dando total atenção, contribuindo, se possível, com a verdadeira profissão de fé do Vigário saboiano. Sim! Esse é o texto que tomarei como comentário de minha reflexão crítica, A PROFISSÃO DE FÉ DO VIGÁRIO SABOIANO.

Dotado de um espírito sentimental, emocional e aventureiro durante o período de sua vida, que se inicia em 1712 ao termo de 1778, Rousseau adquiriu proximidades com a natureza, devido, principalmente, ter vivido quase toda a juventude em Montmorency, que era um lugarejo, segundo ele podia recordar, como o lugar mais belo e feliz de sua vida. Lá, ele se identificou com a natureza virgem, doce e, convidando-lhe a se emocionar, a se interiorizar, como se estivesse num retiro silencioso, calmo e tocante. Daí, surgem idéias profundas e inquietantes em sua consciência que o faz proporcionar muitas publicações, dentre elas, as mais importantes são: em 1761, A nova Eloisa; em 1762, O contrato social; em 1763, O Emílio, cujo quarto livro contém a famosa Profissão de Fé do Vigário Saboiano. Mais tarde, para completar este conjunto de obras significantes, escreve As Confissões em data ainda desconhecida para nós.

Disso tudo, notifica-se que suas obras são conhecidas e definidas, ou melhor, seu pensamento se torna conhecido e apreciado por Kant que define Rousseau como o “Newton da moral”, e pelo poeta Heine como “a Cabeça Revolucionária da qual Robespierre nada mais foi do que a mão executora”. Como queira ser interpretado, isso não importa muito, mas, sem dúvida, Rousseau foi mais um protagonista da história, cujos escritos lhe revelam ou lhe proporcionam profundeza no iluminismo e no romantismo, expressam ímpetos inovadores e reações conservadoras, o desejo e, ao mesmo tempo, o temor de uma revolução radical, a nostalgia da vida primitiva e o medo de que, por causa de lutas insensatas, se possa recair naquela barbárie. Também, em suas obras, estão presentes seu fascínio pela experiência cotidiana após ser educado, e sua persuasão pelos instintos, pelas paixões e pelo sentimentalismo.

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